1. "Questão de ordem"
O mecanismo da “questão de ordem” serve para suscitar questões de
direito, principalmente quando se depara com alguma ilegalidade
(RGF,CONSTITUIÇÂO,ATOS,DECRETOS e LEIS).
A palavra deve ser requerida ao
Venerável Mestres, que, em razão do Irmão arguir “questão de ordem”,
deve lhe conceder a palavra para que a fundamente, ou seja, indique qual o
dispositivo legal está sendo violado e em razão de quais motivos.
O Irmão deve sempre requerer que a “questão de ordem” por
ele suscitada seja registrada em ata, com fundamento, tendo em vista que, se
não estiver registrada, haverá grande probabilidade de ser considerada preclusa.
2. "Pela ordem"
É extremamente comum o
termo “pela ordem” ser usado como se fosse “questão de
ordem”, de modo que, embora, por costume, sejam utilizadas como se
sinônimas fossem. Tecnicamente não o são.
O mecanismo do uso da palavra
“pela ordem” é uma prerrogativa do irmão.Trata-se do uso da palavra
mediante “intervenção sumária”,
ou seja, para falar “pela ordem”, é desnecessário que
o Venerável Mestre conceda a palavra, deve-se simplesmente fazer a
manifestação.
Logo, se a palavra do Irmão for
cassada ou o Venerável Mestre negar uma questão
de ordem que o Irmão entenda estar ligada ao seu exercício do cargo em
Loja, pode utilizar a palavra “pela
ordem”.
Meus Irmãos vamos revisar algumas dicas:
Muitas vezes ouvimos em Loja um
obreiro pedir a palavra diretamente ao Venerável Mestre, levantando-se e
dizendo “pela ordem!” ou então “questão de ordem!”, principalmente
quando a “palavra” está correndo nas
Colunas.
Com esse pedido o Obreiro quer
alertar que a ordem dos Trabalhos não está adequada, ou algo foi suprimido ou
algo não está correto. Pode ser feito em qualquer período da Sessão.
Uma “questão de ordem”
sobrepõe-se a qualquer outro pedido de palavra e quem a pediu só poderá falar,
especificamente, sobre a alegada alteração da ordem. Cumpre esclarecer,
subsidiariamente, que muitos Irmãos pedem a palavra “pela ordem”, sem saber o
que estão fazendo, havendo muitos, inclusive, que acham que “pela ordem!” é pela
“Ordem Maçônica” o que é um erro crasso.
E aí falam sobre assuntos (na
maioria das vezes demoradamente) que não tem nada a ver com o que está
ocorrendo no momento.
Esclarecendo, No Rito Moderno, sabemos
que a “palavra” é concedida, primeiramente na Coluna do Norte, deveria ser:
OIr. Chanceler para falar das
efemérides (datas de aniversários) - percentual de presentes em Loja, uma breve
alusão à data comemorativa - depois
visitantes das colunas, oficiais das colunas.
Ai sim o 2º Vigilante com um
toque breve do malhete, diz "V.'.M.'. voz peço a palavra - todos falam
de pé e a ordem, só o chefe da coluna fala sentado, pois ele é uma das três
luzes da Loja.
Ai depois na do coluna do Sul,
tesoureiro, visitantes, e por final o 1º Vigilante com as mesmas prerrogativas do Ir. 2º Vig.(um
toque leve de malhete)
Finalmente, no Oriente. A ordem segue 1º Secretário, Irmãos mestres
visitantes com assentos no Oriente, Orador "falará como Irmão do
quadro" - AUTORIDADES com assento à mesa do V.'.M.'., e por fim o
Venerável Mestre.
Obs. Coordenadores do GM,
Deputado Estadual ou Federal, Grandes Secretários do GM, Juizes, etc. falam
antes e assinam livro de presença antes também do V.'.M.'.
Somente o Grão-Mestre e seu
Adj.'. falam e assinam o livro por último. E lógico o Orador quando dá as
conclusões - fala o valor do Tronco - SAÚDA OS VISITANTES E AUTORIDADES
PRESENTES - isto é prerrogativa do ORADOR. É comum outros irmãos menos
esclarecidos “SAUDAREM VISITANTES”, mas deixo claro é errado.
O V.'.M.'. pode fazê-lo como
voto de cordialidade.
A palavra só volta às Colunas
para um novo giro quando o pedido for feito por um dos Vigilantes e deferido
pelo Venerável Mestre. O VM pode não conceder, é prerrogativa “dele”.
Sabemos, também, que o Obreiro
não pode mudar de Coluna para poder falar duas vezes. Isso é totalmente anti-maçônico..
Finalizando, acrescento que o
pedido “pela ordem!” não é exclusividade da Maçonaria e existe em qualquer
Instituição, (Tribunais, Congresso Nacional, Assembleias Legislativas, Câmaras ou
até mesmo em reuniões de Condomínio), por exemplo, onde a existe uma determinada ordem para apresentação dos assuntos a serem
discutidos.
Por fim, estudemos nossas Leis,
nossos Regimentos e deixemos de lado “USOS e COSTUMES”.
Ir. Denilson Forato – M.I.
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