quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Quem são os inimigos básicos da Maçonaria ?



Por Denilson Forato

Os inimigos da Maçonaria não são nunca os homens, são os conceitos, as idéias que se opõem ao progresso. Os inimigos são o fanatismo, a ignorância, a ambição; e é contra estes inimigos que continuamente luta a Maçonaria.

No século XXI podemos observar como de diferentes formas os inimigos continuam operando. A sociedade ocidental está fazendo especial ênfase nestes valores negativos e continua fazendo que o “homem seja o lobo do próprio homem”  realizando afirmações tais como as que assinalam a existência de um eixo do mal e por tanto, a existência de seres possuidores da bondade e outros da maldade.

O PRIMEIRO INIMIGO, os fundamentalistas de determinadas confissões políticas e/ou religiosas, os fanatismos que fazem que só eu seja o possuidor da verdade e ninguém mais; estes fanáticos se comportam com total falta de liberdade real, já que seu objetivo é que exista um pensamento único, e que todo mundo veja através da forma que eu apresento, já que eu estou com a verdade absoluta cada vez mais presente.

O SEGUNDO INIMIGO, que continua vigente neste século é a ignorância. Parece até um pouco paradoxo esta afirmação, mas temos elementos que nos permitem sustentar esta afirmação. O feito de que as tecnologias avançaram, de que a comunicação seja muito rápida, de que podemos utilizar Internet e nos colocar em contato imediato com todo o mundo, poderá dar lugar a pensar que há diminuído o nível de ignorância mas pelo contrário, isto tem feito aumentar já que se pensa menos, se tenha menos critérios, seja menos livre a maneira de analisar e pensar. Como prova disto, encontramos analisando os diferentes meios de informação e de comunicação, vemos que cada vez estão mais globalizados, são mais idênticos, e com isto se produz uma menor capacidade de pensamento; podemos observar também uma formação acadêmica muito mais fechada, mais tecnocrática e com menor capacidade criativa individual.

Possuímos uma grande massa de informações, mas nela pairamos superficialmente, sem nos determos  na sua essência.
Hoje estamos muito longe de conseguir aquilo que se alcançou na primeira metade do século XX e por isso a ignorância vai aumentando e a medida que ignorância aumenta os problemas fazem que o desenvolvimento humano se estanque.

O TERCEIRO INIMIGO, para não entrarmos em outros tantos, se traduz pela ambição,  o fenômeno mais característico da civilização ocidental no final do século XX e princípios deste século. A ambição marca uma pessoa não pelo o que é, senão pelo o que tem; o importante é o triunfo social, é mais importante a competitividade, o consumismos, o que eu possa comprar e quanto mais coisas possa eu adquirir mais importante serei. A concorrência entre os seres humanos nos faz não solidários com o ser que está a nossa frente, pois deverei combatê-lo para que eu possa triunfar. Estamos novamente, diante daquilo que nossos antepassados já consideravam como o grande problema,  e pelo qual fizeram evoluir uma Instituição como a nossa.

Nesta época em que se está impondo o pensamento único e a globalização que servem para que o ser humano seja menos livre, aumentam as desigualdades e se incrementa a não solidariedade, os valores que nós defendemos são a antítese de estes valores negativos que se vão estendendo em nossa cultura.
Diante dos fanatismos a tolerância, é admitir o que é diferente, aceitar que outro possa pensar de forma distinta a nossa, admitir que ninguém possui a verdade absoluta, e que as diferentes formas de ver, são facetas e caras de uma verdade absoluta que cada um observa e que as vezes como faces opostas de uma mesma figura, poderia nos parecer que são antagônicas quando na realidade não são.

Esta tolerância que nos permiti aceitar o diferente, o estranho, que nos possibilita conhecer melhor a outra pessoa e quando melhor conhecermos as pessoas teremos menos racismo e menos xenofobia, fatores que tem peso importante em nossa sociedade. Este é sem dúvida, um valor importante, que devemos de forma profunda compensar, diminuir e anular com nossos exemplos e nossas ações nos círculos em que nós vivemos, os males que o fanatismo possui.

Diante da ignorância, o conhecimento, o conhecimento pessoal, o conhecimento enriquecedor, o conhecimento que permitirá que o ser humano seja capaz de possuir critérios próprios, de possuir parâmetros que o permitam analisar se aquilo que vê, ou aquilo que lhe dizem, reúne ou não condições e os valores que o querem transmitir. Atualmente, em algumas ocasiões parece que o mais importante é negar uma realidade, já que desta forma faz com que a mesma não exista. É necessário que fomentemos ao máximo o conhecimento, a compreensão e que voltemos aos valores da educação de extrair de cada um o melhor que disponha e de conduzi-lo a níveis mais elevados.

Diante da ambição e da não solidariedade, a solidariedade, o amor fraterno, a fraternidade ou irmandade geral, para lutar precisamente contra os valores mais característicos destes tempos, e que se implantaram na metade dos últimos 50 anos, do século passado, nas sociedade mais desenvolvidas e cujo expoente ficava perfeitamente claro em um texto de psicologia intitulado “Os escaladores da pirâmide”. No qual se explica o que cada um deve fazer para atingir o cume desta pirâmide social onde uma série de indivíduos tentam ascender a mesma pelas suas diferentes faces e a tarefa que temos é tirar os que estão em cima e derrubar os que vem de baixo, para que não nos alcancem. Esta é a antítese da solidariedade, a antítese do amor fraterno e a antítese desta situação, por tanto é uma valor importante.

Na atualidade se está vendo em todas as partes fundamentalistas de todas as tendências tratando a fé de afogar a liberdade dos homens abaixo de um jugo de terror, o que bastaria para justificar plenamente a necessidade da persistência de nossa Instituição.
Neste sentido queremos dizer quais sãos as perspectivas da Maçonaria para este SÉCULO XXI:
  • Tem sentido, ou está antiquada, uma coisa para “velhos” ou nostálgicos ?
Acreditamos que existe um sentido básico. Não é uma ONG, não é uma seita, não é uma religião, é um forma de moral pessoal com projeção externa que defende valores que continuam vigentes, por tanto, pensamos que se sabemos explicar esta vigência de valores, explicando como no início a respeito da tirania, ou em relação com o absolutismo das monarquias que existiam no século XVIII e no século XIX, com uma configuração atual que apresentam estes inimigos seculares da Maçonaria, ela tem um porvir positivo e progressista. Somos otimistas quanto ao futuro. Se nos convertermos em uma ONG, seguramente não teremos futuro, existem pessoas que fazem melhor do que poderemos fazê-lo. Se unicamente nos dedicarmos a fazer uma espécie de psicodrama entre nós, sem nos aprofundar nos princípios esotéricos, nos simbolismos e na tradição iniciática que já dissemos vem de muito longe, também perde interesse e então se terá pouco futuro. Pensamos que se mantendo os princípios basilares e mantendo as raízes que por sua própria transmissão, desde feitos muito antigos, raízes básicas e profundas, aí teremos um futuro esperançoso que desejamos atingir à Maçonaria, e esplendoroso século XXI, e basicamente que a nossa Instituição seja para melhoria da Humanidade.

E, finalizando gostaria de assinalar a importância que tem nossas reuniões em Loja, pois a Maçonaria é uma espécie de escola de forma multidisciplinar na qual o fato da reunião ir ao seio de suas Lojas, a Irmãos de diferentes procedências, aptidões e conhecimentos, forçosamente faz que cada um de seus membros possam extrair algumas conclusões:
  • A primeira das quais de forma indubitável é a que não só nós temos uma idéia senão que os outros Irmãos possuem idéias; que se os outros podem aprender com nossas idéias, nós também podemos aprender deles e que o conjunto de cada um se manifesta, o conjunto dos conhecimentos dos diferentes Irmãos na Loja faz que sejamos muito mais enriquecidos e que o todo que cada um leva é sempre maior que a soma das partes.
A necessidade de implantar novos valores, valores transcendentes, valores que superam os próprios aspectos humanísticos. Tendo em conta os aspectos transcendentais que dá sentido a nossa Instituição e que devemos fazer com que a tradição própria da Maçonaria, se mantenha, apesar das mudanças que as vezes possam se parecer necessárias.

Pensamos que a sociedade, especialmente a mais jovem, começa a demandar a existência de instituições que dêem valor a estas tradições, e que não encontram comumente. Talvez, por este motivo sem que possamos explicá-lo normalmente, muitos estão procurando instituições alternativas, ONG’s, e em outras filosofias não dentro da nossa tradição, e sim em outras culturas, como por exemplo as orientais. Mas é evidente, que existe um núcleo importante de jovens que se dirigem a este sentido e quando encontram alguma coisa que reúna esta condições se comprometem com as Instituições que venham a participar.

Cabe-nos receber e orientar esses jovens. E aqui a importância de recebê-los com todo o amor fraterno que possamos ter.




Luto em nossa Loja!


quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O dia do FICO!

Dia do Fico

 


Ir.'. Dom Pedro I  do Brasil e IV de Portugal
(Guatimozim)


 
A  expressão,Dia do Fico, deve-se a uma frase célebre de dom Pedro, então príncipe-regente do Brasil, que era na época um Reino Unido a Portugal e Algarves:
Em 9 de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta da corte de Lisboa, exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta ideia, pois pretendiam recolonizar o Brasil e a presença de D. Pedro impedia este ideal. Porém, D. Pedro respondeu negativamente aos chamados de Portugal e proclamou : ""Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto! Digam ao povo que fico".

Porém, para compreendê-la melhor, é necessário conhecer o contexto em que ela foi dita:
Em 1807, com o objetivo de expandir seu poder sobre o continente europeu, Napoleão Bonaparte planejava uma invasão sobre o reino de Portugal, e, para escapar dos franceses, a família real portuguesa transferiu-se para o Brasil, que se tornou o centro do Império português.

A chegada da família real teve um grande significado para o desenvolvimento do país que até então, era uma das colônias portuguesas. A fixação da corte no Rio de Janeiro teve inúmeras consequências políticas e econômicas, dentre as quais devemos destacar a elevação do país à categoria de Reino Unido, em 1815. O Brasil então deixava de ser colônia.

Entretanto, cinco anos depois, com as reviravoltas da política européia e o fim da era napoleônica, uma revolução explodiu em Portugal. As elites políticas de Lisboa adotaram uma nova Constituição e o rei dom João VI, com medo de perder o trono, voltou do Rio para Lisboa, deixando aqui seu filho, dom Pedro, na condição de príncipe-regente.

As cortes de Lisboa, porém, não aprovavam as medidas tomadas por dom Pedro para administrar o país. Queriam recolonizar o Brasil e passaram a pressionar o príncipe para que também retornasse  a Lisboa, deixando o governo do país entregue a uma junta submissa aos portugueses.

A reação dos políticos brasileiros foi entregar ao regente uma lista com aproximadamente  8 mil assinaturas solicitando sua permanência no Brasil. A resposta de dom Pedro foi a célebre frase citada acima. Ela marca a adesão do príncipe regente ao Brasil e à causa brasileira, que vai culminar em nossa Independência, no mês de setembro daquele ano. Assim é que encontraremos os maçons José Joaquim da Rocha e José Clemente Pereira organizando o episódio que ficou conhecido como o Dia do Fico.

 O Dia do Fico, deste modo, é um dos marcos do processo de libertação política do Brasil em relação a Portugal. Movido por Maçons com intensão de liberdade!
 

AS SETE LEIS HERMÉTICAS


 1ª  Lei do Mentalismo:

O universo é mental ou Mente. Isso significa que todo universo fenomenal é simplesmente uma criação mental do TODO... Que o universo tem sua existência na Mente do TODO.
Uma outra maneira de dizer isso é: "tudo existe na mente do Deus e da Deusa que nos 'pensa' para que possamos existir. Toda a criação principiou como uma idéia da mente divina que continuaria a viver, a mover-se e a ter seu ser na divina consciência."
"O Universo e toda a matéria são consciência do processo de evolução."
Minha opinião é que toda a matéria são como os neurônios de uma grande mente, o universo consciente, que "pensa".
Todo o conhecimento flui e reflui de nossa mente, já que estamos ligados a uma mente divina que contem todo o conhecimento.
É claro que não estamos conscientes de "todo o conhecimento" em qualquer momento dado, por que seria uma tarefa exorbitante manuseá-lo e processa-lo e ficaríamos loucos no processo.
Os cinco sentidos do cérebro humano atuam tanto como filtros como fontes de informação. Eles bloqueiam uma considerável soma de informação caso contrário seriamos esmagados por informações que nos bombardeiam minuto a minuto como sons, cheiros e até idéias, não seriamos capazes de nos concentrarmos nas tarefas especificas em mãos. Mas sob condições corretas de consciência podemos moderar, ou até desligar o processo de filtração, com a consciência alterada, o conhecimento universal (i.e. Registros Akáshicos)
torna-se acessível. Abramos nossa mente ao TODO (i.e. o Uno, Deusa + Deus). Deixemos o conhecimento entrar.


2ª  Lei da Correspondência:  


"Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo."
Essa lei é importante porque nos lembra que vivemos em mais que um mundo.
Vivemos nas coordenadas do espaço físico, mas também vivemos em um mundo sem espaço e nem tempo.
A perspectiva da Terra normalmente nos impede de enxergar outros domínios acima e abaixo de nós. A nossa atenção está tão concentrada no microcosmo que não nos percebemos o imenso macrocosmo à nossa volta. O principio de correspondência diz-nos que o que é verdadeiro no macrocosmo é também verdadeiro no microcosmo e vice-versa.
Portanto podemos aprender as grandes verdades do cosmo observando como elas se manifestam em nossas próprias vidas.
Por isso estudamos o universo: para aprender mais sobre nós mesmos.
Na menor partícula existe toda a informação do Universo.


3ª  Lei da vibração:

Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento.
Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel , mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia com as vibrações térmicas do seu meio ambiente.
A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.


4ª  Lei da Polaridade:


A polaridade é a chave de poder no sistema hermético. Tudo é dual. Os opostos são apenas extremos da mesma coisa. Energia negativa (-) é tão "boa" ou "má" quanto energia positiva (+).

5ª  Lei do ritmo:  


Tudo está em movimento, a realidade compõe-se de opostos.
E os opostos se movem em círculos.
As coisas recuam e avançam, descem e sobem, entram e saem. Mas também giram em círculos e espirais. A lei do ritmo nos assegura que cada ciclo busca sua complementação. A grande roda da vida esta sempre fazendo um circulo. O que se muda é o tamanho desse círculo.


6ª  Lei do Gênero:


O principio hermético do gênero diz que todos tem componentes masculinos e femininos. É uma importante aplicação da lei da polaridade. É semelhante ao principio com o principio animas animus que Carl Jung e seus seguidores popularizaram, ou seja que cada pessoa contém aspectos masculinos e femininos, independente do seu gênero físico, nenhum ser humano é 100% homem ou mulher, e isso é até astrologicamente explicado, uma vez que todos somos influenciados por todos os signos (uns mais, outros menos), e metade do zodíaco é feminino, enquanto que a outra metade é obviamente masculina (Esse é mais um argumento que suporta a igualdade entre Deus e Deusa).
Em todas as coisas existe uma energia receptiva feminina e uma energia
projetiva masculina, a que os chineses chamavam de Yin Yang (e o que os bruxos chamam de Deusa e Deus).


7ª  Lei de Causa e Efeito:


Em sua forma tradicional, a lei de causa e efeito diz que nada acontece por acaso, que para todo efeito existe uma causa, e que toda causa é, por sua vez, um efeito de alguma outra causa.

Tábua de Esmeraldas - Hermes Trismegisto


 "Isto é verdade, sem mentira, muito verdadeiro" (a verdade nos três mundos)
"O que está embaixo é como o que está em cima" (Lei da Analogia)
"E o que está em cima é como o que está em baixo" (Lei da Correspondência)
"E como todas as coisas vêm e vieram do Um" (Lei do número)
"Assim todas as coisas são únicas por adaptação" (Lei da Adaptação)
"O Sol é seu pai; a Lua é sua mãe; o vento carregou-o no ventre; a terra é sua nutriz" (os quatro elementos)
"Separarás a terra do fogo, o sutil do espesso, docemente como Grande
Indústria" (Arcano da Salvação, separação da matéria do espírito)
"Ele sobe da Terra para o Céu, e de novo desce a Terra e recebe a força das coisas superiores e inferiores" (Lei da Evolução/Involução)
"Terás por esse meio toda glória do número e toda escuridão se afastará de ti. É a Força forte de todas as Forças." (Lei do Amor e do Sacrifício)
"Por que ele vencerá toda coisa sutil, e penetrará toda coisa sólida." (É
pela lei do amor que o espírito move o Universo)
"Assim foi criado o mundo" (Lei da Realização)
"Disso saíram inúmeras adaptações cujo meio está aqui. Por isso fui chamado de Hermes Trismegisto, possuindo as três partes da filosofia do mundo" (Divino, Astral e Físico)
"O que disse da cooperação do Sol está realizado e aperfeiçoado"

Pra que serve uma Loja Maçônica?




                    A Loja é a ferramenta proposta pela Filosofia Maçônica para realizar seu objetivo de “construir uma Humanidade melhor e mais esclarecida”. Tem a finalidade de formar M\M\preparados para fazerem parte da Família Maçônica Universal.Para isso tem que recrutar novos elementos do mundo profano que, em sua sabedoria, julgue capazes de absorver os conhecimentos simbólicos, interpretá-los e exercitá-los.Não é à toa que os três graus simbólicos são os de Apr\, Comp\ e M\M\.Essas células conhecem bem o seu papel e estão aptas a executa-lo. Leviandade é a promoção de Iir\ despreparados, e traição aos mesmos é dar-lhes a impressão de que ostentam o grau de conhecimento que lhes é necessário para serem promovidos. A L\ deve se preocupar em crescer organizada e harmoniosamente, no organismo humano, o crescimento desorganizado de células é chamado de CÂNCER. A L\ representa o Macrocosmo e Microcosmo.


                 As atividades da L\ se desdobram em dois planos igualmente importantes: o Administrativo e o Liturgico.

                   O Administrativo diz respeito à continuidade da vida do organismo físico, e o segundo é relativo à energização deste, permanentemente, pelo trabalho esotérico. O desenvolvimento equilibrado desses dois aspectos tornará possível a realização dos objetos da Ordem, razão de ser da Loja. A L\ deve estar organizada de forma a poder funcionar hamoniosamente, com suas funções bem distribuídas, com a realização dos trabalhos administrativos no momento adequado, fazendo com que o apoio necessário seja efetivo para permitir que a L\cumpra sua atividade-fim de formar M\.As atribuições das Luzes, Dign\ e dos Oofic\devem ser rigorosamente cumpridas conforme os regulamentos da Ordem, das Potências, Orientes e Lojas. 

O tempo útil de uma Sessão - aquele desde a L\composta até o encerramento, não deve ser desperdiçado e utilizado na formação de M\.Os Oofic\, principalmente o Secr\, deve dedicar mais tempo à Ordem. É um dever de todos os IIr\.Deve-se estudar a melhor forma de executar os trabalhos de Secretaria, Tesouraria, Oratória, Chancelaria, Hospitalaria, Vigilâncias, Veneralato e Arquivo da L\. Os levantamentos estatísticos , ata, expediente, registros devem ser realizados sistematicamente fora das Sessões.

                   O Litúrgico: a prática do Ritual. O Ritual Maç\é o conjunto de Atos Litúrgicos e Não Litúrgicos que, coerentemente com a linha do pensamento filosófico do Rito a que  pertence a L\, estabelece a maneira adequada de realizar os trabalhos durante a Sessão Ritualística. O Ritual é a expressão máxima da Sabedoria da Ordem, desde que devidamente interpretado e vivenciado.  


       
Ir. Denilson Forato - VMD-MI

As 4 Virtudes Cardeais



Virtude = tendência para o bem, que deve ser ensinada, vigilantemente, desde os primeiros anos de vida.


O número 4, segundo Pitágoras, representa a justiça pois 4 corresponde a soma de dois números pares e iguais (2 + 2), o quadrado também cumpre a mesma função. Justiça: idéia de proporcionalidade, medida, adequação. A virtude das virtudes, já que sua completa realização corresponde ao bem comum. O bem que não é só meu, nem teu, mas que inclui a comunidade, beneficiando a cada um e a todos, simultaneamente.

A justiça aponta para a finalidade da ação e a prudência é a mestra do como fazer: "Para bem agir, é necessário não apenas fazer algo, mas fazer como se deve, ou seja, é necessário agir de acordo com uma opção bem regrada e não apenas por impulso ou paixão." Esta frase de São Tomas de Aquino resume aquilo que é o agir virtuoso: a prudência.

Todavia, a vida nos coloca situações onde o exercício da prudência torna-se difícil. É necessário seguir em frente, sem titubear, mesmo não sentindo a força suficiente para tanto. Nestes momentos, se faz presente a coragem. Coragem virtude de iniciar, de buscar novos caminhos, de não nos imobilizarmos. Afrontar o perigo, mas com prudência (não em excesso), sem se deixar levar pela covardia, nem seduzir pela temeridade.

Justiça, prudência, coragem já temos um triângulo. Falta uma última para fecharmos o quadrado.
A virtude restante fala do contentamento com o uso de nossos prazeres sensuais (comer, beber, cheirar, transar, olhar...) virtude busca do bem. O bem a forma justa, adequada, harmoniosa. Como temperar uma salada: o azeite, o sal, o limão, a mostarda, o gergelim. Todos os temperos devem estar proporcionais, nem mais, nem menos. A medida certa, saborosa. A quarta virtude é a temperança.
Temperança, que para mim, tempera as outras três virtudes (justiça, prudência, coragem) todas vivenciadas na justa medida. Deste modo, o quadrado circula e as quatro virtudes transformam-se numa só. Qual?

Para ela não temos um conceito definido, é só uma idéia. As quatro virtudes cardeais são uma só, formam um quadrado mutante que circula para o bem do planeta.

“A Marcha do Aprendiz”

Introdução

             Cada um dos três graus simbólicos tem sua marcha particular. A marcha, acompanhada dos sinais especiais em cada degrau, é obrigatória para todos os maçons que entram no templo quando os trabalhos são abertos. O significado maçônico da marcha corresponde a técnica adotada nos três graus simbólicos para o candidato a perfeição caminhar do ocidente para o oriente isto é, das trevas para a luz.

Desenvolvimento

            A marcha do aprendiz (todos já sabem).

Atenção, o esquadro representa fundamentalmente a faculdade do juízo que nos permite comprovar a retidão ou a sua falta, ou seja, a forma octogonal das seis faces que tratamos de lapidar a pedra bruta, assim como a de suas arestas e dos oito ângulos triedros nos quais elas se unem, como o objetivo de fazer com que a pedra se torne retangular, como deve ser toda pedra destinada a formar parte de um edifício.

É por intermédio do esquadro que nossos esforços para realizar o ideal ao qual nos propusemos podem ser constantemente comprovados e retificados. Isto é feito de maneira que estejam realmente encaminhados na direção do ideal e que a cada passo do pé esquerdo (passividade, inteligência, pensamento), deve corresponder um igual passo do pé direito (atividade, vontade, ação) em esquadro, ou seja, em acordo perfeito com o primeiro.

            Reportando-se ao zodíaco os seus três passos correspondem aos três signos, carneiro, touro e gêmeos. No primeiro passo correspondente a o signo do carneiro que está sob a influência de marte evoca a idéia de “luta”. Touro, que inspira o segundo passo, exprime o trabalho perseverante e desinteressado. Quanto gêmeos, que está sob a influência de mercúrio, é considerado signo da fraternidade. Se nos reportarmos aos elementos, o carneiro é o signo do fogo, touro o signo da terra e gêmeos o signo do ar, indicando o primeiro passo o ardor, o segundo a concentração e o terceiro a inteligência.

            Os três passos de sua marcha, os três anos do aprendiz e ainda lembrando as três viag.'. da iniciação, são evidentemente o símbolo do tríplice período que marcará as etapas de seu estudo e de seu progresso.

Estes três períodos referem-se particularmente às três artes fundamentais (a gramática, a lógica e a retórica) a cujo estudo deve aplicar-se, ainda que deva contentar-se com dominar unicamente a primeira, por ser a perfeição da segunda e da terceira, respectivamente, o objeto do domínio dos companheiros e mestres.

A primeira entre as sete "artes liberais" - a gramática - refere-se ao conhecimento das letras (em grego gramática: "sinais, caracteres ou letras"), isto é, ao conhecimento dos princípios ou elementos simbólicos com os quais é representada a verdade. Neste estudo é onde principalmente deve ser demonstrada a capacidade do aprendiz, que ainda não sabe ler nem escrever a linguagem da Verdade, senão que se exercita tanto num como no outro, soletrando ou estudando uma por uma as letras ou princípios elementares nos quais pode resumir-se e nos quais pode ser traçada a origem de todas as coisas.

Há também, evidente referência dos três passos do aprendiz ao conhecimento dos três primeiros "números" ou princípios matemáticos do universo: o número um, ou seja, a unidade do todo; o número dois, ou seja, a dualidade da manifestação, e o número três, ou seja, o ternário da perfeição.

Este conhecimento filosófico dos três números é de verdadeira e fundamental importância, enquanto compendia e sintetiza em si todo o conhecimento relativo ao mistério supremo das coisas. Pitágoras o expressou admiravelmente nas palavras: A unidade é a lei de Deus (ou seja, do primeiro princípio, da causa imanente e pré-antinômica), o número (nascido da multiplicação da unidade e por meio da dualidade) é a lei do universo, a evolução (expressão da lei do ternário) é a lei da natureza.

Ou, segundo as palavras de Ramaseum de Tebas: Tudo está contido e se conserve no um, tudo se modifica e se transforma por três: a mônada criou a díade, a díade produziu a tríade, e a tríade brilha no universo inteiro.

Cabe aqui citar o axioma hermético da "câmara de reflexões": VITRIOL. Devemos adentrar a realidade do próprio mundo objetivo, e não contentar-nos com seu estudo ou exame puramente exterior. Então, retificando constantemente nossa visão e os esforços de nossa inteligência como demonstra a cuidadosa retidão dos três passos da marcha do Aprendiz atingiremos o conhecimento da verdade que nos liberta da ilusão.

Conclusão

 Concluímos que para podermos atingir a perfeição e podermos caminhar do Ocidente para o Oriente devemos primeiramente ser iniciados, dando assim o primeiro passo na busca do conhecimento.
Com base na simbologia maçônica da marcha na retidão do esquadro e no trabalho perseverante possamos cada vez mais nos desbastar a fim de nos tornarmos uma pedra polida, e que todo o símbolo, todo o rito (que são os símbolos em ação) perdem o seu valor e não passam de “afetação” desde que deixam de ser respeitados exatamente como deveriam ser.

Autor:  Ir.'. Denilson Forato

 Bibliografia:
 Ritual do Aprendiz Maçom, 
A Simbólica Maçônica, de Jules Boucher, Ed. Pensamento, São Paulo, 14º ed., 2000.
Manual do Aprendiz Maçom: Introdução ao estudo da Ordem e da Doutrina Maçônica, de Aldo Lavagnini.