Orientações para um Maçom Viajante
Autor: Ken Henderson .´.
Publicado em http://www.freemasons- freemasonry.com/journey1.html
Traduzido e adaptado por Denilson Forato - M .´. I .´.
HISTÓRIA E LIMITAÇÕES DE VIAGENS MAÇÔNICAS
O hábito de o maçom viajar e visitar outras lojas, ou até mesmo filiar-se a elas é um dos costumes mais antigos e mais amplamente praticados da Maçonaria Simbólica. Em tempos operativos, bem antes do surgimento da maçonaria especulativa como a conhecemos hoje, os pedreiros eram trabalhadores itinerantes que eram forçados a viajar para renovar seu emprego à medida que cada projeto de construção era concluído. Este caráter fluido da Maçonaria Operativa levou à formação de sociedades comerciais, conhecidas como lojas, para proteger a integridade de seu ofício, e para melhorar as práticas morais e sociais dos seus membros. Supõe-se, não sem alguma evidência, que os modos de reconhecimento originaram-se no período operativo como um meio de identificação do pedreiro genuinamente qualificado que vinha visitar uma loja em busca de trabalho.
Assim, é razoável deduzir que a tendência de pedreiros de visitar outras lojas é costume muito antigo, de fato. Muitos dos mais antigos manuscritos maçônicos existentes contêm encargos associados à visitação e à acolhida dos visitantes.
Visitação como um Direito
Conforme descrito acima, o direito de visitar e sentar-se em toda loja regular é um dos mais antigos costumes maçônicos. Este costume está vinculado à teoria de que todas as lojas são apenas divisões da “Fraternidade Universal”. De fato, em algumas áreas, antigamente, os visitantes podiam até mesmo votar em reuniões da loja.
Mas, o crescimento e a propagação da Maçonaria Simbólica viu se desenvolverem muitas variações de formas e procedimentos e a evolução do sistema de Grandes Lojas e Grande Orientes como conhecemos hoje. Por sua vez, isso exigiu que o conceito de visitação como um direito sofresse modificações. O movimento para a qualificação do direito de visita parece ter começado no início do século XVIII. Há registros de lojas neste período, que estabeleciam limitações à visitação, em termos do número de visitas que um maçom que não pertencesse ao quadro poderia fazer a uma loja em um período de doze meses, e limitando os tipos de reunião que um visitante podia participar. Certamente, até o final do século XVIII, a visitação tinha deixado de ser um direito, mas sim um privilégio.
Visitação como um privilégio
A situação hoje é que a visita é, na verdade, um privilégio; ela é um dos maiores privilégios dos membros da Maçonaria. Deve ser imediatamente declarado que um maçom não tem direito absoluto de visitar uma loja da qual ele não é membro. No entanto, com este fato claramente definido, deve-se observar que a visita como um privilégio é definitivamente incentivada e acolhida em toda jurisdição regular. Um maçom regular quite com sua loja vai sempre encontrar hospitalidade e fraternidade maçônica em suas viagens.
As Limitações da Visitação Hoje
Há quatro limitações básicas sobre a visitação do mundo maçônico hoje. As duas primeiras, conforme a lista abaixo com as explicações, são comuns a toda jurisdição regular, enquanto que as duas últimas são menos frequentes.
São elas:
O Reconhecimento de Regularidade. Esta é uma limitação à visitação em que as únicas pessoas que uma loja pode receber são aquelas que são membros de outra loja, cuja Grande Loja ou Grande Oriente é reconhecida pela sua própria.
O Reconhecimento de Regularidade. Esta é uma limitação à visitação em que as únicas pessoas que uma loja pode receber são aquelas que são membros de outra loja, cuja Grande Loja ou Grande Oriente é reconhecida pela sua própria.
Essa questão é detalhada de forma mais completa em um capítulo posterior.
- A Prerrogativa do Venerável É, por costume e muitas vezes por estatuto da Grande Loja ou Grande Oriente, prerrogativa do Venerável Mestre de uma loja recusar a admissão de qualquer visitante, se ele não estiver satisfeito que ele seja um maçom regular de boa reputação; ou ele se sente um visitante que visitante perturbará a harmonia de sua loja. A primeira hipótese só é utilizada como uma questão de necessidade, a segunda muito raramente. No entanto, a prerrogativa de poder do Venerável Mestre de uma loja é ampla.
- Sessões Administrativas. Em algumas formas de prática maçônica, sessões administrativas são realizadas separadamente das reuniões ritualísticas. Os visitantes não são, algumas vezes, admitidos até que a sessão administrativa tenha completado suas atividades.
- Visitação a Convite. Em alguns países, é costume em grande parte que os visitantes recebam um convite de um membro da loja. Em outras áreas, embora essa restrição não exista em relação às reuniões ordinárias, ela se aplica a Sessões de Instalação de Veneráveis Mestre.
Os Procedimentos de Visitação
Há dez etapas, ou procedimentos, envolvidos na visitação bem-sucedida. A maioria das quais são sequenciais. Elas vão deste obter a documentação adequada, até a efetiva admissão de um visitante em uma loja estranha. Essas etapas devem ser seguidas antes que um visitante possa ser admitido em uma loja onde ele não é conhecido; e seu propósito é estabelecer a boa fé de um irmão verdadeiro e legítimo.
Primeira Etapa: Avise o Secretário de sua própria Loja
O primeiro passo é informar seu próprio secretário de loja sobre o seu desejo de visitar fora de sua própria jurisdição, e fornecer-lhe detalhes de sua viagem. Ele realizará a ligação com o escritório da Grande Loja ou Grande Oriente para obter todos os documentos necessários, e obter aconselhamento.
Segunda Etapa: A Providência de Documentação Maçônica
Para estabelecer-se como um verdadeiro e legítimo irmão para a satisfação de seus anfitriões, o maçom visitante deve, primeiro, apresentar os documentos apropriados que atestam sua regularidade como maçom. Os seguintes documentos devem ser trazidos consigo por um maçom que procura ingressar em qualquer loja regular onde ele não é conhecido pessoalmente: Um Certificado ou Diploma. O Grande Oriente do Paulista emite a Identidade Maçônica (CIM e o Passaporte Maçônico) Ela uma credencial fornecida ao Mestre Maçom para provar por escrito que ele é um maçom regular. Ela invariavelmente contém as datas adequadas de sua admissão na Maçonaria, a assinatura do seu Grande Secretário, o timbre do GOP e sua assinatura.
Além dos documentos bastante obrigatórios detalhados acima, é recomendável que o visitante também porte e, se necessário, apresente os seguintes documentos adicionais: Uma Carta de Apresentação , Um Passaporte: Todos os viajantes estrangeiros carregam um passaporte e, embora ele raramente seja exigido para fins maçônicos, tem o efeito de atestar a verdadeira identidade de seu portador.
Os visitantes que ainda não são Mestres Maçons (ou seja: eles são Aprendizes ou Companheiros) ainda não terão recebido, nem têm o direito de receber o Certificado de sua Loja. No entanto, eles podem, geralmente, obter documentação adequada na secretaria da Grande Secretaria de Relações Exteriores do GOP antes da partida de sua própria jurisdição.
É também interessante mencionar que maçons nesta categoria não poderão visitar Lojas em algumas jurisdições. A maçonaria de fala inglesa e europeia, em particular, geralmente restringe a visitação a portadores do Grau de Mestre Maçom.
Terceira Etapa: Verifique a Regularidade
É essencial que cada maçom verifique se existe maçonaria regular na área, que ele se propõe a visitar e se há tratados de amizade. Procurar o Venerável Mestre para fazer a consulta.
Quarta Etapa: Avise a Loja a ser visitada, com antecedência.
A forma recomendada de se fazer o contato e avisar uma determinada Loja de sua presença em sua jurisdição, é pessoalmente. A maioria das Lojas estão baseada na capital ou cidade principal de um país ou região. Como tal cidade normalmente serve como o principal ponto de entrada na área, uma visita à Loja local geralmente é bastante viável. Ao visitar uma Loja, um maçom visitante pode sempre ter certeza de assistência integral.
Com efeito, se um maçom visitante precisar de aconselhamento ou assistência de qualquer natureza, não necessariamente maçônica, ele pode sempre encontrá-la entre os seus irmãos da Maçonaria, não importando em que país ele possa se encontrar.
Quinta Etapa: Vistando Diretamente uma Loja
Como segunda preferência, a ser usada se por algum motivo uma visita ao escritório adequado da Loja se for impossível, o visitante pode utilizar as informações contidas no site da Loja (WEB) para se informar telefones, e-mail e para assistir a uma reunião de loja.
Sexta Etapa: Uma Carta de apresentação à Loja
Como última alternativa para fazer contato, um maçom que se proponha a viajar pode escrever uma carta à Loja da jurisdição que pretende visitar, pedindo orientações.
Mas, este método só deve ser utilizado como um último recurso se o escritório adequado da Loja não puder ser visitado pessoalmente, ou na ausência de informações relativas às Lojas da jurisdição. Se for esta a alternativa escolhida, tal carta deve ser enviada através do escritório de sua própria Loja. Tal carta deve ser endereçada ao Secretário da Loja em questão, e deve conter o seu nome, endereço e detalhes maçônicos completos, juntamente com os seus locais de residência em sua jurisdição e as datas do seu itinerário.
Qualquer carta que deva ser enviado, deve ser organizada bem antes da sua partida prevista, para garantir que uma resposta seja recebida em tempo hábil para a sua visita.
Sétima Etapa. Conheça o seu próprio ritual.
Como será apreciado em seguida, é necessário que os visitantes passem por um exame maçônico antes de entrar em uma loja estranha. É, portanto, mais desejável para maçons viajantes estar familiarizados com seu ritual próprio, e em particular, com os procedimentos de exame utilizados por lojas sob sua Loja.
Este conhecimento será de grande ajuda para o visitante. Embora os rituais e procedimentos de exame variem ao redor do mundo, os modos de reconhecimento e de conteúdo ritual básico não são diferentes. Portanto, um maçom com conhecimento adequado das práticas de sua própria jurisdição não experimentarão qualquer problema em outro lugar.
Oitava Etapa: Chegue Cedo
Tendo cumprido todos os procedimentos acima, conforme o caso, agora você está em uma posição de visitar. É essencial que você chegue à sua loja escolhida pelo menos, meia hora antes do seu início. Isto permitirá que você complete os procedimentos restantes, conforme detalhado abaixo. Uma chegada tardia poderia impedir sua visita.
Nona Etapa: “Exame Estrito e Devida Análise” (Telhamento).
Tendo chegado à loja que você deseja visitar, sua primeira tarefa é avisar o Cobridor de sua presença e apresentar-lhe as suas credenciais maçônicas conforme já foi detalhado. Mas, em todas as jurisdições maçônicas regulares, é necessário que além de apresentar esses documentos, um maçom desconhecido que procura visitar uma loja passe por um exame pessoal. Um maçom viajante deve estar preparado para esta eventualidade.
Na terminologia maçônica, este processo é chamado de “Teste rigoroso e Devido Exame” ou Telhamento. Os dois significam a mesma coisa. Ele permite a constatação de que um estranho é ou não é maçom. A natureza da maçonaria não permite só a prova documental como atestado final da condição de maçom de um homem. É possível, embora improvável, que uma pessoa procurando a admissão possa estar carregando documentos falsos ou roubados. Houve ocorrências no passado de pessoas não qualificadas, ou impostores, que procuraram a admissão em sessões de loja.
Décima Etapa: Telhamento e Garantia
Na terminologia maçônica, “Telhamento” é a informação legal que um maçom fornece à loja que ele quer visitar, e os processos reais que lhe permitem sentar-se nela. Garantir significa tecnicamente, um maçom poder afirmar que ele “sentou-se em loja aberta’ com outro. Portanto, se um maçom visita uma loja onde ele conhece um ou mais dos seus membros, e sentou-se em loja aberta com eles, eles responderão por ele, e ele não precisará passar pelo Teste rigoroso e Devido Exame (Telhamento). Nos casos em que ele é desconhecido, após ter apresentado as suas credenciais e ter sido examinado pela comissão examinadora ou um de seus membros reponderá por ele (garantirá).
Os procedimentos de Telhamento nas lojas variam amplamente entre uma jurisdição e outra, mas todos são projetados para evidenciar aos membros da loja maçônica que o visitante tem maçonicamente o direito a estar presente. Em algumas jurisdições, o visitante entrará somente depois da loja ser aberta. Em outras, ele estará presente desde o início, e todos os visitantes serão convidados a se levantar para serem “Garantidos” por um dos membros presentes antes da abertura da loja. Maçons desconhecido já terão passado pelo telhamento. Na Irlanda e as jurisdições dos Estados Unidos, isto é acompanhado pelo que é conhecido como “expurgo da loja”. Esta prática será detalhada em seu devido lugar, mais adiante neste livro. Todos estes procedimentos não representam problemas para o irmão verdadeiro e legítimo, e certamente serão de interesse para o maçom que não as tenha experimentado antes.
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