sábado, 29 de novembro de 2014

A sindicância, deve ser bem feita!







As sindicâncias em nossa Ordem têm mostrado, em uma análise profunda, sérios perigos à Maçonaria. quando é mal feita!!!
Além da existência de um ponto vulnerável, o APRENDIZ, que é assim considerado por se tornar presa fácil aos chamados GOTEIRAS, surge, sem que o percebamos, outro tão mais perigoso que é o IRMÃO IRREGULAR.
Isso sim, nos preocupa, porque em alguns casos são uma ameaça à Ordem. Mesmo sabendo que muitos não oferecem nenhum risco aos nossos mistérios, devemos ter uma atenção cuidadosa, pois correm sérios riscos de serem divulgados vulgarmente por alguém ou mesmo por sua família, que participava conosco das atividades maçônicas.

Como exemplo, podemos citar Cunhadas e Sobrinhos, a quem nunca foram dadas explicações, porque o seu “MARIDO / PAI” foi excluído da Maçonaria e passaram a ter verdadeira aversão, que acaba sendo gratuita, pela Maçonaria.
Esses são ameaças, ou porque praticaram algo contra os princípios da Ordem (ou contra aos seus próprios), ou porque apenas, certificaram-se de que aqui não é o lugar que pensavam ser e foram desligados ou placetados.

Se forem excluídos por questões de ordem moral, ou de desrespeito às Leis da Maçonaria e são inconformados com a decisão da Loja, muito embora tenham o amplo direito, assegurado por lei, de defesa e não o fizeram, esses é uma temeridade para a Ordem; se a exclusão aconteceu, apenas por fatos simples, como a indolência a inadimplência, esses são inofensivos.

Agora, há outros que realmente não são confiáveis no aspecto de informações, de divulgação dos nossos mistérios, da falta de respeito para conosco, para com nossas Cunhadas, enfim, para com a família maçônica geralmente trata-se de ser imoral, de vida profissional e particular duvidosas.
Esse, não só preocupa como deve ser vigiado. Principalmente, se estiver ingerindo bebidas alcoólicas.

O interessante - se é que podemos assim dizer, é que, muitas vezes, quem mais usufrui quem mais tira proveito é esse a quem chamamos de “MAU MAÇOM” (termo que nem deveria existir entre nós), porque está sempre envolvido em problemas e sempre que recorre à Maçonaria é prontamente atendido. Resolvido seu problema, retorna a vida de antes, sem ligar para a ajuda recebida.

E, SUSTENTADO NESTE RELATO, DESCREVO DOIS TÓPICOS ESSENCIAIS SOBRE SINDICÂNCIA.

1. A SITUAÇÃO, DESAGRADÁVEL DE IRREGULARIDADE DE VÁRIOS IRMÃOS, QUE, POR MOTIVO IGNORADO, ESTÃO FORA DOS QUADROS DAS LOJAS.
Precisamos afinal, se não acabarmos pelo menos diminuirmos essas condições que se tornam para os ativos, vergonha quando não temos como explicar, convincentemente, aos que aqui chegarem sobre o que levaram esses Irmãos a estarem na irregularidade, se aqui lhes ensina que só há…

“UM CULTO DE SINDICÂNCIA AMOR AO PRÓXIMO, UMA CONSTANTE PRÁTICA DE FRATERNIDADE, TODA LOJA DEVE SER UM REINO DE HARMONIA, DEVEMOS TER CONFIANÇA CEGA E ABSOLUTA NO IRMÃO, O MODELO DE UM FUTURO MUNDO DE PAZ, JUSTIÇA E IGUALDADE UNIVERSAL”.

É DIFÍCIL!!!

Á luz do conhecimento, porém, quero aqui enfatizar (3) três perguntas que se faz necessário conhecer:

1 - Os Irmãos irregulares, o que acham da Maçonaria, ou dos Irmãos que a administram?
2 – Como emitem a sua opinião, em público, sobre a Maçonaria?
3 - Se, se sentem injustiçados pela Maçonaria ou pelos Irmãos que a compõem, em que se baseiam para tal?

São, pois questionamentos que inquietam; que preocupam. Um comentário inconveniente e tendencioso de UM MAÇOM, sobre a Maçonaria em público, causa prejuízos irreparáveis e irremediáveis.
Aí vem uma grande pergunta: Como atingir os princípios morais e os objetivos da Maçonaria, se os integrantes não são suficientemente selecionados para tal?

ATENÇÃO

É por tudo isso, que ficamos entre o dever de indicar e indicar bem, sob pena de vermos a Ordem em decadência.
É que em alguns casos, nem os nossos Irmãos consangüíneos servem para serem nossos Irmãos Maçons!

2. O PONTO IDEAL PARA EVITAR O PROCESSO DE IRREGULARIDADES, BROTA DA
EXCELÊNCIA DA “SINDICÂNCIA” COM RIGOR.

Questões simples e fáceis, no entanto, partem da importância de sermos criteriosos e voluntários. Apropriando-se de minúcias corretamente, em curto prazo, teremos eliminado em torno de 75% (setenta e cinco) por cento da debandada Maçônica e / ou da admissão de pessoas que nada têm a ver com a Ordem em seus princípios, ou que vieram, apenas, matar a curiosidade.

Para isso, precisamos entender que para averiguarmos bem, não é necessário passarmos muito tempo com a sindicância em nossas mãos ou vigiarmos o suposto candidato, e sim aproximarmo-nos, conversarmos com o mesmo em família, em seu trabalho, buscando informações dos seus superiores, com seus amigos, vizinhos e possíveis inimigos, SPC, cartórios de protestos de letras, Forum, etc.

Aliás, para tudo isto prover eficácia, é preciso que tenha o seu padrinho feito uma pré- sindicância detalhando os seus vícios, virtudes, defeitos, generosidade, atividades (sombrio e embriagado, caso tome bebidas alcoólicas), personalidade (se arrogante, nervoso e irascível), do seu apego com valores materiais, da sua coerência e hostilidade etc.

Ainda aconselha-se que se faça um trabalho consciente, com responsabilidade, honestidade e, sobretudo com hombridade, deixando o julgamento para a LOJA.
Também precisamos fixar em nossas mentes que estamos buscando um “cidadão”, que após ser iniciado será nosso Irmão e de outros milhares espalhados pela superfície da Terra.

CONCLUSÃO

É importante que conheçamos atentamente os “candidatos” que ora propomos iniciar em nossa Ordem. Necessário é também que sejamos fortes e conscientes na decisão da escolha de um suposto profano, ainda mais, se um dentre esses for um parente ou amigo (bem próximo) e que em sua sã consciência de sindicante, reconheça que o escolhido, não satisfatoriamente, reenche os quesitos que a Ordem nos exige.
Então, decido aqui afirmar que se fugirmos aos parâmetros supra mencionado estaremos decidindo pelo lado emocional, deixando o fundamental. E, pondo certamente em risco a
Maçonaria Universal, sujeitando-se ainda, a trazer para o seu meio uma “OVELHA NEGRA”.

SÁBIA SUGESTÃO

O ideal seria buscarmos soluções na formação de Grupos de Irmãos, treinados para tais fins em cada LOJA. E conseqüentemente manter um ativo intercâmbio, promovendo reuniões, debates e seminários.

OBSERVAÇÃO:

SINDICÂNCIA, segundo o Dicionário Aurélio – significa:
– (1) - s.f. – inquérito, sindicação;
– (2) - Bras. A função do síndico, sindicato;
– (3) - Bras. O exercício dessa função; sindicato.

BIBLIOGRAFIA: Revistas Maçônicas “A TROLHA”.

FESTA DE FINAL DE ANO DE 2014 DA LOJA






Assiduidade,Pontualidade e Postura

 


ASSIDUIDADE DO MAÇOM

“Assiduidade, pontualidade e postura do maçom”; são atributos importantíssimos, que deve ter o verdadeiro maçom, sendo que a  “assiduidade” é de vital importância, pois dele depende a sobrevivência da loja, senão, como entender o funcionamento de uma loja, se seus membros não comparecem aos trabalhos?
Quem abrirá o templo?
Quem o adornará?
Quem preparará as ferramentas?
Deter-nos-emos com mais vagar neste primeiro atributo, mais abrangente e os outros só existem em função deste.
O que é assiduidade? Consultando o dicionário, deparamo-nos com a definição de que é a qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que comparece com regularidade e exatidão ao lugar onde tem de desempenhar seus deveres ou função.
São deveres do maçom, entre outros, o de “freqüentar assiduamente os trabalhos da loja e corpos a que pertencer.
Aliás, nós, hoje aprendizes, companheiros ou mestres, ao preenchermos nosso pedido de ingresso nesta Sublime Instituição, nos comprometemos a freqüentá-la com assiduidade e à pergunta do sindicante sobre o mesmo assunto, afirmamos ter disponibilidade de tempo para freqüentar os trabalhos semanalmente.
E reafirmamos este propósito, às perguntas do Venerável Mestre, durante a solenidade de iniciação, quando recebemos a LUZ.
Meus irmãos, tudo o que dissemos até agora, refere-se simplesmente aos aspectos legais, necessários e essenciais ao bom funcionamento de toda e qualquer instituição, organização, sociedade e também da maçonaria.

Mas o aspecto que vamos abordar, embora não se divorcie do legal, reveste-se de sentimento de amor, de solidariedade, de fraternidade, de irmandade.
Lembremo-nos do Livro da Lei, o salmo 133 “Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em união”.

É esse bom viver entre os irmãos que nos animam, nos confortam nos fortalecem, nos alegram.
Falamos de esse bom viver que aqui, semanalmente, nós experimentamos e compartilhamos com os que estão aqui conosco e queremos dividir com mais irmãos.

Conta-se que em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, havia um pastor que conhecia praticamente todos os seus habitantes; nos cultos dominicais, era comum que algumas pessoas se sentassem sistematicamente nos bancos da frente; entre essas pessoas, havia um senhor muito conhecido e respeitado naquela localidade que se sentava sempre no mesmo banco.
Num determinado domingo, o pastor observou que aquele banco estava vazio; não se preocupou, porque era normal que alguns irmãos, por algum motivo tivessem faltado àquele domingo.
Na semana seguinte o banco continuou vazio; o pastor começou a ficar preocupado, começando a especular-se sobre o fato.
Na terceira semana, repetiu o episódio, novamente o banco continuava vazio.
Terminado o trabalho religioso, o pastor resolveu ir à casa do irmão para saber do motivo de suas ausências.
O irmão argüiu que já freqüentava o culto há muitos anos, sabia de cor e salteado o que o pastor iria pregar, conhecia todos os livros da bíblia, os cultos já estavam se tornando enfadonhos, cansativos, repetitivos, enfim, não via mais nenhum atrativo para ali se dirigir.
Então o pastor nada disse; foi até a lareira, retirou de lá uma brasa e colocou-a em cima do parapeito da janela. Sentou-se e esperou. Dentro de poucos minutos, a brasa começou a apagar-se.
Passados alguns instantes de silêncio entre os dois, o irmão faltoso disse ao pastor: pastor, compreendi a sua mensagem. E voltou a freqüentar o culto, como sempre o fizera.
Moral da história: uma brasa sozinha perde o seu calor muito rapidamente.

O que aconteceu com o irmão dessa história é bem parecido com o que acontece hoje com nossas lojas, de modo geral.
Muitos irmãos não comparecem às reuniões, alegando motivos vários, parecidos com os da história; ora porque não tem tempo, ou que as reuniões não têm motivação e são demoradas ou que tem compromissos mais importantes, que os temas abordados não tem interesse, ou são enfadonhos, cansativos, repetitivos; que para ouvir simplesmente o bater de malhete, melhor seria ficar em casa, etc., etc., etc.
É fácil reconhecer um maçom desinteressado: é aquele que está sempre reclamando que a sessão está demorando muito e que precisa ir embora por um motivo ou outro; aquele que sempre encontra razões para não colaborar com os afazeres da Loja.
Que esses irmãos não nos sirvam de lição; que não o imitemos; antes, porém que sejamos com eles tolerantes, não coniventes; que o incentivemos, que o apoiemos, enfim que com ele dialoguemos como irmãos e amigos, propiciando assim, a formação de uma corrente positiva, a que chamamos EGRÉGORA MAÇÔNICA, tão necessária durante os nossos trabalhos.
A Maçonaria visa à mudança do homem em seu interior, tendo como objetivo a sua evolução interior, contribuindo assim, para a evolução não só dos maçons em particular, mas de toda uma sociedade.
Os irmãos que desejam verdadeiramente evoluir em seu íntimo devem fazê-lo, mudando inicialmente sua maneira de pensar.
Devemos perguntar-nos, a exemplo do Presidente Kennedy em seu discurso de Posse, não o que a Maçonaria poderia fazer por mim, mas o que eu posso fazer para a Maçonaria?

PONTUALIDADE DO MAÇOM

Superado esse primeiro atributo, o da assiduidade, deparamo-nos com o segundo, também de suma importância para que nossos trabalhos possam ser considerados justos e perfeitos:

A Pontualidade.

O que será essa pontualidade? Consultando ainda mais uma vez o dicionário, constatamos que é a qualidade de pontual; exatidão no cumprimento dos deveres ou compromissos; rigor, donde pontual é o que chega parte ou cumpre as obrigações à hora marcada.
Assim, deve o maçom, sempre que possível, estar presente pelo menos quinze minutos antes da hora marcada de adentrar o templo, oportunando com isso um melhor congraçamento na sala dos passos perdidos, sem estar sujeito ao rigor e à solenidade ritualística de que se revestem as nossas sessões. Bem é estarem unidos os irmãos.
Um segundo enfoque para essa pontualidade está prescrito, precisamente, quando diz que são deveres do maçom, satisfazer, com pontualidade, contribuições pecuniárias ordinárias e extraordinárias que lhe forem cometidas.
Um irmão zeloso de seus deveres e de suas obrigações, não deve esperar que o irmão tesoureiro o procure para saldar suas contribuições, antes, porém de ser procurado, nivelará seus metais junto à tesouraria. Esse é o comportamento de um verdadeiro maçom.

POSTURA DO MAÇOM

Por fim, passemos a tecer algumas considerações sobre o terceiro atributo, a Postura que junto com os demais, formam uma das mais marcantes e principais características do maçom.
Ensina-nos o Mestre Aurélio que Postura é a posição do corpo; aspecto físico; atitude.
A primeira instrução que o aprendiz maçom tem, após ter recebido a luz é: quando de pé, deveis estar perfeitamente eretos, isto é, aprumado, direito, pois é assim, nesta posição que se comunicam as instruções do grau; quando assentado, também deveis estar com o tronco ereto, tendo as mãos apoiadas sobre os joelhos, em posição confortável e propícia a receber e absorver todos os eflúvios emanados dos irmãos.

Num outro sentido, não físico, a postura significa atitude, conjunto de conceitos, principalmente de cunho moral, de que deve estar revestido o maçom. A melhor forma de o maçom demonstrar sua postura maçônica é pelo exemplo; palavra, discurso, intenção, nada substitui o exemplo, que deve ser o de um homem livre e de bons costumes.

O mais importante é que os irmãos criem em seu viver diário, o salutar hábito da prática do bem, não como mero cumprimento dos deveres e obrigações, mas imbuídos dos mais puros propósitos maçônicos, nascidos espontaneamente do coração.

Tomara possamos ter a capacidade de absorver e adotar como prática em nossa vida maçônica e profana a assiduidade a pontualidade e a postura; se assim o fizermos, certamente nos tornaremos verdadeiramente obreiros úteis e dedicados.

Fonte: ARLS Obreiros do Irajá-RJ 
Adaptação: Ir.'. Denilson Forato

O PERFIL DE UM FALSO IRMÃO


 
Lendo o Livro da Lei, pude comparar alguns assuntos ligados a algo, que vem crescendo em nosso meio, o falso Irmão. Ai me peguei no Apóstolo Paulo. Nada de religião, apenas um comparativo, interessante.

A senda do apóstolo Paulo, foi de aflições e perigos. Neste texto, ele mostra uma lista de perigos que vivenciara:

* Em perigos de rios
* Em perigos de salteadores(ladrões)
* Em perigos dos da minha nação
* Em perigos dos gentios
* Em perigos na cidade
* Em perigos no deserto
* Em perigos no mar
* Em perigos entre os falsos irmãos

Paulo fala de oito tipos de perigos que provara por amor a Cristo - Penso como sofreu em perigos dos judeus e gentios, perseguido, apedrejado, preso muitas vezes...Como sofreu na voragem do mar, como naufrago em meio aos perigos de um mar bravio...
Mas, nenhum perigo lhe fez chorar mais e se afligir mais do que o último que menciona:
...em perigos entre os falsos irmãos.

Observemos alguns perfis do falso irmão:

1. O falso irmão é um hipócrita - Nos abraça e diz que nos ama, mas nos difama as escondidas.
2. O falso irmão é cheio de inveja - É como Caim - Gn 4
3. O falso irmão tem o coração cheio de ódio - como os irmãos de José do Egito

Veja tres coisas que o falso irmão (de José) faz:

a) Primeira ação - Vamos matar o nosso irmão José
b) Segunda ação - Joguemos José numa cova
c) Terceira ação - Vendamos nosso irmão José

Quem já não foi vitima de um falso irmão. Eu, mesmo trago em meu coração, açoites, apunhaladas de falsos irmãos que muito me fizeram chorar - E suas ações são semelhantes a dos irmãos de José:

Primeiro - Tentaram nos destruir (abater nossas colunas)

Segundo - Articularam  a sufocar-nos a todo custo(E a fala maligna do falso irmão é seguinte: Joga ele numa cova - que a gente sepulta a Loja e entrega a Carta Constitutiva...)

Terceiro - Fazem tudo para nos vender  barato - Vendem o irmão,  nas rodinhas de difamação e calúnias. Vendem, mercadejam sem direito o nome daquele que querem destruir e abater colunas. Mas o verdadeiro irmão não faz assim, pelo contrário, nos ama, se solidariza conosco, chora e se alegra conosco, nos estende a mão, disponibiliza sempre seu ombro amigo e sempre está torcendo e lutando por nós.

Eu vivi isso, não li nos livros, nem tão pouco me contaram...
Mas, como Júlio Cesar (Vini,Vidi, Vinci) - Lutei e venci! 

Hoje porém, em nome da tolerância, vivemos "intra-muros" mas em paz!

Que me conhece sabe, que sou lutador! e não me entrego em batalha! Morro de pé! e não vivo de joelho!

Aos Irmãos verdadeiros meu TFA,
Aos falsos Irmãos... apenas meu silêncio!


Ir.'. Denilson Forato - M.'.I.'. - Deputado.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Orgulho ferido



Ter o orgulho ferido deixa algumas pessoas um pouco descompensadas. Claro que sofremos, que nos sentimos as pessoas mais injustiçadas desse mundo quando algo acontece, que não gostamos.
Existem muitas definições para a palavra orgulho nos dicionários.
No Houaiss, por exemplo:
■ substantivo masculino
1 sentimento de prazer, de grande satisfação sobre algo que é visto como alto, honrável, creditável de valor e honra; dignidade pessoal, altivez

1.1 atitude moral ou psíquica que afasta o indivíduo de práticas desonestas ou desonrosas
2 Uso: pejorativo.
sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba, imodéstia

2.1 atitude prepotente ou de desprezo com relação aos outros; vaidade, insolência
Ex.: aquele orgulho é típico de jovens inexperientes

Os motivos que desencadeiam a mágoa no orgulho não vem ao caso aqui e cada um tem os seus. O que pontuo é realmente o sentido pejorativo desse sentimento tão dúbio, podemos ver clara indicação de atitude “egoísta, vaidosa e com excesso de amor-próprio”, segundo Houaiss.
“Sinto pena de quem ficou...eu fui e, eles  perderam minha presença….meus cuidados….e mais  ainda se quiser que eu  volte implorem ...ou  pensas que eu o quero voltar…”
Sentir pena? Quem sente pena do outro já está se colocando como superior. E que é superior não precisa de ninguém. E se o outro não está nem aí para esses cuidados  que estão supervalorizados? E se, realmente, o outro cansou-se dessa supervalorização e está mesmo querendo é cair fora dela? Vai saber.
Na verdade, uma pena é que as relações se desenvolvam carregando esse sentimento tão ambíguo quanto prejudicial. O amor fraternal é mais que isso. Quem se acha superior não tem condições de se abrir para uma relação fraterna e maçônica. Engana-se, acreditando que o outro lhe deve gratidão por ter tão maravilhosa pessoa em sua companhia. Mas a esse engano muitos só percebem quando se abala o ego. Esse é o gancho para o crescimento pessoal. Ter seu orgulho ferido é um presente para quem consegue recebê-lo.
O Ego, Orgulho e Vaidade são âncoras nesse mar da vida!

Denilson Forato

A Vaidade

A vaidade tão comum à espécie humana , foi a causa da tragédia de Narciso na mitologia grega, se encontra entre os 7 pecados capitais, é citada em obras de autores famosos, merecedora de análises e ensaios de comportamento, e há tempos nas modernas sociedades de consumo, foi descoberta pela publicidade como poderosa ferramenta da psicologia.

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Da natureza humana, a vaidade é um dos vícios mais famosos e contraditórios. Algumas pessoas a assumem, outras a negam, mas o fato é que a vaidade é inerente a toda personalidade. Ao que tudo indica o ser humano é o único animal vaidoso porque é o único que tem consciência de si mesmo. Mas estariam as sociedades modernas criando gerações de narcisistas? Basta olhar os reality shows e as redes sociais. Vivemos em tempos de “amai a si próprio sob todas as coisas.”
É certo que se enfeitar para si e para os outros é um ritual humano que se encontra em todas as culturas desde a ancestralidade, e tem a ver com a nossa auto estima. Porém, há tempos a vaidade deixou os limites do mero comportamento biológico e tornou-se o principal ingrediente na ditadura do culto à aparência, um imperativo poderoso que produziu até doenças psíquicas que em outros tempos nunca se ouvia falar, e faz com que pessoas transformem o corpo até deformá-lo. Oscar Wilde já no século 19 em sua obra O retrato de Dorian Gray abordava o culto à beleza e sua efemeridade. Num diálogo entre Dorian Gray e seu amigo Lorde Henry, dizia: “A beleza, a verdadeira beleza, acaba onde principia a expressão inteligente. A beleza é uma forma de gênio...mais elevada que o gênio, pois dispensa explicação”, ironiza Lorde Henry. “O senhor dispõe só de alguns anos para viver deveras, perfeitamente, plenamente. Quando a mocidade passar, a sua beleza irá com ela; então o senhor descobrirá que já não o aguardam triunfos, ou que só lhe restam as vitórias medíocres que a recordação do passado tornará mais amargas que destroçadas.” dorian-gray-2.jpg 
A vaidade gera às vezes o filhote perverso da ganância, que levará ao desejo incontrolável pelo poder, pela fama e por dinheiro, e a não ter medidas para obtê-los; tudo para alimentá-la, e quanto mais a alimento maior ela fica. É um narcisismo doentio que já não me deixa perceber o outro. Estamos cheios de exemplos na política, nas mídias e em todas as instituições públicas ou privadas. Nietzsche com sua contundência dizia que “a vaidade dos outros só vai contra o nosso gosto quando vai contra a nossa vaidade.”
Para a escritora Jane Austen, a vaidade e o orgulho são coisas diferentes, embora as palavras sejam frequentemente usadas como sinônimos. Uma pessoa pode ser orgulhosa sem ser vaidosa. O orgulho estaria mais relacionado com a opinião que temos de nós mesmos, e a vaidade, com o que desejaríamos que os outros pensassem de nós. O orgulho estaria assim muito mais associado à dignidade pessoal. No entanto parece haver uma fronteira tênue entre uma coisa e outra. Onde começa o orgulho e termina a vaidade e vice versa? Como dosar, como equilibrar a vaidade para não perder a noção da realidade e a percepção do próximo?
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Talvez tenha mesmo fundamento a expressão: “vaidade da vaidade, sempre vaidade, tudo é vaidade.” Dorian Gray diz que entregaria até a alma para eternizar sua beleza e juventude, se por um milagre se desse o contrário e a imagem do retrato fosse envelhecendo e ele permanecesse jovem para sempre.
Talvez seja a vaidade um dos mais perniciosos e silenciosos vícios que assolam a humanidade; não é por nada que se encontra arrolado como um dos sete pecados capitais que, segundo o catolicismo cristão, é um vício mortal à alma.
A vaidade ocupa um lugar em nós, por pequeno que seja; ela estará escondida em alguns e mais exposta em outros, da mesma forma que sua intensidade se altera de pessoa para pessoa, conforme o nível de domínio da personalidade de cada um e ela pode se disfarçar em muitas caras, porém a raiz será sempre a mesma.
O grande segredo do filósofo, o homem que busca tornar-se melhor, é encarar esta realidade e trabalhá-la de uma forma inteligente e eficaz. Para tanto, necessário se faz conhecer sua origem, sua raiz, pois simplesmente abafar seus efeitos, suas manifestações, não é suficiente para definhar sua raiz.
Um grande passo em direção à morte da vaidade é a própria postura de, sem medo, encarar a nossa realidade, pois quando fazemos isso, reconhecendo o quão imperfeito somos, e o quão culpados somos dos nossos próprios males, estamos exatamente trabalhando a virtude que se opõe à vaidade, e a esta virtude chamamos humildade.
A vaidade é prima irmã do orgulho. Enquanto o orgulho nos compele a exercer nossa vontade sublimando a vontade do outro, colocando a nossa personalidade sempre em destaque, a vaidade se incumbe de vestir esta auto-imagem, ou seja, enquanto o orgulho é o estado de espírito pleno de quem é na realidade vazio, a vaidade incumbe-se de maquiar o orgulho para o mundo externo.
Por este motivo, o vaidoso comumente exagera nos cuidados da sua apresentação pessoal aparentemente impecável, expressa-se por palavras pouco comuns aos ouvidos do ouvinte, não raramente se coloca em um pedestal sem ser questionado, faz questão de declinar seu curriculum e sempre com doses de exageros, procura evidenciar suas qualidade intelectuais sem poupar referências à sua própria pessoa, sempre demonstra um dote a mais que jamais se oferece a ensinar, demonstra intolerância para com os mais simples, sempre valoriza mais o título do que a condição de merecê-lo, jamais reconhece seus erros, mantém-se obtuso quanto à sua auto imagem e imagina ser algo que não é, por isso necessita convencer os demais e sobretudo a si mesmo.
Lembremos o mito dos metais contado por Platão, que afirmava que o homem que tinha o ouro interno era o sábio, pois exatamente por possuir este ouro interno, não precisava buscar o ouro externo. Com o vaidoso ocorre exatamente o oposto.
Vale a pena ressaltar que a vaidade se disfarça camuflando-se de virtudes, que a uma pessoa pouco observadora por algum tempo pode enganar, mas infelizmente na maioria das vezes este subterfúgio do vício engana por muito tempo o seu próprio senhor que agora está na condição de escravo.
Quando questionado sobre seu exagero nas aparências, o vaidoso certamente se valerá de subterfúgios, afirmando estar sendo zeloso consigo mesmo pelo grande amor próprio que desenvolveu e, quando questionado sobre sua pedância intelectual, certamente a chamará de erudição.
Há também um outro tipo de camuflagem, onde nem sempre o orgulhoso demonstra a vaidade, pelo contrário, ele procura demonstrar um desprendimento quanto à sua aparência, como se quisera demonstrar uma humildade que não existe.
A vaidade pode ocultar-se ainda, no medo de errar, mas o que de fato importa é compreendermos que tudo isso não passa de falsos caminhos, que nos iludem e nos tomam a vida. Aristóteles nos ensina que a melhor forma de combatermos um vício é trabalharmos a virtude contrária, como um ferreiro que ao desentortar uma barra de ferro bate fora e não dentro.



Maçonaria contemporânea



A Maçonaria contemporânea está alicerçada em cinco pontos básicos:

1) A fraternidade é conseguida pela doação pessoal, do querer ser fraterno, da aceitação dos irmãos como eles são da compreensão, do companheirismo, da solidariedade e da convivência.
2) A participação - é a grande opção do adepto, a ele compete definir a intensidade e a expressão de sua participação. Dela depende sua maior ou menor integração na Ordem e como conseqüência, a sua maior ou menor realização maçônica.
3) O segredo é a alma da Ordem através dos tempos. Foi ele que garantiu e garantirá sua sobrevivência dentro da História. Ele cria de certo modo uma aura de mistério e de misticismo em torno dos rituais e símbolos, como coisa sagrada e ou de coisa abominada, que cerca o homem. Essa aura de mistério faz com que o leigo atribua à Maçonaria importância e relevância maior do que ela tem. O maçom por mais que se corrompa, ou de degenere, jamais revela esse segredo.
4) A disciplina – Ela é a qualidade indispensável ao maçom, necessária em todos os momentos de sua vida; seja na participação dos trabalhos em Loja, seja em sua vida profana. Nos trabalhos em Loja, há necessidade de rigorosa disciplina no que tange a: freqüência, uso da palavra, postura em Loja, abordagem de assuntos, ritualística, observação dos segredos maçônicos, cumprimento dos juramentos e outros que se tornem imperativos para nosso desenvolvimento dentro da Ordem. Na vida profana essa mesma Disciplina é indispensável, no estabelecimento e cumprimento de objetivos e metas, no trabalho, nos cuidados com a saúde do corpo e da mente, na observação dos preceitos maçônicos voltados para a sociedade, no cumprimento das leis profanas. Enfim, na Disciplina que é a companheira inseparável do Maçom realmente Limpo e Puro. Em primeiro lugar, devemos salientar que o comportamento do maçom não está ligado à inteligência cerebral; o que quer dizer que, não devemos achar que uma pessoa tenha um comportamento definido por ser capaz de demonstrar grandes proezas intelectuais. Na verdade, essas proezas resultam do unicamente a acuidade mental Assim como o comportamento interior não está ligado à inteligência puramente cerebral, também não tem qualquer ligação com a condição social de uma pessoa. Para sermos mais exatos, isso significa que nem a riqueza nem a pobreza é uma condição ou critério para estabelecer padrões de conduta do homem na ordem ou na sociedade onde ele vive. Para se convencerem disso, basta que se lembrem do Mestre Jesus que nasceu num meio pobre, enquanto Buda era de origem real, e ambos em seu tempo comportavam-se de maneira semelhante, sempre voltados para a conscientização da sociedade, mostrando que o caminho da paz, do amor e da solidariedade era a maior arma para que um homem encontrasse o caminho da divindade. Independentemente das explicações precedentes, alguns maçons acham que o comportamento inflexível é a marca fundamental de uma grande evolução Em outras palavras, eles estão convencidos de que uma pessoa não pode ser evoluída se for incapaz de perceber auras, de se projetar psiquicamente, na verdade, isso, não é bem assim, pois uma pessoa pode possuir todos os poderes físicos sem que sequer consigam demonstrar o mínimo de comportamento racional na convivência com outras pessoas.
5) Comportamento ético é outro componente objeto de nosso estudo. O comportamento ético de cada membro da ordem, que por sinal tem sido objeto de muita especulação. A Maçonaria no Brasil não é diferente do restante do mundo, aqui temos representadas várias obediências que seguem leis e usos tradicionais adaptadas aos regionalismos, o que favorece sua sobrevivência dentro de limites que estipulam dentro de um instituto legal, o que vem a ser maçonaria e o que não é maçonaria, qualquer postulado fora desses parâmetros descaracteriza a Ordem.
De outro lado, fazendo oposição aos nossos fundamentos, estão os que pregam um crescimento mais ou menos anárquico, pois não admitem governo central ou mundial. Em algumas partes do mundo eles estão se proliferando em blocos obscuros com relacionamento reservado.
Mas o que tem a ver a Ética com isso; dizemos que os códigos éticos, implícitos ou explícitos é que regem nosso comportamento, quer na Ordem ou na Sociedade que vivemos. Para que tais conceitos sejam perfeitamente entendidos se faz necessário entendermos quais são os limites que delimitam o conceito de Ética em nossos dias.
A ética como ciência pode ser estudada sob vários aspectos:
1) Ética comportamental destrutiva - onde os comportamentos discordantes, atitudes preconceituosas, desconfianças, os discursos diferentes da prática e fundamentalmente a descrença no ser humano tem seu campo de atuação
2) Ética comportamental Construtiva – Comportamento harmonioso, atitude aberta, inteira confiança, discurso coerente entre a teoria e a realidade e crença no valor do ser humano.
O que estamos, presenciando nos dias atuais, em alguns lugares, é a promoção à sombra da acácia uma verdadeira onda de elementos se arvoram em viver de um passado, sem dúvidas coberto de glórias, para imprimir atitudes pouco coerentes com qualquer procedimento dentro da ética construtiva. Na realidade o que presenciamos são grandes encontros de clubes regados pela particularidade, confradismo e apadrinhamento que são típicos da ética destrutiva que normalmente são disfarçados pela tolerância. São pseudo líderes que buscam no aliciamento irregular um caminho para tornarem regulares os que foram expurgados da Ordem por divergência de comportamento.
Em todo caso seria bom observarmos que alguns valores milenares que são fundamentais e individuais são válidos ainda nos dias de hoje devam ser revigorados constantemente:
· Ser honesto em qualquer situação
· Ter coragem para assumir as decisões
· Ser tolerante e flexível
· Ser íntegro
· Ser humilde
Esses valores são parte das grandes VIGAS MESTRAS que sustentam a Maçonaria moderna.
O que para a sociedade atual é uma qualidade especial, para nós maçons é uma virtude filosófica que rege a convivência comum entre os maçons. Estes valores filosóficos, em tempo algum, para os maçons devem ser relacionados apenas como um objeto de discurso.
Se observarmos aqueles conceitos com olhos críticos, veremos que os último valor a ser listado “SER HUMILDE”, deveria ser o primeiro a ser listado e atendido, pois somente desta maneira é que poderemos entender e conseguir ouvir o que nossos próximos têm a dizer.
Os Maçons que compõe os quadros das Lojas da Maçonaria Brasileira, qualquer que seja sua obediência, devem atentar para o seguinte: agir com ética dentro ou fora da Loja, Obediência e ou confederação sempre foi e será uma decisão pessoal, essa decisão muitas vezes estão sujeitas a deslizes e equívocos, esse caminho geralmente costuma ser um caminho sem volta, seja ele para o bem ou para o mal.
Daí nosso alerta, Cuidado, pois os trilhos e as trilhas são vias de acesso semelhantes, elas levam o andarilho para o mesmo lugar, mas essa trilha é muito mais difícil que possamos imaginar, pois os seixos e a lama são seus maiores aliados.
Em decorrência disso, se fizermos uma análise mais crítica do quadro de uma Loja normal e harmoniosa poderemos identificar basicamente, quatro grupos distintos de maçons: os místicos, os fraternos, os místicos fraternos e os indecisos
a. Os Místicos são os que estão voltados ao estudo do simbolismo, da ritualística, da história da Maçonaria. Ele geralmente aprofundam-se em sua filosofia e fazem dela a orientação para sua vida representam mais ou menos 30 % do Quadro e sua freqüência fica entre os 60 e 80 %. Os místicos são os que representam e desempenham importante papel para a Ordem.
b. Os Fraternos são aqueles mais voltados aos fundamentos da fraternidade. Para eles a razão de ser da maçonaria está na fraternidade. Normalmente não são muito apegados aos estudos ritualísticos e ao misticismo, mas estão sempre prontos a servir ao próximo, e dar seu trabalho ás causas sociais
c. Os místicos fraternos são os que dividem seu tempo em estudar e praticar a beneficência. Eles reúnem essas duas qualidades e quase sempre são os que dirigem as Lojas.
d. Indecisos são aqueles que ainda não se identificaram com a Ordem, normalmente são Os que foram iniciados por motivos diversos e concluíram que a maçonaria é diferente do que eles imaginavam. Alguns deles deixam as Lojas de imediato e vão compor a grande loja dos Adormecidos. Outros se aproveitam de qualquer motivo para abandonar o compromisso assumido com a iniciação.
Nesta oportunidade em que estamos em união fraternal, gostaríamos de render nossas homenagens a todos os maçons e, em especial ao Maçom anônimo, que apesar de todas as dificuldades e limitações cumpre seu papel da melhor forma possível, sem se importar se o papel a ser desempenhado é de palco ou de bastidores, se é principal ou secundário. Àqueles que não se desviam do seu caminho e por maiores que sejam as dificuldades e não perdem a fé na Ordem Maçônica e nos seus irmãos.
Estes Maçons anônimos, graças aoGrande Arquiteto do Universo correspondem à grande maioria dos integrantes de nossa maçonaria, a Eles nossas efusivas homenagens
Que todos continuemos a trilhar nosso caminho rumo à perfeição e a Iniciação Maior.