quarta-feira, 20 de março de 2013

O Olho que tudo vê






“Olho de Deus”, também conhecido como o “Olho Que Tudo Vê” é um Símbolo mostrando um olho circundado por raios de luz e, normalmente, no centro de um triângulo eqüilátero.
Também chamado de Triângulo Fulgurante, representa na Maçonaria o Supremo Criador de todas as coisas, cujo olho luminoso é o Olho da Sabedoria e da Providência, que observa tudo que vê e provê. Ele simboliza também, os atributos da Divindade: Onipresença, Onividência e Onisciência, que o verdadeiro maçon tem como lembrete divino de sua suprema relevância para sua vida.

Não sendo efetivamente uma religião, a Maçonaria compreende e reverencia todas as crenças e cada crente maçom pode ter no Delta Luminoso a representação de todos os sentimentos de religiosidade.

Ele é como uma lembrança para uma advertência permanente e solene, traduzida pela compreensão fraternal, que não procura sobrepor a importância de qualquer religião em particular, as demais profissões de fé.
Espiritualistas por princípio, sabem os maçons, na interpretação do Triangulo Fulgurante, que há um Deus que tudo vê e por esta razão entendem que uma oportunidade de fazer o bem que deixam escapar , é uma eternidade que se lhes espera.
Ele é comumente interpretado, na Maçonaria, como “Olho do Grande Arquiteto do Universo” mantendo uma vigilância sobre o comportamento da raça humana e, principalmente, dos Maçons.
Sua origem pode ser encontrada na antiga Mitologia Egípcia juntamente com o “Olho de Orus”. Este último, para os Egípcios, era o Símbolo do Poder e Proteção.
Na Maçonaria serve para lembrar a todos os maçons que o Grande Arquiteto do Universo sempre observa seus feitos e ações. Muitas vezes aparece dentro de um triangulo, o que é, talvez, uma referencia para a preferência Maçônica para o número “três” na numerologia. Algumas vezes, mas de raro modo, a letra “G”, representando o Grande Arquiteto, substitui o olho.
Na literatura maçônica a primeira referencia parece ter sido feita por Thomas Smith Webb no “The Freemasons Monitor” onde cita algo semelhante a “pensamentos, palavras e ações, podem ser escondidos dos olhos do Homem, mas ao Olho que Tudo Vê nada pode ser escondido, pois penetra no fundo do coração do ser Humano, premiando ou punindo conforme seus méritos”.
Posteriormente, ficou bem conhecido quando apareceu como parte do simbolismo, no verso do Grande Selo dos Estados Unidos da América, acompanhado das palavras “annuit coeptis” (favorável aos nossos empreendimentos). Ele está posicionado em cima de uma pirâmide truncada.
A anti-maçonaria, sempre alerta, alega que a origem do Grande Selo tenha sido na Maçonaria, idealizado por projetistas maçons. Hoje sabe-se que isso é uma tremenda bobagem, pois nenhum deles era Maçom.
Aparentemente, os comentários se acentuaram quando um professor da Harvard, Elliot Norton, em 1884, disse o verso da nota de “um dólar” lembrava, pela aparência, um emblema da fraternidade maçônica.
Na verdade, apesar da Maçonaria ter adotado esse Símbolo, o mesmo não é exclusivo da mesma. Ele aparece com freqüência na arte Cristã, nas Antigas Seitas, e foi muito usado durante o comportamento “deísta” no Renascimento.

Fonte: Internet
Pesquisador: Denilson Forato

terça-feira, 19 de março de 2013

Circulação da Palavra


Será a circulação da palavra um mero ressoar de doces ou amargos sons? Ou um entretenimento de jogos linguísticos mais ou menos vazios? Será necessário pensar ou meditar para usar e fazer circular a palavra?

Hoje falamos, por vezes, por falar. Alguns manifestam mesmo a compulsão por falar ininterruptamente. Somos avessos e intolerantes para com o silêncio. Mas é no silêncio que sentimos o nosso dedo mindinho tropeçar no ramo da acácia. É no silêncio que observamos a unidade da romã. É no nosso silêncio que conversamos com a multidão que em nós pernoita e isso nem sempre é agradável!

Guardar silêncio por cinco anos era a exigência dos iniciados na escola Pitagórica. Mas porquê esta disciplina? Porquê o silêncio? Guardamos silêncio para evitar simples tagarelices ou gastos inúteis de palavras vãs, que pouco enriquecem ou enobrecem a atmosfera e o pensamento em Loja. Estar sobre a Acácia e conversar com o Mestre é beijar a linha imaginária que nos lembra: “cala-te ou diz alguma coisa que valha mais que o silêncio”.

Na maçonaria exigimos aos aprendizes a abstenção de falar nas sessões. Como sabemos o aprendiz apenas soletra, por isso não sabe falar no mundo em que acaba de entrar. Mas abster-se de falar não significa proibição em falar. A livre expressão e livre pensamento sempre foram uma marca da nossa obediência, por isso o que o aprendiz não pode é falar sobre assuntos que não digam respeito ao seu grau, principio este válido para todos os irmãos. O silêncio não é uma exigência apenas para o aprendiz, mas uma disciplina observado por todos os maçons, nas sessões rituais ou fora delas. Manter silêncio é apenas uma porta para pensar, reflectir, ouvir a nossa própria consciência. Mas há momentos que a palavra não pode, nem deve ser evitada.

A palavra, em maçonaria, não só expressa e comunica pensamentos e emoções, mas é um instrumento subtil de reconhecimento dos maçons entre si, da sua regularidade ou do seu grau. Nas sessões de loja a palavra preenche todos os tempos e ritmos de todas as colunas. Os maçons reúnem-se em loja para proferir palavras e realizar acções. Mas o uso e circulação da palavra em loja, por aparente contradição, é rigidamente controlada, só podendo ser usada em momentos estipulados no respectivo ritual.

A circulação da palavra venera a cortesia, o apreço pelos irmãos interlocutores e vive-se na liberdade de opiniões e aceitação das diferenças. Não há discussão, nem diálogos no sentido profano dos termos. Não se contradita, afirma-se, expõe-se, confia-se na clareza, precisão e justeza dos argumentos para construir em nós e nos outros múltiplos caminhos que em liberdade e responsabilidade optamos percorrer.

A palavra leva-nos na direcção invisível, desperta-nos! Por isso, a utilizamos de pé e à ordem e frente ao oriente! A noite dá-nos tempo para meditar e o dia luz para iluminar a palavra. A simbólica do usar da palavra de pé, frente ao oriente, indica ao Maçom que quando quer afirmar através da palavra, deve fazê-lo com compostura, meditação, zelo, contenção e a dignidade que o homem livre e de bons costumes coloca no acto de falar em loja e em todos os actos da vida.

Não podemos usar e abusar da palavra, em sessão. Para cada assunto, não mais de três vezes nem mais de três minutos, aconselham os mestres! Falar pelos cotovelos não será pois um apanágio de maçom. Como jocosamente alguns irmãos vão lembrando, os cotovelos são uma arma perigosa que deve adormecer no mais profundo do ser Maçom.

Como pedreiros, usamos luvas brancas nas mãos, mas é nosso dever usar luvas na linguagem, para aparar a rudeza do falar, evitando feridas ou ressentimentos capazes de minar a maior e melhor Harmonia de um grupo.

A palavra circula nas sessões no sentido dos ponteiros do relógio. Saindo do Oriente, passa pelo Sul, Norte, volta novamente a Oriente, retornando às colunas sempre que tal se justifique.

Em loja há quatro Oficiais que falam sentados, por razões litúrgicas, são eles as três Luzes e o Orador. Poderão igualmente falar sentados os irmãos que por direito próprio se sentam no oriente. Na circulação da palavra não toma parte o Venerável ou melhor não deve tomar, pois se o quiser fazer, deve deixar o altar e tomar o lugar do orador, tendo-se feito substituir pelo 1º vigilante. Lembremos que o Venerável simboliza o poder e ao tomar parte na circulação da palavra perde este capital simbólico assim como deixa de dirigir e direccionar os trabalhos e arrisca-se a tomar partido o que acabará por corroer a confiança e a unidade no comando da loja. O venerável deverá por isso estar acima de eventuais dissensões, falando sempre em último lugar, pois é a Autoridade da Loja, mas em matéria de legalidade maçónica a última palavra cabe ao Orador.

A palavra é franqueada após a leitura do balaústre, cabendo aos vigilantes zelar para que os trabalhos sejam executados na perfeição e ao Orador verificar eventuais atropelos à ordem de trabalhos ou qualquer outras ilegalidades. Por isso qualquer proposta, requer a consulta do orador de modo a que este a aprecie, do ponto de vista de vista da lei maçónica e considere ou não importante a sua discussão em loja.

Deixo, intencionalmente a dimensão regulamentar da circulação da palavra para o ritual, reafirmando que a principal finalidade da circulação da palavra é a busca da LUZ! E essa nem sempre se alcança quando aplicamos o adágio popular da «discussão nasce a luz». Na loja não se tenta convencer ninguém, expomos ideias e pensamentos com amor e tolerância. A palavra coabita então com o silêncio, deixando a cada irmão a construção de uma sabedoria do silêncio, como nos recorda Fernando Pessoa:

- Não: não digas nada!
Supor o que dirá
A tua boca velada
É ouvi-lo já.
- É ouvi-lo melhor
Do que o dirias.
O que és não vem à flor
Das frases dos dias.
- És melhor do que tu.
Não digas nada sê!
Graça do corpo nu
Que invisível vê.

Não nos iludamos. Todos nós, em muitos momentos, somos pobres em pensamentos. Em qualquer templo a ausência de pensamento é hóspede sinistro que tem a liberdade de entrar e sair sem aviso, deixando marcas muitas vezes sem o mais leve sinal da sua passagem.

O homem contemporâneo está em fuga do pensamento e essa é razão da sua ausência de pensamento. Mas o homem de hoje nega activamente esta ausência de pensamento. Estou seguro que todos os que me escutam estão prontos para afirmar o contrário... Dirão, vivemos na sociedade do conhecimento, onde investigação e ciência moldam o nosso dia. Mas esse pensamento será sempre indispensável, mas terá sempre um carácter especial, é um pensamento que calcula. Em Loja acontece pensamento, jorra de cada um de nós, quando o espírito está livre e o formalismo da circulação da palavra é a liturgia que o alimenta e desencadeia.

A palavra semeia, sem saber que flor ou fruto dará. Mas a colheita é sempre uma nova criatura, um novo templo.

segunda-feira, 18 de março de 2013


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Um dos grandes entreves para o progresso dos trabalhos em Maçonaria  está na falta de conscientização dos Irmãos sobre a relação entre Cargo e Função. 

Cargo é o “posto ocupado”, o título que lhe é dado, sua posição dentro da hierarquia. É o caso de todas as Luzes, Dignidades e Oficiais de uma Loja. 
Na estrutura das Potências/Obediências, além desses, podemos também encontrar Assessores, Juízes, Deputados, Delegados e etc. Função é a “utilidade”, a ação própria do cargo.

Entenda cargo como o emprego e função o trabalho

O que aflige a Maçonaria é justamente o “vestir a camisa”, mas não querer suar. 
Estamos rodeados de Poderosíssimos, Ilustríssimos, Queridíssimos, Iluminadíssimos, Fortíssimos Irmãos limpos e cheirosos. Precisamos doar nosso tempo e inteligência para o crescimento das Lojas, da Instituição e da Sublime Ordem. 

Se lhe foi concedido a honra de um cargo, procure se empenhar nas função inerentes ao mesmo. Todos os cargos trazerem bônus aos seus titulares, porem não há bônus sem ônus. 

E o pior ônus vem justamente pelo não desempenho da função. Muitos Irmãos neste momento estão refletindo sobre o tema e chegando a conclusão que o sentimento que envolve tal situação, é a vaidade. 

A terrível vaidade do Maçom em TER UM CARGO, poder se destacar por uma faixa ou avental diferente. Assim, ao fazer seu Currículo Maçônico, destaca Ex-isto, Ex-aquilo, Ex-disto e Atual Nada disso. 

Porém aqueles que não desempenharam a função, são lembrados pelos Irmãos como Ex-isto que nunca apresentou uma emenda, Ex-aquilo que nunca participava, Ex-disto ilustre desconhecido da Loja e Atual não contem com ele. O famoso Irmão inútil, que só reclama que os outros fazem,  se destaca e que soam a camisa; ele porém só quer "ir à loja e mais nada".

Sabemos que nossas atividades no mundo profano tem exigido cada vez mais presença e dedicação, que a cada momento precisamos trabalhar mais, estudar mais, que a família cresce e que as contas aumentam. E O CERTO É NOS EMPENHARMOS AO TRABALHO E A FAMÍLIA, porém sejamos honestos como aqueles que nos solicitaram ajuda.

 Se sua realidade não permite a dedicação e afinco as funções de um cargo ofertado, não aceite ou peça exoneração. Desculpem a objetividade “crua e nua”, mas não permitam que a vaidade do momento, seja a caneta que escreverá NEGLIGENTE nas páginas de sua vida maçônica. 
Um dia você pode aspirar algo maior e este seu adjetivo será lembrado. A escolha é sua. Pense no que você quer conquistar e analise o bônus e o ônus. 

As Lojas e Potências estão cheios dos "pavões de rabo colorido", que querem ser Veneráveis por mais de 100 vezes, ou "Presidentes" disso ou daquilo! Mas sem a real condição intelectual, litúrgica, ritualística, exotérica ou humana! Se mandar ele ser G.T. ou outro cargo ele torce o nariz. Irmãos ; Caso tenha condições reais de ajudar sem prejuízo para sua vida e família, tenha como lema: 

“EU SOU MEU CARGO, EU CARREGO O PIANO”. FAÇA SUA PARTE E FAÇA DIREITO, POIS A MAÇONARIA AGRADECE, QUE DE LERDOS E PARVOS NOSSAS FILEIRAS ESTÃO CHEIAS!

sexta-feira, 15 de março de 2013

MAÇOM TEM QUE LER




Ir.'. Denilson Forato

No dicionário Aurélio consta que o verbo ler é a técnica de decifrar ou interpretar o sentido de algum escrito; estudar significa dedicar-se à apreciação, análise ou compreensão de algo com a finalidade de emitir um juízo de valor e pesquisar é buscar em diligência, inquirir, perquirir, esquadrinhar ou devassar algum assunto ou fato ocorrido.

         É inconcebível um Maçom passar anos sem ler, estudar ou realizar pesquisas sobre temas relacionados com a Maçonaria.

         No meio maçônico existe uma quantidade enorme de Irmãos que publicam trabalhos da maior relevância para  o engrandecimento dos seus pares. Mas são criticados, invejados, malditos em turbas noturnas em meio a lacaios que nem parecem maçons e sim lavadeiras, incompreendidas e abandonadas.

         Nestas obras temos a oportunidade de conhecer diversos acontecimentos ocorridos em nosso País e em outras Nações, na sua grande maioria omitidos por uma considerável parcela da imprensa e de  historiadores. Pode ser de cunho político, social, místico, exotérico, histórico, etc.

         Como exemplo cito a Revolução de 1932 ocorrida em S.Paulo, movimento Constitucionalista e nitidamente maçônico, pouco citado nos anais das Lojas. 

         Defendo a necessidade dos Irmãos estudarem e se atualizarem. Não é necessário  torna-se um obcecado por nossa Ordem, entretanto, pela sua qualidade de livre pensador deve ler e pesquisar um pouco sobre a historia da mesma, de sua Obediência, de sua Loja, do Rito que pratica e do Corpo Filosófico que estiver ligado.

Oque não se admite é o Irmão iletrado e ignorante, muitas vezes em grau de Mestre, não sabe nem ler o ritual.

Tenho dito!

quinta-feira, 14 de março de 2013

MAÇONARIA E O MAÇOM



Como este artigo destina-se exclusivamente a Maçons, vou fazer uma dimâmica diferente. A intenção é propor aos Irmãos que promovam uma Ordem do Dia para intercambiar opiniões, por conta disso não terei o menor pudor em ser contraditório e simplista. Começamos com a seguinte pergunta: - O que é mais importante, a Maçonaria ou os Maçons? 

O conceito padrão de Maçonaria é que seja “uma sociedade discreta (ou secreta?) de caráter universal, cujos membros cultivam o aclassismo, o humanismo, os princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade e aperfeiçoamento intelectual, sendo assim uma associação iniciática e filosófica.

 Portanto a Maçonaria é uma sociedade fraternal, que admite todo homem livre e de bons costumes, sem distinção de raça, religião, ideário político ou posição social. Suas únicas exigências são que o candidato possua um espírito filantrópico e o firme propósito de tratar sempre de ir em busca da perfeição.” O Maçom naturalmente deve ser o membro da Maçonaria e seguir suas diretrizes. Conceitualmente é isto, mas concretamente é o que vivenciamos? 

A “busca da perfeição” está na conquista dos Graus Superiores ou de Cargos? Se algum dia eu puder ensinar alguma coisa aos meus Irmãos eu gostaria que fosse isso: – Não se preocupem com a chegada, o importante é permanecer no caminho! A grande ritualística maçônica é praticada nos Templos ou no mundo profano? Ao pedir ao GADU que ele ilumine seu coração e sua inteligência e que você possa ser fortificado por seu amor e bondade é essencial que você primeiro subjugue suas paixões e intransigências da Meia-Noite à Meia-Noite de cada dia. Permitam-me uma comparação simbólica: Por mais potente que seja a estação transmissora, se as pilhas estiverem fracas o rádio não funcionará bem. Mais uma indagação: 

As Potências/Obediências representam a Maçonaria ou os Maçons? Todas estão calçadas nos “...princípios da liberdade, democracia, igualdade, fraternidade...” e dessa forma reconhecendo o “caráter universal” da Sublime Ordem? E se tratam como Instituições “co-Irmãs”? Não precisamos ir muito longe, o termo IRMÃO é usado com todos os “Filhos de Deus” ou somente aos “Filhos da Viúva”? 

Se direcionarmos este intercâmbio quanto a atuação da Maçonaria junto à Sociedade, enumeraremos muitos fatos históricos, a grande dúvida é termos certeza de quem foi o real partícipe; a Maçonaria ou Maçons?

 Estudem a Independência do Brasil, os três mais importante personagens foram Gonçalves Ledo, José Bonifácio e Dom Pedro I; procurem saber como eram suas relações antes, durante e depois do 7 de setembro e as conseqüências desse ato junto à Maçonaria e aos Maçons da época. 

Em 1889 todos os Maçons brasileiros eram republicanos? Nenhum deles queria a continuidade da Monarquia? 

Afinal foi a Maçonaria ou Maçons que proclamaram a República? Não combina com o Irmão Quirino ficar “em cima do muro”, então termino solicitando que os Irmãos reflitam sobre a seguinte frase: 

TODOS OS MAÇONS TRABALHAM PARA DEIXAR A MAÇONARIA MAIS FORTE E PODEROSA (Templos – Obreiros – Relações Institucionais) E ACABAMOS ESQUECENDO QUE É A MAÇONARIA QUE DEVE TRABALHAR PARA DEIXAR OS MAÇONS MAIS DIGNOS E FRATERNOS (Justos – Honrados – Exemplos de cidadãos). 

Será que estou certo? Entre o tijolo, o muro e o pedreiro qual a ordem de importância?

SOLIDARIEDADE MAÇÔNICA.



O primeiro ponto que devemos deixar bem claro é a diferença entre Solidariedade Maçônica e Caridade Maçônica. Caridade é a ação ou sentimento de ajudar o próximo sem esperar recompensa e é uma das três virtudes teologais (Fé-Esperança-Caridade). Sua ação se dá quando “X” sabe que “Y” está em necessidade e então procura minimizar tal deficiência DENTRO DE SUAS CONDIÇÕES, equalizando suas possibilidades com as necessidades. Sendo, pois, uma atitude de mão única, de “X” para “Y”.

 Já Solidariedade é a comunhão de ações e pensamentos dos componentes do grupo (X-Y-Z-W) visando a solução de uma crise de algum dos elementos e que resultará no fortalecimento do grupo, PORÉM é uma via de mão dupla; se “X” sabe que “Y” tem alguma necessidade, antes de suprí-la deve ter certeza se “Y” a merece. Se tal afirmação lhe pareceu pouco cristã, recordo que a Maçonaria não é uma Instituição Religiosa é que a Solidariedade é um laço sagrado que nos une mas, ela não é incondicional.

 Pessoas do mundo profano e mesmo Irmãos ingênuos ou mal intencionados acreditam que há em nossa Instituição a obrigação tenaz de fornecer a algum membro o objeto de sua necessidade. Nosso amparo, seja ele moral ou até mesmo material se dá para daqueles que se desviaram dos preceitos da honra e da retidão e nunca somos solidários com aquele que quer aproveitar-se da situação. 

Alguém pode estar pensando que tal atitude quebraria nosso juramento de Irmandade, mas observem que “X” se preocupa com “Y”, procura saber o que se passa, os antecedentes que levaram a atual condição e principalmente qual é a conduta de “Y”. Se o Irmão “Y” foi um mau pai, um mau filho, um mau marido, um mau patrão, um mau político ou seja um mau elemento, ele sim quebrou nossos juramentos, desrespeitou nosso Código Moral, desfez nossos laços, não teve uma conduta maçônica, portanto não faz jus à Solidariedade Maçônica. 

E todos nós devemos ter muito cuidado, pois não é simplesmente por ser Irmão que devemos dar preferência. Não pensem que estou com raiva, mas vejo situações inadequadas ao digno Maçom, por exemplo: acima da condição pessoal de ser iniciado, está a nossa Consciência e é um desrespeito a ela quando algum Maçom diante de dois currículos, um melhor (profano “Z”) e um comum (maçom “Y”) indica para a vaga de trabalho aquele que tem uma assinatura com três pontinhos. 

O Maçom é justo, honesto, bom funcionário, bom cidadão, o que deve fazer é dar a vaga a quem de direito por mérito ou competência a mereceu e ao Irmão preterido explicar onde estão as deficiências e como as solucionar. Quer ver um outro exemplo? Todo Maçom é um patriota, e para sua Pátria e seus concidadãos deseja o melhor, então por que votar em determinado candidato simplesmente por ele ser Maçom? Acima do desejo pessoal do Irmão e a nossa vontade de ajudá-lo, devemos ter consciência do dever do eleitor e da responsabilidade do ato. Lógico, sendo o candidato um Maçom “limpo e puro” devemos sim votar nele! 

A intenção deste pequeno artigo é despertar em você a vontade de saber um pouco mais sobre o assunto, e sem nenhuma ressalva mental reconhecer que apesar do processo de admissão de novos Irmãos, ser bem elaborado, termos sindicâncias rígidas e apresentação de documentos que comprovam a boa fé, NÓS NOS ENGANAMOS e eles denigrem e tiram proveito de Lojas e Irmãos mais puros de coração. Para eles “Dura Lex Sed Lex” e para todos os demais a compreensão que entramos para a Maçonaria para ofertar e não para pedir.

Denilson Forato M.I.

RITUAIS MAÇÔNICOS



Saudações estimado Irmão, qual deve ser nossa postura diante dos RITUAIS MAÇÔNICOS ? Antes de qualquer coisa é se suma importância compreendermos o sentido exato das palavras “RITUAL” e “RITUAL MAÇÔNICO”. 
Pode parecer apenas um jogo de palavras, mas não é. Ritual é um adjetivo (Dicionário Michaeles: Ritual: adj m+f (lat rituale) Pertencente ou relativo aos ritos. Que contém os ritos). E nós não adjetivamos nossos labores, na verdade, nós devemos é substantivar (Dicionário Michaeles: Ritual: sm Cerimonial. Conjunto das regras a observar; etiqueta, praxe, protocolo). Sem a intenção de chocar alguém ou fazer revirar os ossos dos antigos Mestres, que hoje se encontram no Oriente Eterno, digo que os livretos que recebemos de nossas Potências, não são a “Alma da Maçonaria” e muito menos o “Livro de Ouro da Sublime Ordem”. Blasfêmia ou heresia? Nem um nem outro, pensem bem! Qual dos rituais é mais maçônico, o ritual escocês ou o ritual Schöeder? O ritual de emulação é melhor que o ritual adonhiramita? Não há como mensurar! Até mesmo o ritual para os trabalhos do escocismo antigo e aceito usado pelas Grandes Lojas e os Grandes Orientes dentro do Brasil, não são iguais! 
Da mesma forma como não podemos qualificar, também não podemos questionar as diferenças. Devemos nos ater a seguinte informação: RITUAIS MAÇÔNICOS SÃO INSTRUMENTOS PARA TRANSMITIR OS ENSINAMENTOS BÁSICOS E ORGANIZAR AS CERIMÔNIAS MAÇÔNICAS! Sempre haverá diferenças e nunca haverá unanimidade do que é certo ou errado. Concentrem-se na essência. Vou propor um exercício, sendo o Brasil um país de maioria católica, provavelmente todos nós (ou pelo menos a maioria) já fez o “Sinal da Cruz”. A intenção, o sentimento ou mesmo padronizar a ação de todos os presentes em determinadas sessões, nós direciona a traçar uma linha vertical e uma linha horizontal sobre nosso corpo, digamos que seja um “sinal de ordem”, neste momento somos remetidos aos ensinamentos básicos cristãos. 
Faça então o sinal e me responda, você o fez corretamente? Provavelmente dirá sim, afinal você já o faz há tantos anos! E eu lhe pergunto: - Você fez o sinal baseado em que ritual? Surpreso? Veja que interessante: O ritual do sinal da cruz adotado pela Igreja Romana se faz assim: dedos sobre a testa, o peito, o ombro esquerdo e terminando sobre o ombro direito, já no ritual da Igreja Ortodoxa: dedos sobre a testa, depois abaixo do peito, ombro direito e terminando no ombro esquerdo. 
E ainda há diferenças entre quantidade e posição dos dedos!!! Antes que você pense em uma justificativa, te alerto que ambos são Cristãos. Assim antes de sermos “escoceses” ou “yorques”, SOMOS MAÇONS. Então perante os Rituais Maçônicos, devemos nos concentrar na sua essência, nas “chaves” ocultas que devem nos despertar para outros estudos, ações e comportamento. O ritual só “funciona” quando os três elementos (sujeito – tempo – espaço) estão em sintonia. 
O sujeito (maçom) muda, não precisa ter mais de 30 anos, ser doutor ou ter um ótimo salário para entrar para uma Loja. O tempo trás mudanças da linguagem e de vestuário e o espaço às vezes precisa crescer, ser reduzido ou melhor, ser adequado a realidade da sociedade a qual a Loja estará inserida. Por conta disso de tempos em tempos, os rituais maçônicos sofrem transformações, mas os princípios não! Toda mudança cauda certa apreensão, questionamento e mesmo descontentamento.
 Nenhuma Potência que já fez mudanças em seus rituais, o fez a bel prazer, sempre foram convocados uma plêiade de grandes Irmãos para o estudo. Caso haja alguma discordância, com certeza é mais de ordem cerimonial do que substancial. Os Irmãos e as Lojas devem se adequar, não se esqueçam: somos legalistas e em algum momento de sua vida maçônica você se comprometeu a reconhecer como autoridade maçônica legal e legítima o Sereníssimo que mandou imprimir o ritual e também seguir suas leis e regulamentos, bem como todas as decisões tomadas pela administração do G.'.M.'.. 
 Sinto muito. Me perdoe. Te amo. Sou grato. 
Quatro frases que transformam qualquer realidade negativa. 
Pratique! 
Ir.'. Denilson Forato

Maçonaria & Sociedade

Maçonaria e Sociedade
A Maçonaria exige de seus membros, respeito às leis do pais em que cada Maçom vive e trabalha:. Os princípios Maçônicos não podem entrar em conflito com os deveres que como cidadãos têm os Maçons:. Na realidade estes princípios tendem a reforçar o cumprimento de suas responsabilidades públicas e privadas:.

A Ordem induz seus membros a uma profunda e sincera reforma de si mesmos, ao contrário de ideologias que pretendem transformar a sociedade, com uma sincera esperança de que, o progresso individual contribuirá, necessariamente, para a posterior melhora e progresso da Humanidade:. E é por isso que os Maçons jamais participarão de conspirações contra o poder legítimo, escolhido pelos povos:. Para um Maçom as suas obrigações como cidadão e pai de uma família, devem, necessariamente, prevalecer sobre qualquer outra obrigação, e, portanto, não dará nenhuma proteção a quem agir desonestamente ou contra os princípios morais e legais da sociedade:.

Nas suas Lojas são expressamente proibidos o proselitismo religioso e político, garantindo assim a mais absoluta liberdade de consciência, o que lhe permite permanecer progressista, sobrevivendo às mais diversas doutrinas e sistemas do mundo:. Curioso é perceber que sempre onde faltou a Liberdade, onde grassou a ignorância, foi aí que a Maçonaria foi mais contundentemente perseguida, tendo sido inclusive associada aos judeus durante o período de intenso anti-semitismo da Europa Ocidental, nos primeiro e segundo quartos deste século:.

Aprendizado Maçônico

A transmissão dos preceitos Maçônicos se faz através de cerimônias ritualísticas, ricas em alegorias, que seguem antigas e aceites formas, usos e costumes, que remontam às guildas dos construtores de Catedrais da Idade Média, usando inclusive as mesmas ferramentas do Ofício de pedreiro:. Este aprendizado passa pela necessidade de todo iniciado controlar as suas paixões, de submeter a sua vontade às Leis e princípios morais, amar a sua família e à sua Nação, considerando o trabalho como um dever essencial do Ser Humano:. O sistema de aprendizado está assente sobre a busca, por parte de cada Irmão, no seu trabalho dentro da Ordem, e respectivo ao seu Grau, de um aperfeiçoamento interior, em busca da perfeição, para fazer-se um Homem bom, um Homem melhor:.

A Maçonaria estimula a prática de princípios nobres, tais como: Gentileza - Honestidade - Decência - Amabilidade - Honradez - Compreensão - Afeto  Para os membros da Ordem todos os Homens, fazem parte da Grande Fraternidade Humana, portanto, todos são Irmãos, independentemente de Credo, Política, Cor, Raça ou qualquer outro parâmetro que possa servir para dividir os homens:. Os Três Grandes Princípios sobre os quais está fundamentada a busca do progresso e da auto-realização do Maçom são:

O Amor Fraterno: O verdadeiro Maçom mostrará sempre a mais profunda tolerância e respeito pela opinião dos demais, portando-se sempre com compreensão:.

Ajuda e Consolo: Não só entre os Maçons, mas com toda a Comunidade Humana:.

Verdade: É o princípio norteador da vida do Maçom, mesmo porque faz-se necessária toda uma vida para chegar-se próximo de ser um bom Maçom:.

Organização da Maçonaria

Desde a fundação da Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, as Loja Maçônicas têm-se organizado em Obediências, sejam elas Grandes Lojas ou Grandes Orientes:. Os Maçons estão reunidos em Lojas, que se reúnem regularmente uma vez por semana, geralmente:. A verdadeira e antiga Maçonaria, divide-se em três Graus Simbólicos que compõem as Lojas Simbólicas:

Aprendiz • Companheiro • Mestre

Em regra as Grandes Lojas recebem reconhecimento da Grande Loja Unida da Inglaterra, que se arroga o direito de guardiã da ortodoxia maçônica  de evidente cunho teísta, enquanto que os Grandes Orientes, são reconhecidos pelo Grande Oriente da França, fiel ainda à constituição de Anderson de 1723, com evidente influência iluminista, e caracterizado por uma profunda tolerância:.

Porém esta regra não é universal, até porque não existe uma autoridade internacional que confira regularidade Maçônica, tem muitas Grandes Lojas que a Inglaterra não reconhece e tem muitos Grande Orientes que reconhece :.

Regularidade em Maçonaria

A regularidade Maçônica refere-se a um conjunto de deveres a que estão sujeitos os Maçons, suas Lojas e sua Obediência, os quais podemos resumir em três aspectos principais:

Legitimidade de Origem: Um Grande Oriente ou Grande Loja necessita, para ser regular do reconhecimento e da transmissão da Tradição, por outro Grande Oriente ou Grande Loja previamente regular junto às outras Potências, tendo assim uma Regularidade de Origem:.

Respeito às antigas regras: A principal regra a ser seguida é a Constituição de Anderson, de 1723, formulada por Anderson, Payne e Desaguilliers, para a recém-fundada Grande Loja de Londres:.Podemos, no entanto, levantar cinco pontos fundamentais para Regras que devem ser respeitadas:

1. Absoluto respeito aos antigos deveres, que estão reunidos em forma de Landmarks:.

2. Só é possível aceitar homens livres, respeitáveis e de bons costumes que se comprometam a por em prática um ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade:.

3. Ter sempre como objetivo o aperfeiçoamento do Homem, e como consequência, de toda a Humanidade:.

4. A Maçonaria exige de todos os seus membros a prática escrupulosa dos Rituais, como modo acesso ao Conhecimento, através de práticas iniciáticas que lhe são próprias:.

5. A Maçonaria impõe a todos os seus membros o mais absoluto respeito às opiniões e crenças de cada um, proibindo categoricamente toda discussão, proselitismo ou controvérsia política partidária ou religiosa sectária em suas Lojas:.

Sei que a Sociedade do Sec. XX! é complexa e requer ações, imediatas para o novo enobrecimento da Maçonaria, pois iniciamos gente sem a menor condição de ser Maçom, sem o menor compromisso, sem qualquer rastro de cultura ou intelectualidade, pessoas que não leem, não ouvem, não falam não existem, apenas vão, como pena ao vento.
Vejam em suas Lojas, quantos ditos Irmãos vãos aos trabalhos? Quantas loucuras se fazem para abrir ritualisticamente os trabalhos, por falta de obreiros? Quantas chateações depois de um dia longo de trabalho e trânsito;
Muitos Irmão dizem que sou polêmico, um Grão Mestre Famoso  muito amigo meu disse..." Meu Irmão você tem coragem, pena que tenho poucos  Irmãos como você...precisaria de mais, para mudarmos oque  está ai.." 
Juro que fiquei lisonjeado, pois estudo Maçonaria a 21 anos e quase sempre que recebi foram críticas, mas isso nada quer dizer e sigo em frente. 
O problema está na Cultura!
 vide:  http://www.club33.com.br/v3/us/arquivos/O_N%C3%8DVEL_CULTURAL_DA_MA%C3%87ONARIA.pdf
esse trabalho e teça suas conclusões.
Tem Irmão que não sabe ler.....


"Nunca houve nem nunca haverá um Homem que tenha um conhecimento certo dos deuses e de tudo aquilo de que eu falo. Se, mesmo por acaso, lhe acontecesse dizer toda a verdade, nem disso se daria conta. Todos se apoiam na aparência." 
Xenófanes de Cólofon (570-528 anE)

SIMBOLISMO DOS MISTÉRIOS MAÇÔNICOS




"No final do séc. XVII e princípio do séc. XIX, muitos europeus, incluido Maçons, encaminharam-se para o Médio-Oriente, onde encontraram relíquias das culturas ancestrais que haviam praticado os Antigos Mistérios. Os Maçons de espírito filosófico reconheceram nelas semelhanças entre a sua Ordem e estas tradições ancestrais. Os símbolos semelhantes, alguns dos quais, como a escada do Templo de Mithras, são partilhadas pela Maçonaria, encorajando a linha de pensamento que defende a ligação intrínseca com estes rituais ancestrais."
"Ainda que haja uma clara evidência de uma ligação genérica entre o Ofício e os Antigos Mistérios, não há provas de como este material poderá ter sido transmitido ou de como poderá ter permanecido escondido e imune à Idade Média e à ação da Inquisição." - W. Kirk MacNulty, Freemasonry - A Journey through Ritual and Symbol

"A Maçonaria oculta os seus segredos de todos, à excepção dos seus seguidores e sábios, ou os Eleitos, e utiliza falsas explicações e falsas interpretações dos seus símbolos para induzir em erro aqueles que merecem ser induzidos em erro; para ocultar a Verdade, chamada de Luz, destes e para a manter afastada dos mesmos."- General Albert Pike, Morals and Dogma

Deve-se agora uma breve nota sobre Albert Pike. Pike (1809-91) era um Brigadeiro General da Confederação durante a Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceite. Abastado, iterado e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo os mais famosos Moral e Dogma. Excluindo os quase meio milhão de praticantes do R:.E:.A:.A:., a grande parte dos maçons nunca leu a obra de Pike. Pike é frequentemente criticado pelos seus Irmãos Maçons que o acusam de, com a sua visão mística e controversa, ter amplamente alimentado os inimigos da Maçonaria. 

"...O Rito é organizado como uma pirâmide, o majestoso túmulo de Hiram, no topo do qual uma 'misteriosa escada' de sete degraus é colocada, semelhante ao caminho de Eraclitus, que sobe e desce, sendo uma e a mesma. A imagem da pirâmide remete-nos de imediato para os sepulcros egípcios e à viagem de desprendimento do corpo, subindo, que constitui o objectivo da Iniciação. Simultaneamente, sintetiza de uma forma maravilhosa a sedimentação de tradições que o Rito provocou..." - Maurizio Nicosia, The Sepulchre of Osiris

'Let there be light!' - the Almighty spoke,
Refulgent streams from chaos broke,
To illume the rising earth!
Well pleas'd the Great Jehovah flood -
The Power Supreme pronounc'd it good,
And gave the planets birth!
In choral numbers Masons join,
To bless and praise this light divine."

"Haja luz!" - Falou o Todo-Poderoso,
Fluxos reluzentes o caos quebrou,
Para que ilumine a terra subindo!
Bem aventurado seja o Grande Jeová -
O Poder Supremo pronunciou de bom,
E deu o nascimento planetas!
Em números corais maçons se juntou,
Para abençoar e louvar esta luz divina. "




- Poema maçônico de "Anthem III" in Ilustração da Maçonaria de William Preston (1804)

II – O ARQUITETO DO UNIVERSO

"De acordo com o Professor Cornford [do Royal College of Art], todas as pinturas dos velhos mestres que investigou eram conformes com 'formas perfeitamente geométricas e/ou subdivisões aritméticas do retângulo . Existiam dois tipos de sistemas básicos – um 'era baseado na crença da Criação descrita em Timaeus, de Plato, e foi publicado por Alberti no seu “Ten Books on Achitecture” (Florença, 1485). Este sistema procede pela utilização do cálculo e da construção com instrumentos e teve grande adesão na Alta Renascença e no período imediatamente seguinte, já que tanto desassociava a arte e a arquitetura das velhas e manuais formas maçônicas de trabalho da Idade Média, como as associava à escola humanística. Para além disso, o sistema numérico utilizado era uma espécie de invocação do Divino enquanto a construção ou pintura se tornaram um ensaio microcósmico do acto primário de criação."
"O outro tipo de sistema era o maçônico geométrico. De acordo com o Professor Cornford, este era 'incomparavelmente o mais antigo dos dois, parecendo de facto ser já conhecido pelos antigos egípcios e à nossa própria cultura megalítica. Sobreviveu, frequentemente rodeado de uma atmosfera de segredo do Ofício (ou até de culto), ao tempo de Alberti, e, subsequentemente, desapareceu sem deixar rasto…”- Henry Lincoln, The Holy Place 

“Quem seguisse o Caminho do Artífice teria de fazer uma coisa mais. Deveria lembrar sempre que estava a construir o templo de Deus. Construía um edifício em consciência onde ele mesmo era uma pedra individual e única. Com o tempo, cada ser humano polirá a sua pedra e a colocará no Templo, e então o Templo estará completo; Deus contemplará Deus no Espelho da Existência e existirá então, como no Início, um único Deus.”  - W. Kirk MacNulty, The Way of the Craftsman 

“Os Antigos Mistérios não deixaram de exitis quando o Cristianismo se tornou a religião mais poderosa no mundo. O grande Pan não deixou de existir, e a Maçonaria é a prova da sua sobrevivência. Os Mistérios pré-cristãos assumiram, simplesmente, o simbolismo da nova fé, perpetuando por meio dos seus simbolos e alegorias as mesmas verdades que possuídas pelos sábios desde o prícipio do mundo. Não há, portanto, uma verdadeira explicação para o facto de simbolos cristãos encerrarem em si o que é escondido pela filosofia pagã. Sem as misteriosas chaves transportadas pelos líderes dos cultos egípcio, brâname e persa, os portais da Sabedoria não poderiam ser abertos.” - Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical Philosophy

“Porque Ele (Deus) é o Construtor e Arquitecto do Templo do Universo; ele é o Verbum Sapienti."  - Yost, i, 411


“No Timaeus de Plato aparece a primeira alusão ao Criador enquanto ‘Arquitecto do Universo’. O Criador, em Timaeus, é chamado ‘tekton’, ou ‘mestre construtor’. 'Arche-tekton' denota, por conseguinte, 'mestre artífice' ou 'mestre construtor'. Para Plato, o 'arche-tekton' traçou o cosmos por meio da geometria.”  - Baigent & Leigh, The Temple and the Lodge 

“Apesar de a Maçonaria requerer que os seus candidatos confirmem a sua crença em Deus, não aprofunda o sujeito, deixando a religião e sua prática ao Maçom enquanto indivíduo.” 
(nota de tradução: isto pretende afirmar que a Maçonaria requer a crença num Deus, não forçosamente o Deus Cristão) “Assim, é possibilitado a homens de todas as religiões o acesso ao estudo dos princípios morais e filosóficos da Maçonaria.”  - W. Kirk MacNulty, Freemasonry - A Journey through Ritual and Symbol

Adaptação e tradução : Denilson Forato M.'.I.'.
 

Tradução de Trabalho em Inglês : Práticas e Crenças Maçônicas


NOTA INTRODUTÓRIA:

Os textos que seguem são uma compilação de excertos de vários autores, devidamente assinalados. Os originais de todos eles são em lingua inglesa,fiz uma tradução tão fiel ao original, quanto possível, embora, evidentemente, em certas passagens fosse imperativa a adaptação ao nosso português. 
Denilson Forato

O SIMBOLISMO DA LOJA

"Ainda que esta regra não seja já rigorosamente aplicada, a Maçonaria requere que os candidatos a maçom possuam mente sã e sejam fisicamente aptos; é suposto que qualquer deficiência seja suficiente para impossibilitar a admissão." Esta regra é similar a um dos requisitos essenciais para admissão àYahad, ou "Grupo da União", como descrito em várias das Escrituras do Mar Morto.

Cristopher Knight & Robert Lomas, The Hiram Key: Pharaohs, Freemasons and the Discovery of the Secret Scrolls of Jesus

À medida que o candidato passa pelos rituais aprende que na construção do Templo do Rei Salomão, em Jerusalém, os pedreiros especializados eram divididos em dois grupos: Aprendizes e Companheiros; que estes eram presididos por três Grão-Mestres ( o Rei Salomão, Hiram, rei de Tyre, e Hiram Abiff ) que partilhavam segredos apenas por ele conhecidos; que estes segredos se perderam com o asssinato de Hiram Abiff - em resultado da sua recusa em os divulgar - e que determinados segredos foram adotados em sua substituição 'até que o tempo ou circunstância restituísse os originais' (daqui vem a referência à Palavra Perdida ). A importância deste conhecimento justifica-se pelo fato de comprovar a existência da Maçonaria no tempo de Salomão, mantendo-se um sistema inalterado desde então. O ritual, contudo, como o candidato em breve comprovará, não representa a verdade literal ou histórica, mas é, na verdade, uma alegoria dramatizada, pela qual são transmitidos os princípios e costumes do Ofício.

John Hamill, The Craft, A History of English Freemasonry

Ainda que existam verdadeiros pedreiros que são maçons, a Maçonaria não ensina a arte de trabalhar a pedra. No seu lugar, utiliza o método 'operativo' dos maçons medievais como alegoria de desenvolvimento moral. Ainda assim, alguns dos símbolos maçônicos mais não são que as comuns ferramentas dos maçons medievais: o esquadro, o compasso, o malhete, etc., tendo cada um deste um significado simbólico na Maçonaria. A título de exemplo, é dito que os maçons se devem encontrar no nível, significando que todos os maçons são Irmãos, independentemente da sua posição social, riqueza ou ofício, tanto na Loja, como no mundo em geral. Para outras ferramentas existe também um significado semelhante.

Andrew Fabbro, Freemasonry FAQ - version 1.2

O objetivo da Maçonaria é preparar o ser humano de forma a que este reconstrua, através da mudança e mortalidade que possui agora, um corpo fisicamente perfeito e também imortal. O plano é a construção deste corpo imortal, chamado pelos maçons modernos de Templo do Rei Salomão, a partir de material do corpo físico, chamado de ruínas do Templo do Rei Salomão.

Harold W. Percival, Masonry and Its Symbols in the Light of "Thinking and Destiny"
"E, UMA VEZ QUE O PECADO DESTRUIU EM NÓS O PRIMEIRO TEMPLO DE PUREZA E INOCÊNCIA, POSSA A GRAÇA DIVINA GUIAR-NOS E ASSISTIR-NOS NA CONSTRUÇÃO DE UM SEGUNDO TEMPLO DE REFORMA, EM QUE A SUA GLÓRIA SEJA MAIOR QUE A DO SEU ANTECESSOR"

Oração maçônica Inglesa

Uma Loja possui uma sala com a forma de um quadrado oblongo, que é metade de um quadrado perfeito, e encontra-se na metade inferior de um círculo. Cada Loja reúne nessas mesmas salas,mobiladas de forma semelhante,mas a Loja que trabalha o Grau de Aprendiz é chamada de Pátio exterior, a que trabalha o Grau de Companheiro é o Lugar Santo e a que trabalha o Grau de Mestre é o Sanctum Sanctorum (Santo dos Santos), todas no Templo do Rei Salomão.

Harold W. Percival, Masonry and Its Symbols in the Light of "Thinking and Destiny"
Perg.:: Onde foste feito M.?
Resp.:No corpo de uma L. J.P.
Resp.:Quando o Sol se encontrava no seu meridiano.
Perg.: Como neste país as Lojas Maçônicas são geralmente operadas e os candidatos iniciados à noite, como justificas esse aparente paradoxo?
Resp.: Sendo o Sol um corpo fixo e a Terra tendo uma rotação constante sobre o seu eixo, e sendo a Maçonaria uma ciência universal, difundida por todo o globo, o Sol está, forçosamente, sempre no seu meridiano no que à Maçonaria diz respeito, no mesmo horário e lugar, mas em pontos diferentes da terra."

Ritual 
maçônico

PORQUÊ USAR RITUAIS?

Em essência, existem duas razões. Em primeiro lugar, ao serem utilizadas cerimonias formalizadas, todos entram na Maçonaria numa mesma base de igualdade e partilham uma mesma experiência (que será diferente da vivência, essa sim, individual e única ), seja qual for a sua posição fora do Ofício. Em segundo lugar, porque continuando a utilização de cerimonias onde é incluída uma carga dramática, alegórica e simbólica, os princípios da Maçonaria podem mais facilmente deixar uma marca indelével no espírito do candidato.

UM POUCO DE HISTÓRIA DO R:.E:.A:.A:.

A origem do ritual, como da própria Maçonaria, não foi ainda descoberta. Para além do facto de sabermos da existência de uma Palavra maçônica  não temos qualquer indicação no sentido de existir um ritual nas lojas operativas escocesas. A prova mais antiga provem de duas fontes distintas: um conjunto de mais de cem versões de um documento agora conhecido como Old Charges e o livro História Natural de Staffordshire do Dr. Robert Plot. Apesar das versões de Old Charges diferirem no detalhe, obedecem, porém, a um padrão; é, seguramente, uma história lendária do Ofício maçônico  seguida de um conjunto de regras ou normas (as Charges) pelas quais eles se deveriam reger quer no Ofício, quer na sua vida pessoal. Era assumido, sobre a Bíblia, o dever de preservar os mistérios do Ofício; a Palavra e os sinais eram transmitidos; as regras eram lidas, indicando ao novo maçom quais os seus deveres perante Deus, o seu Mestre e os seus Companheiros e era lida a história lendária. O Dr. Plot acrescenta a isto dois detalhes que são a utilização de aventais e a entrega ao novo maçom de dois pares de luvas brancas: um para si próprio e outro para a sua esposa.

É só em 1690 que obtemos uma prova concreta do conteúdo ritualístico através do manuscrito da Casa de Registo de Edimburgo: um conjunto de perguntas e respostas descrevendo uma cerimonia simples e os sinais. De 1690 a 1729 sobreviveram até nós uma série de manuscritos impressos com perguntas e respostas, uns mais, outros menos completos. Estes demonstram um sistema simples de dois Graus (Aprendiz e Companheiro), a tomada de um juramento sobre a Bíblia, a transmissão de palavras e sinais e também um simbolismo muito simples, baseado nas ferramentas de Pedreiro.
A referência mais antiga a um terceiro Grau, até agora, vem de 1725, embora só em 1730 tenhamos conhecimento do seu conteúdo; é nesse ano publicada por Samuel Prichard a obra A Maçonaria Dissecada. Nesta, é mostrado um sistema de três Graus (Aprendiz, Companheiro e Mestre), cada um com o seu sinal e palavra, mas existindo uma obrigação apenas no primeiro Grau. De 1770 em diante, assiste-se a um alargamento do número de perguntas e respostas, nas quais é explicada a cerimônia e o propósito de cada Grau; isto incluía ferramentas simbólicas adicionais que ilustravam a virtuosidade esperada dos Maçons (ou Pedreiros Livres ) e explicações simbólicas do mobiliário da Loja, assim como dos ornamentos usados pelos membros. Com a fusão das duas grandes lojas britânicas, em 1813, resultou a Grande Loja Inglesa; esta criou a Loja da Reconciliação, com o objectivo de elaborar um ritual uniforme a ser utilizado por todas as lojas. Este processo levou dois anos de deliberações até que em 1816 a Grande Loja reconheceu as recomendações da Loja da Reconciliação, ordenando a sua adoção por todas as lojas. Face à recusa da Grande Loja em consentir a impressão do novo ritual, este foi sendo passado oralmente, pelo que o objectivo de uniformização nunca foi verdadeiramente atingido, como é de conhecimento geral.

O Rito Escocês é um dos dois ramos da Maçonaria nos quais um maçom pode progredir após chegar Mestre ( o outro será o (Rito de York do 4º ao 13), no REAA desde o 4º até ao 33º Grau. Os ensinamentos morais e filosofia do Rito Escocês são baseados nos princípios encontrados na Loja Azul ou na Maçonaria simbólica. A utilização da palavra «Escocês» levou (e leva) muitos maçons pelo mundo fora a pensar que este rito teve origem na Escócia, o que não é verdade. Os historiadores procuram ainda a resposta para este facto. Na verdade, é em França que encontramos as primeiras referências a este termo, através da palavra «Ecossais». Quando, no final do séc. XVII, as ilhas britânicas foram atingidas por um surto de tifo, muitos escoceses fugiram para França, onde cultivaram os seus interesses maçônicos  pensa-se estar aí a origem do termo Escocês. Os primeiros registos deste termo remontam a meados do séc. XVIII, indiciando o inicio do Rito em Bordéus; daí terá sido levado para colonias francesas na Índias Ocidentais e posteriormente para os Estados Unidos.

Os Reais objetivos da Maçonaria: Moral, Física e Intelectual



A Maçonaria tem três objetivos essenciais: a instrução moral, física e intelectual; a moral abrange a espiritualidade; a física o conhecimento e a intelectual a mística. Os ensinamentos maçônicos buscam sempre nos lembrar os três deveres fundamentais do ser humano, ou sejam, os deveres para conosco, com a humanidade e para com Deus. Para com Deus reconhecendo sua presença em tudo e sua fabulosa obra, o universo. 

Para com a humanidade, consistindo em nossas famílias, a pátria e o universo, tendo como tarefa levar o conhecimento, a solidariedade, enfim, os nossos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade. Para conosco consistindo em nosso aperfeiçoamento, o desbastar da pedra bruta, a busca do equilíbrio entre a mente e o corpo. Sendo esta a tarefa mais difícil de todas, a de olhar para dentro de nós mesmos, reconhecendo nossos defeitos, nossas limitações e ainda em certos momentos encontrar em nós sentimentos e atitudes as quais combatemos por princípio. Termos em certos momentos a consciência de nossa ignorância.

Todas as vezes que nos vemos irritados, insatisfeitos, atribuindo nosso insucesso a causas externas, como: pessoas, trabalho, dificuldade financeira, devemos neste momento olhar para dentro de nós mesmos, pois o bem estar, a felicidade, o equilíbrio como queira se chamar está dentro de nós, pois o mundo não muda, mas a nossa visão do mundo sim, esta pode ser modificada e só depende de nós. Busque através de Deus, do conhecimento, do auto-controle, de qualquer forma, mas busque sempre. 

Todos nós passamos por momentos muito bons e também revezes e em vários destes estavam vocês, meus queridos irmãos, nos bons e nos difíceis. 

É comum após alguns anos de maçonaria, alguns se interrogarem, o que estou fazendo aqui? Será que estou sendo útil ou será que a Maçonaria me é útil? Frequentemente encontro irmãos adormecidos, por este ou aquele por aquele motivo, muitos dizem “a maçonaria não é mais a mesma”, “ maçonaria virou copo d’água”. Muitos acham que a maçonaria deve mudar o mundo, a política, a sociedade toda, mas sequer consegue mudar a si mesmo, sofre em  reconhecer uma série de defeitos.

Hoje vivemos em imensos conglomerados urbanos, com família desfeitas, drogas, falta de Deus, com pessoas com problemas psíquicos graves, não mais em pequenas cidades, onde a influência dos justos e de boa formação era a regra, por isto temos tanta dificuldade em influenciar em massa, mas podemos e devemos continuar o trabalho pequeno em extensão, mas de enorme valor.

Não fossem as leis, mesmo com graves distorções viveríamos em condições piores do que animais, pois o ser humano é destrutivo em sua essência, e isto fica evidente quando suas necessidades não são satisfeitas. 

Meus queridos irmãos, a maçonaria não é um reduto de homens perfeitos, mas sim um seleto grupo que busca a superação humana, a sabedoria e o conhecimento que não vem do dia para a noite e sim de forma gradual, se nós o permitirmos e trabalharmos. Cada reunião em Loja é rica do inicio ao fim, basta enxergar, algumas melhores que outras, mas sempre muito produtivas.

A presença de cada irmão traz Luz a Loja, esta Luz é conhecimento, é riqueza é espiritualidade, cada um com seu espírito formando uma egrégora positiva e construtiva.

Por tudo isto e resumidamente venho a esta Loja para combater o despotismo, a ignorância, os preconceitos e os erros. Para glorificar a verdade e a justiça, certo que de tudo isto ainda que dentro de mim.

Que Deus permita que eu nunca desista.
Denilson Forato, M.I.

segunda-feira, 11 de março de 2013

A HORA DA VERDADE SELECIONAR PARA NÃO ERRAR



O fato aqui narrado ocorre todos os dias no mundo maçônico, talvez nesse exato momento esteja ocorrendo em algum lugar do nosso Amado Brasil.
Outro dia me perguntaram, o que eu preciso fazer para entrar na maçonaria?
Então lhe devolvi  a pergunta, porque você quer entrar na maçonaria?
O me  interlocutor gaguejou, se coçou, buscando as palavras que talvez proporcionasse-lhe esconder as verdadeiras razões, e me  respondeu;
- É que eu acho muito bonito ser maçom, acho interessante
Continuamos então a perguntar. Porque ?
Porque vocês se tratam por irmão e parece que vocês levam isso muito a sério
Continuei  a perguntar, e por acaso você é filho único? Pelo que sei você tem vários irmãos, não é mesmo?
Sim, realmente tenho vários irmãos, só que no caso de vocês é diferente, vocês chamam de irmão alguém que não tem laço algum de parentesco, e é isto que agrada-me
Perguntei-lhe então, será que é só isso mesmo? Creio que isto é muito pouco para você resolver querer entrar em uma sociedade, você não acha?
- É, só que eu já andei lendo bastante sobre a maçonaria; seus princípios, sua filosofia, finalidades, objetivos , etc., e creio que é o tipo de sociedade que irá preencher o vazio que creio ter. Além do que vocês  tem como princípio a fraternidade e a ajuda mútua, acho isto muito interessante
Sendo assim, te pergunto, podes hoje dispor de R$ 2.000,00  na jóia, e um mínimo de 150,00 reais por mês para ajudar a custear  uma sociedade filantrôpica  e os nossos custos de manutenção,  sem que este valor prejudique de alguma forma o teu orçamento?
Olha, eu acho que sim, mas, tenho que gastar tudo isto na jóia e tudo essa quantia  por mês ?
Sim, isto e mais um pouco, achas realmente que estás preparado para entrar nessa sociedade como membro atuante, ou vamos abrir o jogo, você de alguma forma acha que a maçonaria poderá te ajudar muito mais do que hoje tu a poderás ajudar?
Sim, também, mas vocês não se ajudam mutuamente, ou seja, sendo maçom as coisas não são facilitadas de alguma forma ?
Creia, este é o grande motivo das debandadas dos que na nossa sagrada ordem entram, nosso principal objetivo não é o de ser ajudado, ou Ter a nossa vida material de alguma forma facilitada, e sim, ajudar, lutar para a construção de um mundo melhor para todos os que fazem dele a sua morada.
Portanto, para ingressar na maçonaria, primeiramente devemos reunir condições de nos auto ajudar e de ajudar os nossos semelhantes, sejam ou não maçons.
Creia, a maçonaria brasileira ainda não decolou, porque estes princípios fundamentais foram desvirtuados, realmente, você tem razão, aqui no Brasil, ela se compara a uma grande sociedade de ajuda mútua desvirtuada.
Como uma esmagadora maioria entrou sem as condições mínimas necessárias, o número dos que tem condições de ajudar é infinitamente menor do que a esmagadora maioria dos que entraram pensando em serem ajudados. Isto  posto, NÃO HÁ O BENEFICIADOR, NEM O BENEFICIADO.
O que se vê hoje na maçonaria brasileira é um grande contingente dos que nem ao menos conseguem pagar as taxas mínimas de manutenção. É também verdade que as frustrações são em razão de uma expectativa não satisfeita dos que entraram com um único objetivo, se beneficiar, ou dos que hoje entram e se deparam come este estado de coisas e correm, por não agüentar tanta heresia, hipocrisia e pedidos em suas portas como se fossem tábuas de salvação.
Os que possuem as reais condições de se tornarem grandes maçons, hoje, lamentavelmente, correm dela. Perdem eles. Perde a maçonaria, e perde ainda mais a humanidade como um todo que deixa de ver formado um grande líder, capaz de enfrentar e resolver os problemas e conflitos que a atingem.
Portanto, a maçonaria possui duas faces distintas, numa ela modela o caráter do indivíduo para se tornar um homem de bem, noutra ela exige que o indivíduo tenha posses e condições de amplia-las, aí sim, com a ajuda dos membros da ordem, com um único objetivo, auxiliar a humanidade, combatendo, a fome, a miséria material, espiritual e intelectual.
Vamos tomar por  exemplo os procedimentos de uma guerra, onde temos que formar um exército para combater e vencer o inimigo: (O INIMIGO - a fome, a miséria, a corrupção,  material e espiritual da humanidade).
Primeiramente vamos escolher os bons comandantes (OS SÁBIOS - maçons que já alcançaram um elevado grau de iniciação, seres elevadamente espiritualizados e possuidores da estabilidade econômica e financeira necessária.
A seguir vamos escolher os jovens soldados, cheios de saúde, sem os defeitos que os impossibilitem lutar, portadores das condições necessárias para que se tornem futuros comandantes ( O FUTURO INICIADO - tem que ter um bom começo de estabilidade econômica e financeira, conduta ilibada, bem como tendências fortes de espiritualização, para que guiado e ajudado pelos SÁBIOS, possa se tornar um deles. )
Se houver uma rigorosa seleção de bons soldados, teremos a formação de bons comandantes, a união de ambos, fortalecerá o regimento, para enfrentar e sair vitorioso na guerra proposta.
Aí reside a grande diferença entre a maçonaria dos Estados Unidos da América e a dos países Latinos Americanos, especialmente a do Brasil.
Tudo na verdade é uma questão de história e filosofia, a maçonaria brasileira está preocupada com a proliferação de lojas e contingentes de associados, quanto maior o número, maior será o valor arrecadado, e com este valor pode-se......?
Quanto maior o número de associados despreparados, maior será a facilidade para rifar-se cargos sem serem molestados.
Tudo é feito num faz de conta e numa grande ilusão, Venerável, Delegado, Deputado, Juízes Maçônicos, Grandes Secretários, Grande Isto, Grande Aquilo, Supremo Isto, Supremo Aquilo, nomes pomposos, medalhas, medalhas, medalhas,  para todos os gostos.
Até que tudo seja verdade, um dia será.
Diante de tais circunstâncias, os antigos maçons, nossos antepassados, que foram para o oriente eterno, choram todos os dias em suas orações, por verem a Sagrada Ordem dos Tempos e dos Templos profanada pelos que são da maçonaria só e somente só
(Meros Associados de club, que nada fazem , nem ir nas sessões se prestam).
A maçonaria brasileira possui muitos SÁBIOS (autênticos maçons), porém, estes ainda não são escutados, são preteridos e combatidos, pelos que se satisfazem com as facilidades advindas da prática do associativismo, usando o nome maçonaria, porém, jamais, seguindo os seus perfeitos conceitos.
A maçonaria é sublime, seus conceitos perfeitos, a Ordem em si é perfeita, tão perfeita que apesar de tudo sobrevive aos desmandos e vícios dos homens.
Nesse milênio, espero no G.’.A.’.D.’.U.’. que o joio será separado do trigo, por uma seleção natural, que será conseguida graças as dificuldades que o mundo terra está experimentando.
Ha uma esperança generalizada por parte de todos os estudiosos da Nobre Arte, que esta possa ser um dia a herdeira da verdadeira iniciação, no entanto, o homem tem a colocado cada vez mais distante desse caminho, por vaidade, egoísmo, improbidade administrativa e ausência espiritual de alguns poucos que chegam ao mais alto comando desta. Transformando-a em feudos de um poder imaginário, onde se sentem verdadeiros imperadores, fazendo e usando de todos os meios possíveis para não perderem os seus cetros.
Chega-se ao absurdo de travarem-se verdadeiras batalhas para disputar a presidência de uma loja, a origem da proliferação de lojas e dissidentes, também se dá em virtude desses embates, sabem porquê? Porque os imperadores ao seu tempo criaram a figura de que certos cargos na maçonaria só pode ser exercido por quem tenha presidido uma loja.
Aonde está a filosofia, aonde está o verdadeiro sentido da iniciação, se uma grande maioria dos que chegaram ao comando de uma loja, ali chegaram por caminhos tortuosos, tanto isto é verdade, que os maiores problemas dentro das lojas tem sua origem naqueles que já a comandaram, pois muitos destes, se consideram, seres superiores, revestidos de uma falsa santidade e sapiência, que faria qualquer profano ou leigo sentir vergonha só de saber que isto existe.
Meus irmão Somos Maçons e não mais Profano...Lembrem nisso!