Teu cansaço ou fraqueza é fruto de tua falta de limites. O “excesso de
bagagem” que carregas e que torna tua vida mais pesada se deve à suposta
necessidade de exagerado controle das coisas e das pessoas e à falsa ideia de
que és superior em tudo o que fazes.
Tua ansiedade te leva a fazer ou a resolver as coisas imediatamente. O
que poderias executar em um dia queres fazer em instantes.
Teu perfeccionismo impõe-te realizar tarefas impecáveis, quando poderias
fazê-las com esmero, mas não com perfeição. Ao invés de viveres cada dia como
uma alegre e fascinante viagem de aprendizado, tomas a vida como uma expedição
cansativa e constrangedora, com metas inatingíveis. O perfeccionismo é inimigo
de tua paz interior.
Tua insegurança te induz a concretizar feitos e eventos, não para tua
realização interior, e sim para receberes aplausos exteriores. A necessidade de
te sentires superior te traz um elevado dispêndio de energia emocional.
Tua baixa autoestima te leva aos píncaros do exagero em produzir cada
vez mais. Por sentires menos que os outros, tendes a compensar tua auto
desconsideração tentando fazer diversas coisas ao mesmo tempo. A preocupação
com o julgamento dos outros te faz “tropeçar” nas estradas da vida.
- Tua exaustão não é produto de teu trabalho no bem, nem perda
energética na doação de forças ao edifício do Cristo, mas produto do teu “ego
onipotente”, que acredita que tudo pode, tudo faz e tudo deve ver.
No labor cristão, felizmente, o esforço e o desgaste são restaurados, a
criatura se alimenta energeticamente. Entra em contato com seus potenciais
internos e, a partir daí, sente os prazeres da alma. A respeito disso escreve
Paulo de Tarso: “Por isto, eu me comprazo nas fraquezas, nos opróbrios, nas
necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois quando
sou fraco, então é que sou forte”.
Portanto, tem calma. Calma não é lentidão ou desleixo. É, antes de tudo,
conquista de quem aprendeu que o Criador sempre faz a sua parte, esperando que
a criatura, igualmente, faça a sua. Lembra-te de que a tua parte é uma pequena
parcela que deve ser retirada de tuas forças e utilizada de conformidade com
teus limites, ou seja, proporcionalmente a tuas conquistas e
possibilidades.
Psicografia: Francisco do Espírito Santo Neto;
Do livro: Um Modo de Entender Uma Nova Forma de Viver.
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