Os acontecimentos recentes em nosso país nos mostram que ainda estamos a
anos-luz de termos a capacidade de conviver com as diferenças.
Mas ainda há tempo de reverter essa situação que está quase
insustentável! Afinal, se eu não acreditasse nisso não teria sentido algum
fazer parte da nossa Sublime Ordem.
Não é de hoje que o cidadão para defender o seu ponto de vista, algo em
que acredita, seja esse algo um partido político, um time de futebol, uma
emissora de tv, uma personalidade pública, etc, tem como ferramenta exclusiva
de argumentação o ataque (verbal, físico, virtual ou psicológico) àquele que
discorda de suas crenças, o que recentemente foi absurdamente intensificado.
Muitas vezes, por não aceitar um pensamento divergente, cria apelidos para seus
“oponentes” (coxinha, mortadela, bolsominion, maria, franga, bambi, etc). Mesmo
que não tenha conhecimento das diretrizes defendidas por determinadas
ideologias políticas e sociais, e sem conhecimento histórico, não demora em
taxar seus “inimigos” de fascistas, comunistas, nazistas, socialistas,
vendidos, bolivarianos, esquerdistas, direitistas, liberais, conservadores, e
por aí vai…
Com sua mente deturpada pelo ódio e pela incompreensão, o desejo de ser
detentor do que é certo lhe cega a razão, e até mesmo aqueles que lhe são mais
próximos passam a ser vítimas de sua bestialidade.
Não existe paz em uma ambiente marcado pela odiosidade. Palavras,
escritas ou faladas, são como flechas, e devem ser bem analisadas antes de
serem lançadas. No mundo moderno o que você posta na internet não pode ser
apagado pois o print é eterno.
Nesse mundo de enganos, de disfarces, de quimeras, de máscaras, somos
todos induzidos ao erro e iludidos pelas aparências. Devemos, meus irmãos, ir
em busca da Verdade para que sua luz possa iluminar nosso percurso, evitando
assim que sejamos surpreendidos com uma queda sem fim no abismo da ignorância e
da selvageria.
Estou constantemente em busca da Verdade. Procuro respostas às minhas
perguntas. Encontrei algumas.
Morri algumas vezes, e renasci sempre melhor do que eu era. Conheço
minhas fraquezas, mas conheço também as virtudes que tenho e as uso para deixar
meus vícios presos em uma masmorra.
Vigio minhas atitudes e tento ser um exemplo virtuoso para aqueles com
que convivo, respeitando as dissimilitudes, sem criar apelidos para me referir àqueles
que não compartilham das minhas posições.
Será que um mundo onde cada um de nós possa respeitar o direito de
pensar diferente do outro é uma utopia? Talvez. Mas se você continuar
sentado no trono de um apartamento, com a boca escancarada, cheia de dentes,
esperando a morte chegar, o fim que nos aguarda será muito mais tenebroso do
que as distopias já produzidas pelos estúdios de Hollywood.
Nós somos os responsáveis pela mudança do atual cenário. Nós devemos ser
o exemplo de convivência, mesmo que meu irmão, meu amigo (no mundo real e no
virtual), meu vizinho, não tenha posicionamento ideológico, partidário ou
futebolístico idêntico ao meu. Devemos defender os valores filosóficos pregados
por nossa instituição. Não basta apenas ser maçom! Devemos ser reconhecidos
como tal por nossas atitudes!
Tenho dito!
Denilson Forato M.I.
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