quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Comunicação uma ferramenta usada em Loja.

 
 

 

Comunicação uma ferramenta a ser usada em Loja.

 

Tenho sentido que umas das maiores dificuldades nas relações pessoais, quer nos negócios, quer na vida particular, quer em uma Loja maçônica é a comunicação. As pessoas muitas vezes não se fazem compreender, em razão da maneira que se comunicam.

 A maioria delas não dá o devido valor, e não se preparam para transmitir uma mensagem. Pensam que não é importante esse “detalhe”. Se preparar para se comunicar. Muitas vezes o fazer de forma, na hora e local errado.

 A comunicação assertiva é a capacidade de expressar de forma clara, completa e objetiva, unindo a linguagem verbal e corporal para atingir a finalidade almejada. Seja na apresentação de uma Peça de Arquitetura, na palavra nas colunas ou a “bem” da Ordem.

 Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar. “Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra”. O como se comunicar é o “x” da questão. A Empatia deve prevalecer.

Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma como é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

 A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa, um diamante. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceite com facilidade.

 A embalagem, neste caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa, seja um irmão ou familiar a quem nos dirigimos.

E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento. Importante mesmo é ter sempre em mente que, o que fará diferença é a maneira de dizer as coisas…sei que é um exercício difícil, pois muitas vezes sou pego em erro...

 Use o fator SER da comunicação em nossa Loja, ao falar entre colunas, ao apresentar peças de arquiteturas, entre irmãos, com profanos, etc.

 S= Seja SUCINTO, ninguém gosta de comunicação “prolixa” , longa e entediante.

E= Seja ESPECÍFICO, preciso, não perca o foco.

R= Seja RELEVANTE, importante, ao grupo ouvir. Algo que seja marcante e produtivo.

 Enfim, para concluir, façamos o mais correto, na comunicação dentro e fora de Loja.

O que fala e o que cala, é importante.

 

Autor: Ir. Denilson Forato - M.I.

 


sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A Síndrome do “Não Tenho Tempo”, o mal que assola a Maçonaria.


Ir.Denilson Forato

Esta semana eu assisti ao filme “In Time”( O preço do amanhã) É um filme americano de 2011 estrelado por Justin Timberlake.  O filme não é lá grande coisa, mas a ideia é muito interessante. Todos os personagens vivem em um mundo aonde não existe dinheiro como nós conhecemos. Tudo a ser comprado é pago com tempo de vida, desde a passagem de ônibus até carros e casas. Cada cidadão nasce com um cronômetro no braço que mostra quanto tempo de vida a pessoa ainda tem.

Achei um absurdo a passagem de ônibus custar algumas  horas de vida!

Mas se pararmos para refletir sobre o filme, vivemos de forma bastante semelhante. Claro que não sabemos o quanto de vida ainda temos pela frente , mas quando entramos em um ônibus às vezes gastamos muitas  horas de nossas vidas  lá dentro e eles ainda cobram nosso rico dinheirinho por isso. Se vamos ao supermercado gastamos mais horas. Filas, refeições, pedágios, em tudo o que fazemos gastamos tempo de nossas vidas.

A frase mais ridícula que uma pessoa pode dizer é “Não tenho tempo”. Todos têm as mesmas 24 horas diárias para fazer o que bem entendem. É deprimente dizer que não tem tempo. Sua produtividade e a quantidade de coisas que você faz durante o dia estão diretamente ligados à maneira como cada um gerencia o tempo disponível. Por isso, alguns fazem mais enquanto outros não fazem nada.

Dando uma abordagem mais “filosófica”, eu me arrisco a dizer que se a pessoa realmente se importa e quer algo, ela arruma tempo para fazer.

Isso vale para nossas reuniões semanais, em Loja, com muito tempo perdido , assuntos e pautas ruins ou fora de propósito.

Os grandes feitos demandam tempo. Só temos que começar, e começar é sempre o mais difícil pois, estamos condicionados a proteger nosso ego. Não queremos falhar! Temos um medo instintivo de falhar que nos leva à velha desculpa do “não tenho tempo para fazer o que eu realmente deveria  estar fazendo”. Se algo lhe foi atribuído, o faça e faça rápido. Não perca tempo. Se não pode fazê-lo, simples, diga não e fique com seu tempo, para você, e desperdice com o que quiser.

Mas saiba de seu compromisso, com você e com a ordem, você se comprometeu um dia em Estar de Pé e a Ordem, ou foram meras palavras, jogadas ao vento?

Denilson Forato, é Mestre Instalado-33º REAA e 7ºRM – Pós em Maçonologia,Filosofia e História.

terça-feira, 18 de outubro de 2022

A Maçonaria num ponto de vista, crítico e necessário.

 


A Maçonaria Regular não é elitista. Significado de Elitista adjetivo Particular ou próprio do elitismo, sistema político que prioriza a elite, uma minoria que exerce poder e prestígio sobre um grupo social: sociedade elitista; clube elitista. Próprio do que há de melhor e mais valorizado num grupo social.

Mas é exigente. Nela têm lugar apenas homens livres e de bons costumes, dispostos a evoluir interiormente e também a auxiliar, contribuindo para o bem comum, instituições e famílias maçônicas  que necessitem desse apoio. Exige sim desde, um solene compromisso, palavra emprenhada, comportamento exemplar, estudos, assiduidade, pontualidade, disponibilidade, espírito de grupo, entre outros predicados.

Como já me foi dito uma vez, a Maçonaria não é uma casta indiana, do sec. 18, mas confesso, que na atual conjuntura intelecto-social na qual vivemos hoje, não seria tão do mal, sermos uma sociedade mais diferenciada das demais.

Eu defendo que os Irmãos Maçons devam ter prioridade, pois somos uma família, um grupo que merece ser tratado melhor e com suas atenções devidas.

Eu defendo que a família maçônica deve ser amparada, encaminhada e protegida pela Ordem e pelos Irmãos.

Eu puder ter contato com Lojas em países como: EUA,Portugal,Itália,Paraguay, Chile,Bolívia,Colômbia e até na Autrália. E em todos esses países a “coisa” é diferenciada, só no Brasil que temos certas situações, que chegam a ser hilárias.

A Maçonaria é e sempre foi uma sociedade diferente das demais, congrega em suas fileiras homens de alto nível intelectual, de respeito e por não dizer os doutos da sociedade. Mas, de alguns anos para cá, devido ao excesso de democracia ou permissividade, não sei, a coisa está se degringolando. Tem-se iniciados gente ruim na fonte, devido a problemas de finanças em Lojas deficitárias economicamente, candidatos que nada tem haver com a Ordem, mas é o “amigo” do “amigo”, entre outras situações.

Então concluo: Se queremos ser uma sociedade exemplar, que sejamos exemplo, que iniciemos só gente que “preste”, que nos tornemos fortes e influentes. Ai sim resgataremos as glórias do passado.

Hoje porém, eu afirmo, semanalmente, por duas horas, usaremos nosso ritual “Rexona” e terminaremos nossas noites no copo dágua, falando mal de um ou de outro. Façamos uma amarga reflexão, e matutando: O que posso fazer, para mudar esse cenário?

Autor: Denilson Forato – M.I.

 

 

quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Memento mori: uma breve reflexão sobre a vida e a morte




Memento mori é uma expressão em latim que significa “lembre-se de que você irá morrer”. Apesar de parecer algo mórbido, memento mori funciona como um convite à reflexão para que nós pensemos sobre o nosso modo de viver e valorizemos mais a vida, cumprindo nossos deveres e desejos sem perder tempo e estando prontos para o momento em que a morte chegar.

Como surgiu a expressão “memento mori”

Acredita-se que a expressão memento mori tenha surgido na Roma Antiga, onde os povos tinham a tradição de realizar um desfile de gala em homenagem a um general vitorioso recém-chegado do campo de batalha.

Era uma cerimônia tão surpreendente e admirável que poderia fazer com que o general se sentisse um verdadeiro deus. Por isso, sempre havia um servo que tinha como única função ficar atrás do general dizendo Respice post te. Hominem te esse memento. Memento mori! que significa “Olhe para trás. Lembre-se de que você é mortal. Lembre-se de que você deve morrer!”

Esperava-se que a frase fosse um lembrete ao general a respeito de sua natureza mortal, forçando-o a assimilar a cerimônia com sabedoria e razão e fazendo-o se lembrar de que a fama e glória são temporárias.

Um convite à reflexão

A reflexão sobre a morte, de alguma maneira, passou por todas as gerações e diferentes culturas. Os filósofos estoicos, por exemplo, apesar de não usarem diretamente a expressão memento mori, em diversos momentos refletiram sobre a maneira ideal de se viver.

Marco Aurelio, antigo imperador estoico  romano, frequentemente se lembrava de sua morte em suas batalhas. Uma de suas frases demonstra isso: “Não aja como se fosse viver dez mil anos. A morte paira sobre você. Enquanto você viver, enquanto estiver em seu poder, seja bom o máximo que puder.”

Conclusão

Sêneca, um dos filósofos e escritores estoicos, também refletia sobre o assunto. Em sua carta ao amigo Lucílio, intitulada “Da economia do tempo”, ele diz: “Podes me indicar alguém que dê valor ao seu tempo, valorize o seu dia, entenda que se morre diariamente? Nisso, pois, falhamos: pensamos que a morte é coisa do futuro, mas parte dela já é coisa do passado. Qualquer tempo que já passou pertence à morte e não mais a você”. “Cada sol que nasce, cada sol que se põe, é o tempo que se esvaeceu pelos seus dedos” – E você tem ganhado tempo? Ou Perdido tempo? Tem dado “vida” à sua vida ou “adiantando a sua morte” – Memento Mori.

 

Ir. Denilson Forato – M.I. - 2022


quinta-feira, 6 de outubro de 2022

UMAS BREVES PALAVRAS SOBRE O COPO DÁGUA

 

UMAS BREVES PALAVRAS SOBRE O COPO DÁGUA

A Maçonaria tem por princípio e valor, total oposição aos VÍCIOS do mundo profano, acreditamos que a saúde e o respeito ao espaço maçônico, devam ser a mola mestra de uma verdadeira vida maçônica.

Segue um texto, visando demonstrar o eu vejo mas  muitos irmãos por ai, não veem assim.

1- "O cidadão, ao ter-se iniciado na Maçonaria, assumiu um compromisso sério e solene perante os seus irmãos de ter um procedimento correto e só praticar atos que o distingam pela moral. (...)

2- Nós, meus irmãos, conduzimos em nossos ombros um fardo pesado que só os fortes não esmorecem. Esse fardo chama-se: “Ser Maçom”. Não é fácil, a um cidadão ter de se conduzir na sociedade de hoje de maneira impecável. Mas, esta mesma sociedade não perdoa a um maçom, qualquer ato indigno ou até mesmo censurável. “O que em um profano seria uma qualidade rara, em um maçom não passa do cumprimento de um dever“.(...)

3- Não pode ou não deve o maçom embebedar-se ou fazer uso incorreto de bebidas alcoólicas. Lembre-se que a pessoa quando “passa do limite tolerável na bebida”, se expõe às críticas da sociedade e de seus irmãos, quando não fala demais ou age de forma inadequada. Todos nós gostamos de uma pólvora branca, amarela ou vermelha, eu mesmo sou adepto de tal prazer (...)

5- A pior escravidão é ser escravo de si mesmo. O alcoolismo é considerado pela Organização Mundial de Saúde como uma "doença incurável" que aparece igualmente, na mesma proporção, entre ricos, pobres, intelectuais, analfabetos, jovens, velhos, brancos, negros etc.

6-  Nós MAÇONS, temos o grande desafio de colocarmos o primeiro tijolo na construção deste “TEMPLO A VIRTUDE”, cavando de maneira positiva, “MASMORRAS AO VÍCIO” vencendo PAIXÕES, submetendo VONTADES e buscando salutares progressos neste caminhar evolutivo.

7- O Ágape fraternal ou “copo dágua” deve ser um momento de descontração, alegria, augúria, comemoração a vida e a felicidade dos irmãos, como se fosse uma extensão da Sessão Maçônica. Não se deve discutir “nada” de temas controversos, e que tenha que haver uma debate nas colunas, para se chegar a um denominador comum. Nada de cobrança a irmãos, nada de piadinhas de mal gosto, ofensas, etc. Devemos nos ater ao bom fogo e ao mastigamento, com assuntos de bom gosto e descontraído.

8- O cardápio deve ser combinado com  o mestre de banquete, ou outro irmão responsável, antes com opções, pois nem todos nós temos nossas saúdes 100% para suportar uma comida pesada e gordurosa e seus custos rateados de forma democrática.

9- Lembrem-se que no sec.18 – na Taberna Ganso e Grelha em Londres fundou-se a Grande Loja Unida da Inglaterra, eu disse em uma “taberna”, com comida e bebida. Mas lembrem-se que eram outros tempos e muitos assuntos eram resolvidos do duelo. Hoje, o irmão passa do limite do álcool, sai da Loja, bate o carro, se não se machuca, machuca alguém ou coisas pior; adamais esse mesmo irmão inconsequente tem em seu carro um adesivo da Maçonaria, para declarar aos quatro cantos, eu estou maçom e estou alcoolizado, sociedade, tomem as devidas providências necessárias, junto a mim.

Lembre-se que o maçom deve comparar-se a uma vela acesa: “consome-se iluminando”.

Ir. Denilson Forato – M.I.

 

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

A importância do registro de marcas e patentes na criação de um negócio

 Imagina um produto ou serviço fruto de muito trabalho e recursos, muitas vezes de uma vida de economias e já nos primeiros passos de criação de um negócio, quando está acontecendo a definição do nome, que será a marca, qual será a identidade é preciso dar a devida importância para proteger a propriedade industrial do seu negócio como um todo e garantir que realmente você seja o dono da marca ou inventor do produto.

Antes de quaisquer considerações, sobre marcas e patentes, é preciso esclarecer as noções terminológicas que serão utilizados, como, por exemplo, propriedade intelectual. Conceito esse relacionado à proteção legal e reconhecimento de autoria de uma produção intelectual de fato, tais quais como invenções, patentes, marcas, direitos autorais, softwares, tecnologia e outros direitos,  garantindo ao autor o direito de colher os frutos de sua própria criação.

Marcas e patentes: qual a diferença entre elas e por que você deve dar atenção para ambas?

A patente é o direito de propriedade industrial que protege uma invenção. Se você produz algo que possua valor para a sociedade você é o seu inventor, ou seja, tem o direito de proteger o seu produto e impedir terceiros. Ao requerer a patente de uma invenção, por exemplo, um cientista ou um engenheiro podem exercer o direito exclusivo  temporário a explorar comercialmente essa invenção ou  ceder ou licenciar, em troca de uma recompensa financeira de terceiros.

A marca é também uma criação, embora seu caráter seja mais intangível e sua criação esteja mais ligada à área de marketing. A marca é o que identifica e distingue o empresário, os produtos e os serviços de outros similares, dentro do mercado.

E como isso te ajuda na criação do seu negócio?

O processo de obtenção de registro de marcas e patentes não é simples nem rápido. Por isso a indicação é que seja realizado por um especialista. É um processo complexo que compreende análise de cruzamento de dados para verificar se não há empresas que possam ser conflitantes, pagamentos de taxas, documentos junto ao INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) para acompanhar o processo em adição a outras etapas. Hoje é possível realizar o serviço online, mas é fundamental ter uma assessoria profissional, para garantir que todas as etapas burocráticas sejam cumpridas de forma mais assertiva e ainda realizar uma vigilância das requisições de marcas semelhantes no mercado por meio do banco de dados do INPI.

Portanto, o registro de marcas e patentes é um procedimento fundamental para o empreendedor, visto que, atualmente, nenhum negócio está a salvo da pirataria e o que não falta no mercado são exemplos de contravenções que ferem a propriedade intelectual em geral. Além disso, ter uma marca registrada ou a patente de um produto junto ao INPI pode fazer toda a diferença na hora de negociar com investidores e parceiros. Ainda assim, muitos empreendedores optam por concentrar seus recursos em vendas e fluxo de caixa, acreditando que o registro só interessa para grandes empresas, quando na verdade essa atitude pode estar limitando o crescimento do negócio.

sábado, 10 de setembro de 2022

Os maçons e a independência do Brasil

 

Se precisássemos definir em poucas palavras o que é um maçom, diríamos que deveria ser uma pessoa em busca de seu aprimoramento moral. Alguém que prima basicamente pelo bem alheio, que combate a tirania, a opressão, o fanatismo e a intolerância. Alguém que cuida e defende sua família, sua pátria e a humanidade. E acima de tudo, crê num ente supremo, o Criador, a quem chamamos ‘Grande Arquiteto do Universo’. No Brasil, no dia 20 de agosto é celebrado o Dia do Maçom.

Acreditando no Criador e que Ele nos fez à sua imagem e semelhança, nós também não deveríamos nos esforçar para nos elevar em Sua direção? A busca pelo conhecimento, a verdade e a liberdade deveria ser o alvo de todos os maçons. E dentro desse contexto já tivemos exemplos na maçonaria brasileira, como Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva. Apesar da rixa que havia entre os dois, ambos lutavam, mesmo que de formas diferentes, pela independência do Brasil.

Podemos citar, por exemplo, a fala de Gonçalves Ledo publicada pelo Fluminense em 1828: “não vivo para sugar o Tesouro como os Andradas fizeram e fazem. Nunca fui pesado ao meu país e dele jamais recebi pelos meus serviços, pois sempre o servi abnegadamente, recusando qualquer recompensa material”.

O Dia do Maçom é comemorado em virtude de que, no dia 20 de agosto de 1822, alguns fatos ocorreram em uma sessão extraordinária entre as Lojas “Comércio e Artes” e “União e Tranquilidade, na cidade do Rio de Janeiro. Não trataremos as controvérsias sobre a data, pois diversos debates já foram encenados sobre o tema, mas o motivo que a levou a ser considerada como tal. Ledo estava presidindo a sessão (José Bonifácio, presidente de ofício, não estava presente) e fez um discurso inflamado mostrando a necessidade de se proclamar a independência do Brasil, pedindo apoio aos maçons presentes, o que foi aprovado por todos.

A sessão em si pode não ter influenciado a decisão do imperador no dia 7 de setembro vindouro, mas o apoio de seus irmãos maçons foi muito importante após a proclamação. Uma boa parte da elite era republicana, mas o fato de o imperador ter sido mantido responsável por tal ato contribuiu para que o país não fosse repartido. Vale lembrar que muitos maçons presentes naquela sessão tinham influências nas províncias.

Ir. Denilson Forato  M.I.– Pós graduado em  Maçonologia: História e Filosofia,

Maçonaria, e os cuidados em indicar alguém para a Ordem.

 


“Se o candidato não comer um quilo de sal com você, não estará apto a entrar na Maçonaria” Ir.Denilson Forato M.I.

A entrada na Maçonaria baseia-se numa decisão livre, individual e responsável. A Maçonaria não faz nenhum tipo de proselitismo, portanto qualquer pedido deve emanar da vontade e convicção do solicitante.

A Maçonaria é uma “sociedade discreta e fechada”, onde temos direitos e deveres a cumprir, não sendo um clube de serviços ou “clube do bolinha”. Existem preceitos para fazer parte de nossas fileiras, e mesmo assim com o rigor das sindicâncias, falhamos.

 

    Requisitos para ser um Maçom:

·         Ser um homem consciente do desejo de ingresso, uma vez que o pedido de iniciação à Maçonaria deve ser o resultado da liberdade individual inata, longe de qualquer pressão, influência, dependência ou circunstância que possa coagi-lo.

·         Ser um homem de bons costumes, isto é, digno de confiança, honesto em sua vida privada, em sua maneira de trabalhar, e de boa reputação.

·         Ser um homem que acredita em um princípio superior, e que os maçons, respeitando a liberdade do indivíduo de qualquer crença particular.

 

A adesão à Ordem implica em direitos e obrigações:

 

·         Ter tempo disponível para participar de reuniões e comissões de trabalho voluntário.

·         Ter um meio de vida suficiente para praticar o método maçônico, pagar as taxas, joias e mensalidades.

·         Manter uma coerência ética com seus ideais dentro e fora da Ordem.

·         Compromisso com a Ordem e seus membros para estudar, assimilar e aprofundar os princípios, valores e costumes antigos da maçonaria.

    Procedimento de admissão de um candidato.

Um candidato pode ser recomendado por um membro (Mestre Maçom), de uma Loja Maçônica. Seu pedido será avaliado em momento apropriado, podendo ser aceito ou não, de acordo com a vontade dos seus obreiros do quadro.

O recado é claro, não indique candidatos ruins, para não se ter uma Loja ruim, inexpressiva, inoperante, com membros que nada produzem, apenas são corpos vazios em um local pelo menos uma vez por semana.

Traga para a Ordem, candidatos que agreguem valor cultural e filosófico, onde a Loja cresça e se destaque.

Não traga o amigo do churrasco, o amigo do trabalho, o chefe, o amigo da pescaria, etc.

Vivemos tempos difíceis, onde honra, palavra emprenha, moral e bons costumes, estão em baixa.

Então finalizando, pense e reflita antes de indicar alguém, por mero interesse pessoal.

 

Ir.Denilson Forato - M.I.

segunda-feira, 20 de junho de 2022

200 ANOS - AS CORES DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL - AS CORES DO GOB

 

200 ANOS - AS CORES DO GRANDE ORIENTE DO BRASIL

AS CORES DO GOB



Azul, Vermelho e Branco - as cores distintivas do Grande Oriente do Brasil.

Fundado com a finalidade de trabalhar pela independência do Brasil da Coroa Portuguesa, o Grande Oriente Brasílico (seu nome na época) seria fundado no dia 17 de junho de 1822. Liderado por José Bonifácio de Andrada e Silva, o seu primeiro Grão-Mestre, já no mês de agosto seguinte o Grande Oriente receberia em iniciação na Ordem a sua Alteza, o Príncipe Regente D. Pedro I que adotaria o nome simbólico de Guatimozin em homenagem ao último imperador Asteca que fora seviciado por Cortez durante as invasões espanholas.

Para a fundação do Grande Oriente houve necessidade de desmembramento da Loja Comércio e Artes em mais duas outras - a União e Tranquilidade e a Esperança de Niterói. Isso se deu por regra de regularidade, já que para a fundação de um Grande Oriente seria necessário o mínimo três Lojas (como hoje ainda é).

Como os Irmãos brasileiros não queriam se submeter à nenhuma Obediência de nação estrangeira, pois a finalidade mor era a de conseguir a Independência do Brasil, houve então a necessidade de desmembramento para que dele resultasse a fundação de um Grande Oriente exclusivamente brasileiro.

No dia da sua fundação (17/06), reunidas as três Lojas em assembleia, para que se pudesse identificar a qual Loja pertencia cada um dos presentes durante as votações, foi adotado a forma de identificação por fitas coloridas (azul, vermelho e branco) que iam amarradas no braço direito de cada participante. Assim, a Loja Comércio & Artes ficaria identificada pela cor azul, a Esperança de Niterói pela vermelha e a União e Tranquilidade pela branca.

Foi devido a isso que as cores, vermelho, azul e branco seriam adotadas como matiz oficial da heráldica do Grande Oriente do Brasil.

Mas afinal o que é a cor ? A cor é uma percepção visual provocada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina, que transmitem através de informação pré-processada ao nervo óptico, impressões para o sistema nervoso. Ou seja a “Cor” é uma impressão provocada nos olhos pela luz refletida pelos corpos.

Na maioria dos ritos conhecidos e praticados, principalmente aqueles administrados pelo Grande Oriente do Brasil – GOB os três primeiros graus formam a chamada Maçonaria Azul (A cor do céu no seu infinito, como infinita deve ser a tolerância condicionada nas atitudes dos Maçons), que agrega as Lojas Simbólicas, os graus 1, 2 e 3, Aprendiz, Companheiro e Mestre, respectivamente.

A Cor do R.’.E.’.A.’.A.’.

 


A cor distintiva do REAA sempre foi vermelha encarnada (hoje usado pelo GOP-COMAB), cujas origens primitivas são devidas aos Stuarts, reis católicos da Inglaterra.

Em se tratando da cor azul, que na contramão da história assola o Rito Escocês em boa parte da Maçonaria brasileira, embora muitos não aceitem esse argumento verdadeiro, a principal razão para tal vem de acontecimentos ocorridos na cisão de 1927 no GOB e capitaneados pelo Irmão Mário Marinho Behring, fundador das Grandes Lojas Estaduais Brasileiras.

A realidade, entretanto é que a cor predominante no Rito Escocês Antigo e Aceito é a vermelho encarnado, embora ainda vivamos no Brasil com enxertos e na contramão da história, atendendo rituais “azulados”, de influências da Grande Loja Unida da Inglaterra (por tratados de reconhecimento) e dogmas americanos de Charleston, Carolina do Sul - EUA, (mãe do REAA) mas que estão em vigência, o que nos dá a obrigação de cumpri-los irrestritamente, respeitando as Leis maçônicas seculares mesmo que contraditórios.

Mas vale por questões de conhecimento, que o R.’.E.’.A.’.A.’. tem sua origem Stuartista, do Rito de Heredon, é francês mas que sua estruturação se deu em 1801 nos EUA. E por fim, adotamos no Grande Oriente do Brasil a cor azul celeste em nossos templos simbólicos e nos aventais de mestres, mas, existem muitas outras cores no mundo maçônico, e como todo caminho, dá-se o primeiro passo para uma longa jornada.

Autor: Ir. Denilson Forato M.I.

Fonte: A história do GOB-GOB- Brasília - Ed 1- 1999

Site do Ir. Pedro Juk- Grande Secretário de Ritualística do GOB

segunda-feira, 23 de maio de 2022

"Questão de ordem" e "pela ordem": você sabe quando se deve usá-las?

 


1. "Questão de ordem"

O mecanismo da “questão de ordem” serve para suscitar questões de direito, principalmente quando se depara com alguma ilegalidade (RGF,CONSTITUIÇÂO,ATOS,DECRETOS e LEIS).

A palavra deve ser requerida ao Venerável Mestres, que, em razão do Irmão arguir “questão de ordem”, deve lhe conceder a palavra para que a fundamente, ou seja, indique qual o dispositivo legal está sendo violado e em razão de quais motivos.

O Irmão deve sempre requerer que a “questão de ordem” por ele suscitada seja registrada em ata, com fundamento, tendo em vista que, se não estiver registrada, haverá grande probabilidade de ser considerada preclusa.

2. "Pela ordem"

É extremamente comum o termo “pela ordem” ser usado como se fosse “questão de ordem”, de modo que, embora, por costume, sejam utilizadas como se sinônimas fossem. Tecnicamente não o são.

O mecanismo do uso da palavra “pela ordem” é uma prerrogativa do irmão.Trata-se do uso da palavra mediante “intervenção sumária”, ou seja, para falar “pela ordem”, é desnecessário que o Venerável Mestre conceda a palavra, deve-se simplesmente fazer a manifestação.

Logo, se a palavra do Irmão for cassada ou o Venerável Mestre negar uma questão de ordem que o Irmão entenda estar ligada ao seu exercício do cargo em Loja, pode utilizar a palavra “pela ordem”.

 

Meus Irmãos vamos revisar algumas dicas:

 

Muitas vezes ouvimos em Loja um obreiro pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre, levantando-se e dizendo “pela ordem!” ou então “questão de ordem!”, principalmente quando a “palavra” está correndo nas Colunas.

 

Com esse pedido o Obreiro quer alertar que a ordem dos Trabalhos não está adequada, ou algo foi suprimido ou algo não está correto. Pode ser feito em qualquer período da Sessão.

 

Uma “questão de ordem” sobrepõe-se a qualquer outro pedido de palavra e quem a pediu só poderá falar, especificamente, sobre a alegada alteração da ordem. Cumpre esclarecer, subsidiariamente, que muitos Irmãos pedem a palavra “pela ordem”, sem saber o que estão fazendo, havendo muitos, inclusive, que acham que “pela ordem!” é pela “Ordem Maçônica” o que é um erro crasso.

 

E aí falam sobre assuntos (na maioria das vezes demoradamente) que não tem nada a ver com o que está ocorrendo no momento.

 

Esclarecendo, No Rito Moderno, sabemos que a “palavra” é concedida, primeiramente na Coluna do Norte, deveria ser:

 

OIr. Chanceler para falar das efemérides (datas de aniversários) - percentual de presentes em Loja, uma breve alusão à data comemorativa -  depois visitantes das colunas, oficiais das colunas.

 

Ai sim o 2º Vigilante com um toque breve do malhete, diz "V.'.M.'. voz peço a palavra - todos falam de pé e a ordem, só o chefe da coluna fala sentado, pois ele é uma das três luzes da Loja.

 

Ai depois na do coluna do Sul, tesoureiro, visitantes, e por final o 1º Vigilante  com as mesmas prerrogativas do Ir. 2º Vig.(um toque leve de malhete)

 

Finalmente, no Oriente.  A ordem segue 1º Secretário, Irmãos mestres visitantes com assentos no Oriente, Orador "falará como Irmão do quadro" - AUTORIDADES com assento à mesa do V.'.M.'., e por fim o Venerável Mestre.

 

Obs. Coordenadores do GM, Deputado Estadual ou Federal, Grandes Secretários do GM, Juizes, etc. falam antes e assinam livro de presença antes também do V.'.M.'.

 

Somente o Grão-Mestre e seu Adj.'. falam e assinam o livro por último. E lógico o Orador quando dá as conclusões - fala o valor do Tronco - SAÚDA OS VISITANTES E AUTORIDADES PRESENTES - isto é prerrogativa do ORADOR. É comum outros irmãos menos esclarecidos “SAUDAREM VISITANTES”, mas deixo claro é errado.

 

O V.'.M.'. pode fazê-lo como voto de cordialidade.

 

A palavra só volta às Colunas para um novo giro quando o pedido for feito por um dos Vigilantes e deferido pelo Venerável Mestre. O VM pode não conceder, é prerrogativa “dele”.

 

Sabemos, também, que o Obreiro não pode mudar de Coluna para poder falar duas vezes. Isso é totalmente anti-maçônico..

 

Finalizando, acrescento que o pedido “pela ordem!” não é exclusividade da Maçonaria e existe em qualquer Instituição, (Tribunais, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmaras ou até mesmo em reuniões de Condomínio), por exemplo, onde a existe uma determinada ordem para apresentação dos assuntos a serem discutidos.

 

Por fim, estudemos nossas Leis, nossos Regimentos e deixemos de lado “USOS e COSTUMES”.

 

Ir. Denilson Forato – M.I.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Os diversos Calendários Maçônicos


Meus Irmãos, estamos retornando nossos trabalhos maçônicos no ano de 2022 EV ou 6022 da VL, mas nosso calendário histórico tem outras formas de se enxergar e entender. 

O calendário maçônico é baseado no começo ou na data de um evento. As Lojas maçônicas têm diferentes ritos e cada um usa (ou deveria usar) um calendário maçônico diferente para celebrar a data de um começo histórico, como a criação do mundo ou um evento histórico específico do rito. Os dados são usados em documentos maçônicos oficiais.

Os dados históricos são simbólicos e não devem ser considerados como uma crença maçônica. Os calendários estão ligados à criação de luz física no universo, com o nascimento espiritual da Maçonaria e a luz intelectual do candidato.

A grande maioria dos calendários começa com a palavra latina Anno, que significa “no ano de”. Existem também as abreviaturas E. C., que significa Era Comum, e E. V. para Era Vulgar. Os Cristãos chamam-na de Era Cristã (E. C.) ou Depois de Cristo (d. C.) e Antes de Cristo (a. C.). O estudo dos calendários maçónicos pode ser frustrante se não se conhece as razões e o simbolismo que eles contêm, mas enriquece o rito que é praticado.

Algumas pessoas anti maçonaria, sem cultura e sem conhecimento de latim, têm insinuado que Anno Lucis, significa o Ano de Lúcifer, explicação totalmente longe da verdade. Na antiguidade todos os certificados maçónicos, placas e documentos eram escritos em latim, pelo que as datas eram baseadas nesse idioma.

A única ideia é mostrar que os princípios que a Maçonaria manipula são tão antigos quanto a existência do mundo.

·                     Índice

As Lojas simbólicas

Rito Escocês Antigo e Aceito

Rito Francês ou Moderno

Rito de York – Cavaleiros Templários

Rito de York – Capítulo do Arco Real

Rito de York – Mestres Reais e Secretos-(Maçonaria Críptica)

 

As Lojas simbólicas

Anno Lucis. O Ano da Luz (A. L. ou A. La), ou o Ano da Verdadeira Luz (A. D. V. L.), simboliza o ano da criação do mundo por Deus. Este calendário não é exclusivo da Maçonaria; foi também usado pela Igreja Católica, por Imperadores e Reis nas suas comunicações.

Significado Histórico: O Ano da Luz, significa o ano da criação do mundo (aproximadamente 4.000 anos antes da Era Comum), como se pode ler no terceiro verso do Génesis na versão da Bíblia do Rei Jaime, bem como na Torá: (1,3) – “E Deus disse, que haja luz e fez-se luz“.

As Lojas Simbólicas do R.E.A.A., Rito Francês, Rito de York na América e na Europa, usam a palavra Anno Lucis (Ano da Luz).

Cálculo: O Anno Lucis acha-se, adicionando 4.000 anos (desde a criação do mundo até à presente data): 4000 aC. + 2022 d.C. = 6022 Anno Lucis). O ano começaria em 1 de Março e terminaria em 28 (ou 29, se aplicável) de Fevereiro do ano seguinte. A datação maçónica é obtida de acordo com o seguinte exemplo: 1 de Março de 2019 = 1º dia do 1º mês de 6022. Os meses são nomeados segundo o nome do calendário hebraico.

Relevância: O calendário das Lojas Simbólicas celebra a criação do mundo. Na teologia convencional, acreditava-se que a Terra foi criada há 4000 anos.

Rito Escocês Antigo e Aceite

Anno Mundi: No ano do mundo (A. M. ou Aa Ma). É a data que indica o ano em que Deus criou o mundo de acordo com o calendário hebraico, de acordo com os cálculos da genealogia encontrados no livro de Génesis. É usado nos altos graus de R. E. A. A..

Significado histórico: O Anno Mundi começa com a criação do mundo e é baseado no calendário hebraico. O ano começa em Setembro, ao contrário do calendário gregoriano que usamos atualmente, no qual o ano começa em Janeiro.

Existem diferenças marcantes entre o calendário hebraico e o calendário gregoriano. No calendário hebraico, alguns meses têm 29 dias e outros, 30.É um calendário lunisolar, ou seja, é baseado nos movimentos da terra ao redor do sol (ano) e da lua ao redor da terra (mês), com base num complexo algoritmo para calcular as estações do ano e as fases da lua. Cada dia começa a contar-se ao pôr do sol que é a hora zero; De acordo com o Génesis, quando Deus criou o tempo, criou primeiro a noite e depois o dia.

Cálculo: O Anno Mundi é calculado adicionando 3760 anos ao calendário atual ou Era Vulgar (E. V.) (3760 + 2022 = 5782). Depois de Setembro, acrescenta-se um ano mais. Os meses e dias são designados pelos seus nomes hebraicos.

§     NISSAN – 21 Março – 20 Abril;

§     JIAR – 21 Abril – 21 Maio;

§     SIVAN – 22 Maio – 21 Junho;

§     THAMOUZ – 22 Junho – 23 Julho;

§     ALO – 24 Julho – 23 Agosto;

§     ELoUl – 24 Agosto – 23 Setembro;

§     TISHRI – 24 Setembro – 23 Outubro;

§     MARJEVAN – 24 Outubro – 22 Novembro;

§     KIsLeY – 23 Novembro – 21 Dezembro;

§     TEBETH – 22 Dezembro – 21 Janeiro;

§     SHEVAT – 22 Janeiro – 19 Fevereiro;

§     ADAR – 20 Fevereiro – 20 Março.

Relevância. O calendário do Rito Escocês Antigo e Aceito celebra a criação do mundo 3760 / 3761 anos antes da Era Comum (E. C. ou E. V.).

Rito Francês ou Moderno

O Rito Francês usa o Anno Lucis. O Ano da Luz (A.L. ou A. La) ou o Ano da Verdadeira Luz (A. D. V. L.) é o ano da criação do mundo por Deus. Também acrescenta 4000 anos à data atual, mas o ano maçónico começa (ou deveria) em 1 de Março.

Este mês leva o nome da ordem numérica que ocupa e é então chamado de primeiro mês, Abril é o segundo mês e assim por diante.

Cálculo: O Anno Lucis calcula-se somando 4000 anos ao calendário Gregoriano ou Era Vulgar (4000 + 2022 = 6022); costuma-se datar o Rito Francês assim: quinto dia do primeiro mês de 6022 A. L. (5 de Março de 2022).

Rito de York – Cavaleiros Templários

Anno Ordinis. O ano da Ordem (A. O. ou Aa Oa) – 1118 E. C..

Significado Histórico: No ano 1118 E. C., nove cavaleiros franceses fundam a Ordem dos Pobres Companheiros de Cristo e do Templo de Salomão para proteger os peregrinos que se dirigiam à cidade de Jerusalém. O Rito de York e os Ritos dos Cavaleiros Templários baseiam o seu calendário na data da criação da ordem.

Cálculo: O Anno Ordinis obtém-se subtraindo 1118 anos da Era Vulgar, 2022 – 1118 = 904 A. O. (Ano da Ordem).

Relevância: O ano 904 A. O., celebra a existência operativa e especulativa dos Cavaleiros Templários cuja origem foi no ano 1118.

Rito de York – Capítulo do Arco Real

Anno Inventionis. No ano da descoberta. (A. I. ou Aa Ia) (530 a. C.).

Significado histórico: o rei Salomão construiu o primeiro templo. Zorobabel construiu o segundo templo, acredita-se que no ano 530 A. C. Pouco se sabe de Zorobabel, exceto que liderou o retorno dos judeus depois do seu cativeiro na Babilónia. Zorobabel foi governador da Judeia, nomeado pelo rei Ciro dos persas.

Cálculo: O Anno Inventionis é obtido adicionando 530 anos à data atual. Então 2022 + 530 = 2549 A. I. (ano da descoberta)

Relevância: O ano 2552 A. I. celebra a construção do segundo templo. Acredita-se que este templo foi construído muito perto de onde o antigo templo de Salomão foi construído.

Rito de York – Mestres Reais e Secretos (Maçonaria Críptica)

Anno Depositionis. Significa em latim, o Ano do Depósito. (A. Dep., aproximadamente 1000 a. C.).

Significado histórico: É o ano em que o primeiro templo de Salomão foi construído, e os seus segredos foram colocados sob as suas abóbadas, é por isso que se fala de Ano do Depósito. Os cálculos colocam-no 1000 anos antes de Cristo.

Cálculo: O calendário maçónico usado pelos Mestres Reais e Secretos é baseado na adição de 1000 anos ao tempo atual. 2022 E. C. ou E. V. + 1000 anos = 3022 A. Dep. (Anno Depositionis).

Relevância: O calendário maçónico dos Mestres Reais e Secretos da Maçonaria Crítica celebra o dia em que o templo de Salomão foi concluído.

 

Tradução e Adaptação de Ir.'. Denilson Forato