segunda-feira, 30 de outubro de 2017

POR QUE HÁ EVASÃO DOS IRMÃOS?

POR QUE HÁ EVASÃO DOS IRMÃOS? 
em Mural da Rede Social do GOSP
Os Maçons, via de regra, deixam de frequentar a Loja, pelas seguintes causas:

1 - Inadaptação ao meio maçônico;

2 - Transferência de residência para outra cidade (Oriente);
3 – Doença prolongada ou falecimento;
4 - Desinteresse motivado por:
a - Rotina;
b - Austeridade excessiva;
c - Discriminação;
d - Influência negativa dos familiares (esposa e filhos);
e - Ausência nos eventos maçônicos;
f  - ostentação;
g - Melindres.

1. ROTINA A Loja não se atualiza com o progresso, em todas as latitudes: 
1.1 - Falta de programação;
1.2 - Desleixo para com o horário das sessões;
1.3 – Sessões prolongadas (espaçosas), sem justa causa;
1.4 - Discussões inúteis;
1.5 - Lamentações e críticas destrutivas;
1.6 - Ausência de um Plano de Ação exequível;
1.7 - Falta de planejamento, quanto a orçamento e finanças, ocasionando frequentes "facadas", além da mensalidade e outros tributos já existentes, para finalidades diversas, como rifas, jantares,presentes,etc.

2. AUSTERIDADE EXCESSIVA
2.1. Sessões por demais formais e protocolares, onde os mais tímidos se sentem inibidos de participar.

3. FALTA DE INFORMAÇÃO E DE INSTRUÇÃO MAÇÔNICA
3.1. Desconhecimento do que vai pelo País e pelo Mundo em matéria de Maçonaria;
3.2. Desconhecimento do Ritual, da Constituição,RGF e legislação complementar;
3.3. Desinteresse pela literatura maçônica e pelas palestras inspiradoras, durante o quarto de hora de estudos, que incutem nos Irmãos, a médio e longo prazo, o verdadeiro amor pela Ordem.

4. DISCRIMINAÇÃO:
4.1. Atenção por parte dos dirigentes da Loja para com alguns, em detrimento de outros, não só em termos de Loja como também em relação às famílias, principalmente nos momentos de infortúnio, quando a solidariedade se fez mais necessária;
4.2. Formação de grupinhos que geram facções e dificultam o entrosamento e a interação dos novos Irmãos.

5. INFLUÊNCIA NEGATIVA DE FAMILIARES:
5.1. Esposa não simpatizante com a Ordem, concorrendo para desestímulo do Irmão;
5.2. Filhos ou filhas que fazem dos avós babás dos netos, enquanto frequentam boates, cinemas ou outras diversões, esquecidos de que a oportunidade dos velhos passa e não volta mais.

6. AUSÊNCIA NOS EVENTOS MAÇÔNICOS:
6.1. Ausência às conferências maçônicas, onde se aprende Maçonaria, recebem-se estímulos, reveem velhos amigos e fazem-se novas amizades;
6.2. Falta de visitas a outras Lojas, para transmitir, receber ou permutar conhecimentos maçônicos.

7. FALTA DE FREQUÊNCIA:
7.1. Sinal evidente de que o Irmão não se integrou à Maçonaria. Quanto mais falta, mais vontade tem de faltar às sessões, perdendo, consequentemente, o vínculo com os Irmãos ao desatualizar-se com o que se passa na Loja e atrasar-se com a Tesouraria (...).

8. OSTENTAÇÃO:
8.1. Uso indevido do ambiente maçônico para esnobismo de cultura, posição social, riqueza e promoção pessoal;
8.2. Pompas e gastos supérfluos nos encontros maçônicos, dentro e fora das Lojas, conflitantes com a pobreza que ronda as nossas comunidades.

9. MELINDRES:
9.1. Suscetibilidade excessiva ou simplesmente complexo de inferioridade ao colocar o indivíduo aquém daqueles que sobrepujam os pequenos conflitos e elevam a Maçonaria acima dos erros inerentes à pessoa humana.

“O verdadeiro Maçom é aquele do Grupo "A", ou seja, não abandona o desafio por motivos fúteis, pelo contrário, é sempre o primeiro a sorrir, o primeiro a estender a mão, o primeiro a perdoar!".

Denilson Forato M.I.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

O que viemos fazer aqui ?

Construir prédios, fazer filantropia? Fazer discursos, fazer trabalhos filosóficos? Não precisamos vir na Loja para fazer tudo isso. Aqui estamos para compartilharmos o conhecimento, selarmos os laços de amizade que nos unem como verdadeiros Irmãos. Congregamo-nos para dar e receber conhecimentos.

Estamos aqui para aprender, para entender o que é a Maçonaria e o que ela quer. E, para isso, ela exige que completemos um curso. E no que consiste este curso? Ouçam, Vejam e Escutem, EM SILÊNCIO, assim vocês verão e entenderão toda a beleza da verdadeira Maçonaria.

É um ano e meio ou dois, só, para ouvir e aprender o básico. Depois vocês estarão aptos a falar com conhecimento e sabedoria. Vocês se tornarão Mestres e os Mestres têm que falar para ensinar, todavia, saber o que falar.

 Aí alguém vai me perguntar: e os Mestres de hoje, por que não adotam este critério? Por que não seguem essas regras?

Porque eles não aprenderam de forma correta.    Não foram ensinados de forma adequada. Foi tudo na base do “achismo”, do eu acredito que..., do improviso, sem o devido domínio da matéria.

 A Maçonaria é ajudar os outros, afirmam alguns. O que não é verdade. 

A Maçonaria não é uma instituição preparada para construir prédios, para fazer filantropias, ficar aprovando projetos sem parar, como em muitas Lojas, etc. Para isso existem outras instituições, preparadas para essa finalidade. A Maçonaria existe para formar Construtores Sociais, transformar o homem material em homem moral, resumindo toda moral de aperfeiçoamento humano. Ministra seus ensinamentos por meio de Símbolos e Alegorias. Ensina o homem a desvencilhar-se dos defeitos e paixões e ser exemplo a toda sociedade de homens livres. Não é proibido que Irmãos ajudem as pessoas necessitadas, que Irmãos se unam para ajudar ou dirigir entidades que prestam solidariedade aos menos privilegiados. A Maçonaria, primeiro, tem que formar e preparar o homem.

 Vocês que acabaram de entrar para a Maçonaria, que serão o nosso futuro e que irão dirigir nossa entidade; vocês foram indicados e entraram pelo processo de Iniciação, através do qual lhe exigiram uma porção de compromissos e lhes fizeram uma porção de promessas, porque confiaram no seu Padrinho, confiaram no Venerável Mestre, confiaram na diretoria da Loja, enfim, confiam nos Maçons.

Essa confiança deve ser retribuída e, portanto, não tenham medo de errar, todavia, não errem nada fazendo.

Quem escolhe entrar para a Maçonaria está aceitando ter uma nova forma de vida. Estão aceitando novos compromissos, novos desafios. Não sendo por isso, não tem sentido entrar para uma Instituição dessa natureza que é cara financeiramente e nos toma muito tempo. É uma Instituição séria e muito exigente. Para aqueles que levam com responsabilidade o estudo e a prática, o sucesso em algum setor da vida será infalível.

Saímos do mundo profano,     como chamamos o mundo comum onde vivemos. Ora, se chamamos assim o mundo que vivemos é porque o mundo da Maçonaria é diferente e, se é diferente, devemos vivê-lo como tal, de forma diferente.

Passamos pelo misterioso processo da Iniciação e,simbolicamente, saímos do útero da mãe natureza, lá das profundezas da terra e recebemos a Verdadeira Luz, renascemos para um mundo novo.

Depois do renascimento simbólico, estaremos aprendendo a dar os primeiros passos no seio do novo mundo. Vamos aprender a falar balbuciando palavras estranhas e diferentes daquelas que estamos acostumados. Vamos nos alfabetizar aprendendo a ler, letra por letra. Aprender o som de cada uma e, depois, soletrá-las, formando palavras e depois frases. Paralelamente, vão nos ensinar que somos uma Pedra Bruta e temos que lapidá-la e, para tanto, devemos aprender a nobre arte de Construtores Sociais, entendendo que somos Pedra Bruta, somos, também, o Malho e o Cinzel, portanto, somos Obreiros e temos que trabalhar para nos polir. Vamos aprender a gramática, depois a lógica e, em seguida, a retórica, para que possamos nos comunicar neste mundo novo que estaremos a viver.

Depois de transformá-lo em Maçom, deverá ser aperfeiçoado, para que ele seja verdadeiramente um “Construtor Social”.

Maçonaria é simples, não há necessidade de complicá-la.

É preciso trabalhar, então, mãos à obra.

Para tal mister, existe um Ritual  para cada Grau, que simplifica e facilita tudo.

O Rito Escocês Antigo e Aceito é complexo porque poucos o estudam e por isso, poucos o entendem e, o pior, não deixam que outros aprendam.

Denilson Forato-M.I.

Frustração em Loja, isso existe.

É muito comum nos darmos conta de como fomos infelizes em  relacionamentos, seja em casa, no trabalho ou em Loja. Por que nos sentirmos culpadas pelos dissabores dessas relações frustradas?  O problema são as expectativas que colocamos sobre as relações quando embarcamos em um empreendimento, achando que vai ser bom pra vida toda. Temos que nos conscientizar de que nem sempre aquela relação foi como esperávamos que fosse. Ai entra o amadurecimento.

Por que tenho que pagar o preço sozinho por tanta frustração? Esta e a conclusão que muitos chegam depois de anos de vida e luta em uma Loja Maçônica . Por que a conta cai sempre do lado mais fraco? A solidão, o choro, a mágoa e as frustrações. Não queremos mais pagar esse preço. Temos que dividir essa conta. Os Irmãos de Loja  também tem que começar a dividir esse prejuízo. Por que essa falta de discernimento sobre o sentimento de algum Irmão afetado? O universo maçônico é bom. Não pode “aquele Irmão” só chegar, bagunçar, e ir embora, como se nada tivesse acontecido.

A verdade é que quando entramos num espiral de paixão (coisa proibida para os Maçons) passamos a não enxergar as coisas como realmente são. Acostumamo-nos até mesmo com os defeitos uns dos outros, e passamos a achar que tudo é normal, até que por fim se torna realmente normal, e já não enxergamos mais aquilo que nos faz infelizes, nos acostumamos com as falhas uns dos outros. Até que em algum momento um dos Irmãos, sente que algo não vai bem e começa a procurar algo de diferente, ai pede seu Quite Placet e vai embora.

Por que não podemos estar sempre alertas, dialogar e tentar encontrar caminhos de mudar aquilo que não vai bem em Loja? Podemos sempre melhorar como seres humanos e Irmãos. Temos que aprender a nos dar o devido respeito. A própria sociedade, cruel, sempre joga a culpa no que “fala” : Ele é sempre a culpado pelos dissabores no relacionamento em Loja, quando não é por ser muito possessivo , é por negligência, falta de atenção e cuidado com os irmãos. Esquece-se que nós Maçons  também  temos nossas carências, nossas necessidades de atenção, somos seres feitos de puro sentimento e nos dedicamos por natureza as pessoas a quem amamos, família e Irmãos. 

Precisamos aprender a nos reeducar e aprender a ter um segundo plano, não se pode jogar uma vida inteira nas mãos de Irmãos que não gostam de você, e não é somente no aspecto financeiro de Loja, não se pode , ser mais um, mais um que paga a Mutua ou o aluguel , mas intelectual e afetivo também. O Respeito a cada Irmão, deve ser levado a sério, pois é humano e não só um nº de CIM.

Nada disto! Precisamos reagir. Vamos rever nossos conceitos, afinal nascemos para a felicidade, e tornar feliz a humanidade. Mas como isso de em Loja não há “clima”? Se em Loja o Irmão é podado, pelos “donos”? Se suas ideias e opiniões não são aceitas? Se o “mimimi” impera?

Conversar é uma saída pratica e leal. Coloque tudo em pratos limpos. 

Muitas Lojas abatem colunas, por causa de Irmãos, já vi isso, já senti isso, já vivi isso!
Então, a deixa fica: Cuide bem do seu Irmão, cuide de suas frustrações, faça-o sentir parte do Loja, faça-o sentir-se bem. Ai não haverá problemas e nem perdas.

Denilson Forato, M.I.      

Lapidando Minha Pedra Bruta

Desde que me iniciei nesta Augusta Ordem, e desde que adentrei ao templo em busca da verdadeira luz, me foi sempre dito que deveria lapidar minha pedra bruta. Disseram-me também que este lapidar seria um trabalho lento e solitário, onde deveria aparar minhas arestas sem reparar nas imperfeições de outras pedras. Entretanto, a solidão na caminhada ao espiritual não significa viver apartado das pessoas, pois o crescimento sem a companhia dos irmãos é impossível, visto que desapareceriam os referenciais que servem de colunas de orientação.
Da mesma forma, torna-se impossível lapidar minha pedra sem reparar nas pedras a meu lado que me servem de vetor e por isso mesmo de orientação em minha lenta lapidação. É muito fácil dizer que eu não reparo na imperfeição da pedra alheia e por isso também não vou querer que reparem na imperfeição da minha.

A Maçonaria é sábia e perfeita em seus ensinamentos e nada nos é colocado sem que haja uma razão de ser. Se no primeiro grau simbólico a pedra bruta tem que ser desbastada, ela terá sempre como molde a pedra cúbica. Para que possa o Aprendiz galgar sua subida na escada de Jacó, ele sempre terá como modelo o Companheiro. Dá mesma forma, o Companheiro no polimento de sua pedra cúbica aprimorando-se em busca da perfeição maçônica, também o fará moldando-se no modelo da pedra polida, que por seu polimento reflete a sabedoria e conhecimentos do Mestre.

Daí a importância em reparar nas perfeições e porque não dizer nas imperfeições de outras pedras, pois até mesmo o errado nos é importante para que saibamos o que vem a ser o certo. A maçonaria é perfeita, mas o homem, este, está fadado à imperfeição, pois vive ainda em sua constante luta entre o espírito e a matéria.

Vemos também a necessidade de um aprendizado em conjunto nas palavras de Lev Vygotsky que particulariza o processo de ensino e aprendizagem na expressão “obuchenie” própria da língua russa, que coloca aquele que aprende e aquele que ensina numa relação interligada e diz ainda que “na ausência de outro, o homem não se constrói homem”. Pois se de uma forma devemos abrir nossos corações para o que nos ensinam, da mesma forma quem nos ensina deve saber tocar nossos corações.

A grande importância de nos reunirmos está em revigorar nossas forças para o solitário desbastar de nossas imperfeições, pois além do carinho, da fraternidade, do amor que nos une e nos fortalece, está também o exemplo que damos e que seguimos. Pois fica, assim, mais palpável para nós, tornarmos pessoas melhores, se estivermos ao lado de pessoas que consideramos e admiramos.

Jean Piaget, Emília Ferreira,  Paulo Freire, Rubens Alves, entre tantos outros pedagogos e pensadores são unânimes em reconhecer que aprendemos mais pelos exemplos que temos do que pelas palavras que nos falam, ou seja, a máxima – faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço – não funciona nem em nossa infância, quanto mais em nossa maturidade. E, sendo assim, não adianta dizer que por ser um trabalho solitário, tal trabalho não me dará responsabilidades para com as pedras a meu redor, não basta polir somente a minha pedra, tenho que também servir de exemplo para o polimento de outras a meu lado.

Todavia, inerente a tal afirmativa, o maçom está fadado a ser sempre um exemplo a ser seguido, um exemplo de moral, virtude, sabedoria, instrução, bondade, tolerância, ou seja, estará sempre sendo cobrado em sua luta eterna na construção de castelos a virtudes e masmorras ao vício. O Aprendiz vem a ser um exemplo de modelo ao profano, e terá o Companheiro como modelo, que por sua vez se espelhará nos Mestres, pois a Arte Real sabiamente dividiu os graus simbólicos em três da seguinte forma: no primeiro conheça a ti mesmo, vença suas paixões e submeta suas vontades; no segundo adquira conhecimento, através das ciências para que no terceiro já esteja pronto para ministrar os conhecimentos adquiridos e venha a formar novos Mestres.

Daí, a importância de nos reunirmos, tanto em loja, quanto fora dela em nossos momentos de ágape, para que na troca de experiências possamos nos aprimorar, e comungando, em fraternidade e harmonia, possamos revigorar nossas forças para a árdua caminhada em busca de conhecimento e sabedoria para nos tornarmos homens melhores, servindo de exemplo ao resto da humanidade.

Denilson Forato, M.I.

O Tratado do Silêncio

Todo ser vivo se comunica, tanto através da linguagem falada, quanto da linguagem escrita e também através do silêncio. Silêncio? Será?… E porque não?! Existe uma frase bastante conhecida que se diz, que: “quem cala, consente”. Será mesmo? Nem sempre!!! Então vejamos! Quando o homem fala através do silêncio ele pode estar querendo expressar os mais diversos sentimentos. Em determinado momento, durante um diálogo entre duas pessoas, uma delas diz: “está bem, já entendi”… e se cala. Muitas vezes tomamos essa atitude, para que o outro reflita a respeito de suas atitudes intransigentes, ou porque não concordamos, ou porque entendemos que, naquele momento, não existe clima para dialogar.

 A partir desse momento,  instala-se o silêncio e o outro, que ainda quer se fazer entender perde totalmente a ação, parecendo até que o chão fugiu de debaixo de seus pés.  Isto acontece, porque o ser humano é imprevisível e nunca se sabe, quais serão as atitudes e/ou intenções por parte daquele que resolveu calar-se. Somente o tempo irá mostrar o que seu silêncio estava querendo dizer. Um outro tipo de silêncio que temos o costume de exercitar, é quando nosso interior está totalmente desequilibrado; por não sabermos que rumo tomar, nos isolamos e nos fechamos dentro de nós mesmos.

 Essa atitude nos ajuda, tanto a encontrarmos soluções através da sabedoria que o G.'.A.'.D.'.U.'. nos dá, como também damos oportunidade para que Ele fale conosco, e nos mostre onde erramos, se erramos, e como deveremos agir para que tudo volte à normalidade. O maior perigo que enfrentamos com essa postura, é perdermos os amigos e as pessoas a quem dizemos que confiamos e/ou amamos. Podemos citar ainda, outras situações de silêncio. O silêncio se instala minutos antes de algum  acontecimento solene. Também fazemos silêncio quando ouvimos um barulho anormal e precisamos detectar sua causa e de onde vem. Todos permanecem em silêncio quando o juiz irá proferir a sentença de condenação ou absolvição num julgamento e, fazemos silêncio também,  quando queremos adorar ao G.'.A.'.D.'.U.'. com reverência.

Outro tipo de silêncio é quando um grupo de pessoas decide, por exemplo, fazer um minuto de silêncio em homenagem a alguém; talvez este seja  o silêncio mais previsível e mais altruísta do ser humano. Fazer silêncio, também é uma estratégia excelente, para se chamar a atenção daqueles que estão em tumulto. Quando um líder faz silêncio, normalmente as pessoas se voltam para ele, esperando entender, ou mesmo obter uma explicação dessa sua atitude. De um modo geral,  diversos tipos de barulhos já estão tão incorporados no nosso dia-a-dia  que, quando um deles cessa, sentimos um vazio nos incomodando; somente então é que nos damos conta de quanto aquele som já estava fazendo parte do nosso “bem estar”. Às vezes o cessar de um determinado barulho, nos causa tanta curiosidade, que até vamos verificar mais de perto o que estava acontecendo.

Teríamos ainda muita coisa que dizer com relação à interferência do “silêncio” em nossa vida. Mas quero me deter um pouco mais, com respeito ao “silêncio do “G.’.A.’.D.’.U.’.”, pois este é o que mais nos desequilibra e mais nos incomoda emocionalmente. Dentro de cada um de nós existe um “vazio”, uma “carência” de auto-afirmação e de segurança, que só é preenchida satisfatoriamente através da presença do G.’.A.’.D.’.U.’.. É por isso que quando estamos passando por momentos difíceis, que fogem do nosso controle, estamos sempre nos perguntando: “Porque o G.’.A.’.D.’.U.’. fica em silêncio, quando mais estamos precisando DEle?”   Às vezes nos perguntamos: Será queo G.'.A.'.D.'.U.'. ficaria em silêncio para conosco por algum motivo proposital? Se essa atitude for inerente à Sua personalidade, teria algum objetivo a ser alcançado?

 Refletindo, comecei a questionar, se esse silêncio teria alguma significação simbólica, para nosso aprendizado espiritual nos dias de hoje. Encontrei algumas respostas que poderiam ser totalmente aceitáveis;  assim, entenderemos melhor a personalidade divina,  com respeito a Sua comunicação para conosco, seus filhos. Quando foi a última vez que você parou para ouvir o G.’.A.’.D.’.U.’.?

Quando foi a última vez que você ouviu o silêncio do G.’.A.’.D.’.U.’.? Ele tem, no mínimo quatro respostas: sim, não, espera e o silêncio. A mais difícil de enfrentar é o silêncio, mas é justamente o silêncio que antecede o fator surpresa. O silêncio do céu é diferente do silêncio da terra. Quando ficamos em silêncio, ou é porque não temos resposta, ou é porque não queremos magoar aqueles que estão dependendo de uma palavra nossa. Quando o G.’.A.’.D.’.U.’. fica em silêncio é porque Ele tem resposta e a resposta, pode ou não, ser a que o nosso coração espera; porém devemos crer que a resposta que vem da parte Dele, sempre será a melhor para a solução do nosso problema. Creio que quando conseguirmos compreender a linguagem do silêncio, então teremos alcançado o equilíbrio emocional que o G.’.A.’.D.’.U.’. tanto deseja e quer para nossas vidas.

Bom Silêncio!

Denilson Forato, M.I.

Como recepcionar Irmãos visitantes;


Landmark 14. - O direito de todo Maçom visitar e tomar assento em qualquer Loja, é um inquestionável Landmark da Ordem. É o consagrado direito de visitar, que sempre foi reconhecido como um direito inerente que todo Irmão exerce, quando viaja pelo Universo. É a conseqüência de encarar as Lojas como meras divisões, por conveniência, da Família Maçônica Universal.

As Lojas Maçônicas  devem ser lugares bem receptivos, onde novos Irmãos visitantes se sintam livres para explorar e fazer novos amigos. Como faz algum tempo que muitos de nós fomos visitantes pela primeira vez, algumas Lojas esqueceram algumas formas básicas de se colocar no lugar do visitante e como fazê-los se sentir bem vindos. Aprendendo a receber novos membros da Ordem e apresentá-los à Loja, você pode tornar a experiência mais memorável e evitar erros comuns que afastam membros prospectivos para uma possível filiação e até regularização.

Vamos a algumas dicas:

O processo de recepção para visitantes começa assim que eles estão no estacionamento. Ir à Loja pode ser uma experiência intimidadora para muitos Irmãos (principalmente os aprendizes), então você quer se certificar de que os visitantes de primeira vez se sintam bem vindos. Por esse motivo, é comum que as Lojas tenham Irmãos  para recepcionarem no estacionamento, certificando-se de que os novos irmãos visitantes tenham uma ideia de onde eles devem estar e que não tenham medo antes de entrarem no Templo.
Escolha irmãos mais calorosos e amigáveis para isso. Pode ser uma forma excelente de dar para os membros mais alegres algo para fazer antes da sessão, ou para fazer os membros da Loja  mais velhos se sentirem mais valorizados.
Certifique-se de que os irmãos da recepção, evitem uma linguagem acusatória e não receptiva, como "O que você está fazendo aqui?" Em vez disso, apenas suponha que todo mundo está no lugar certo. Diga, "Olá! Meus irmão Bem Vindo! Como você está?" Ouça-o e ajude.
Apresente-se. Não coloque a pressão nos visitantes para se apresentarem, e faça o primeiro contato. Visitantes devem ficar confortáveis . Tire a pressão se apresentando e apresentando os irmãos da Loja, e pegando os nomes dos visitantes para o Ir. Chanceler.

Trate os visitantes como pessoas, não como "visitantes". Ninguém quer ir a lugar nenhum querendo ser bem recebido e na hora se sentir estranho ou em uma categoria separada. Faça perguntas a eles e aprenda sobre os visitantes para fazê-los se sentir à vontade. Procure um assunto em comum para discutir e ajude-os a se sentir como se estivessem em casa. É nessa hora que se checa o CIM  e discretamente colhe-se informações do “visitante”

Mostre a Loja para o visitante. Muitos membros da Maçonaria esquecem como é visitar uma Loja amiga pela primeira vez. A maioria dos visitantes de primeira vez não está interessada nos assuntos profundos – eles estão apenas procurando um lugar para estacionar e onde se sentar e ouvir a sessão. Eles só querem se sentir bem recebidos. Vá devagar e foque-se em ajudar os visitantes a ficarem confortáveis e torne a experiência fácil e sem estresse.

Certifique-se de que o visitante saiba onde pode estacionar, onde pode pegar uma xícara rápida de café, um copo de água  e onde guardar sua bolsa.
Faça um tour rápido pelo prédio se o tempo permitir. Mostre aos visitantes o local onde a sessão será e outras partes atraentes, se eles estiverem interessados. Um pouco da história da loja também pode ser interessante para novos visitantes.
Novos visitantes em uma Loja devem sempre conhecer o Venerável Mestre antes de irem embora, se estiverem interessados. Faça uma apresentação depois do sessão. Se os visitantes não estiverem interessados, não force nada.

Observações importante:

Visitante não apresenta trabalhos em Loja na qual visita,
Visitante não opina sobre assuntos da Loja,
Visitante não vota,
Visitante só vai para o Oriente se for convidado,
Visitante pode se telhado pelo VM e verificado documentos,
Visitante vai na Loja de terno completo,
Visitante de trabalhar e ocupar cargo, deve fazê-lo  com zelo,
Visitante não fala demais na palavra a bem da ordem,
Visitante tem que ter educação, pois a Loja não é a dele, então...
Espero que essa dicas possam ajudar as Lojas.

Denilson Forato, M.I.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Somos Irmãos? Você tem certeza disso?


Meus irmãos, neste final de semana de outubro de 2017, faleceu um irmão de infarto, e em seu velório no cemitério, haviam muitos irmãos, todos consternados com a passagem deste amado irmão, que ora se destina ao Oriente Eterno.
Mas, aconteceu algo constrangedor, comigo, pois senti algo diferente ao chegar no local, pois eu e outro irmão, que a anos atrás deixamos de pertencer a Potência X, para nos regularizar na Potência Y, fomos a este evento fúnebre. E ao chegar no local do velório, 99% dos irmãos eram da Potência X, e eu e mais outro irmão, somos da Potência Maçônica Y. Senti os olhares  de adagas, para nós, e como diz a boa educação cumprimentamos os presentes, mas, senti um aperto de mão fraco de alguns, e olhares de reprovação de outros. Do tipo: ...que fazem aqui? Não são da Potência Y?...Mas, em memória do irmão, que estava no féretro, permanecemos firmes e fortes, ao terminar o evento fúnebre, fomos nos despedir de todos, e senti os olhares mais gélidos e macabros do que o próprio cemitério.
O G.’.A.’.D.’.U.’. e a Maçonaria  nos orienta para que nos  tratassem como irmãos, não só que se chamassem irmãos. Não se trata apenas de formalidade. Mas a gente não só se chamasse irmãos apenas como amabilidade social.

Temos que ir na raiz da palavra irmão para entender como o G.’.A.’.D.’.U.’. queria que fosse nosso relacionamento na comunidade maçônica e até fora dela. Hoje, nos chamamos de irmãos com muita superficialidade – e ate certa dose de hipocrisia.

Chamamos os irmãos de irmãos como os comunistas se tratam como camaradas ou os militantes sindicais de esquerda,  se tratam todos de companheiros, mesmo quem nunca se tenham sequer visto na vida. Apenas formalidade. Para o G.’.A.’.D.’.U.’., tratar o irmão de irmão era viver a realidade de irmãos biológicos, mesmo sendo diametralmente diferentes.

Por exemplo, entre os discípulos do Mestre Jesus havia um ex-cobrador de impostos, alguns ex-pescadores, um nacionalista ultra-conservador que detestava quem trabalhasse para Roma, irmãos biológicos, mulheres de boa reputação ou que eram reputadas como vadias...Seguidores com as mais variadas personalidades se irmanavam em torno de Jesus Cristo. Claro que suas personalidades se chocaram. Claro que havia grupos dentro do grupo de Cristo.
Mas, no geral, se tornaram irmãos, eram irmãos.

Irmãos de verdade, portanto, se desentendem se estranham e até brigam feio de vez em quando ou de vez em vez. Irmãos de verdade, apesar disso, se amam. Irmãos de verdade, quando a necessidade bate a porta, se unem contra inimigos comuns.

Irmãos de verdade torcem pelo sucesso do outro. Irmãos de verdade ficam abatidos quando tomam conhecimento que um de seus irmãos está em apuros. Irmãos de verdade são filhos do mesmo Pai o G.’.A.’.D.’.U.’.Irmãos de verdade desejam o melhor para seus irmãos.

Irmãos de verdade tem afinidades e mantém intimidade em muitas áreas da vida. Agora, recebe, não me olhe mais como um estorvo, um número, um detalhe insignificante. Por favor, me ame de verdade, eu sou seu irmão. 
Ir.’. Denilson Forato M.I.


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Andaimes e construção



Olhando  para os  prédios  novos em construção, pude me lembrar que faz quase três anos  que ia durante os fins  de semana  dar aulas de história a um aluno. Hoje vejo  o lugar que antes era uma pista sem movimento, tomada por grandes   prédios  e coberto  de andaimes  por todos os lados. Também vejo um grande perigo  com os trabalhadores  destes  prédios. 

Vale ressaltar que aconteceu   a pouco tempo um acidente envolvendo   pedreiros  e  serventes numa construção . Eles despencaram  de um  elevador    sobre  andaimes  e morreram  muitos deles  sobre o edifício  em construção. Mesmo eles  morrendo   o edifício sobe aos poucos,  palmo  a palmo,  metro a metro. Eu   tive  a oportunidade  de  ver uma construção desde sua base inicial. 

Ultimamente,  pensei   num detalhe:   os andaimes  de edifícios  sobem na medida em que o prédio se  eleva. Andaimes modernos, mesmo com todas as cautelas de segurança, não  estão livres do risco de acidentes.  Empilhar tijolos, embutir janelas e aprumar paredes, a 50, ou 80 de altura, tem lá  seus riscos e suas vertigens. São  esses   valentes    obreiros das grandes altitudes,  que ariscam   suas vidas  para deixar  o  prédio  grande e luxuoso. O  prédio que  vi surgir, desde sua  fundação, está  quase  pronto com 44 andares. E os andaimes estão  desaparecendo, gradativamente.

 Foram úteis  mas já  estão sobrando agora.  Cumpriram  sua tarefa. A parte externa  do edifício está sendo   concluída. O acabamento interno, no qual os operários trabalham   sem reclamarem da falta de segurança  dos andaimes  Analisando  andaime e  construções,  pude fazer uma comparação:   o prédio seria como o G.’.A.’.D.’.U.’., e  os andaimes  como nós.  G.’.A.’.D.’.U.’.  é  o prédio  com base firme na rocha sem abalar. Ele é  a  construção   já que fica por dentro e nós os andaimes, que ficamos por  fora,  ao terminar a  obra.  Nossa  vida é uma vida de andaime, sobre e desce, mudando de um lugar para o outro.

Sem saber ao certo  quanto tempo vamos permanecer na obra. 

Denilson Forato M.I.

O tolo



Conta-se que  numa pequena cidade do interior um grupo de pessoas se divertia com o idiota  de plantão... Um pobre coitado de pouca inteligência, que vivia de  pequenos biscates e esmolas. Diariamente eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam  a ele a escolha entre duas moedas – uma grande de 400 réis  e outra menor, de dois mil réis.
Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e lhe perguntou se  ele ainda  não havia percebido que a moeda  maior valia menos.
“Eu sei”- respondeu o não tão tolo assim- ela vale cinco vezes menos. Mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minhas moedas.
Podemos tirar várias conclusões  desta   pequena  historia  narrativa.
A primeira:
Quem parece idiota, nem é. Dito em forma de pergunta: Quais  eram os  verdadeiro tolos da historia?
Outra: se você for ganancioso, acaba estragando sua fonte de renda. 
Mas a conclusão mais interessante,  a meu ver, é a percepção  de que podemos estar bem mesmo quando os outros não têm uma boa opinião  a  nosso respeito.
Portanto, o que importa não  é o que pensam  de nós, mas o que realmente somos.
Peço  que quem ler  esta narrativa  pense  muito antes  de agir por seus impulsos. As vezes  devemos nos passar por tolo  para poder vencer   na vida. Jesus  era rei  e se tornou  pobre  e simples  para  vencer o seu pior  inimigo.

Siga  o exemplo  do seu mestre, e seja feliz  e vencedor.

Colega de Maçonaria ou Loja Maçônica



Meus queridos  irmãos, peço que  não se espante ao ler  essa artigo. Pois  vou tratar   de um assunto que me  incomoda   e tenho  certeza que lhes incomoda  também. Quando me refiro a colegas de Maçonaria, me refiro àqueles   que só lhe chama de irmão  dentro da Loja e quando o encontra  na rua ou em outros lugares   nem  olha para você. Falo de um modo geral, inclusive existem “autoridades maçônicas”   que agem  assim com  seus próprios irmãos. Eu tenho  vinte e três  anos de iniciado, já passei por várias Lojas e Potências, exerci cargos de delegado, Grande Secretário, Deputado, Presidente do Conselho Superior da Mútua Maçônica e Conselheiro da Ordem Demolay, fui Venerável  e Fundador de Lojas Maçônicas,  fico observando  tudo  nas reuniões  em Loja.

Muitos dos chamados de irmãos,  chegam em Loja, nem pedem licença  e nem lhe dá boa noite,  mas na hora  da Palavra a Bem da Ordem,  eles se levantam e dão um falso  sorriso  e dizem: “verborragia”  e  senta novamente   no mesmo lugar  como se estivesse sozinho. Esses  colegas de Loja ou Maçonaria, são  aqueles  que prometem muito e dão pouco, falam muito e agem  ao contrario. Já os  poucos  irmãos  de verdade que tem na Maçonaria e tem que ter   mesmo, se não  tornam-se um  fracasso  dentro da mesma, são aqueles  que agem diferente   e  põem em  prática  o que o Ritual ensina . Vai com  seu  sorriso  e alegria sincera  e dizem: boa noite irmão, como vai, tudo bem com o irmão? E se  confraternizam  um com o outro. E se um  dos  irmãos  ficarem sem se ver,  perguntam: como está o irmão que eu não tenho visto, e se for um visitante  fazem  como eu faço, já entram  logo rindo, se cumprimentando,  sem esperar  a mecânica  frase,  seja bem vinda é um prazer   recebê-los  em nossa  Loja.

Estes irmãos de verdade são  prestativos que quando ver o outro  em dificuldade tentam ajudá-los  e visitá-los   quando  precisa.   Eu tenho  meus vinte e três  anos de Maçonaria só recebi  poucas visitas de irmãos na vida,  sem  me avisar e foi de surpresa, como se tivesse  querendo  me pegar no flagra.  Alguns irmãos me visitam, sim tomamos umas cervejas, queimamos alguns “pé de frango” , e damos muitas risadas, mas são poucos, muito poucos!

Hoje  eu sou um Mestre Instalado, já cheguei ao topo da escada de Jacó, e me preparo para não cometer  tantos erros  e saber preparar os “neófitos”. Quando falo de  colegas das Lojas ou Maçonaria, falo também  de muitos Venerável Mestres que  não  tem  vontade e nem condições  de  orientar   seus irmãos de Loja  e terminam  as mesmas  seguindo  os  seus erros. 

Queridos leitores e irmãos.  Em minha  opinião,  as Lojas e Maçonaria  de hoje  são como uma  planta frutíferas, que quando dá frutas se transforma em uma  arvore e  produz frutas   de todas espécies. Assim as  Lojas,  os veneráveis mestres, os coordenadores, autoridades maçônicas,  não estão   sabendo  orientar  seus membros   para  serem bons Maçons. E se enchem de colegas de Loja e Maçonaria.   Que sejamos irmão de verdade, que nos preocupemos uns com os outros, que gostemos mais de nós mesmos, que nos falemos mais, que nos juntemos mais, que nos preocupemos mais, que façamos uma Maçonaria melhor, mais amável, mais justa e perfeita.
Que seja cessada toda inveja, maldade,melindre,fofoca,frescura das Lojas e da Maçonaria.


Denilson Forato M.I.