segunda-feira, 20 de junho de 2022

200 ANOS - AS CORES DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - AS CORES DO GOB

 

200 ANOS - AS CORES DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

AS CORES DO GOB



Azul, Vermelho e Branco - as cores distintivas do Grande Oriente do Brasil.

Fundado com a finalidade de trabalhar pela independência do Brasil da Coroa Portuguesa, o Grande Oriente Brasílico (seu nome na época) seria fundado no dia 17 de junho de 1822. Liderado por José Bonifácio de Andrada e Silva, o seu primeiro Grão-Mestre, já no mês de agosto seguinte o Grande Oriente receberia em iniciação na Ordem a sua Alteza, o Príncipe Regente D. Pedro I que adotaria o nome simbólico de Guatimozin em homenagem ao último imperador Asteca que fora seviciado por Cortez durante as invasões espanholas.

Para a fundação do Grande Oriente houve necessidade de desmembramento da Loja Comércio e Artes em mais duas outras - a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói. Isso se deu por regra de regularidade, já que para a fundação de um Grande Oriente seria necessário o mínimo três Lojas (como hoje ainda é).

Como os Irmãos brasileiros não queriam se submeter à nenhuma Obediência de nação estrangeira, pois a finalidade mor era a de conseguir a Independência do Brasil, houve então a necessidade de desmembramento para que dele resultasse a fundação de um Grande Oriente exclusivamente brasileiro.

No dia da sua fundação (17/06), reunidas as três Lojas em assembleia, para que se pudesse identificar a qual Loja pertencia cada um dos presentes durante as votações, foi adotado a forma de identificação por fitas coloridas (azul, vermelho e branco) que iam amarradas no braço direito de cada participante. Assim, a Loja Comércio & Artes ficaria identificada pela cor azul, a Esperança de Niterói pela vermelha e a União e Tranquilidade pela branca.

Foi devido a isso que as cores, vermelho, azul e branco seriam adotadas como matiz oficial da heráldica do Grande Oriente do Brasil.

Mas afinal o que é a cor ? A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada ao nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. Ou seja a “Cor” é uma impressão provocada nos olhos pela luz refletida pelos corpos.

Na maioria dos ritos conhecidos e praticados, principalmente aqueles administrados pelo Grande Oriente do Brasil – GOB os três primeiros graus formam a chamada Maçonaria Azul (A cor do céu no seu infinito, como infinita deve ser a tolerância condicionada nas atitudes dos Maçons), que agrega as Lojas Simbólicas, os graus 1, 2 e 3, Aprendiz, Companheiro e Mestre, respectivamente.

A Cor do R.’.E.’.A.’.A.’.

 


A cor distintiva do REAA sempre foi vermelha encarnada (hoje usado pelo GOP-COMAB), cujas origens primitivas são devidas aos Stuarts, reis católicos da Inglaterra.

Em se tratando da cor azul, que na contramão da história assola o Rito Escocês em boa parte da Maçonaria brasileira, embora muitos não aceitem esse argumento verdadeiro, a principal razão para tal vem de acontecimentos ocorridos na cisão de 1927 no GOB e capitaneados pelo Irmão Mário Marinho Behring, fundador das Grandes Lojas Estaduais Brasileiras.

A realidade, entretanto é que a cor predominante no Rito Escocês Antigo e Aceito é a vermelho encarnado, embora ainda vivamos no Brasil com enxertos e na contramão da história, atendendo rituais “azulados”, de influências da Grande Loja Unida da Inglaterra (por tratados de reconhecimento) e dogmas americanos de Charleston, Carolina do Sul - EUA, (mãe do REAA) mas que estão em vigência, o que nos dá a obrigação de cumpri-los irrestritamente, respeitando as Leis maçônicas seculares mesmo que contraditórios.

Mas vale por questões de conhecimento, que o R.’.E.’.A.’.A.’. tem sua origem Stuartista, do Rito de Heredon, é francês mas que sua estruturação se deu em 1801 nos EUA. E por fim, adotamos no Grande Oriente do Brasil a cor azul celeste em nossos templos simbólicos e nos aventais de mestres, mas, existem muitas outras cores no mundo maçônico, e como todo caminho, dá-se o primeiro passo para uma longa jornada.

Autor: Ir. Denilson Forato M.I.

Fonte: A história do GOB-GOB- Brasília - Ed 1- 1999

Site do Ir. Pedro Juk- Grande Secretário de Ritualística do GOB