sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

TRABALHO SOBRE TRIÂNGULOS



 Triangulo maior          triangulo menor     

Triângulo eqüilátero:
Todos os lados e ângulos iguais.                                  Triângulos isósceles:
Dois lados iguais e                                                        os ângulos opostos a esses lados iguais
                                                                                      
      
Numa certa reunião maçônica, o VM.'. Recebe no Saco de Prop.'. E Inf.'. Uma prancha de um IR.'. Solicitando como se reconhece em loja durante os trabalhos, os triângulos maiores e os triângulos menores que ele nunca viu? E nem comprovou?

Mas tanto aludem e se explicam entre - si os IIR.'. Mais graduados, mais experientes nos segredos da maçonaria que eu fico perdido no meio deles, uma pedra bruta sem utilidade... O que me faz inútil perante aos seus olhos, perplexo e curioso.


O VM.'. Com a pr.' em mãos, e a alegria no coração anuncia aos demais IIR.'. Que este pedido é premente e de interesse geral a todos os IIR.’. Presentes e ausentes a todos os IIR.’. Que habitam o universo, será na OD.’. toda a nossa atenção não só para o IR.'. que pergunta, mas um esclarecimento geral a todos os maçons que vamos tentar desvendar nesta reunião, no andamento dos nossos trabalhos e no tempo de estudos,
e
a reunião prossegue, como prometido, exatamente  no 1/4 hora de estudos o
VM.'. Bate.
E solicita ao IR.'. 1/VIG.'.

IR.'. 1/VIG.'.
Tende a palavra para nos explicar o que significam em maçonaria os triângulos maiores e menores?

Com a palavra o IR.'. 1/VIG.'. Começa a explicar:

 

Caros IIR.'.
Assim como a alma humana não é visível, mas se sente, e o que sabemos dela é pela palavra dos homens religiosos, no corpo fisico e manifestação os chacras dão a seguinte demonstração na seguinte divisão:

- Os três chakras localizados na cabeça e na região da garganta, são governados pela razão.
- Os chakras que estão localizados na frente do corpo, são governados pela emoção.
- Os chakras que estão localizados na parte de trás do corpo, são governados pelo desejo.
E cada chakra está associado com uma das sete cores do arco-íris.

Enquanto a alma nossa razão, induz que toda matéria tem corpo e nele existem propriedades, qualidades e utilidades: por ex. a pedra o ar, etc.
E
A matéria corpo do homem tem algo a mais é dual e substancial; é ao mesmo tempo trina: vegetativa/sensitiva e racional, que esta ligada e soluciona, fazem conhecer a extrema variedade dos fatos da consciência da ação e movimentação e comanda o sistema cerebral, a compreensão dos sentidos e desejos, querer, viver, praticar, participar e se recorda do passado pela memória, e assim a matéria corpo do homem é mutável e eterna.

A alma que não se vê ela enaltece o santo e o sábio, sabe o pecado, orienta o certo e o errado só não tem o perdão. 

Neste pensamento a formação dos triângulos em loja se parece igual tem qualidades e propriedades definidas; e os triângulos também não são visíveis, mas praticados.

Os triângulos entre nós maçons, são símbolos do aperfeiçoamento do homem no caminho da sua formação moral e evolução espiritual. É também um laço místico com profundo vinculo no sagrado e indissolúvel que se estabelece e se forma entre todos os obreiros da Loja durante o desenvolvimento dos nossos trabalhos; e do nosso beneficio aos benefícios em geral com os demais IIR.'. Indo mais alem, a todos os IIR.'. Espalhados sobre a superfície da terra.

IR.'. OR.'. Com a palavra,
- Meus IIR.'. Os triângulos são formados pelos IIR.'. Que trabalham de pé em parte e durante nossa reunião. Observem a circulação em loja que fazem os do IR.'. M.'. CCer.'. Dos IIR.'. DDiac.'. - do IR.'. Hospit.'. Do IR.'. OR.'. Quando abre o LL.'. Todos estes IIR.'. Movimentam-se, e quando saem do OR.'. Ao OC.'. E vice-versa, a circulação que traçam inconscientes os nossos triângulos, maiores e menores.

IR.'. 1/VIG.'. Volta com a palavra:
- por ex. o IR.'. Hosp.'. Com o Tronco de Solid.'. Autorizado pelo VM.'. Parte do OC.'. Ao OR.'. Ao VM.'.
E volta (neste primeiro giro o IR.'. Hosp.'. faz o Triangulo Maior = o triangulo eqüilátero) retorna e completa a coleta aos IIR.'. Do OR.'.
(neste segundo giro faz o triangulo menor = o triangulo isósceles); e continua o percurso da sua missão...

VM.'. Explica:
- Nossos estudos recebem a inspiração e a influência dos Sagrados mistérios Maiores e Menores dos Gregos e dos Egípcios, cujos significados filosóficos pouco diferem, e transmitiram o mesmo conteúdo místico e moral a todas as escolas místicas e filosóficas durante a Idade Média.

Continua com a palavra o VM.'.
Nos mistérios maiores, aludia a vida após a morte, porem com maior exatidão é o emblema da inteligência humana,
Da sua capacidade de governar, de liderar homens e instrumentos, na transformação das coisas terrenas no trato com as causas celestes, e sem duvida, alude o Mistério Maior dos Gregos e dos Egípcios, o método preciso de se dominar os desejos, as paixões e as emoções.

No percurso do triangulo maior, nestes Sagrados Mistérios Gregos/Egípcio, recebem ainda as 12 divindades governamentais, as hierarquias divinas configuradas nos 12 signos do zodíaco, preparando Almas para a mesma Augusta Realidade ocultas e por trás de todas as revelações do Sagrado Triangulo Maior, do passado, do presente e do futuro.

Todavia os ritos atuais visam essa mesma finalidade e relaciona-se nos mesmos conceitos e leis da "eternidade" nos ângulos dos triângulos, apenas com uma realidade diferente, maior ênfase a busca da origem do homem, De onde eu vim? o que sou? e para onde eu vou?
Enigmas manifestos como símbolo das formas existenciais a manutenção, alimentação e evolução das formas de vida.
O ex. da lenda do grão de trigo, a cerimônia do pão e do vinho, a distribuição dos peixes, o Vitriol, mistérios também revelados pela Santa Eucaristia, tudo faz parte da evolução e da identidade da criação, porem com amplo domínio de sua mente.

O IR.'. OR.'.tem a palavra:

- Nos mistérios menores a comparação e representação da matéria e o espírito no homem esta em busca da sua evolução material.
Também são muito significativas, enquanto a busca dos valores reais da vida material comprova que é ilusória, e o maçom devera buscar essa verdade na reflexão e no silencio que permita atingir o mundo astral.
E
No giro do triangulo menor, por ter os seus lados desiguais, é também o emblema do imperfeito, da angustia, e trino no caráter humano, em que os atributos são: A vontade o amor e a Inteligência, na alma quando se manifestam voltam a equilibrar, e a transformar o triangulo perfeito como
O Delta Maçônico, símbolo do Altíssimo manifesto pleno e harmônico como o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Em nossos dias, longe dos campos da ciência exata, e sob o prisma dos mistérios nos ângulos dos triângulos, sempre haverá novos conceitos a respeito da figura, e que poderá envolver tanto a geometria – como ciência abstrata, como moral ou religioso, diante dos fenômenos imaginativos criados pelo espírito humano.

Conceitos esses que, diante de uma reflexão mais aprofundada da criatividade, pode-se admitir ouvir novos conceitos nos triângulos maiores e menores como os princípios das desigualdades, ou como os do triangulo do amor e o triangulo da morte.
Principio das desigualdades?, Triangulo do amor, e triangulo da morte? Que significa isso meu IR.'. ? - pergunta entusiasmado o VM.'.

Por exemplo, continua o IR.'. OR.'. Desigualdade provoca o sentimento de igualdade, senão vejamos: 
Nas relações sociais se nota o mesmo desejo de igualdade:
Os velhos com recursos da ciência e da estética querem, mais do que nunca, parecer jovens.
Padres para nivelar-se aos fiéis deixam de lado a batina e a compostura e casam-se.
Até o papa se deixa filmar esquiando e escorregando na neve, ou nadando em piscina como um atleta qualquer.
Hoje se Aboliram os títulos de nobreza e as fórmulas de cortesia. Todo mundo virou você. E todo você virou o mundo, todos usam jeans e mascam chicletes.

o melhor exemplo da aceitação do que somos vem dos reinos inferiores:
No reino vegetal, por ex. a desigualdade cresce de valor, porque a vida vegetal traz uma variedade maior. e nem por isso reclamam igualdade.
Há cedros majestosos no Líbano, sequóias gigantescas e antiqüíssimas na Califórnia, orquídeas delicadas e exóticas nas selvas brasileiras e repolhos vulgares em qualquer horta.
É a vida, nos vegetais, que lhes permite uma capacidade simbólica maior e daí uma desigualdade maior do que aquela existente entre os minerais.

Se uma jovem vai a uma festa usando um bracelete de metal barato, imitando o ouro, ela não vai causar com isso escândalo nenhum. Mas se para enfeitar seu vestido colocar sobre o peito não uma rosa, mas um repolho, certamente causará uma explosão de risos entre os convidados, entretanto, para a rosa ou para o repolho, cada um segue sendo o natural da sua unidade.
Isto porque a desigualdade visível só aos humanos, entre o repolho e a rosa é muito maior do que aquela existente entre o metal vulgar e o ouro.

Não é mesmo? Ficou claro as desigualdades gerais e sociais VM.'. ?  Pergunta o OR.'.

O VM.'. Responde, claro entendi!, Mas percebam meus IIR.'. Que a necessidade da igualdade em que buscam os homens, nem sempre é à sombra da imitação, ou pelo efêmero desejo do ego, ou a efêmera cobiça das vaidades, vamos  saber quais são as necessidades reais em que passa o nosso semelhante?
E o que a fumaça da vida profana lhe cobra?, E que papel na vida este semelhante esta sendo sujeito a representar?

Para eu IR.'. OR.'. Hoje esta bem mais clara o nosso entendimento sobre os triângulos, tudo o que falamos e o que ouvimos nesta reunião sobre o significado dos triângulos maiores e menores; penso que ficamos mais familiarizados com a própria Cabala e com algum conhecimento místico do segredo do número três dentro dos Sagrados Mistérios Gregos e Egípcios.

Penso ainda quanto mais soubermos sobre a analogia dos mistérios do número três, mais apto estaremos à compreensão de penetrar no simbolismo do triângulo (Maior ou Menor) que desenhamos esotericamente quando em loja circulamos.
  
O número místico três, o simbolismo do triangulo, representa como bem conhecido um papel muito importante em cada religião, assim como o circulo o símbolo do infinito enquanto o triangulo é o símbolo de manifestação. Neste ponto, conhecendo o número místico três e suas analogias, o triângulo completa um  mundo tridimensional: o mundo mental, o mundo astral e o mundo físico.

No mundo mental simboliza a energia da vontade, o intelecto e o sentimento;
No mundo astral simboliza poder, justiça, legalidade e vida; e
No mundo físico simboliza a matéria, a força do sentido objetivo no corpo do homem, e o reflexo de cada plano, pois é o início de tudo que foi criado, a causa de tudo racional e compreensível.

Certamente VM.'. Mas o que significa: Triangulo do amor, e o triangulo da morte? Alude o IR.'. 2/VIG.'.

Explica o IR.'. 1/VIG.'. Agora quem vai pensar sou eu.

Acho que a resposta esta na própria pergunta IR.'. 2/VIG.'. é obvio que o triangulo do amor, é coerência, bom senso, equilíbrio e obediência a todas hierarquias nas organizações humanas e fora dela, com a própria natureza, a pessoa que sabe seu lugar e importância, sabe o seu valor, sabe esperar sua vez, façamos um simples exemplo do amoroso triangulo a convivência das relações sociais entre os homens.
Senão vejamos:

Quando duas pessoas estão conversando, e uma terceira é convidada a fazer parte da conversa, estas completas e triangulam do amor, outro exemplo é a seqüência dos nossos trabalhos pelo ritual, e o VM. '. Convidar um IR.'. do quadro a fazer parte do assunto em pauta, e falar o seu pensamento dentro da questão que esta sendo exibida e tratada, isto é o triangulo do amor,

Já o triangulo da morte é Morte, ao contrário, é desagrado, uma falta de experiência consciente na intromissão abusada e absurda feitas por gente sem escrúpulos, cheio de vaidades, aquele intrometido conhecido, que sem exceção entra na conversa alheia, atrapalha, só sabe brincar, não leva nada a sério;
Ou
quando esta conversando, sabe, fala e compromete a vida de outra pessoa ausente, sabe da vida dela mais do que a própria pessoa sabe de si... é um vazio de pensamentos, não oferece nada mas conhece tudo!

Não tem perguntas e nem respostas, não oferece nada a ninguém além do que "ouviu falar", do passarinho que canta e não sabe de onde o canto vem; uma cópia, imitação pura da estupidez, nada de colaboração, é apenas um baita curioso, isso sim, ou o "medalhado"  o "magnífico" que este sempre certo, e derrama ao mundo sua vida particular sem ninguém querer saber.

Exibe e ostentam bens materiais, e o pior um inconveniente que não se "manca"... e fica sempre no caminho, interrompe a conversa na hora indevida, entra nas "coxas" dos pensamentos de outros e fala com tremenda propriedade, EU AVISEI! EU NÃO FALEI!... Avisou o que? Falou o que? Quem pediu a vossa opinião?

Bem, mas já que falou atenção a todos; falou a voz da experiência, mudou a cotação do dólar, e acabou com a crise mundial.
É
Na tolerância dos outros que os "magníficos” se aproveitam, adentram e ultrapassam os limites, dá opinião pessoal, pitado, sugestão de nada... Enchem o saco de todo mundo, sem ser convidado e muito menos ter sido solicitado,
É trombada pura, isto é o triangulo da morte, e não existe Tolerância que resista, mas sempre vai existir.

E para isso que servem os ensinamentos dos triângulos maiores e os triângulos menores, a circulação calma e pacifica com princípios observados de infância no Vital e no Capital.
Princípios praticados nos caminhos da vida, a simplicidade, a verdade que faz a segurança e podem ser também um convite necessário ao silencio das suas palavras, e que as mesmas sejam ditadas no momento oportuno e quando chamado a intervir ou falar, sem exibição, sem magoas ou ressentimentos, durante o convívio que fazemos com os nossos semelhantes.
E
A demonstração de postura mais saudável evolução de comportamento moral e espiritual, e sem precisar

Sem dar trombada em ninguém,


Fraternalmente
Devemos a cada dia evoluir, nos tornando cada vez melhores

Vamos que Vamos

Final de ano 2013


segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Parabéns à ARLS Fraternidade e Amizade nº 321 pelas 3 aquisições.

Na noite de 4 de dezembro de 2013(EV)
Foram iniciados mais 3 membros da nossa Loja.


André Neves

Bruno Chiaratti


Nelson Loureço

sábado, 31 de agosto de 2013

Poema: DE PEDRA BRUTA A PEDRA POLIDA


Poema
DE PEDRA BRUTA A PEDRA POLIDA
POR
V.’.M.’.Wilson Roberto de Rezende .’.

Fui retirado de uma pedreira bruta, conduzido pelos Mestres da oficina.
Entre colunas fui apresentado, por barreiras e obstáculos fui passando...
Fui medido por uma Régua, por um Maço e Cinzal começaram a me desbastar... O tempo foi passando, e uma nova pedra eu me transformando. Fui transferido de uma columa do Norte para a coluna do Sul. Por Esquadro  fui sendo ajustado e as minhas arestas sendo retiradas.
Pelo Nível e pelo Prumo eu também fui nivelado e aprumado...
E aos poucos as arestas que ainda tinha, aos poucos foi eliminando.
Pelo Cordel fui alinha, com o Lápis fui marcado.
E com o Compasso fui me aperfeiçoando.  
E uma nova forma foi me transformando.
Novamente o tempo passa. E da coluna do Sul fui conduzido ao Oriente...
Um local tão cobiçado, quanto tão desejado por todas as pedras.
Chegar aqui não me foi fácil não, mas com propósito, perseverança e estudo, e com a ajuda dos pedreiros da construção e do Grande Arquiteto do Universo e com firme determinação a minha jornada eu percorri.
De pedra bruta a pedra polida eu estou chegando, e as poucas arestas que eu adquiro pela vida, aos poucos vou desbastando e polindo e me aperfeiçoando com estudo e determinação de ser uma Pedra Polida.
Assim hoje sou uma pedra desbastada e polida de humildade.
Até um novo nome eu ganhei dos pedreiros da oficina.
Chamam-me de Irmão; Irmão Maçom.


Poema
DE PEDRA BRUTA A PEDRA POLIDA
POR
V.’.M.’.Wilson Roberto de Rezende .’.

Fui retirado de uma pedreira bruta, conduzido pelos Mestres da oficina.
Entre colunas fui apresentado, por barreiras e obstáculos fui passando...
Fui medido por uma Régua, por um Maço e Cinzal começaram a me desbastar... O tempo foi passando, e uma nova pedra eu me transformando. Fui transferido de uma columa do Norte para a coluna do Sul. Por Esquadro  fui sendo ajustado e as minhas arestas sendo retiradas.
Pelo Nível e pelo Prumo eu também fui nivelado e aprumado...
E aos poucos as arestas que ainda tinha, aos poucos foi eliminando.
Pelo Cordel fui alinha, com o Lápis fui marcado.
E com o Compasso fui me aperfeiçoando. 
E uma nova forma foi me transformando.
Novamente o tempo passa. E da coluna do Sul fui conduzido ao Oriente...
Um local tão cobiçado, quanto tão desejado por todas as pedras.
Chegar aqui não me foi fácil não, mas com propósito, perseverança e estudo, e com a ajuda dos pedreiros da construção e do Grande Arquiteto do Universo e com firme determinação a minha jornada eu percorri.
De pedra bruta a pedra polida eu estou chegando, e as poucas arestas que eu adquiro pela vida, aos poucos vou desbastando e polindo e me aperfeiçoando com estudo e determinação de ser uma Pedra Polida.
Assim hoje sou uma pedra desbastada e polida de humildade.
Até um novo nome eu ganhei dos pedreiros da oficina.

Chamam-me de Irmão; Irmão Maçom.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

Guia do Maçom Viajante

Orientações para um Maçom Viajante

Autor: Ken Henderson .´.
Traduzido e adaptado por Denilson Forato -  M .´. I .´.
HISTÓRIA E LIMITAÇÕES DE VIAGENS MAÇÔNICAS

O hábito de o maçom viajar e visitar outras lojas, ou até mesmo filiar-se a elas é um dos costumes mais antigos e mais amplamente praticados da Maçonaria Simbólica. Em tempos operativos, bem antes do surgimento da maçonaria especulativa como a conhecemos hoje, os pedreiros eram trabalhadores itinerantes que eram forçados a viajar para renovar seu emprego à medida que cada projeto de construção era concluído. Este caráter fluido da Maçonaria Operativa levou à formação de sociedades comerciais, conhecidas como lojas, para proteger a integridade de seu ofício, e para melhorar as práticas morais e sociais dos seus membros. Supõe-se, não sem alguma evidência, que os modos de reconhecimento originaram-se no período operativo como um meio de identificação do pedreiro genuinamente qualificado que vinha visitar uma loja em busca de trabalho.

Assim, é razoável deduzir que a tendência de pedreiros de visitar outras lojas é costume muito antigo, de fato. Muitos dos mais antigos manuscritos maçônicos existentes contêm encargos associados à visitação e à acolhida dos visitantes.

Visitação como um Direito

Conforme descrito acima, o direito de visitar e sentar-se em toda loja regular é um dos mais antigos costumes maçônicos. Este costume está vinculado à teoria de que todas as lojas são apenas divisões da “Fraternidade Universal”. De fato, em algumas áreas, antigamente, os visitantes podiam até mesmo votar em reuniões da loja.

Mas, o crescimento e a propagação da Maçonaria Simbólica viu se desenvolverem muitas variações de formas e procedimentos e a evolução do sistema de Grandes Lojas e Grande Orientes  como conhecemos hoje. Por sua vez, isso exigiu que o conceito de visitação como um direito sofresse modificações. O movimento para a qualificação do direito de visita parece ter começado no início do século XVIII. Há registros de lojas neste período, que estabeleciam limitações à visitação, em termos do número de visitas que um maçom que não pertencesse ao quadro poderia fazer a uma loja em um período de doze meses, e limitando os tipos de reunião que um visitante podia participar. Certamente, até o final do século XVIII, a visitação tinha deixado de ser um direito, mas sim um privilégio.

Visitação como um privilégio

A situação hoje é que a visita é, na verdade, um privilégio; ela é um dos maiores privilégios dos membros da Maçonaria. Deve ser imediatamente declarado que um maçom não tem direito absoluto de visitar uma loja da qual ele não é membro. No entanto, com este fato claramente definido, deve-se observar que a visita como um privilégio é definitivamente incentivada e acolhida em toda jurisdição regular. Um maçom regular quite com sua loja vai sempre encontrar hospitalidade e fraternidade maçônica em suas viagens.

As Limitações da Visitação Hoje

Há quatro limitações básicas sobre a visitação do mundo maçônico hoje. As duas primeiras, conforme a lista abaixo com as explicações, são comuns a toda jurisdição regular, enquanto que as duas últimas são menos frequentes.
São elas:

O Reconhecimento de Regularidade. Esta é uma limitação à visitação em que as únicas pessoas que uma loja pode receber são aquelas que são membros de outra loja, cuja Grande Loja ou Grande Oriente é reconhecida pela sua própria.

Essa questão é detalhada de forma mais completa em um capítulo posterior.
  1. A Prerrogativa do Venerável É, por costume e muitas vezes por estatuto da Grande Loja ou Grande Oriente, prerrogativa do Venerável Mestre de uma loja recusar a admissão de qualquer visitante, se ele não estiver satisfeito que ele seja um maçom regular de boa reputação; ou ele se sente um visitante que visitante perturbará a harmonia de sua loja. A primeira hipótese só é utilizada como uma questão de necessidade, a segunda muito raramente. No entanto, a prerrogativa de poder do Venerável Mestre de uma loja é ampla.
  2. Sessões Administrativas. Em algumas formas de prática maçônica, sessões administrativas são realizadas separadamente das reuniões ritualísticas. Os visitantes não são, algumas vezes, admitidos até que a sessão administrativa tenha completado suas atividades.
  3. Visitação a Convite. Em alguns países, é costume em grande parte que os visitantes recebam um convite de um membro da loja. Em outras áreas, embora essa restrição não exista em relação às reuniões ordinárias, ela se aplica a Sessões de Instalação de Veneráveis Mestre. 
Os Procedimentos de Visitação

Há dez etapas, ou procedimentos, envolvidos na visitação bem-sucedida. A maioria das quais são sequenciais. Elas vão deste obter a documentação adequada, até a efetiva admissão de um visitante em uma loja estranha. Essas etapas devem ser seguidas antes que um visitante possa ser admitido em uma loja onde ele não é conhecido; e seu propósito é estabelecer a boa fé de um irmão verdadeiro e legítimo.

Primeira Etapa: Avise o Secretário de sua própria Loja

O primeiro passo é informar seu próprio secretário de loja sobre o seu desejo de visitar fora de sua própria jurisdição, e fornecer-lhe detalhes de sua viagem. Ele realizará a ligação com o escritório da Grande Loja ou Grande Oriente  para obter todos os documentos necessários, e obter aconselhamento.

Segunda Etapa: A Providência de Documentação Maçônica

Para estabelecer-se como um verdadeiro e legítimo irmão para a satisfação de seus anfitriões, o maçom visitante deve, primeiro, apresentar os documentos apropriados que atestam sua regularidade como maçom. Os seguintes documentos devem ser trazidos consigo por um maçom que procura ingressar em qualquer loja regular onde ele não é conhecido pessoalmente: Um Certificado ou Diploma. O Grande Oriente do Paulista  emite a Identidade Maçônica (CIM e o Passaporte Maçônico) Ela uma credencial fornecida ao Mestre Maçom para provar por escrito que ele é um maçom regular. Ela invariavelmente contém as datas adequadas de sua admissão na Maçonaria, a assinatura do seu Grande Secretário, o timbre do GOP  e sua assinatura.

Além dos documentos bastante obrigatórios detalhados acima, é recomendável que o visitante também porte e, se necessário, apresente os seguintes documentos adicionais: Uma Carta de Apresentação , Um Passaporte: Todos os viajantes estrangeiros carregam um passaporte e, embora ele raramente seja exigido para fins maçônicos, tem o efeito de atestar a verdadeira identidade de seu portador.

Os visitantes que ainda não são Mestres Maçons (ou seja: eles são Aprendizes ou Companheiros) ainda não terão recebido, nem têm o direito de receber o Certificado de sua  Loja. No entanto, eles podem, geralmente, obter documentação adequada na secretaria da Grande Secretaria de Relações Exteriores do GOP  antes da partida de sua própria jurisdição.

É também interessante mencionar que maçons nesta categoria não poderão visitar Lojas em algumas jurisdições. A maçonaria de fala inglesa e europeia, em particular, geralmente restringe a visitação a portadores do Grau de Mestre Maçom. 

Terceira Etapa: Verifique a Regularidade

É essencial que cada maçom verifique se existe maçonaria regular na área, que ele se propõe a visitar e se há tratados de amizade. Procurar o Venerável Mestre para fazer a consulta.

Quarta Etapa: Avise a Loja a ser visitada, com antecedência.

A forma recomendada de se fazer o contato e avisar uma determinada  Loja de sua presença em sua jurisdição, é pessoalmente. A maioria das Lojas estão baseada na capital ou cidade principal de um país ou região. Como tal cidade normalmente serve como o principal ponto de entrada na área, uma visita à  Loja local geralmente é bastante viável. Ao visitar uma Loja, um maçom visitante pode sempre ter certeza de assistência integral.
Com efeito, se um maçom visitante precisar de aconselhamento ou assistência de qualquer natureza, não necessariamente maçônica, ele pode sempre encontrá-la entre os seus irmãos da Maçonaria, não importando em que país ele possa se encontrar.

Quinta Etapa: Vistando Diretamente uma Loja

Como segunda preferência, a ser usada se por algum motivo uma visita ao escritório adequado da  Loja se for impossível, o visitante pode utilizar as informações contidas no site da Loja (WEB) para se informar telefones, e-mail e  para assistir a uma reunião de loja. 

Sexta Etapa: Uma Carta de apresentação à  Loja

Como última alternativa para fazer contato, um maçom que se proponha a viajar pode escrever uma carta à  Loja da jurisdição que pretende visitar, pedindo orientações.
Mas, este método só deve ser utilizado como um último recurso se o escritório adequado da Loja não puder ser visitado pessoalmente, ou na ausência de informações relativas às Lojas da jurisdição. Se for esta a alternativa escolhida, tal carta deve ser enviada através do escritório de sua própria  Loja. Tal carta deve ser endereçada ao Secretário da  Loja em questão, e deve conter o seu nome, endereço e detalhes maçônicos completos, juntamente com os seus locais de residência em sua jurisdição e as datas do seu itinerário.

Qualquer carta que deva ser enviado, deve ser organizada bem antes da sua partida prevista, para garantir que uma resposta seja recebida em tempo hábil para a sua visita.

Sétima Etapa. Conheça o seu próprio ritual.

Como será apreciado em seguida, é necessário que os visitantes passem por um exame maçônico antes de entrar em uma loja estranha. É, portanto, mais desejável para maçons viajantes estar familiarizados com seu ritual próprio, e em particular, com os procedimentos de exame utilizados por lojas sob sua  Loja.
Este conhecimento será de grande ajuda para o visitante. Embora os rituais e procedimentos de exame variem ao redor do mundo, os modos de reconhecimento e de conteúdo ritual básico não são diferentes. Portanto, um maçom com conhecimento adequado das práticas de sua própria jurisdição não experimentarão qualquer problema em outro lugar.

Oitava Etapa: Chegue Cedo

Tendo cumprido todos os procedimentos acima, conforme o caso, agora você está em uma posição de visitar. É essencial que você chegue à sua loja escolhida pelo menos, meia hora antes do seu início. Isto permitirá que você complete os procedimentos restantes, conforme detalhado abaixo. Uma chegada tardia poderia impedir sua visita.

Nona Etapa: “Exame Estrito e Devida Análise” (Telhamento).

Tendo chegado à loja que você deseja visitar, sua primeira tarefa é avisar o Cobridor de sua presença e apresentar-lhe as suas credenciais maçônicas conforme já foi detalhado. Mas, em todas as jurisdições maçônicas regulares, é necessário que além de apresentar esses documentos, um maçom desconhecido que procura visitar uma loja passe por um exame pessoal. Um maçom viajante deve estar preparado para esta eventualidade.
Na terminologia maçônica, este processo é chamado de “Teste rigoroso e Devido Exame” ou Telhamento. Os dois significam a mesma coisa. Ele permite a constatação de que um estranho é ou não é maçom. A natureza da maçonaria não permite só a prova documental como atestado final da condição de maçom de um homem. É possível, embora improvável, que uma pessoa procurando a admissão possa estar carregando documentos falsos ou roubados. Houve ocorrências no passado de pessoas não qualificadas, ou impostores, que procuraram a admissão em sessões de loja.



Décima Etapa: Telhamento e Garantia

Na terminologia maçônica, “Telhamento” é a informação legal que um maçom fornece à loja que ele quer visitar, e os processos reais que lhe permitem sentar-se nela. Garantir significa tecnicamente, um maçom poder afirmar que ele “sentou-se em loja aberta’ com outro. Portanto, se um maçom visita uma loja onde ele conhece um ou mais dos seus membros, e sentou-se em loja aberta com eles, eles responderão por ele, e ele não precisará passar pelo Teste rigoroso e Devido Exame (Telhamento). Nos casos em que ele é desconhecido, após ter apresentado as suas credenciais e ter sido examinado pela comissão examinadora ou um de seus membros reponderá por ele (garantirá).
Os procedimentos de Telhamento nas lojas variam amplamente entre uma jurisdição e outra, mas todos são projetados para evidenciar aos membros da loja maçônica que o visitante tem maçonicamente o direito a estar presente. Em algumas jurisdições, o visitante entrará somente depois da loja ser aberta. Em outras, ele estará presente desde o início, e todos os visitantes serão convidados a se levantar para serem “Garantidos” por um dos membros presentes antes da abertura da loja. Maçons desconhecido já terão passado pelo telhamento. Na Irlanda e as jurisdições dos Estados Unidos, isto é acompanhado pelo que é conhecido como “expurgo da loja”. Esta prática será detalhada em seu devido lugar, mais adiante neste livro. Todos estes procedimentos não representam problemas para o irmão verdadeiro e legítimo, e certamente serão de interesse para o maçom que não as tenha experimentado antes.