Depois de servir à Fraternidade por mais de 27 anos, parei de olhar para trás, para o quanto eu realizei e como a Maçonaria mudou. Eu já passei pelos todos os cargos e servi fielmente a minha Loja, como VM, filosófico, capítulo R+C, Kadosh, Consistório, fui delegado, assessor, deputado, grande secretário e outros cargos, participando de várias festas de trabalho, angariações de fundos e outros eventos. Fui considerado eficiente no trabalho de grau e reconhecido por trabalho em Educação Maçônica, vários artigos publicados e dezenas traduzidos no mundo afora. Também já participei de várias funções distritais e estaduais. Graças à Internet, correspondi-me com maçons de todo o mundo, sendo membro honorário de Lojas nos EUA, Europa e América do Sul, ouvindo irmãos, com seus problemas, bem como os seus conselhos. Sempre que um irmão pediu ajuda, seja perto ou longe, eu ofereci uma mão amiga. Meu conhecimento e experiência maçônicos me levaram a uma posição em que eu era frequentemente consultado para aconselhamento e liderança. Ela também me levou à politicagem onde fui confrontado por aqueles ciumentos de minha notoriedade e que teimosamente minaram qualquer esforço para atualizar a Loja e a fraternidade. Eu agora olho para trás e pergunto: “Eu fiz alguma diferença? A fraternidade ou a Loja está melhor do que quando fui iniciado? ” Eu cheguei pouco a pouco à conclusão de que a resposta é “Não”
Penso que a razão para isso é porque eu sofria de uma falsa percepção do que fosse Maçonaria. Quando entrei na fraternidade a mais de 25 anos atrás, estava sob a impressão de que um verdadeiro Maçom era um homem de caráter, integridade, honra, que possuía uma curiosidade intelectual sobre a vida, uma pessoa cuja palavra é sua obrigação. Em outras palavras, eu percebia os maçons como o alicerce da sociedade.
Infelizmente, não foi isso que eu descobri, hoje, muitos anos depois de ver a LUZ. Tenho visto muitos maçons, a maioria dos quais não corresponde a este estereótipo. Na verdade, eu estimaria que menos de 1% do total de nossos membros pode ser caracterizada dessa forma. E aí é onde a bolha estourou para mim.
Com exceção daqueles Irmãos tentando estabelecer lojas reais e busca da verdadeira maçonaria, eu percebi que a grande maioria dos maçons não são pessoas sérias. Eles estão mais preocupados em trocar tapas nas costas, ao invés de fazer alguma coisa de substância. Um monte de maçons arranhará e brigará apenas para obter seu próximo avental, comenda ou título. Eu tendo a acreditar que isso ocorre porque eles nunca fizeram nada digno de nota em suas carreiras profissionais e almejam atenção. Em outras palavras, eles estão tentando construir a sua autoestima à custa de suas Lojas, uma espécie de fenômeno “Enquanto Nero tocava violino, Roma ardia” . Eu acho que é por isso que eu acho divertido ouvir teóricos da conspiração tentando alertar o público sobre como a Maçonaria está tentando dominar o mundo. Engraçado demais.
A fraternidade está morrendo e ninguém está fazendo coisa alguma sobre isso, e muito menos em nível de Grande Oriente ou Grande Loja. A Maçonaria é uma instituição que teimosamente se apega ao passado e resiste a qualquer tentativa de mudança e modernização. Ele está se deteriorando diante dos nossos olhos. Deixando entrar lixos, que contamina tudo e todos.
A desilusão vem quando as expectativas não são atendidas, quando as crenças não se realizam. A desilusão leva à frustração que muitas vezes leva à ira. Em algum momento, porém, você tem que lidar com isso. A meu ver, há apenas algumas opções disponíveis:
- Ficar e aceitar passivamente o status quo – representando a rendição total.
- Ficar e continuar a tentar mudar o sistema internamente – impossível devido ao estrangulamento político que os Grandes Orientes e Grande Lojas detêm sobre a fraternidade.
- Tirar uma licença – em que os problemas ainda estarão esperando por você quando você voltar.
- Demitir-se e começar um novo tipo de Maçonaria – que é muito tentador, mas difícil de fazer em larga escala.
- Renunciar, lamber suas feridas e seguir em frente com sua vida.
Esta última opção, infelizmente, é o que muitos homens optam por fazer, ao invés de lutar contra os poderes constituídos.
Consideremos, por exemplo, o declínio em queda livre no número de membros da Ordem. Além da morte e transferências, pense sobre aqueles membros suspensos por falta de pagamento das taxas que, em algumas grandes jurisdições estão aumentando. Não se pode deixar de perguntar por que isso está ocorrendo. Por causa da economia? Talvez. É mais provável que eles não estejam recebendo nada de significativo da Maçonaria. Mesmo quando Grãos Mestres oferecem programas de anistia para incentivar os membros a retornar ao rebanho, muito poucos o fazem. São uns inúteis, uns lixos.
Aqueles homens que normalmente assumiriam um papel ativo na Maçonaria estão sendo afastados em massa devido à complacência, apatia e política, três palavras feias que infelizmente caracterizam a Maçonaria atual e provocam a desilusão.
Maçonaria tornou-se mais uma filantropia que uma fraternidade, um teatro político em oposição a uma verdadeira fraternidade. É triste ver uma instituição, que já foi nobre desmoronar diante de nossos olhos em uma instituição irrelevante. por causa de profanos de avental, que estão em nossas fileiras, que mereciam ser executados no grau 1.
O que você acha?
Devemos mudar?
Devemos indicar os amigos de final de semana?
Devemos ser relapsos nas sindicâncias?
Devemos facilitar a entrada de alguém?
Devemos aceitar lixos nas Lojas?
Devemos Expurgar os lixos?
Que Maçonaria queremos?
Devemos ter VMs ignóbeis e inúteis?
A Loja deve ter donos?
Os VMs devem mandar e os Irmãos obedecer, cegamente?
Devemos deixar um Irmão de graus superiores, intervir em Loja simbólica?
Devemos ser mais rígidos nas indicações e sindicâncias?
Demos ser mais cruéis, como os que erram na Maçonaria?
Devemos esfolar os maus irmãos?
Deixo pra vocês pensarem......
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