quinta-feira, 13 de julho de 2017

Sem melindre e sem orgulho….por favor!


Melindre Originariamente, um simples e comum substantivo masculino, com o sutil significado de ser a delicadeza no trato, cuidado extremo em não magoar ou ofender por palavras ou obras.
Tornar melindroso;  Ofender o melindre de, magoar, escandalizar.
Orgulho, manifestação do alto apreço ou conceito em que alguém se tem.

É o que dizem os dicionários…

Infelizmente ainda no planeta, no estágio em que nos encontramos vemos muito disso nos meios sociais, trabalho, familiar, vizinhos e muito mais nos grupos de ações beneficentes, não importando a religião ou filosofia desse grupo. O cuidado com o “melindre e o orgulho” deve ser maior para o Maçom, conhecedor que é de suas próprias fraquezas e imperfeições. Uma luta constante, observar a cada momento o seu “eu interior”.

O maior entrave para o desenvolvimento do ser humano é o “melindre”, sendo ele o verdadeiro vírus da discórdia. Ele ataca sorrateiramente a todos aqueles que, invigilantes, dão valor maior do que o devido a si mesmo. O amor próprio tem um limite.

É importante ter amor próprio mas na dose certa, precisamos cuidar de nossa aparência e gostar de nós mesmos.
Esse amor não pode superar o limite do razoável. Quando passamos a nos julgar superiores a nossos irmãos, avançamos para a vaidade, para o orgulho, para a falsa superioridade. Ao atingir esse estágio perigoso, todas as idéias, observações ou palavras de nossos semelhantes que são contrárias ao nosso ponto de vista nos machucam muito.

Vem então o “melindre”, não aceitamos ser contrariados, colocados de lado. Não aceitamos opiniões diferentes enchendo-nos de mágoas e de não me toques. E o pior é que isso nos entristece, nos tira do equilíbrio, trazem conseqüências físicas e afetam profundamente nosso relacionamento com pessoas queridas.

Encontramos o “melindre e o orgulho” na Maçonaria, aqueles que se dedicam a sua divulgação, onde são colocados a prova o conhecimento e boa vontade em aceitar as diferenças. Aqueles que ainda acreditam que Loja Maçônica é “dele” ou a Loja Maçônica tem “dono”, e tudo que ele faz é dele ou é por ele, não entendendo que seja por qualquer meio de comunicação a Maçonaria está em primeiro lugar. A Loja Maçônica tem alguém responsável o seu Venerável Mestre, para responder pela administração,pelos ditames normais do RGF, Constituição e as leis do país em que se encontra, mas não é “dono”, sim um árduo trabalhador da Maçonaria, em favor dos Irmãos e da Loja. Pois na Maçonaria não há donos! Existe uma máxima, os antigos governam e os novos obedecem. Os Mestres Instalados e Decanos são a base de uma Loja Maçônica e os aprendizes e companheiros são os que trabalham e aprendem. O respeito ao Venerável Mestre e aos Mestres Instalados é supremo e inquestionável.

O erro está, neste caso, em o melindrado esperar (e até exigir) gratidão de todos pelo trabalho que ele desenvolveu na Loja, confundindo obrigações com favores. Ora, obrigações não implicam de modo algum em gratidão, muito especialmente se levando em conta que quem as assume, o faz livremente e jurou cumprir suas obrigações. Daí, quando contrariado, ferido em seu orgulho pessoal, julga-se vítima de ingratidão, de injustiça… e ameaça retirar-se, quando não se esquiva definitivamente e pede o seu Quite-Placet.

Outro agravante no fato que envolve o Irmão descuidado, o “melindre” propele a criatura a situar-se acima do bem de todos. É a vaidade que se contrapõe ao interesse geral. Assim, quando o Maçom se “melindra”, julga-se mais importante que a Maçonaria e melhor que a própria tarefa em Loja.
“Muitas vezes ninguém vai a um templo Maçônico para dar, primeiramente. Todos nós aí comparecemos para receber, antes de mais nada, sejam quais forem as circunstâncias.”

Ainda tem mais, a mágoa destrói nossas resistências orgânicas. Ela obstrui os nossos canais responsáveis pela circulação sanguínea e pelo equilíbrio de nosso corpo físico.
O melindre é causa de muitas discussões que poderiam ter sido evitadas. Bastaria uma atitude de tolerância, de compreensão, uma boa conversa, franca e objetiva. Todos nós, espíritos ainda imperfeitos vivendo na Terra, estamos sujeitos a ter atitudes e a falar palavras ofensivas a nossos irmãos, e que a tolerância mútua e o perdão podem transformar em coisas banais e sem importância os episódios que julgamos terríveis ofensas que nos fazem.
Uma pequena discussão entre marido e mulher pode trazer muita discórdia e até separações por causa do melindre. Tolerância é ainda o melhor remédio para a manutenção da paz nos lares.
O mesmo acontece entre pais e filhos, entre irmãos e entre amigos, muitas vezes provocando o afastamento de pessoas que se amam, apenas por terem se deixado levar pelo melindre. Muitas Loja respeitáveis  e até Potências Maçônicas podem ser atingidas por esse terrível vírus.
Lutemos contra o “melindre e o orgulho”, colocando a tolerância antes de tudo, afinal muitos são os que nos toleram as nossas fraquezas e usando da Egrégora da Loja, nosso leme para mudarmos, renovar nossos pensamentos e atitudes.

Sem “melindres, sem “orgulho”.

Fraternalmente;


Adaptação: Ir.Denilson Forato – M.I.

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