É
uma honra e um privilégio poder esta aqui com vocês apresentando meu primeiro
trabalho na maçonaria.
Hoje
vou falar sobre Iniciação, a minha iniciação, meu “batismo maçônico”.
Este
assunto se tornou muito importante porque o mundo vive uma revolução
tecnológica mas nossos princípios estão em queda. Corrupção, egoísmo, individualismo,
vaidade , nos esquecemos que estamos no
mesmo planeta, no mesmo barco, que somos todos um, que juntos fazemos melhor.
A Maçonaria durante todos estes séculos
passados tem honrado este planeta através de diversos pilares sendo a fraternidade um deles, e isto deve continuar.
A
apenas alguns dias participei deste iniciação, um evento marcante para min.
Minha
história começa a muitos anos atrás, sempre me interessei por Egito, Sumérios,
Essênios e outros que tiveram grande relevância na história. Seus conhecimentos
contribuíram como o berço de muitas ciências.
Ao
longo dos anos fui pesquisando e aprendendo, seja astrologia, astronomia,
matemática, arquitetura, as quais sempre
me despertaram interesse, seja pela simbologia, seja pela tecnologia que há
muitos milênios foram utilizados por estas civilizações. Muitos conhecimentos
que dos quais os cientistas atuais ainda não entendem.
Quando
fazia reforço para alunos em história
sempre fiz questão de conta-la mostrando a origem dos acontecimentos,
envolvimentos e consequências do que havia sido feito, não simplesmente como um
fato isolado. Desta maneira era rapidamente absorvido e entendido por eles.
Em
2004 surgiu nas telas dos cinemas o filme “A Lenda do Tesouro Perdido” com
Nicolas Cage, que me deixou literalmente alucinado pela história que citava,
envolvente, cheia de ligações com inúmeros eventos da história, claro que com
toques de cinema e que devem ser vistos prudentemente devido a liberdade
literária.
Desde
então minha mente procura algo mais, e quando se busca algo, passamos a filtrar
informações sobre o assunto, e eu cada vez mais via símbolos, procurava o
porque.
Em
visita a França pela primeira vez, me expus ao lema Liberté, Egalité, Fraternité (Liberdade,
igualdade, fraternidade, em português) , o resultado de uma batalha contra a
vaidade, injustiça. Iluministas em busca de novas maneiras de pensar e agir,
entre outras causas. Mais símbolos, mais pilares que já faziam parte de mim,
nada por acaso ...
Passado
algum tempo conheci o agora irmão Denilson Forato, só colocou mais lenha na fogueira,
com seu amplo conhecimento de história, imaginem como fiquei...
Vários
anos se passaram, nossa amizade prosperou, nossas conversas corriam de forma
fácil, fluída, cheia de novidades que agora eu bebia feito um sedento no
deserto, era e é bom conversar com ele.
Um
belo dia conversamos sobre a maçonaria, vi o quanto era próximo ao que eu
procurava, tempos depois veio o convite para
me juntar...
Reflito
que foi trabalhoso passar por diversas conversar com outros irmãos, perguntas e
mais perguntas, respostas e mais respostas, documentos e mais documentos. Então
veio o dia em que me avisou da data da iniciação.
Compartilho
que este momento foi muito especial, não sabia como encarar o fato, digo que
devido a alguns acontecimentos anteriores ao contato com o Denilson, fiquei
apreensivo, seria uma realidade ?
Mas
o dia chegou, agora era real.
Imaginem
então o que se passou comigo quando vim para esta iniciação, eu que já havia lido muitos livros sobre
simbologias, astrologia, Egito, Sumérios, Essênios, outros filmes como “StarGate”, tudo passava
numa fração de tempo.
Uma
honrada ordem onde a liberdade, fraternidade, igualdade são os pilares,
exemplos históricos de tantos personagens ilustres, onde os valores humanos e a
irmandade é o anseio normal. Parecia um sonho.
Embora
receoso com tudo isto, a amizade e a postura do Denilson pesavam no lado da confiança e confiei, então começou a iniciação.
A
ida ao lugar de nosso ultimo repouso aqui na terra, as simbologias, palavras
cifradas, tudo era especial, vendado, passei por muitas sensações.
Fui
despojado de meus objetos, carteira, dinheiro, e celular. Me senti pelado.
Colocado
em um local que havia barulho de ferramentas, simulação dos primórdios de
trabalhos nas obras, cheio de barulhos que me lembravam os lugares onde
pedreiros e serventes trabalham, ruídos de ferramentas como pá de pedreiro, enxadas,
cinzéis e outros eram reconhecidos, o quanto
tempo que fiquei aguardando não sei, serviu para reflexão de tudo que passara, vendado
e na escuridão, passavam filmes e mais filmes em minha mente, talvez um pouco
do personagem de Indiana Jones , descobridores dos novos mundos, mas muito mais
profundo, isto era realidade e eu procurava absorver cada segundo, tentando
encaixar o enredo em alguma linha de história...
Levado
a uma câmara, cheia de símbolos, lugar de reflexão, pouca luz, água, fogo, ar,
frases, elementos que nos levam ao mais profundo dos ensinamentos e ao mesmo
tempo nos advertem, isto não é para qualquer um, isto é sério.
Um
dos momentos que mais me deixou apreensivo foi quando precisei beber algo
durante o ritual, eu pensava... se nem
em festa eu bebo algo que ficou longe de minhas mãos, imagine agora vendado,
lembrei “confia” e confiei, e na sequencia outro liquido, gosto de fel, e mais
rituais, fiz várias viagens simbólicas, lições aprendidas por eles durante
estes muitos séculos que agora também aprendia.
Estive
em uma sala, me desvendaram brevemente, se podia ver um caixão com uma pessoa dentro,
cercado de pessoas encapuzadas, velas, cena pesada, um visível aviso aos
curiosos, mais uma vez o alerta a seriedade de tudo aquilo.
Os
rituais foram se encadiando...
Até
que a luz foi permitida, depois de muita reflexão, como é bom ver novamente a
luz. Neste momento fui apresentado aos que agora passei a chamar de irmãos. Me
senti acolhido, renascido, feito criança, recebi um avental, símbolo de que o
trabalho será constante, mas tenho certeza que compensará, passei a ser um
aprendiz .
Passar
por um rito destes, poucas pessoas já passaram, mas muitos deveriam passar,
aprender o que muitos aprenderam no decorrer dos séculos e agora de forma
simbólica aprendemos de forma menos cruel, sem os incômodos da sede, fome, sem
as masmorras onde tantos pereceram.
Finalizando,
convido todos a manter esta irmandade propagando
a liberdade , a igualdade, a fraternidade, o trabalho em prol do próximo, o
desenvolvimento pessoal e da pátria.
Irmãos,
vamos dominar o EGO, a Vaidade, temos muito o que fazer pela humanidade !
Muito
obrigado !
Fonte: Dados próprios, artigos de Denilson
Forato
Santo André 24 de
agosto de 2016
TFA
Artur Da Costa
Sanfins
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