200
ANOS - AS CORES DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL
AS
CORES DO GOB
Azul,
Vermelho e Branco - as cores distintivas do Grande Oriente do
Brasil.
Fundado com a finalidade de
trabalhar pela independência do Brasil da Coroa Portuguesa, o Grande Oriente
Brasílico (seu nome na época) seria fundado no dia 17 de junho de 1822.
Liderado por José Bonifácio de Andrada e Silva, o seu primeiro Grão-Mestre, já
no mês de agosto seguinte o Grande Oriente receberia em iniciação na Ordem a
sua Alteza, o Príncipe Regente D. Pedro I que adotaria o nome simbólico de
Guatimozin em homenagem ao último imperador Asteca que fora seviciado por
Cortez durante as invasões espanholas.
Para a fundação do Grande
Oriente houve necessidade de desmembramento da Loja Comércio e Artes em mais
duas outras - a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói. Isso se deu por
regra de regularidade, já que para a fundação de um Grande Oriente seria
necessário o mínimo três Lojas (como hoje ainda é).
Como os Irmãos brasileiros
não queriam se submeter à nenhuma Obediência de nação estrangeira, pois a
finalidade mor era a de conseguir a Independência do Brasil, houve então a
necessidade de desmembramento para que dele resultasse a fundação de um Grande
Oriente exclusivamente brasileiro.
No dia da sua fundação (17/06),
reunidas as três Lojas em assembleia, para que se pudesse identificar a qual
Loja pertencia cada um dos presentes durante as votações, foi adotado a forma
de identificação por fitas coloridas (azul, vermelho e branco) que iam
amarradas no braço direito de cada participante. Assim, a Loja Comércio &
Artes ficaria identificada pela cor azul, a Esperança de Niterói pela vermelha
e a União e Tranquilidade pela branca.
Foi devido a isso que as cores,
vermelho, azul e branco seriam adotadas como matiz oficial da heráldica do
Grande Oriente do Brasil.
Mas afinal o que é a cor ? A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada ao nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. Ou seja a “Cor” é uma impressão provocada nos olhos pela luz refletida pelos corpos.
Na maioria dos ritos
conhecidos e praticados, principalmente aqueles administrados pelo Grande
Oriente do Brasil – GOB os três primeiros graus formam a chamada Maçonaria Azul
(A cor do céu no seu infinito, como infinita deve ser a tolerância condicionada
nas atitudes dos Maçons), que agrega as Lojas Simbólicas, os graus 1, 2 e 3,
Aprendiz, Companheiro e Mestre, respectivamente.
A
Cor do R.’.E.’.A.’.A.’.
A cor distintiva do REAA
sempre foi vermelha encarnada (hoje usado pelo GOP-COMAB), cujas origens
primitivas são devidas aos Stuarts, reis católicos da Inglaterra.
Em se tratando da cor azul,
que na contramão da história assola o Rito Escocês em boa parte da Maçonaria
brasileira, embora muitos não aceitem esse argumento verdadeiro, a principal
razão para tal vem de acontecimentos ocorridos na cisão de 1927 no GOB e
capitaneados pelo Irmão Mário Marinho Behring, fundador das Grandes Lojas
Estaduais Brasileiras.
A realidade, entretanto é
que a cor predominante no Rito Escocês Antigo e Aceito é a vermelho encarnado,
embora ainda vivamos no Brasil com enxertos e na contramão da história,
atendendo rituais “azulados”, de influências da Grande Loja Unida da Inglaterra
(por tratados de reconhecimento) e dogmas americanos de Charleston, Carolina do
Sul - EUA, (mãe do REAA) mas que estão em vigência, o que nos dá a obrigação de
cumpri-los irrestritamente, respeitando as Leis maçônicas seculares mesmo que
contraditórios.
Mas vale por questões de
conhecimento, que o R.’.E.’.A.’.A.’. tem sua origem Stuartista, do Rito de
Heredon, é francês mas que sua estruturação se deu em 1801 nos EUA. E por fim,
adotamos no Grande Oriente do Brasil a cor azul celeste em nossos templos
simbólicos e nos aventais de mestres, mas, existem muitas outras cores no mundo
maçônico, e como todo caminho, dá-se o primeiro passo para uma longa jornada.
Autor: Ir. Denilson Forato
M.I.
Fonte: A história do GOB-GOB- Brasília - Ed
1- 1999
Site do Ir. Pedro Juk- Grande Secretário de
Ritualística do GOB