terça-feira, 15 de março de 2016

Maçonaria e Judaismo



 A tradição judaica não é dominada por muitos escritores maçônicos que, por isto mesmo, cometem muitos pecados de interpretação no tocante à sua influência na maçonaria. Antes de apontar a influência judaica na maçonaria seria interessante fixar alguns traços da cultura judaica, comumente desprezados, para não se incorrer em erros lamentáveis. Veja-se, por exemplo, as colunas do Templo de Salomão que estão citadas em Reis I, 7, 21: “Ergueu as colunas diante do pórtico do santuário; ergueu a coluna do lado direito, à qual deu o nome de J; ergueu a coluna da esquerda e chamou-a B”. Quando se pergunta a um professor de hebraico o que significa BOAZ , ele discorrerá sobre o significado e a tradução desta palavra. Se perguntarmos, ao mesmo professor, o que significa BOOZ, muito empregada pelos maçons franceses e repetida pelos brasileiros e que é uma corrupção de BOAZ, ele não saberá, obviamente, o significado da palavra, pois ela não tem nada a ver com o hebraico. Quanta discussão inútil se evitaria se se pudesse resolver a questão filologicamente.

Os caracteres da escrita hebraica não possuem vogais. Normalmente são substituídos por sinais (massoréticos) que agem como vogais. Assim, se um judeu religioso escrevesse o nome de Deus em hebraico, no alfabeto ocidental soaria algo como: D–s ou N-ss- S-nh-r, tomando todo o cuidado para não tomar o santo nome em vão. Os judeus pronunciam o nome de Deus de várias maneiras: El, Eloim, El Shadai, Adonai etc. Contudo, o nome inefável de Deus [desnecessário dizer que o hebraico se lê da direita para a esquerda] raríssimamente é grafado (quando o é, normalmente para uso em pesquisa etimológica sobre a origem do Nome) ou pronunciado (sendo que, nestas pouquíssimas vezes, não é propriamente pronunciado e, sim, soletrado com as letras hebraicas: iod, hei, vav e hei). Em inglês, o nome inefável é transliterado como YHVH (Javé em Português, como se verá a seguir). A Bíblia de Jerusalém grafa como Javé e/ou Iahweh.

A tradição judaica afirma que a atual pronúncia do Nome é um segredo para sempre perdido desde a destruição do Templo e é considerado impróprio tentar pronunciar o Nome. Quando o Nome ocorre em caracteres hebraicos deve ser usada uma palavra substituta, ou seja Adonai.
Outro traço importante na cultura religiosa hebraica é o termo Bíblia. Claro que Bíblia é o têrmo português para a palavra hebraica Tanach . Tanach ou Tanack é um acrônimo construído pelas três seções da Bíblia: a Torah , ou seja a Lei, o Nevi’im , ou seja os Profetas e o Kesuvim ou Ketuvim , ou seja os Escritos ou os Hagiógrafos. Na versão moderna, constituem os 39 livros (considerando-se Samuel I e II e Reis I e II como livros separados) da Escritura Hebraica que, obviamente, os judeus não chamam de Velho Testamento. Aquilo que os cristãos chamam de Velho Testamento e Novo Testamento, os judeus chamam de Escritura Hebraica e Escritura Cristã. O cânon hebraico difere do cânon cristão por desconsiderar os livros escritos em grego e os suplementos gregos de Ester e Daniel. Para uma breve recordação, o cânon hebraico lista os seguintes livros:

Pentateuco: 1- Gênesis, 2- Êxodo, 3- Levítico, 4- Números, 5- Deuteronômio;
Profetas: [anteriores] 6- Josué, 7- Juízes, 8- Samuel (I e II), 9- Reis (I e II), [posteriores]10- Isaías, 11- Jeremias, 12- Ezequiel, 13- ‘Os Doze’ profetas, na ordem retomada pela Vulgata: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias;
Hagiógrafos: 14- Salmos, 15- Jó, 16- Provérbios, 17- Rute, 18- Cântico dos Cânticos, 19- Eclesiastes (Coelet), 20- Lamentações, 21-Ester, 22- Daniel, 23- Esdras, 24- Neemias e 25- Crônicas.

Aqui surge uma questão que agora pode ser respondida com maior conhecimento de causa. Quando um candidato maçônico judeu presta um juramento, a Torah deve ser posta no altar como Livro da Lei? Não. A Torah é somente uma parte da Bíblia judaica. Colocar a Torah no altar seria o equivalente para os cristãos de se colocar somente os quatro Evangelhos no altar, sem as Epístolas, o Apocalipse etc. O Livro dos Profetas e os Hagiográfos assumem um importante papel na adoração judaica e no entendimento da lei judaica. A Torah é a mais importante seção da Bíblia, e é particularmente venerada, mas não é toda a Escritura.

Seria, então, o caso de se colocar o Talmud no altar para os candidatos judeus? Aqui, convém esclarecer que o Talmud é um livro de interpretação legal. O Talmud também ensina uma grande parte sobre o pensamento judeu e a crença religiosa, mas ele não é a Sagrada Escritura. As obras de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino desempenham o mesmo papel numa relação similar com a Bíblia dos cristãos, contudo, também não são as Escrituras.
Surge agora uma outra pergunta. Os judeus usam chapéu em Loja? Aqui convém distinguir entre o chapéu propriamente dito e quipá (kipah), uma espécie de solidéu. O solidéu (solis Deo = só a Deus) designa o pequeno barrete, geralmente feito de fazenda mole e flexível, o qual se ajusta à cabeça, com que os padres cobrem a coroa ou pouco mais e que deve ser tirado ante o sacrário. A cobertura da cabeça é preconizada em diversos ritos maçônicos (apesar da prática não ser uniforme) para os Mestres em qualquer Sessão, ou para todos os Obreiros, ou apenas para os Mestres em Sessão do terceiro grau. Geralmente, tal cobertura é necessária e feita com o chapéu negro desabado, podendo-se, todavia, utilizar o solidéu (que é o quipá hebraico) em Sessões do terceiro grau ou de Pompas Fúnebres.

O judaísmo adota a prática oriental de cobrir a cabeça durante as orações como um sinal de respeito, enquanto nos países ocidentais a prática é totalmente ao contrário: descobre-se a cabeça exatamente pela mesma razão. Algumas Obediências Maçônicas decidiram que o quipá (iarmulque [yarmulke], barrete, tiara etc.) não é um chapéu no sentido maçônico, mas um elemento do vestuário. O R∴E∴E∴A∴adota a opinião que o barrete do rito não deve ser removido, por exemplo, durante a saudação da bandeira. Deve ser considerado, também em maçonaria, o barrete frígio, que era um pequeno boné de feltro, de forma cônica e com um pequeno rebordo, com o qual, na Antiguidade, o senhor cobria a cabeça do escravo na cerimônia de libertação e que era tomado como emblema de liberdade; graças a isso, ele é, em alguns ritos, um símbolo maçônico, já que a maçonaria sempre foi libertária.

Existem traços comuns entre os rituais, símbolos e palavras maçônicos e judaicos. Um dos landmarques judaicos é a crença num Deus que criou tudo na nossa existência e que nos deu uma Lei para ser seguida, incluindo, ipso facto, os preceitos morais de relacionamento humano. A crença em Deus, a prece, a imortalidade da alma, a caridade, o agir respeitosamente entre os seus semelhantes fazem parte integrante do ideário maçônico – pelo menos da maçonaria teísta – como também do judaísmo, e por que não dizer de todas as grandes religiões do mundo (o budismo seria um caso à parte).

O judaísmo ensina que a Lei de Deus está contida na Torah, a parte principal da bíblia judaica que contém os 5 primeiros livros de toda a Bíblia, como visto anteriormente, ou seja, o Pentateuco dos cristãos. A tradição judaica ensina que a Torah é a eterna lei dada por Deus e é completa, nunca será mudada até mesmo por Deus e, obviamente, nunca poderá ser alterada por qualquer mortal. Já aqui surge naturalmente uma comparação com os landmarques maçônicos que preceituam não estar no poder de qualquer homem-maçom ou corpo maçônico fazer inovações na estrutura básica da maçonaria. Nos tempos modernos, ambas assertivas podem cheirar politicamente incorretas, apresentando um odor dogmático que repulsa as mentes liberais e tolerantes no limiar do terceiro milênio, mas convém salientar que isto se refere aos fundamentos que deverão permanecer intocados. Tanto que um dos livros clássicos de Pike se intitula Moral e Dogma. Assim, maçonaria e judaísmo, tais como os padrões éticos das outras grandes religiões, ensinam que devemos nos autodisciplinar e manter nossas paixões em constante guarda. O disciplinamento ritualístico, seja nas sinagogas seja nas lojas maçônicas, auxilia a desenvolver esta habilidade.
Outra similitude poderá, também, ser encontrada na cerimônia da circuncisão e do Bar Mitzvah. Logo após o nascimento de todo judeu homem, ele é circuncisado pelo rabino, ou seja, é feito o corte no prepúcio do pênis do bebê, numa cerimônia familiar como um sinal ancestral de aliança entre Deus e o patriarca Abraão. Treze anos depois, já adolescente, o mesmo judeu macho participa do Bar Mitzvah que consiste em aprender a recitar preces e passagens bíblicas em hebraico e a participar em rituais judaicos quando, enfim, adquire todos os direitos e deveres do homem judeu. Todos os maçons já fizeram, aqui, a comparação com a iniciação maçônica do profano e a exaltação ao grau de mestre quando se adquire a plenitude maçônica…

No tocante à liberdade individual, maçonaria e judaísmo emulam para ver quem apresenta maior performance de respeito e apoio. Tal fato, contudo, não é exclusivo dos dois, pois o cristianismo apresenta, também, considerações profundas sobre o livre-arbítrio, mas não é o caso de ser aqui discutido. O judaísmo ensina que todo ser humano é capaz do bem e do mal e tenta ajudar o fiel a usar o livre-arbítrio para escolher o caminho eticamente correto. A maçonaria ensina que aqueles que são moralmente capazes podem encontrar a “luz” na maçonaria se eles desejarem isto por suas próprias vontades livres. Os maçons franceses, principalmente os do Grande Oriente de França, chegaram ao ponto de colocar como um dos seus lemas a liberdade absoluta de pensamento. O conceito de exercitar a vontade livre para aceitar a lei e a reparação pelas transgressões passadas é o que preconiza o Rosh Hashanah e o Yom Kippur. Os judeus acreditam que dez dias no início do novo ano judeu devem ser usados para reparar os pecados passados e buscar a resolução firme de evitar o pecado no futuro. De modo análogo, a maçonaria ensina que todo homem deve lutar para crescer moralmente e livrar-se de todo preconceito. Não é a toa que a disputa entre a maçonaria francesa e a inglesa se dá entre a liberdade absoluta de pensamento, preconizada pelos franceses, contra o teísmo inglês, que forçou a própria reformulação da Constituição de Anderson, quinze anos após a sua promulgação.

A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria. “Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz”, Prov. 6, 23. Um dos grandes feriados judaicos é o Chanukah ou seja o Festival das Luzes, comemorando a vitória do povo de Israel sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pela morte, ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de Cristo pelo antes e depois da Era Vulgar). A luz é um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa (para os maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa, designando (para os maçons de linha francesa) a ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade intelectual. A Luz, para o maçom, não é a material, mas a do intelecto, da razão, é a meta máxima do iniciado maçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente, onde reina o Sol. Castellani diz que graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão, é que os maçons autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua forma atual, a dos Aceitos, nasceu no “Século das Luzes”, o século XVIII.

Outro símbolo compartilhado é o tão decantado Templo de Salomão. Figura como uma parte central na religião judaica, não só por ser o rei Salomão uma das maiores figuras do panteão de Israel, como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a figura de Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons são, simbolicamente, antes de tudo, construtores, pedreiros, geômetras e arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a construção do Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, o bíblico e o histórico.

Outro traço cultural comum seria a obediência para com a autoridade. Max Weber propôs três tipos de autoridade: a tradicional, a carismática e a racional-legal. A primeira adstrita às sociedades antigas, a segunda referente aos surtos de carisma que a humanidade vive de tempos em tempos e a terceira, apanágio da modernidade. A tradição judaica ensina uma obediência respeitosa para com os pais e os rabinos. A maçonaria ensina, desde a Constituição de Anderson de 1723, o respeito para com a autoridade legitimamente constituída. (Este preceito é cristalino na maçonaria de cunho anglo-saxão, já os latinos, no embate contra o trono e a cruz…).

Deste modo, para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares. Assim, também na maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual dos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e civismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas tradições do mundo moderno.



Fonte: Revista Universo Maçônico- 2014 – Adaptação Ir.’. Denílson Forato- MI - Secretário

quinta-feira, 10 de março de 2016

PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES 1º SEMESTRE DE 2016

PROGRAMAÇÃO DE ATIVIDADES
3-fev
APRENDIZ
ESCRUTINIO - APR  ESCRUTINIO  PEDRO 









RITUALISTICA










10-fev
APRENDIZ
REGULARIZAÇÃO IR. PEDRO









RITUALISTICA










17-fev
APRENDIZ
SESSÃO CONJUNTA FRAT. SA-JANTAR RITUALISTICO



















24-fev
APRENDIZ
LEITURA TRABALHO DE APRENDIZ









TELHAMENTO -  










2-mar
APRENDIZ
REVISÃO DO RITUAL INICIAÇÃO



















9-mar
APRENDIZ
INICIAÇÃO



















16-mar
APRENDIZ
TRABALHO  MINHA INICIAÇÃO




RITUALISTICA





23-mar
APRENDIZ
  PRIMEIRA INSTR APR




RITUALISTICA





30-mar
APRENDIZ
TRABALHO  PRIMEIRA  INSTR APR



RITUALISTICA





6-abr
COMP
ELEVAÇÃO









13-abr
APRENDIZ 
ANIVERSARIO SANTO ANDRE E DA LOJA 










20-abr
MAGNA 
INCONFIDÊNCIA MINEIRA










27-abr
APRENDIZ COMP
  SEGUNDA INSTR APRENDIZ

  PRIMEIRA INSTR COMP

4-mai
MESTRE
FINANÇAS

9-mai
APRENDIZ
COM.DIA DAS MÃES- CONJUNTA PAULO DE TARSO

11-mai
APRENDIZ
APRESENTAÇÃO DA CHAPA / TERCEIRA INSTR APR
FIXAÇÃO DO EDITAL 

18-mai
APRENDIZ
TRABALHO TERCEIRA INSTR APR









RITUALÍSTICA 

25-mai
APRENDIZ
ELEIÇÃO

8-jun
APR/COMP
SEGUNDA INSTR COMP
RITUALISTICA

15-jun
APRENDIZ
TRABALHO TERCEIRA INSTR APR









RITUALISTICA

22-jun
COMP
TRABALHO TERCEIRA INSTR COMP (ULTIMA INSTRUÇÃO)


29-jun
APRENDIZ
LEITURA QUARTA INSTR APRENDIZ
RITUALISTICA 

6-jul
MAGNA INSTAL 
POSSE 

Iniciação na ARLS Fraternidade e Amizade 321 - 09/03/2016




segunda-feira, 7 de março de 2016

Mensagem ao Ano Novo Maçônico 2016 E.'.V.'.



Meu Caro Irmão,


O verdadeiro Maçom deve ser cauteloso, bondoso, justo, imparcial e falar sempre sem reserva mental, isto é, a boca deve sempre exprimir o que o coração tem em abundância. Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual; somos seres espirituais passando por uma experiência humana. Na verdade, não somos Maçons proeminentes, não temos riqueza nem poder, mas somos pessoas que temos compromisso com a sociedade, e o nosso comportamento tem que ser equilibrado, porque o verdadeiro iniciado tem o conhecimento da filosofia de vida diferenciada daquela que se pratica no mundo profano.

Nós conversamos muito a respeito da maçonaria, e o comportamento de nossos irmãos, você já conhece um pouco do comentário que faço a respeito da convivência de nossos Irmãos, tanto em Loja como fora. Falo para você entre colunas para não desistir, porque nossos sonhos nos levam adiante, e faz com que a vida ganhe sabor e se enriqueça de novos planos. O que seria desta caminhada se não tivéssemos algo pelo que lutar, não é verdade? A nossa caminhada da vida será sempre repleta de surpresas boas e desagradáveis, mas lutar por ideais nos dará energia para sobreviver aos obstáculos e continuar apesar das dificuldades. Não importa se você teve ou tem decepções, vive a sua missão ela não acabou; não desista de sonhar, não desista de procurar dias melhores, use sua força e energia interior para construir sua vida que terá um sentido mais agradável e salutar. Não se apegue à dor, ao desânimo e à falta de fé, pois este apego é como erva daninha que mata e suga a esperança, suporte para a realização de suas crenças e ideais de vida.

Não desista! Almeje alcançar o possível, aquilo que o fará mais realizado e autoconfiante. É um direito seu arriscar e tentar conseguir, mas não se iluda com uma ausência de obstáculos. Isto não faz parte do caminho. Mas uma vez, não desista de seus sonhos. Desista, sim, de alimentar fantasias e vá atrás de uma vida melhor.

Que o Grande Arquiteto do Universo, te proteja e guarde.

TFA

Denilson Forato

Comunicado Coligação Maçônica ABCDMRR 02/2016


Convite Iniciação Bruno Felipe de Oliveira