Palestra - Feira de Santana -14.06.2018:
Rito Moderno, Usos e Costumes – Cleber Tomás Vianna.
Pesquisa: Ir.Denilson Forato
Liberdade - Igualdade
– Fraternidade
...“Fruto de pesquisas em dezenas
de artigos e livros sobre o assunto, o presente trabalho visa elucidar alguns
pontos que convergem a situações distintas, sendo algumas equívocas, quanto à
interpretação de alguns autores sobre o início da MAÇONARIA NO BRASIL, além de
tratar de nuances sobre o Rito Francês ou Moderno quanto a sua Fundação, Usos e
Costumes no país.”... Denomina-se como Rito Moderno tudo o que parte da
primeira Grande Loja da Inglaterra, que se diz fundada a partir de 1717 e, que
segue a ritualística nos moldes da publicação feita por Samuel Prichard em
1730, no famoso livro “A Maçonaria Dissecada”. Alguns maçons simpatizantes do
tradicionalismo antigo fundam em 1751 uma segunda Grande Loja, tida, então,
como a dos Antigos.
Em 1813 as duas se fundem criando
a Grande Loja Unida da Inglaterra. A obra de Prichard, traduzida para o
Francês, passou a ser praticada pelas primeiras Lojas fundadas na França e, por
conveniência de interpretação, passou a se chamar de Rito Francês ou Rito
Moderno e, ainda, como soe ser mais coerente, Rito Francês ou Moderno. Nascido
do desejo de se criar uma unidade racional na diversidade de correntes de
pensamento vigentes à época, o Rito Moderno é filho e herdeiro direto do
pensamento iluminista.
Embora criado sob moldes
racionais, pautou inicialmente suas regras na primitiva Constituição de
Anderson, deísta e tolerante no aspecto religioso. Após a Revolução Francesa,
em 21 de maio de 1799, o G∴O∴F∴ e G∴L∴U∴I∴ redigem um tratado de união. Entretanto, em 1815, a G∴L∴U∴I∴ impõe a
crença em um Ser Supremo Revelado através das Regras de 8 pontos de reconhecimento, o que gera um
clima tenso entre o Grande Oriente e a mesma. Em 1877 vem a ruptura definitiva
entre as duas potências, quando o G∴O∴F∴ extingue a obrigatoriedade da
crença em Deus e na imortalidade da alma como
reconhecimento de um homem como maçom.
É oportuno
dizer, conforme relata em seus profícuos
estudos o maçonólogo
da Espanha, irmão Joaquim Villalta, que a Maçonaria Belga, uma das maiores da
Europa Continental, havia se antecipado ao GOdF e, já em 1782, se declarava de
forma incontinenti, “Adogmática”, desobrigando-se e aos seus afiliados, do uso
do Dístico “Grande Arquiteto do Universo” (GADU). Dogma e Adogmatismo. “DOGMA”:
Ponto fundamental e indiscutível de uma doutrina religiosa; “DOGMATISMO”:
Doutrina que afirma a existência de verdades certas e que se podem provar;
“ADOGMATISMO”: Orientação filosófica que se opõe as doutrinas formalmente
estabelecidas. Adogmático, “O Rito Moderno mantém-se tolerantemente imparcial,
ou melhor, respeitosamente neutro, quanto à exigência para seus adeptos, da
crença específica em um Deus revelado, ou Ente-Supremo, bem como da categórica
aceitação existencial de uma vida futura; nunca por constante ateísmo
materialístico, mas, unicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar
de cada Irmão, ou Postulante. Demonstra, apenas, a evolução das crenças,
estimulando seus seguidores ao uso da Razão, para formar sua própria opinião.
Procura ensinar que a ideia de Deus resulta da consciência e que a
exteriorização do seu culto não passa de um sentimento íntimo, que se pode
traduzir de várias maneiras.
Indica como dever aos maçons: O
aperfeiçoamento pela análise de todas as ideias liberais, igualitárias e
generosas; a elevação do espírito à concepção de uma incessante orientação
progressista; e a plena conscientização do papel coletivo, que deve desempenhar
na Terra, o Homem Permanente e Impessoal, de que a Ordem Maçônica é a
personificação”. Coerente com esta linha de pensamento, e, talvez por causa
disso, considerado o condutor da Maçonaria do 3º Milênio, o Rito Moderno dá ao
maçom o direito de pensar com irrestrita liberdade, o dever de trabalhar para o
bem-estar social e econômico do cidadão, e a capacidade de defender os direitos
naturais e sociais do homem, seja de qualquer cultura ou nacionalidade.
Este humanismo explícito, muitas
vezes atrita-se com o status quo social, do qual a religião é um de seus
pináculos básicos. O Rito Moderno não considera a Maçonaria como uma ordem
mística, embora seus três primeiros graus o sejam, baseados que estão no
pensamento judaico-cristão. Ainda assim, o maçom do Rito Moderno é naturalmente
cientificista e, portanto, pedagogicamente mais afeito à forma do aprendizado
do que ao seu conteúdo. O Rito Moderno entende que a busca da verdade se
realiza no Grau de Aprendiz pela intuição, no Grau de Companheiro através da
análise e culmina no Grau de Mestre pelo desenvolvimento da capacidade de
síntese, num processo evolutivo lógico-racional baseado no pensamento
científico contemporâneo.
Os padrões de conduta do Rito
Moderno são racionais e cartesianos, enriquecidos na contemporaneidade, por um
Humanismo essencialmente democrático e plural. Características essenciais para
um mundo globalizado. A reforma constitucional de 1877 só alcançava a
jurisprudência do Grande Oriente de França, mas o Grande Oriente do Brasil,
onde se praticava o Rito Francês acompanhou aquela Potência. Viegas em 1986
comenta: Já na República, entre 1891-1901, o Grão-Mestre Antônio Joaquim de
Macedo Soares, tendo como Secretário-Geral Henrique Valadares, deram à
Maçonaria grande influência francesa, como seja: “julgando-se dentro do
espírito da lei da separação entre a Igreja e o Estado, conseguindo dar ênfase
ao Rito Francês, o qual eliminava a Bíblia do Altar dos Juramentos e suprimia
as referências ao Grande Arquiteto do Universo”.
“A Grande Loja da Inglaterra que considera
condições indispensáveis para a vida maçônica a crença em Deus e em uma vida
futura, e que rompeu com os Grandes Orientes da França e da Bélgica em defesa
desses princípios, fez com o Grande Oriente do Brasil, em 1935, um tratado de
aliança indissolúvel, firmando-se as relações cordiais entre os dois corpos”.
Sobre essa situação, em 1969, atendendo solicitação feita pelo G∴O∴B∴,
houve a decisão final adotada pelo Mui Poderoso
e Sublime Capítulo do Rito Moderno, hoje, SCRM - Supremo Conselho do Rito
Moderno postado, também, no atual Ritual de 2009.
A Grande Loja Unida da Inglaterra
preza que se atenda os oito pontos para o reconhecimento de uma Potência
Maçônica, o que nós, do Rito Moderno aceitamos, pois, o Grande Oriente do
Brasil tem Tratado de Amizade e Reconhecimento com ela.
1 – Deve ter sido legalmente
estabelecida por uma Grande Loja ou por três ou mais lojas privadas, cada qual
garantida por uma Grande Loja Regular;
2 – Deve ser verdadeiramente independente e
autogovernada, com autoridade inconteste sobre a Maçonaria Operativa ou Básica
(id est, os graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom) dentro de
sua jurisdição e não estar sujeita de nenhuma maneira a divisão de poder com
outro corpo maçônico;
3 – Os maçons sob sua jurisdição devem ser
homens, e ele e suas Lojas não devem ter nenhum contato maçônico com lojas que
admitam mulheres como membros;
4 – Os maçons sob sua jurisdição
devem acreditar em um ser supremo;
5 – Todos os maçons sob sua
jurisdição devem tomar suas obrigações sobre ou à plena vista do Volume da Lei
Sagrada (id est, a Bíblia) ou o livro considerado sagrado pelo postulante;
6 – As Três Grandes Luzes da
Franco Maçonaria (id est, o Livro da Lei Sagrada, o Esquadro e o Compasso)
devem estar visíveis quando a Grande Loja ou suas Lojas Subordinadas estiverem
abertas;
7 – A discussão de religião e
política dentro das lojas deve ser proibida;
8 – Deve aderir aos princípios
estabelecidos e as regras (os antigos Landmarks) e os costumes da Ordem e
insistir na sua observação dentro das Lojas. O Rito Moderno, coerente com seus
princípios aceita como mais concernente a compilação de Findel, que é a
seguinte:
1.- A obrigação de cada Maçom de
professar a religião universal em que todos os homens de bem concordam. (Praticamente
transcrevendo as Constituições de Anderson, primeiro documento oficial da
moderna Maçonaria);
2. – Não existem na Ordem diferenças de
nascimento, raça, cor, nacionalidade, credo religioso ou político;
3. – Cada iniciado torna-se membro da Fraternidade
Universal, com pleno direito de visitar outras Lojas;
4. – Para ser iniciado é
necessário ser homem livre e de bons costumes, ter liberdade espiritual,
cultura geral e ser maior de idade;
5. – A igualdade dos Maçons em
Loja;
6. – A obrigatoriedade de solucionar todas as
divergências entre os Maçons dentro da Fraternidade;
7. – Os mandamentos da concórdia,
amor fraternal e tolerância; proibição de levar para a Ordem discussões sobre
assuntos de religião e política;
8. – O sigilo sobre os assuntos
ritualísticos e os conhecimentos havidos na Iniciação;
9. – O direito de cada Maçom de
colaborar na legislação maçônica, o direito de voto e o de ser representado no Alto
Corpo. Peculiaridades do Rito Moderno consoantes aos Rituais adotados no
Brasil:
1) Não há juramento no RM. O Compromisso é
sobre a Constituição; o candidato não se ajoelha. Define-se a Maçonaria como
uma instituição, cujos princípios são: a Tolerância, o Respeito Mútuo e a
Liberdade de Consciência. Sua divisa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Não
há Bíblia aberta, nem outro L∴ S∴, nem preces, nem se invoca O G∴ A∴
D∴ U∴ ;
2) Faz-se a glorificação do trabalho, mas a letra G é
gravitação, gênio,
geometria, e a Estrela Flamejante simboliza a estrela polar ou o astro do livre
pensamento;
3) A acácia não é a imortalidade.
Ela significa que a vida tira seus elementos da morte e lembra a renovação
social pela liberdade, que sucede à opressão;
4) Não há referência à Divindades. A Palavra
Perdida é a trilogia da Revolução Francesa;
5) Zela-se pela Ritualística e Filosofia do
Rito;
6) Faz-se parte da administração
do Rito em todo o território nacional com mandato sobre os Grandes Conselhos
Estaduais;
7) Nos Rituais especiais, o mesmo sentido
agnóstico;
8) Na inauguração do Templo, se invoca a
Verdade, a Razão e a Justiça;
9) Na confirmação do casamento, considera-se a
cerimônia como um contrato, visando a perpetuação da espécie;
10) Na pompa fúnebre: não há afirmação
da imortalidade do espírito, nem a invocação do G∴A∴D∴U∴ e se diz que: “O corpo morto, vai contribuir ao desenvolvimento da vida
vegetal”. Nos Rituais vigentes do Rito Francês ou Moderno não há liturgia, porque não há cerimônia religiosa. Os Ritos podem
compreender cerimônias religiosas e não religiosas. Segundo Jules Boucher, em
seu conhecido livro “La Symbolique Maçonnique”, Rito é, em Maçonaria, “a
codificação de certas cerimônias. É o cerimonial”. Nos seus Rituais vigentes, O
Rito Francês ou Moderno é um Rito sem as práticas religiosas de um culto. Seus
Rituais contêm as regras ou preceitos, com os quais se realizam as cerimônias e
se comunicam os SS∴, TT∴, PP∴ e demais instruções secretas dos graus. No
Rito Moderno, estudamos que o maçom, fiel ao espírito da própria Instituição, tem uma tríplice
caminhada a percorrer, passando por três estados: o Místico, o Metafísico e o
Científico, uma vez que nós, maçons, estamos ligados ao próprio destino da
Humanidade. O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que
desaprova o dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista e,
portanto, Adogmático, propugna pela busca da Verdade, ainda que provisória e em
constante mutação. A filosofia do Rito se opõe a qualquer espécie de discriminação.
A partir de um Decreto criado em
1815 no Rio de Janeiro pelo regente Dom João VI, o Brasil deixou de ser colônia
para merecer a condição de igualdade com a antiga Metrópole do Reino, quando
passou a ser “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves”. Em busca de seus
ideais, maçons brasileiros e portugueses objetivavam uma melhor condição social
aos seus povos baseada na trilogia: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
Nesta senda, fundaram em 1822 o
Grande Oriente do Brasil sob a égide do Rito Moderno e, sendo este como todo
Grande Oriente praticante do Rito Francês, ao constituí-lo como sua Célula
Mater lhe foi possível conduzir e irradiar sua chama iluminista, emancipadora e
libertária até os dias atuais.
Nesta senda, fundaram em 1822 o
Grande Oriente do Brasil sob a égide do Rito Moderno e, sendo este como todo
Grande Oriente praticante do Rito Francês, ao constituí-lo como sua Célula
Mater lhe foi possível conduzir e irradiar sua chama iluminista, emancipadora e
libertária até os dias atuais. Para uma melhor compreensão sobre a Maçonaria
Brasileira é de suma importância se falar da Maçonaria em Portugal. Conforme
Clavel, em sua obra de 1843, remonta até cerca de 1730 a fundação, em Portugal,
das primeiras Lojas sob a influência da França e Inglaterra. Na obra de Thory –
“Histoire de La Fondation du Grand Orient de France”, vemos que no Ano de 1738
o Papa Clemente XII proíbe aos católicos exercerem atividades nas Lojas
Maçônicas e o rei de Portugal D. João V ameaçava com severas penalidades os
maçons. Mesmo assim, as Lojas portuguesas funcionaram clandestinamente.
Ao redor de 1793, elas existiam
em Coimbra e em Porto e delas fizeram parte vários estudantes das províncias
ultramarinas, inclusive do Brasil, como nos relata Lívio e Ferreira, em 1968.
Fazendo uma cronologia com a situação maçônica no Brasil neste período,
principalmente pela ideia de que a primeira Loja foi a Cavaleiros da Luz, na
Bahia, na Revista “RELATES DE MASONERIA” nº 4 de 15 de dezembro de 2011, na
página 9 vemos o seguinte comentário: Durante esta época surgiram vários
personagens que com suas ideias influenciaram de grande maneira as ideias
libertárias.
Podemos citar o Almirante Aristides Aubert
Dupetit Thouahrs que chega no Brasil em 1791 e funda o Grupo “Cavaleiros da
Luz”. Quando Dupetit regressa à França, continua o seu trabalho, Larcher.
Estamos no ano de 1796 e se diz que este homem fundou uma Loja Maçônica com o
nome de Cavaleiros da Luz e que é considerada por muitos como a primeira Loja
Maçônica no Brasil.
Com o mesmo contexto da matéria
anterior, na Encyclopedia de La Masoneria, encontramos: …“Ostensivamente para
empreender alguma pesquisa científica, Dupetit-Thouars chegou ao Brasil em
1791. Na Bahia ele fundou uma ordem secreta chamada "Cavaleiros da
Luz" e ensinou a teoria básica do Iluminismo Francês: - uma batalha
vitalícia contra a intolerância, a injustiça e o obscurantismo. Ele era de fato
tanto um revolucionário francês quanto um maçom.
Ele logo teve que voltar para a França, e seu
trabalho foi continuado por Larcher, que chegou em 1797 e influenciou
diretamente a conspiração de 1798 contra a coroa portuguesa. Foi devido à
influência desta ordem que a maioria dos conspiradores escapou de ser
processada pelas autoridades portuguesas no Brasil”... No site da Multi Rio, em
Crise do Sistema Colonial, lemos que em 1796, a estadia do francês Larcher na
Bahia contribuiu para a difusão das ideias revolucionárias. Encarregado de
vigiá-lo, o tenente Hermógenes de Aguilar Pantoja, além de aderir a seus
ideais, apresentou-o a baianos ilustres, tais João Ladislau Figueiredo e Melo,
padre Francisco Agostinho Gomes, Inácio Siqueira Bulcão, Cipriano Barata,
Francisco Muniz Barreto e outros membros da sociedade baiana.
No ano seguinte, em julho, na
mesma casa em que ocorreram as reuniões com Larcher, foi fundada a Loja
Maçônica Cavaleiros da Luz, onde eram lidos os livros de Rousseau e outras
obras de iluministas franceses. Há uma concordância entre estas matérias
corroboradas por István Jancsó e Marco Morel no trabalho acadêmico “Novas
perspectivas sobre a presença francesa na Bahia em torno de 1798”, quando
reportam que o capitão e Chefe de Divisão das Armadas Navais Francesas,
Antoine-René Larcher, em dezembro de 1795 chefiou o bem-sucedido ataque ao
navio lusobrasileiro Santo Antônio de Polifemo, comandado por Manoel do
Nascimento da Costa, que fazia o comércio com a Índia.
Passada a violenta refrega e
feita a presa, inclusive do armamento e munição, Larcher negociou de maneira
cortês com o capitão derrotado, redigindo-lhe um salvo-conduto destinado aos
demais navios franceses, solicitando que não atacassem mais a embarcação, o que
permitiu ao Santo Antônio de Polifemo regressar à Bahia sem ser mais molestado
e com os sobreviventes em liberdade.
Tal atitude de negociação ajuda a
entender como Larcher, alguns meses depois, seria bem recebido em Salvador,
onde aportou em novembro de 1796, agora como simples passageiro do navio
luso-brasileiro Boa Viagem, oriundo da Ásia, de onde saíra sem sua embarcação
La Preneuse, expulso pelos colonos franceses escravocratas. István e Morel
informam no trabalho citado, que a viagem do capitão Larcher durou quase dois
anos desde sua partida da França em setembro de 1795 ao retorno em junho ou
julho de 1797 e, que foi então, durante estada de cerca de um mês em Salvador,
que ocorreram os contatos do capitão Larcher com as mais altas autoridades,
como o próprio capitão general D. Fernando José de Portugal, e também com os
conspiradores locais, até retornar no navio português Bom Jesus à Europa em
janeiro de 1797, ficando retido, a contragosto, na capital portuguesa, sem
recursos para retornar a seu país natal.
No livro publicado pelo
historiador Luiz Henrique Dias Tavares, “Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824
na Bahia” lemos que, em pesquisa feita pela historiadora Kátia de Queirós
Mattoso nos arquivos Nacional e da Marinha, em Paris (pesquisa ainda não
superada), foi identificado o Comandante Antoine-René LARCHER (09/07/1740 –
17/07/1808+), como Capitão da Marinha de Guerra Francesa.
Em uma viagem iniciada no Porto de Rochefort,
em 25/09/1795, combateu os navios de guerra portugueses Santo Antonio Polifemo,
Belizário e Arrabida, e chegou às Ilhas Maurícias levando o decreto da
Convenção Francesa que abolia o trabalho escravo nas colônias da França. Mal
recebido pelos colonos franceses, embarcaram-no de volta no navio Boa Viagem.
Foi este que o trouxe ao porto da cidade de Salvador sob a alegação de avaria,
em 30/11/1796. O Capitão Larcher, mulher e filhas, tiveram permissão para ficar
um mês na cidade do Salvador. Em fins de dezembro, ele próprio solicitou
licença (logo concedida) para embarcar no navio Bom Jesus D’Além com destino a
Lisboa.
No oficio em que fez essas comunicações ao
ministro dom Rodrigo de Souza Coutinho, o governador datou a partida do Capitão
Larcher em 31/12/1796, mas, em verdade, ela só ocorreu no dia 02/01/1797. Dado
a estas novas informações, cremos, sem possibilidade de prova cabal, que a Loja
“Cavaleiros, ou Cavalheiros da Luz” pode ter sido sim, a primeira Loja Maçônica
do Brasil, porém, não dentro da Fragata Preneuse e menos ainda, em julho de
1797, conforme inúmeros autores afirmam em suas obras.
Voltando a Portugal, sabemos que
o Grande Oriente Lusitano teve as suas bases instituídas por volta de 1800,
tendo como 1º. Grão-Mestre em 1803, o desembargador Sebastião de São Paio, nome
simbólico Epicteto, mudado depois para Egas Moniz. O Rito Oficial do G∴O∴L∴
adotado em seu início é o Rito Francês ou Moderno, logo codificado através da
Constituição de 1806, a qual incluía toda a organização do Rito no seio do G∴O∴L∴,
seguindo o formato francês.
Conforme historiadores maçônicos, em 1802, o irmão Hipólito José da Costa Pereira Furtado de
Mendonça (nome simbólico: Aristides) foi enviado à Londres e França, no intuito
de obter regularização através de Tratados e Cartas Patentes com as potências
regulares desses países, fato confirmado nas referências feitas na
respeitabilíssima obra de William Preston, Illustration of Masonry de 1804, na
pág. 371: ...“À Grande Loja foi feito, em maio seguinte, outro apelo, através
do mesmo canal (o duque de Sussex) da parte de quatro lojas de Portugal, as
quais credenciaram M. Peter Hipolite da Costa [sic] para em seu nome solicitar
autorização regular, a fim de praticar os ritos da Ordem sob a bandeira e a
proteção inglesa. Após madura deliberação, determinou-se que todo estímulo
fosse dado aos irmãos em Portugal; mas que uma lista de tal nome deveria ser
remetida à Inglaterra.”...
Na “Acta Latomorum” de Claude
Antoine Thory, edição de 1815, pág. 211, Tomo I, lemos: ...“Quatro Lojas de
Portugal fazem um pedido pretendido, e solicitam a permissão da Grande Loja
para professar os ritos da Inglaterra sob sua proteção. Os irmãos aderem a esse
pedido, e por decisão administrativa, concordam imediatamente.”...
Tratado com o GOdF ratificado em
25/04/1804. O original trazido pelo irmão Hipólito José da Costa quando preso
pela Inquisição em 1802, em seu retorno a Portugal, foi apreendido junto com os
seus documentos (Fig. 4).
O referido Tratado é assinado,
por parte do Grande Oriente Lusitano, pelo irmão Egas Moniz, Cavaleiro
Rosa-Cruz, o que denota que as Ordens de Sabedoria do Rito Francês já existiam
anteriormente em Portugal, corroborada pela Constituição do Grande Oriente
Lusitano de 1806, onde se refere às diferentes Ordens e Capítulos do Rito
Francês, nos seus Capítulos IIIº e XIIIº. Vejam o detalhe na figura 5 indicando
“Egaz Monis, Cavaleiro Rosa Cruz”:
Ratificação do Tratado feita em
19/06/2004 por Portugal e França e Patente para a Vª Ordem concedida em
30/11/2007 (Abaixo).
Tratado Portugal e Espanha:
Evidenciamos aqui os dois primeiros tópicos do Tratado Portugal e Espanha
celebrado no 8º dia do 3º mês de 6010:
1)O Grande Capítulo Geral do Grande Oriente de
França entrega Carta Patente ao irmão Hypólito José da Costa Pereira Furtado de
Mendonça em 1802;
2)O Tratado de Amizade entre o G∴O∴d∴F∴
e o G∴O∴L∴
do 25º dia do 2º mês de 5804 confirma a existência
das Ordens de Sabedoria do Rito Francês ou
Moderno em Portugal;
Voltando ao Brasil, conforme
relatado pelo irmão José Bonifácio em seu famoso Manifesto, em 1800 funcionava
uma Loja por nome de “União”, sendo substituída por outra com o nome de Reunião
em 1801, filiada à I’sle de France ou Ilhas Maurice.
O Grande Oriente Lusitano
desejando propagar no Brasil a verdadeira doutrina maçônica, nomeou para esse
fim três delegados com plenos poderes para criar loja regulares no Rio de
Janeiro, filiadas aquele Grande Oriente. No Almanak Maçônico de 1847),
encontramos uma preciosa informação que nos parece ser plausível. “...” Posto
que no principio d’este século já se tinhão juntado no Rio de Janeiro alguns
Mac. em huma Loja, a que derão o titulo de Reunião, todavia, como não
trabalharão regularmente, não poderemos datar o estabelecimento da Maçonaria
senão do anno de 1803, quando o Gr. Or. Lusitano, querendo propagar as
verdadeiras doutrinas maçônicas no Brasil, nomeou para esse fim três Delegados
com plenos poderes de crear Lojas regulares no Rio de Janeiro, filiadas ao Gr.
Or. Lusitano.
A nomeação recaio nos três distinctos maçons,
J. A. L – F. X de A. – F. A de M. P. – todos residentes n’esta cidade. Estes
três Delegados crearão as LL. Constancia – Philantropia – e ajuntando a Loja
Reunião (com excepção de poucos membros dissidentes), chamarão a um centro
commum todos os maçons, regulares e irregulares, que então existião no Rio de
Janeiro, e iniciarão outros até o Gráo de Mestre, únicos que estávão
autorisados a conferir. ”... ...“Consta por documentos authenticos, que no dia
5 de Julho 1802, fora creada ao Oriente da Bahia a L. Virtude e Rasão, do rito
moderno, de cujo seio sahirão outras officinas. Forão ellas a L. Virtude e
Rasão Restaurada, installada com doze obreiros, que da primeira passarão a
fundala em 30 de março de 1807, e que em 10 de agosto de 1808 tomou o titulo de
L. Humanidade, e a L. União, creada em 12 de Setembro de 1813 por 18 Irs. da
mesma L. mãe Virtude e Rasão.
Completo assim o numero de tres officinas,
decidirão os Irs., que as compunhão, crear alli, como com effeito crearão, um
Gr. Or. Brasileiro, cujos trabalhos activos, bem como os das LL., cessarão
comtudo, em rasão das commoções políticas, e, com especialidade, por causa da
desastrosa revolução de Pernambuco, em 1817.”... Em 1807, Junot conquista
Portugal obrigando a Corte portuguesa procurar abrigo no Brasil. “Assim a
Maçonaria do Brasil desde o século XVIII esteve ligada a Portugal.”...
Enquanto a sede da Monarquia
Portuguesa foi em Lisboa, a Maçonaria sentia ser mais fácil os movimentos
revolucionários no Brasil, daí as Inconfidências Mineira (1789) e baiana
(1799). Com a transferência da sede da Monarquia Portuguesa para o Rio de
Janeiro, já surgiu em 1817 uma revolução simultaneamente no Brasil, em
Pernambuco e, em Portugal (chefiada por Gomes Freire de Andrade). (Lívio e
Ferreira, 1968). O Grande Oriente do Brasil foi fundado em 17 de junho de 1822
tendo como base a Loja Commércio e Artes fundada em novembro de 1815 e fechada
em 1817 na época da desastrosa Revolução.
Por iniciativa do irmão capitão
João Mendes Viana, a Commércio e Artes foi reinstalada em 24 de junho de 1821
sob os Auspícios do Grande Oriente de Portugal, Brasil e Algarves, quando
aumentou o seu título para “Commércio e Artes na Idade do Ouro”. Subdividida em
mais duas lojas: “União e Tranquilidade” e “Esperança de Nictheroy”, formaram a
base legal da referida fundação. O seu primeiro Grão-Mestre Geral foi José
Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim Gonçalves Ledo o seu Primeiro Grande
Vigilante. Loja Commércio e Artes Ata de Reinstalação:
Equívocos históricos: O irmão
Manoel Joaquim de Menezes em seu trabalho “Exposição Histórica da Maçonaria no
Brasil” publicado no Boletim do GOB nºs 3 e 4 de 1875 (Fig. 11), além de datas,
se equivoca quanto ao primeiro Rito:
A respeito do que comenta o irmão
Manuel Joaquim de Menezes, vejamos;
1) No Almanaque Maçônico de 1847,
pág. 80: ...Consta por documentos autênticos, que no dia 5 de julho 1802, fora
criada ao Oriente da Bahia a L. Virtude e Razão, do RITO MODERNO, de cujo seio
sairão outras oficinas... Portanto, aqui já fica claro que existiam Lojas do
Rito Moderno na oportunidade e, estas também foram bases do primeiro Grande
Oriente do Brasil, na Bahia, cujo Grão-Mestre foi Antônio Carlos de Andrada.
2) Na Revista Astréa Órgão Official do Supremo
Conselho do Brasil Anno II, números 9 e
10, Setembro e Outubro de 1928, nas páginas 332 e 333 comenta o Soberano Grande
Comendador, irmão Mário Behring: ...“ O Gr∴ Or∴ do Brasil trabalhou sempre no Rit∴
Mod∴
e a prova disso está em suas próprias actas em que há sempre
referencias exclusivas aos gráos desse Rito, jamais dos outros” ..., diz
ainda:- Todas essas Lojas, porém, trabalhavam no Rit∴ Moderno” ... ()...embora Manoel Joaquim de Menezes afirme que
funcionavam no Adonhiramita. ...continua o irmão Mário Behring: É confusão natural em escritor que de Ritos nada percebia em suas
publicações históricas sobre Maçonaria. Menezes, equivoca-se muito, deixa-se trair
por sua memória e articula factos sem o menor senso critico, na analise que deles
faz.”... Corroborando com o que disse o irmão Mário Behring, encontramos no
Livro “A Maçonaria na Independência”, do irmão Teixeira Pinto, informações
importantes, tais como: Equívoco de datas a partir do Irmão Barão do Rio
Branco, em notas à “História da Independência do Brasil”, de Varnhagen,
copiando o erro difundido pelo maçom Manoel Joaquim de Menezes, que publicou
depois de 36 anos dos fatos, um trabalho Intitulado “Exposição Histórica da
Maçonaria no Brazil’, no qual fixou a data de 28 de maio de 1822 para a
fundação do “Grande Oriente do Brasil”. Embora emérito historiador, José Maria
da Silva Paranhos, Barão do Rio Branco, confiou numa informação totalmente
equivocada.
Prossegue Teixeira: ...“Tivesse
Varnhagem estudado as atas originais — as que constam no “Livro de Ouro” do
“Grande Oriente do Brasil” — e não as que figuram no trabalho do Ir∴
Menezes...()... estamos certos de que o seu relato seria um espelho da verdade.
Tivesse o Barão do Rio Branco conhecimento do calendário utilizado desde 1815
pela Loj∴ Comércio e
Artes, e não duvidamos que ele também afirmaria que o “Grande
Oriente do Brasil” foi fundado a 17 de junho de
1822 E∴ V∴.”...
— O Ir∴ Menezes não
apresenta uma cópia exata das 19 atas que se
encontram no “Livro de Ouro” do “Grande Oriente do Brasil”. Ele divaga sobre o que está
escrito e acrescenta o que não viu: E não viu, porque não podia ver.
É fácil chegar a esta conclusão, considerando que o Ir∴ Menezes
havia sido eleito e empossado no cargo de Cobr∴ da Loj∴ n.° 2 (União e Tranquilidade), e como tal,
estava obrigado a ficar no vestíbulo
juntamente com os lir∴ CCobr∴ das LLoj∴
n.° 1 (Commércio e Artes) e n.° 3 (Esperança
de Niterói), respectivamente, os Iir∴ Pedro (ilegível) Grimaldi e Padre João
José de Carvalho Colleta, com o fim de
identificarem os Iir∴ pertencentes a cada um dos citados QQuadr∴
que compareciam às Assembleias Gerais. Ora,
ficando longe e fora do recinto, é certo que o Ir∴ Menezes não
podia ter conhecimento do que se passava nessas assembleias, ressalvando-se
apenas o que, ocasionalmente, algum ir∴ lhe contasse depois. Sobre o
assunto, vejam a seguir o que se encontra escrito em ata. Trecho da “Acta N.°
19”, da Ses∴ realizada aos 21 dias do 7 °
mez do anno da V∴ L∴ 5822: O Ir∴ Gr∴
Secr∴,
dando conta do expediente, apresentou um oficio: Os lir∴ Cobridores
do 2 ° e 3°
quadros metropolitanos representavam à Gr∴
Loj∴
que tornasse amovível o lugar de cobridor, para ser exercido mensalmente pelos
Operários das LLoj∴ não ficando,
assim, qualquer ir∴ privado de assistir aos trabalhos por espaço de um ano.
Foi recusado o pedido e mandou a
Gr∴
Loj∴
fazer sentir àqueles Iir∴, de quanta
ponderação e confiança era o lugar que ocupavam, e que este único motivo
deveria lhes ter sido sobejo, para, não desgostando-se do seu cargo, procurar desempenha-lo
com todo o zelo e atividade. Ora, sendo ele (Menezes), naquela época, um dos
poucos sobreviventes do movimento maçônico de 1822, era natural que o cercassem
do carinhoso respeito de que se tornara merecedor. Mas acontece que esse
carinho, aliado à facilidade com que certos argumentadores o apresentavam como
personagem principal ou participante de todos os acontecimentos da época, foram
criando na sua Imaginação uma quase certeza de que isso era real.
Assim, ao atender (também) um
pedido do Ir∴ Melo Moraes para fornecer algumas informações que
seriam publicadas no “Brasil Histórico”, ele escreveu o que a sua já fraca
memória ia ditando, truncando datas, nomes e locais. E, para verificar que
estamos mais ou menos certos em nosso raciocínio, comenta Teixeira Pinto, basta
atentar na declaração que ele faz ao encerrar o seu trabalho.
Entre outras razões que apresenta, termina
deste modo: “Sinto não poder indicar outros nomes ilustres, não só por não me
recordar depois de 36 anos, como por ignorar, o que praticarão outros com quem
não estive em contato, de cuja omissão involuntária espero ser desculpado.”
Haviam decorrido 36 anos! Era difícil, quase impossível, ser rigorosamente
exato. O Ir∴ Manoel Joaquim de Menezes esperava ser desculpado por
aqueles que involuntariamente tivesse omitido. Longe estava ele de imaginar que
também necessitava ser desculpado pela confusão que iria criar com alguns
equívocos que se encontram na sua “Exposição Histórica da Maçonaria no Brazil.
Na página 7 do seu livro, o irmão
Teixeira Pinto transcreve a ata que consta na “Exposição Histórica” do irmão
Manoel Menezes, e evidencia os nomes dos maçons fundadores da Loja Commércio e
Artes com os seus nomes simbólicos, como por exemplo: J. M. V. ou Gracco
(Capitão João Mendes Viana) — Vahia ou Apolonio Moilon (Dr. João José Vahia)
Telies ou Orestes (Padre Manoel Telies Ferreira Pita), entre outros. Por conta
dos nomes simbólicos, RACIOCINA o irmão Teixeira Pinto: ...” assim não há que
duvidar que a reinstalação (da Commércio e Artes) foi feita sob os auspícios do
Gr∴
Or∴
de Portugal, Brazil e Algarves, e também que a Loj∴
funcionava no Rito ADONHIRAMITA, uma vez que esse Rito era e continua sendo o único que torna obrigatório o uso
de um nome histórico aos que o praticam” Encerrando a narrativa do irmão Teixeira Pinto nesse ponto,
comentamos que o seu livro é muito analítico, super bem detalhado, há muita
segurança nos comentários apresentados, mas, CONTÉM, ao menos, um erro de
interpretação, como veremos a seguir: Teixeira Pinto se vale dos nomes
simbólicos dos irmãos da Commércio e Artes para afirmar serem os MESMOS prática
exclusiva do Rito Adonhiramita, ou seja, emitiu a sua conclusão por analogia.
Sobre esse detalhe dos nomes simbólicos, seguem informações importantíssimas: O
nome simbólico, codinome ou nome de guerra, era costume da época. O primeiro
GrãoMestre de Portugal, desembargador Sebastião de São Paio, nome simbólico
Epicteto, mudado depois para Egas Moniz, era Cavaleiro Rosa-Cruz do Rito
Moderno.
O Grão Mestre José Mendes da
Silva Leal tinha o codinome de Ariosto, vide Boletim do GOL de 1869 e o irmão
Fortunato Augusto da Silva, Mestre Eleito dos Nove do REAA, levava o nome
simbólico Barroso, entre outros exemplos que não mencionaremos no momento (Fig.
17).
Vemos no livro A Maçonaria em
Portugal, do irmão Oliveira Marques, conceituado escritor português, à página
32, que desde pelo menos 1800, se usava o nome simbólico por compreensiva
medida de segurança.
Assim, cremos que a tese sobre
tal utilização está devidamente aclarada. O Boletim do GOB nº 6, de agosto de
1896, indica que as primeiras lojas do GOB eram do Rito Moderno.
No rodapé do próximo Boletim, se
lê: ...“todas do Rito Francês ou Moderno”...
O irmão Joaquim da Silva Pires
(Fig. 21), em sua obra “Rituais Maçônicos Brasileiros”, nos afirma que o GOB foi
fundado sob a égide do Rito Moderno e, ainda mais, que o nome simbólico não era
exclusividade do Rito Adonhiramita, rito que só iniciou no GOB em 16 de agosto
1837, na Loja Sabedoria e Beneficência.
Mais considerações sobre o Rito
Francês ou Moderno:
Na Revista Astréa, anno 2, nº. 4,
de 1928, pág. 162 lemos: ...“O Gr∴ Or∴ Brasileiro era do Rito Moderno
como o Gr∴ Or∴ do Brasil”...()
Na pág. 163...“preferiu a
Educação e Moral desligar-se do Gr∴ Or∴ - Acompanhou-a pouco depois a
Commércio e Artes, presidida pelo Cônego Januário, o
amigo inseparável de Ledo, que deixando o Rit∴
Mod∴
transferiu os seus trabalhos para o Escocez”...
Na pág. 169... “Para
se conseguir a maior perfeição e
desarmar a intriga, ...determinou com prudência
o Gr∴
Or∴
Braz∴
transitar do Rito Moderno ou Francez que trabalhara até
janeiro de 1833.”... Annaes Maçônicos Fluminenses
– 1832: ...“(pág. 53) Logo depois de reinstallado o primeiro reconhecido
Oriente do Brasil, que só as perseguições do anno de 1822, e circunstâncias
políticas dos seguintes, embaraçarão de trabalhar, sem com tudo extingui-lo, e
tanto que os seus membros se apresentarão em seus postos, logo que a luz maç∴
sahio do Módio, e appareceo no seu
verdadeiro candelabro: huma participação e
fraternal convite se fez logo para uma gloriosa reunião, à esse Corpo (se referindo ao Grande Oriente Brasílico
convidando o Grande Oriente Brazileiro ou do Passeio, a se unirem em um só
corpo maçônico), que no anno de 1830, se erigira em Oriente...Por Del∴
da Gr∴
L∴
de 13 de Out. de 1832.”...
...“(pág. 54) Em 15 de setembro
de 1832, o irmão D. de Ponte Rivera, Cavaleiro do Real Segredo (REAA), do
Grande Oriente Peruano, visitando o Grande Oriente Brasileiro, é recebido com
as solenidades de praxe e em seu discurso comenta, entre outras coisas, que:
...“(pág. 55) Elle vos participa igualmente que segue o Rito Escossez, e já
sabe que haveis adoptado o moderno Francês.”...
...“(pág. 56) Responde ao irmão
D. de Ponte Rivera, o irmão Kant (Cônego Januário da Cunha Barbosa, Cavaleiro
Rosa Cruz) então, Orador da Grande Loja (Grande Oriente): ...“(pág. 58) que
apezar de seguir o Rito Escosses, que não difere em princípios do Rito Francês
que temos adoptado.”...
Na página 64, podemos ler o
Discurso proferido na Respeitável Loja Commércio e Artes ao Oriente do Brasil
pelo Cavaleiro Rosa Cruz, Januário da Cunha Barbosa, no acto de tomar posse de
Venerável em março de 1832: ...A Officina Commércio e Artes na Idade d’Ouro, à
que hoje prezido por vossa eleição, e que n’outros tempos tanto se distinguira
pelo zelo dos seus obreiros, renasce gloriosa como a Phenix dentre as cinzas,
em que parecia have-la sepultado numa indigna perfídia...
.Constituição do Gr∴Or∴Brazileiro..."
(pág. 3) que o Subl∴ Gr∴
Or∴
Braz∴
competentemente authorizado pelo Artigo 74, Capítulo
Único, Título
5º. da Const para fazer as alterações indispensáveis à
mudança de Rito, Decretou em Sess∴ Magna de 24 do 6º. mez do corrente anno da V∴ L∴ 5834 (13 de septembro de 1834)
era vulgar, as reformas adaptadas ao Rito Esc∴ Ant∴ e Acc∴, hoje
adoptado pelo Gr∴ Or∴ Braz∴.” ... aos (ilegível) do 7º. mez do an∴ da V∴ L∴
5834...
Jornal do Gr.’. Or.’. Brazileiro,
nº 2 – 11 de 1870 ... “(pág. 22) Estes dous corpos maçon∴ fizerão parte do Or∴ Brasileiro, quando este deixando
o Rit∴
Franc∴
que seguia.” ... ... “Não podia o grupo do Lavradio formar um Or∴
do Rit∴ Franc∴ porque este já existia no Gr∴
Or∴
Brasileiro, que funccionava neste Rit∴, e que não
estava adorm∴.” .... ... “Não podia o grupo do Lavradio, crear um Or∴
do Rit∴ Esc∴, não só porque a máxima parte
de seus membros pertencia ao Rit∴ Franc∴ e não tinha poderes para funcionar no Rit∴ Esc∴
como porque existia um Gr∴ O∴ do Rit∴ Esc∴
(o de Montezuma).” ...
Fundação do Gr∴
Or∴
Braz∴
(do Passeio) - Junho 1831. ... “No anno de
1825, alguns maçons intrépidos reunirão-se em quadro errante que denominarão
Vigilância da Pátria” ...() ...“repartindo-se por dous novos quadros, União e
Sete de Abril, que derão a primeira base para o Gr∴ Or∴Braz∴”... ()... “Depois que
em Junho de 1831”... () ...“em que se admitira o representante da Resp∴
Razão ao Or∴ de Cuiabá,
se formou o Gr∴ Or∴Braz∴”...
Datam de 1833 os Rituais da Loja
Commércio e Artes (eram do Rito Moderno, conforme afirma o ir∴
Sebastião da Silva Pires em seu livro “Rituais Maçônicos
Brasileiros”)...“Na
capa lemos: Segundo o Original Francez, a traducção
e annotações de Hypolito (Londres) [que fora
designado como Delegado do Grande Oriente do Brasil], adoptados aos trabalhos
da Loja Brazileira Commércio e Artes [que trabalhava no Rito Moderno em 1822],
pelo seu Venerável J. da C. B. [Januário da Cunha Barbosa] Cavaleiro Rosa Cruz
[Grau 7 do Rito Moderno] [que migrou a sua Loja (Commércio e Artes) para o
Grande Oriente do Passeio em 1833]. Carimbado: Biblioteca Maçônica Mesquita e
Passeio, Livro 01[possivelmente seja a Biblioteca do Grande Oriente do
Passeio].”...
...“Na abertura dos trabalhos de
aprendiz, se lê na pág. 22: “debaixo dos Auspícios do Grande Oriente Brazileiro
(que também é conhecido como Grande Oriente do Passeio)”...
Revista luzes (do GOSP),
publicada na edição nº. 8, Set./Out./2016 – Joaquim da Silva Pires: ...“O
primeiro de todos aqueles Rituais era do Rito Moderno e do Grande Oriente
Lusitano, impresso em Lisboa, em data e tipografia desconhecidas. Elucidou,
porém, que isso foi antesde 1822, porque, já naquela data, o citado Ritual era
usado pela Loja Comércio & Artes, do Rio de Janeiro, a nº. 1 do Grande
Oriente do Brasil”... ...“Todavia, dos Rituais que foram impressos em nosso
País, todos em empresas gráficas localizadas no Rio de Janeiro, os mais antigos
são: o do Rito Moderno, ano de 1833, impresso na Typographia Seignot &
Plancher, na Rua do Ouvidor, nº. 95; outro do Rito Moderno, ano de 1834,
impresso na referida tipografia”...
D. Pedro I, maçom. Em 02 de
agosto de 1822 foi iniciado na Loja Commércio e Artes da Idade do Ouro, o
Príncipe Regente D. Pedro I, adotando o nome histórico de Guatimozin. Num breve
intervalo de tempo foi exaltado ao grau de mestre, elevado ao 7º e último grau
(na época) do Rito Moderno – Cavaleiro Rosa-Cruz e, eleito Grão-Mestre em 04 de
outubro, fechando-o no dia 25 do mesmo mês. Vejamos o que se diz a respeito de
D. Pedro no texto sobre a análise dos seus objetos maçônicos no recorte da
Revista Ciências e Maçonaria (Figs. 24 a 28), edição de 10/07/2017.
...“no arquivo histórico do Museu
Imperial é possível encontrar uma carta direcionada a Joaquim Gonçalves Ledo, a
qual foi assinada com as iniciais ―I∴ P∴ M∴ R ∴ +, que, segundo Castellani (2009,
p. 56) significa: Irmão Pedro, Maçom Rosa-Cruz. O que, assim, corrobora a afirmação de que D. Pedro I atingiu o grau máximo
do Rito Moderno à época.”... ...“O avental manufaturado em seda e
veludo apresenta, bordado na abeta, um delta luminoso; abaixo, ostenta um
pelicano alimentando seus filhotes encimado por uma cruz com a rosa mística ao
centro, ladeado por símbolos e palavras do grau. Portando, possivelmente um
avental do Grau 7 – Cavaleiro Rosa-Cruz do Rito Moderno.”... Isto porque,
segundo as informações disponíveis nos ―Reguladores do Rito Francez Gráos
Mysteriosos – Architecto (p.35) datado de 1834, e de certa forma contendo
informações do contexto de época de fabrico desta indumentária, na parte em que
apresenta as diretrizes do grau de ―Roza-Cruz, O avental deste grau disporia de
um triangulo na abeta, com quadrados e círculos com a letra ―J, e no meio do
avental, seria bordado a joia do grau. Esta também é descrita no ritual (p.33) como
sendo formada por um compasso tendo ao centro huma cruz radiosa, com o pé n‘hum
quarto de circulo, e o topo tocando a cabeça do compasso; ...“de hum lado está
apoiada nas pontas do compasso, huma águia com as azas abertas e a cabeça
baixa; do outro hum pelicano, rasgando o seio para alimentar os filhos, que por
baixo se divisão em hum ninho. Entre a águia, e o pelicano eleva-se hum ramo de
acácia; sobre a cabeça do compasso, que forma huma rosa, há huma corôa antiga;
sobre o quarto de círculo há, de hum lado, a palavra, e do outro a palavra de
passe em letras hieroglyphicas.”...( )...
Parecer da Revista Ciência e
Maçonaria:
Encerrando as atividades do GOB.
D. Pedro, temeroso em consequência de denúncias feitas a ele que elementos do
Grande Oriente, contando com o apoio de alguns oficiais de Tropa tentariam
depor os ministros, envia um bilhete a Ledo, pedindo que suspenda os trabalhos
maçônicos até segunda ordem, revogando tal ordem 04 dias depois. ..."Meu
Ledo. Convido fazer certas averiguações tanto pública como particulares na
Maçonaria, mando primeiro como Imperador, segundo como Grão-Mestre: que os
trabalhos maçônicos se suspendam até segunda ordem minha. É o que tenho a
participar-vos; resta-me reiterar os meus protestos como Irmão: I∴P∴M∴R∴+,
São Cristóvão, 21 de outubro, 1822."... No entanto, o Grande Oriente
só foi restaurado em 1832 por José Bonifácio de Andrada e Silva, continuando os
seus trabalhos no Rito Moderno , antecedido pelo Grande Oriente Brazileiro,
também conhecido por Grande Oriente do Passeio, que foi fundado em Junho de 1831,
também trabalhando no Rito Moderno. A Loja “Seis de Março de 1817”, de
Pernambuco, se regularizou em 7 de outubro de 1832 junto ao GOB, também
trabalhando no Rito Francês (Albuquerque, A Maçonaria e a Grandeza do Brasil).
Meus queridos irmãos, acrescentamos que o Supremo Conselho do Rito Moderno que
administra os Altos Graus, é reconhecido legalmente pelo Grande Oriente do
Brasil através de Tratado de Reconhecimento, ratificado em 1972, trabalha no
Grau 9 - Cavaleiro da Sapiência e tem o âmbito de atuação Nacional e
Internacional. Nos Estados há os Grandes Conselhos Estaduais, que funcionam com
o grau 8 - Cavaleiro da Águia Branca e Preta e dentro de cada um deles há os
Sublimes Capítulos Regionais que trabalham nos graus 4, 5, 6 e 7 - Eleito,
Escocês, Cavaleiro do Oriente e da Espada e Cavaleiro Rosa-Cruz. Rito Moderno –
Bahia e Sergipe Em Salvador temos o Sublime Capítulo Regional do Rito Moderno
Os Amigos da Liberdade nº 12, hoje sob a presidência do Sapientíssimo irmão
Anselmo Pereira, que funciona nos 1ºs e 3ºs sábados de cada mês, abrigando do
4º ao 7º grau das Ordens de Sabedoria e, funcionando extemporaneamente, o
Grande Conselho Kadosh Filosófico do Rito Moderno para os estados da Bahia e
Sergipe. O Supremo Conselho do Rito Moderno, gestão 2016/2019, funciona sob a
presidência do Eminente Soberano Grande Inspetor Geral, irmão Pasquale Mignela
Filho, que têm como seu Delegado neste estado, o Eminente irmão Cleber Tomás
Vianna. Temos aqui em Feira de Santana, nesse Complexo Maçônico, a Loja
Acadêmica Voltaire, nº 4515, do Rito Moderno, ora sob a presidência do
Venerável Mestre Giovani Brandão, Federada ao Grande Oriente do Brasil e
Jurisdicionada ao Grande Oriente Estadual da Bahia.
Fontes: Site do SCRM:
www.scrm.org.br/scrm; O Aprendiz no Rito Moderno: Editora A Gazeta Maçônica –
Autor: Alexandre Magno Camargo (Melkisedek); História do Grande Oriente do
Brasil: Editora Madras – Autores: José Castellani/William Almeida de Carvalho;
Da Sedição de 1798 à Revolta de 1824 na Bahia - Luiz Henrique Dias Tavares; A
Maçonaria na Independência do Brasil (1812-1823): João Luiz Teixeira Pinto;
Apostila Curso: História da Maçonaria no Brasil, EAD - Kennyo Ismail, Novembro
de 2017; Revista Annaes Maçônicos Fluminenses – 1832; Casa Comum (Fundação
Mário Soares): http://casacomum.net; Walter Celso de Lima:
JB_NewsInformativo_nr_2245/224; Victor Guerra Garcia, Presidente del Circulo de
Estudios de Rito Francés Roëttiers de Montaleau, Masonólogo, 5° Orden, Grado 9,
Gran Inspector General del RM, Valle de España: www.ritofrances.net; Joaquim
Villalta, Vice Presidente Del Circulo de Estudios de Rito Francés Roëttiers de
Montaleau, Masonólogo e Acadêmico, 5° Orden, Grado 9, Gran Inspector General
del RM, Valle de España, Blog: (https://racodelallum.blogspot.com.br/); Acta
Latomorum de Claude Antoine Thory; Illustration of Masonry de William Preston,
Tratado Portugal e Grande Oriente da França e Tratado Portugal e Espanha (obras
cedidas por Joaquim Villalta); Boletins do GOB (diversas edições conforme
mencionados no corpo do trabalho); Ritual Aprendiz Rito Moderno/GOB-2009; Museu
Maçônico Paranaense (Boletim do GOB - Jan/Fev-1902):
www.museumaconicoparanaense.com; Paulo César Gaglianone – Graus Filosóficos do
Rito Moderno; José Coelho da Silva; A Trolha; Loja Universitária Professor José
de Souza Herdy; Pedra Oculta; Diego Denardi;
José Ronaldo Viega Alves;
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 1975. Rio de Janeiro, 22-05-1975;
Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2001. Distrito Federal, 30-11-1990;
25) Constituição do Grande Oriente do Brasil, 2007 – última revisão em
10-09-2012; 26) PIRES, Joaquim da silva - O Roteiro da Iniciação de Acordo com
o Rito Escocês Antigo e Aceito, 1ª. ed. Londrina: Ed. Maçônica “A Trolha”,
2011; 27) Revista luzes (do GOSP), publicada na edição nº. 8, Set./out./2016;
28) ANTUNES, Álcio de Alencar. O Rito Moderno no Contexto da Maçonaria
Universal. In: Supremo Conselho do Rito Moderno. 29) BAPTISTA, Antônio Samuel.
Rito Moderno: Uma Interpretação. In: Supremo Conselho do Rito Moderno; 30) O
Rito Francês ou Moderno: A Maçonaria do Terceiro Milênio. Londrina, PR, Ed.
Maçônica A Trolha, Castellani, José; 31) Manual do Rito Moderno, Editora A
Gazeta Maçônica, 1991; 32) Neto, Antônio Onias, O Rito Moderno ou Francês, no
site Mason Kit.Net (acesso em 26/02/2013): 33) mason.kit.net/ritos/modernooufrances.htm;
34) Wikipédia, Rito Moderno (acesso ao site em 26/02/2012); 35) Revista Astréa,
Órgão Official do Supremo Conselho do Brasil, Anno II, números 9 e 10,
Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro de 1928; 36) Cérberus Magazine; Multi
Rio (Crise do Sistema Colonial); 37) Paramentos - Site Triângulo Atelier:
www.trianguloatelier.com.br; 38) István Jancsó e Marcos Morel, Novas
perspectivas sobre a presença francesa na Bahia em torno de 1798: 39)
http://www.scielo.br/pdf/topoi/v8n14/2237-101X-topoi-8-14-00206.pdf; 40)
Revista Retales de Masoneria, ano 1, nº. 4; 41) Primeiros Rituais Maçônicos
Brasileiros, Joaquim da Silva Pires; 42)Encyclopedia de La Masoneria:
(http://freimaurerwiki.de/index.php/En:Brazilian_Freemasonr); 43) O GOB nasceu
no Rito Moderno: blog.msmacom.com.br/o-gob-nasceu-rito-moderno; 44) Paramentos
- Site: masonic.com.br/avental/mod00.htm;
45) A concepção do Grande
Arquiteto no Universo no Rito Moderno – palestra ministrada pelo irmão Dr.
Álvaro Palmeira, extraído do Boletim do GOB 3, 4 e 5 de 1986 [06/02/1961],
publicado no site do irmão José Filardo: bibliot3ca.com/a-concepcao-do-grande-arquiteto-do-universo-no-rito-frances-ou-moderno/;
46) A Independência do Brasil à sombra da Acácia: Imagens obtidas em
http://slideplayer.com.br/slide/2904085/ Ilustrações: https://pinterest.com;
Jotassil Artes; 47) REHMLAC ISSN 1659-4223: “Hipólito José da Costa e o Correio
Braziliense: a idealização de um tipo de sociabilidade maçônica”. Bruna Melo
dos Santos; 48) Alexandre Mansur Barata: Trabalho acadêmico - Sociabilidade
Ilustrada e Independência (Brasil, 1790 - 1822); 49) Revista Ciência e
Maçonaria - C&M | Brasília, Vol. 4, n.1, p. 19-24, jan/jun, 2017; 50) O
Rito Moderno Belga e o Rito Francês:
https://bibliot3ca.com/rito-frances-comparacaoentre-o-rito-moderno-belga-e-o-rito-moderno-frances/
51) Racó de La Llum (as ordens de sabiduria do Rito francês):
https://racodelallum.blogspot.com.br/2018/05/las-ordenes-de-sabiduria-del-rito.html?m=1;
52)
https://noticias.r7.com/domingo-espetacular/conheca-o-verdadeiro-rosto-do-imperadordom-pedro-i-11052018;
53) Colaboração especial dos queridos irmãos Lázaro Sadrack Meira Araújo,
Cavaleiro do Oriente, III Ordem, Grau 6 do Rito Francês ou Moderno e, 54) José
Maria Bonachi Batalla, SGIG de Honra do
SCRMhedgemason.blogspot.com.br/2013/09/a-brief-history-of-modern-rite-in-brazil.html.