Meu marido sai,
disciplinadamente, todas as noite de quintas-feiras – elegantes, em seus
ternos, gravatas e sapatos pretos. (Há muito tempo atrás, meu avô fazia esse
mesmo itinerário.) Vão encontrar outros homens. Vão estudar antigas doutrinas e
saberes. Vão discutir filosofia, política, arte e religião. É tudo o que sei,
pois, de seus ritos e antigos procedimentos não me dou conta – coisas de
homens: (Há mulheres que se opõem. Será que se fosse uma reunião de bebidas e
futebol estariam mais à vontade? Não sei…
Nossos homens se vestem bem e
saem, rotineiramente, para discutir o mundo e suas humanidades – e buscar jeito
de serem, ambos, melhores. Gosto disso.
Há milênios se reúnem assim. E escrevem sua participação na História: Revolução Francesa, Independência dos Estados Unidos da América, Independência do Brasil, Abolição da Escravatura, República… para falar de algumas. A Maçonaria tem estado presente – deixando rastros de luz. Tenho orgulho disso.
E ai? Gostaram do texto?
Espero
que sim, pois se acham que é desta forma que “muitas” cunhadas se comportam,
sinto te desapontar, mas é não!
Muitas tem raiva da Maçonaria,
raiva dos cunhados e total asco em falar do assunto ou deixar o marido falar ou
receber irmãos em casa para falar de maçonaria.
A pergunta é, por quê?
A resposta é simples, por nossa
culpa, por nossas brigas, seja entre irmãos na base ou no topo da pirâmide, e
que elas de uma maneira ou outra ficam sabendo. A culpa é nossa pelas
exposições em redes sociais, em copos d’água em lindos restaurantes, e que o
irmão não leva a cunhada nem no buteco para comer uma coxinha, exposição e
ostentação demais.
A culpa é nossa por ser uma Ordem
desmantelada e que não ajuda a família maçônica,
uma sociedade fraca e sem propósito, fantasma do que foi no passado, aqui e em
outros países. Hoje nem empregar irmão, cunhada ou sobrinhos conseguimos. Isto
guardada as devidas proporções, um aqui outro ali.
A culpa é nossa que não nos atentamos aos "sinais" que as cunhadas dão ao fazermos as sindicâncias. Ás vezes um sim pode dizer não.
A culpa é nossa, pois colocamos “lixo”
para dentro da Ordem, gente mal sindicada, que viram com o tempo verdadeiros canalhas que se revelam flertando com cunhadas e ou
sobrinhas, quando não, coisa pior.
A culpa é nossa que deixa os irmão encher a cara no copo d’água
e ir embora bêbado, dirigindo correndo o risco de matar ou morrer.
A culpa é nossa pela nossa desarmonia entre Lojas e Ritos.
A culpa é nossa dos irmãos fofoqueiros que falam de tudo e de todos.
A culpa é nossa pelo fanatismo de alguns.
A culpa é nossa de irmãos que ligam toda hora para perturbar.
A culpa é nossa de termos deixado o criame de pavões crescerem.
A culpa é nossa pelos escândalos que são propagados aos quatro cantos do mundo.
A questão é, que não devemos contaminar a Ordem com problemas de família mal resolvidos.
E também não contaminar a família com problemas da Ordem que não temos poder de resolver.
Então, vou parar por ai e deixo
para vocês pensarem, a causa de algumas cunhadas não gostarem de Maçonaria.
Denilson Forato, M.I. 33º
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