quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Por que algumas cunhadas não gostam da Maçonaria?

 


Meu marido sai, disciplinadamente, todas as noite de quintas-feiras – elegantes, em seus ternos, gravatas e sapatos pretos. (Há muito tempo atrás, meu avô fazia esse mesmo itinerário.) Vão encontrar outros homens. Vão estudar antigas doutrinas e saberes. Vão discutir filosofia, política, arte e religião. É tudo o que sei, pois, de seus ritos e antigos procedimentos não me dou conta – coisas de homens: (Há mulheres que se opõem. Será que se fosse uma reunião de bebidas e futebol estariam mais à vontade? Não sei…

Nossos homens se vestem bem e saem, rotineiramente, para discutir o mundo e suas humanidades – e buscar jeito de serem, ambos, melhores. Gosto disso.

Há milênios se reúnem assim. E escrevem sua participação na História: Revolução Francesa, Independência dos Estados Unidos da América, Independência do Brasil, Abolição da Escravatura, República… para falar de algumas. A Maçonaria tem estado presente – deixando rastros de luz.  Tenho orgulho disso.


E ai? Gostaram do texto? 

Espero que sim, pois se acham que é desta forma que “muitas” cunhadas se comportam, sinto te desapontar, mas é não!

Muitas tem raiva da Maçonaria, raiva dos cunhados e total asco em falar do assunto ou deixar o marido falar ou receber irmãos em casa para falar de maçonaria.

A pergunta é, por quê?

A resposta é simples, por nossa culpa, por nossas brigas, seja entre irmãos na base ou no topo da pirâmide, e que elas de uma maneira ou outra ficam sabendo. A culpa é nossa pelas exposições em redes sociais, em copos d’água em lindos restaurantes, e que o irmão não leva a cunhada nem no buteco para comer uma coxinha, exposição e ostentação demais.

A culpa é nossa por ser uma Ordem desmantelada e que não ajuda  a família maçônica, uma sociedade fraca e sem propósito, fantasma do que foi no passado, aqui e em outros países. Hoje nem empregar irmão, cunhada ou sobrinhos conseguimos. Isto guardada as devidas proporções, um aqui outro ali.

A culpa é nossa que não nos atentamos aos "sinais" que as cunhadas dão ao fazermos as sindicâncias. Ás vezes um sim pode dizer não.

A culpa é nossa, pois colocamos “lixo” para dentro da Ordem,  gente mal sindicada, que viram com o tempo verdadeiros canalhas que se revelam flertando com cunhadas e ou sobrinhas, quando não, coisa pior.

A culpa é nossa  que deixa os irmão encher a cara no copo d’água e ir embora bêbado, dirigindo correndo o risco de matar ou morrer.

A culpa é nossa pela nossa desarmonia entre Lojas e Ritos.

A culpa é nossa dos irmãos fofoqueiros que falam de tudo e de todos.

A culpa é nossa pelo fanatismo de alguns.

A culpa é nossa de irmãos que ligam toda hora para perturbar.

A culpa é nossa de termos deixado o criame  de pavões crescerem.

A culpa é nossa pelos escândalos que são propagados aos quatro cantos do mundo.

A questão é, que não devemos contaminar a Ordem com problemas de família mal resolvidos.

E também não contaminar a família com problemas da Ordem que não temos poder de resolver.

Então, vou parar por ai e deixo para vocês pensarem, a causa de algumas cunhadas não gostarem de Maçonaria.

Denilson Forato, M.I. 33º

Nenhum comentário:

Postar um comentário