quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Qual sua opinão? Maçonaria via Internet.


 Eu pessoalmente, não concordo. Sou conservador!

Existe uma turma mais conservadora na Maçonaria que acredita ser a Internet a decadência da Maçonaria. Para esses, a Internet vem promovendo uma “banalização” da tradição e ensinamentos maçônicos ao tornar acessível todo tipo de material literário maçônico que se possa imaginar.
O engraçado é que, enquanto a Internet é algo relativamente jovem, tendo mal alcançado sua maioridade, faz pelo menos três séculos que a Maçonaria tem enfrentado ataques, através principalmente de livros e bulas papais. A Internet é apenas um meio de comunicação. Não é a Internet que causa algum mal à Maçonaria, senão a ignorância,  a intolerância e o fanatismo dos homens.
Faça um exercício simples: vá até um parente ou amigo que não seja maçom e pergunte se ele já visitou algum site ou blog de maçonaria. Provavelmente você escutará um não, por não ser um assunto de interesse dele. Na Internet, assim como em qualquer outro meio, a literatura não cai no seu colo, você tem que procurar. E só procura por um tema aquele que se interessa por ele. Aqueles que leem sobre Maçonaria na Internet são, quase que em totalidade, maçons. Os curiosos são pouquíssimos, e para esses há também uma infinidade de livros nas livrarias e bibliotecas de todo o país. A culpa definitivamente não é da Internet.
Faça um outro exercício: pesquise os sites antimaçônicos na Internet. Esses sites argumentam de forma intolerante contra a maçonaria e realizam interpretações literais distorcidas e equivocadas de frases isoladas de obras maçônicas. Verifique se as fontes maçônicas usadas por esses movimentos fanáticos são sites da Internet ou se são livros. Você irá descobrir que utilizam uma densa bibliografia maçônica de autores consagrados como Pike, Mackey e Oliver. Mas nenhum site ou blog maçônico.
Mesmo assim, o preconceito dos mais conservadores para com a Maçonaria na Internet e os Irmãos que a promovem ainda é forte.  E por conta disso, pode-se ver um grande contraste de conceitos dentro da instituição: Por um lado, você tem os maçons escritores de livros, cujos livros estão disponibilizados nas livrarias de qualquer Shopping do país, acessíveis a qualquer um disposto a pagar. Esses são considerados pelos conservadores como os intelectuais de maçonaria, imortalizados pelas páginas impressas. Por outro, você tem os maçons blogueiros, cujos blogs proporcionam literatura maçônica diária, gratuita e de qualidade aos irmãos. Esses últimos são considerados pelos conservadores muitas vezes como os traidores da Ordem.
Mas a verdade é que tanto o autor de livros como o blogueiro fazem a mesma coisa: escrevem. Ambos são escritores, apenas publicando em formatos diferentes. Não se deve julgá-los pelo meio de publicação e sim pelo conteúdo que produzem.
Há ainda outros pontos a serem considerados:
No caso dos livros maçônicos publicados, seus preços são relativamente altos, visto a leitura ser específica, não havendo economia de escala; há a necessidade do Irmão se deslocar até uma grande livraria ou comprar pela internet, o que gera um custo de frete e demanda tempo; são poucas as editoras que publicam o gênero, o que faz com que as obras demorem muito a serem publicadas. Em contrapartida, as editoras servem como “filtro”, em que grandes aberrações não costumam ser publicadas, além dos livros serem mais densos, proporcionando conteúdo mais completo sobre o tema abordado.
Já no caso dos blogs maçônicos, o prazo entre a produção e a publicação é praticamente inexistente, assim como o prazo para acesso ao conteúdo; os escritores não são reféns da boa vontade de editoras; o conteúdo é gratuito e a publicação e distribuição não ficam restritas geograficamente. Em contrapartida, não existe um “filtro de qualidade”, o qual deve ser feito pelo próprio leitor, e o conteúdo é, necessariamente, resumido.
Enfim, cada meio possui os seus prós e contras. O sociólogo canadense McLuhan estava certo em sua afirmação de que “o meio é a mensagem”, pois o meio impacta diretamente no formato e modo de transmissão da mensagem, e consequentemente sua absorção. Mas até McLuhan manteve o conteúdo isento de tal conceito.
O que o maçom de hoje precisa ter em mente é que esse é o mundo em que vivemos. Blogueiros são convidados para cobrirem grandes eventos, entrevistam presidentes da república e dão entrevistas para rádios, revistas e programas de TV. Um curioso não descobrirá mais ou menos sobre maçonaria com um blog do que visitando uma livraria ou biblioteca pública. Seja livro, blog, revista, site ou jornal, todos são escritores, e quase nunca se restringem a um único meio.
Por isso, valorize o escritor maçônico. Valorize aqueles Irmãos que se preocupam em compartilhar conhecimento com os demais. O meio pouco importa, desde que o conteúdo chegue aos Irmãos, faça-os refletir e colabore em seus desenvolvimentos.

O QUE MUDARÁ NA MAÇONARIA APÓS PANDEMIA?



NADA! Reafirmo categoricamente: NADA!
 

MAÇONARIA É UMA ORDEM DE VALORES, TEM SUAS BASES EM VALORES  
E VALORES NÃO MUDAM!


Liberdade, Igualdade, Fraternidade, Fé, Esperança, Caridade, Justiça, Retidão, Honra, Beleza, Força e Sabedoria e muitos outros valores formam a Maçonaria.

É uma ideia equivocada dizemos: “Entramos para a Maçonaria”. A verdade é que nos “propomos” a um comportamento fundamentado em conceitos e juízos considerados elevados, que denominamos “Sãos Princípios”.

Os Sãos Princípios nos são transmitidos desde a iniciação. Com o passar do tempo, NÓS podemos ou não aperfeiçoá-los, a partir de vivências e experiências junto à Ordem e à sociedade.

O MAÇOM É CONSTRUTOR SOCIAL e, ao mesmo tempo, se dedica ao ATO DE “ESCULPIR-SE”.

A Maçonaria é a mesma, Indiferentemente de cultura, tradição, religião, raça, língua, latitudes e longitudes.

A mesma Maçonaria que esteve PRESENTE nas Grandes Guerras e nos conflitos regionais, que esteve PRESENTE nas Pandemias da Peste Negra, da Cólera de 1817, da Gripe Espanhola de 1918, da Gripe Suína de 2009, que esteve PRESENTE nas ditaduras, nas adequações da linguagem e nas transformações tecnológicas, essa Maçonaria não mudará em nada.

A maneira como nos aproximaremos dos valores maçônicos, se adequará ao seu tempo, como sempre se adequou.

Recordemos os registros históricos que narram nossas primeiras Lojas se reunindo no “profano” mundo das tabernas. Duvido muito, que havia nesta época o “comedimento próprio dos maçons”.

E os Ritos? Estes foram criados sob a influência das circunstâncias da realidade do momento.

A linguagem também foi atualizada: - Eu vós saúdo por anóveas! – Estamos devidamente protegidos de lambisgoias! – Suso da cadeira do Segundo Vigilante encontra-se a .........

Portanto, os labores maçônicos se adequaram, sejam em ambientes, formas ou linguagem ao mundo físico, que é o ambiente de atuação do Maçom.

E o Maçom? Mudará? Sim! Como mudaram os Irmãos que vivenciaram as Grandes Guerras, os conflito regionais, as pandemias anteriores, as ditaduras e todas as adequações que a vida cotidiana nos exige.

O COVID-19 é o catalisador maçônico, que pode acelerar o ato de “esculpir-se”. Lamentavelmente é preciso o “CAOS” para compreendermos os valores da “ORDEM”.

Estamos em um processo acelerado de reavaliação de futuros comportamentos, reflexões sobre atitudes tomadas, incontáveis ações em prol de tornar feliz a humanidade, tudo isso NO PRESENTE DO AGORA.

Mas, desde que fomos iniciados, ou seja, ANTES DO AGORA, já sabíamos do V.I.T.R.I.O.L.,. A questão está no DEPOIS DO AGORA.

Tornarmos-nos elementos ainda mais úteis na e para a sociedade. Portanto, precisamos, simplesmente, cumprir nosso desiderato: A Pedra Cúbica.

Neste décimo quarto ano de compartilhamento de instruções maçônicas, continuamos a incentivar os Irmãos ao estudo, reflexão e, principalmente, pelo momento em que vivemos a fraternidade solidária entre os Irmãos.

Sinto muito, me perdoe, sou grato, te amo. Vamos em Frente!
 

Fraternalmente