quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A importância do registro de marcas e patentes na criação de um negócio

 Imagina um produto ou serviço fruto de muito trabalho e recursos, muitas vezes de uma vida de economias e já nos primeiros passos de criação de um negócio, quando está acontecendo a definição do nome, que será a marca, qual será a identidade é preciso dar a devida importância para proteger a propriedade industrial do seu negócio como um todo e garantir que realmente você seja o dono da marca ou inventor do produto.

Antes de quaisquer considerações, sobre marcas e patentes, é preciso esclarecer as noções terminológicas que serão utilizados, como, por exemplo, propriedade intelectual. Conceito esse relacionado à proteção legal e reconhecimento de autoria de uma produção intelectual de fato, tais quais como invenções, patentes, marcas, direitos autorais, softwares, tecnologia e outros direitos,  garantindo ao autor o direito de colher os frutos de sua própria criação.

Marcas e patentes: qual a diferença entre elas e por que você deve dar atenção para ambas?

A patente é o direito de propriedade industrial que protege uma invenção. Se você produz algo que possua valor para a sociedade você é o seu inventor, ou seja, tem o direito de proteger o seu produto e impedir terceiros. Ao requerer a patente de uma invenção, por exemplo, um cientista ou um engenheiro podem exercer o direito exclusivo  temporário a explorar comercialmente essa invenção ou  ceder ou licenciar, em troca de uma recompensa financeira de terceiros.

A marca é também uma criação, embora seu caráter seja mais intangível e sua criação esteja mais ligada à área de marketing. A marca é o que identifica e distingue o empresário, os produtos e os serviços de outros similares, dentro do mercado.

E como isso te ajuda na criação do seu negócio?

O processo de obtenção de registro de marcas e patentes não é simples nem rápido. Por isso a indicação é que seja realizado por um especialista. É um processo complexo que compreende análise de cruzamento de dados para verificar se não há empresas que possam ser conflitantes, pagamentos de taxas, documentos junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para acompanhar o processo em adição a outras etapas. Hoje é possível realizar o serviço online, mas é fundamental ter uma assessoria profissional, para garantir que todas as etapas burocráticas sejam cumpridas de forma mais assertiva e ainda realizar uma vigilância das requisições de marcas semelhantes no mercado por meio do banco de dados do INPI.

Portanto, o registro de marcas e patentes é um procedimento fundamental para o empreendedor, visto que, atualmente, nenhum negócio está a salvo da pirataria e o que não falta no mercado são exemplos de contravenções que ferem a propriedade intelectual em geral. Além disso, ter uma marca registrada ou a patente de um produto junto ao INPI pode fazer toda a diferença na hora de negociar com investidores e parceiros. Ainda assim, muitos empreendedores optam por concentrar seus recursos em vendas e fluxo de caixa, acreditando que o registro só interessa para grandes empresas, quando na verdade essa atitude pode estar limitando o crescimento do negócio.

sábado, 10 de setembro de 2022

Os maçons e a independência do Brasil

 

Se precisássemos definir em poucas palavras o que é um maçom, diríamos que deveria ser uma pessoa em busca de seu aprimoramento moral. Alguém que prima basicamente pelo bem alheio, que combate a tirania, a opressão, o fanatismo e a intolerância. Alguém que cuida e defende sua família, sua pátria e a humanidade. E acima de tudo, crê num ente supremo, o Criador, a quem chamamos ‘Grande Arquiteto do Universo’. No Brasil, no dia 20 de agosto é celebrado o Dia do Maçom.

Acreditando no Criador e que Ele nos fez à sua imagem e semelhança, nós também não deveríamos nos esforçar para nos elevar em Sua direção? A busca pelo conhecimento, a verdade e a liberdade deveria ser o alvo de todos os maçons. E dentro desse contexto já tivemos exemplos na maçonaria brasileira, como Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva. Apesar da rixa que havia entre os dois, ambos lutavam, mesmo que de formas diferentes, pela independência do Brasil.

Podemos citar, por exemplo, a fala de Gonçalves Ledo publicada pelo Fluminense em 1828: “não vivo para sugar o Tesouro como os Andradas fizeram e fazem. Nunca fui pesado ao meu país e dele jamais recebi pelos meus serviços, pois sempre o servi abnegadamente, recusando qualquer recompensa material”.

O Dia do Maçom é comemorado em virtude de que, no dia 20 de agosto de 1822, alguns fatos ocorreram em uma sessão extraordinária entre as Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade, na cidade do Rio de Janeiro. Não trataremos as controvérsias sobre a data, pois diversos debates já foram encenados sobre o tema, mas o motivo que a levou a ser considerada como tal. Ledo estava presidindo a sessão (José Bonifácio, presidente de ofício, não estava presente) e fez um discurso inflamado mostrando a necessidade de se proclamar a independência do Brasil, pedindo apoio aos maçons presentes, o que foi aprovado por todos.

A sessão em si pode não ter influenciado a decisão do imperador no dia 7 de setembro vindouro, mas o apoio de seus irmãos maçons foi muito importante após a proclamação. Uma boa parte da elite era republicana, mas o fato de o imperador ter sido mantido responsável por tal ato contribuiu para que o país não fosse repartido. Vale lembrar que muitos maçons presentes naquela sessão tinham influências nas províncias.

Ir. Denilson Forato  M.I.– Pós graduado em  Maçonologia: História e Filosofia,

Maçonaria, e os cuidados em indicar alguém para a Ordem.

 


“Se o candidato não comer um quilo de sal com você, não estará apto a entrar na Maçonaria” Ir.Denilson Forato M.I.

A entrada na Maçonaria baseia-se numa decisão livre, individual e responsável. A Maçonaria não faz nenhum tipo de proselitismo, portanto qualquer pedido deve emanar da vontade e convicção do solicitante.

A Maçonaria é uma “sociedade discreta e fechada”, onde temos direitos e deveres a cumprir, não sendo um clube de serviços ou “clube do bolinha”. Existem preceitos para fazer parte de nossas fileiras, e mesmo assim com o rigor das sindicâncias, falhamos.

 

    Requisitos para ser um Maçom:

·         Ser um homem consciente do desejo de ingresso, uma vez que o pedido de iniciação à Maçonaria deve ser o resultado da liberdade individual inata, longe de qualquer pressão, influência, dependência ou circunstância que possa coagi-lo.

·         Ser um homem de bons costumes, isto é, digno de confiança, honesto em sua vida privada, em sua maneira de trabalhar, e de boa reputação.

·         Ser um homem que acredita em um princípio superior, e que os maçons, respeitando a liberdade do indivíduo de qualquer crença particular.

 

A adesão à Ordem implica em direitos e obrigações:

 

·         Ter tempo disponível para participar de reuniões e comissões de trabalho voluntário.

·         Ter um meio de vida suficiente para praticar o método maçônico, pagar as taxas, joias e mensalidades.

·         Manter uma coerência ética com seus ideais dentro e fora da Ordem.

·         Compromisso com a Ordem e seus membros para estudar, assimilar e aprofundar os princípios, valores e costumes antigos da maçonaria.

    Procedimento de admissão de um candidato.

Um candidato pode ser recomendado por um membro (Mestre Maçom), de uma Loja Maçônica. Seu pedido será avaliado em momento apropriado, podendo ser aceito ou não, de acordo com a vontade dos seus obreiros do quadro.

O recado é claro, não indique candidatos ruins, para não se ter uma Loja ruim, inexpressiva, inoperante, com membros que nada produzem, apenas são corpos vazios em um local pelo menos uma vez por semana.

Traga para a Ordem, candidatos que agreguem valor cultural e filosófico, onde a Loja cresça e se destaque.

Não traga o amigo do churrasco, o amigo do trabalho, o chefe, o amigo da pescaria, etc.

Vivemos tempos difíceis, onde honra, palavra emprenha, moral e bons costumes, estão em baixa.

Então finalizando, pense e reflita antes de indicar alguém, por mero interesse pessoal.

 

Ir.Denilson Forato - M.I.