domingo, 6 de abril de 2014

As Luvas Brancas

Símbolo da pureza, assim são consideradas as Luvas Brancas dentro da maçonaria, são elas recebidas pelos Aprendizes quando de sua iniciação.
Inúmeros são os símbolos da Liturgia Maçônica e, dentre eles, destaca-se o da entrega aos neófitos das luvas brancas quando, nos últimos momentos da Iniciação. O Venerável anuncia, então, que aquelas luvas brancas constituem o símbolo de sua admissão nas fileiras dos homens livres e de bons costumes.
Os homens distintos e elegantes, as damas da sociedade fina e os militares galonados deitaram a moda das luvas brancas. Estas chegaram a fazer parte dos ornamentos que recebiam os bispos no ato da sua sagração, com a designação de “luvas litúrgicas", simbolizando a castidade e a pureza.

A entrega das luvas brancas aos neófitos da Maçonaria ficou justificada na mesma intenção deferida aos bispos dantanho. Cobrindo suas mãos com elas, o maçom é levado a compreender, primeiramente, que sua mão direita nunca deverá saber o que faz a esquerda.
Também o Venerável lhe explica que são “o símbolo de sua admissão no Templo da virtude, indicando, por sua brancura, que ele nunca deverá manchá-la nas águas lodosas do vício”.
A rigor se seguíssemos as tradições, dever-se-ia usar as Luvas Brancas em todas as Sessões. Esta tradição pouco a pouco foi caindo , principalmente nos países quentes.Todavia este costume não foi de todo abandonado. Muitos Maçons americanos e europeus ainda observam esta tradição.
As Luvas Brancas também evocam a lembrança dos compromissos assumidos durante a Iniciação.
A posse das luvas brancas não revela nenhuma interpretação mística, mas sim o que possa haver de mais ativo e fecundo para a orientação no cumprimento do dever. Alcança tanto a destinação da própria personalidade do iniciado como a de sua família.
Pelo que ficou esclarecido, a Ordem dos homens livres não se restringe a entregar somente um par de luvas a cada um dos iniciados. Entrega um outro par que são destinadas àquelas que mais direito tiver a vossa estima e ao vosso afeto. Foi dito, a que mais estima e não a que mais ama, porque o amor às vezes exprime um sentimento “cego” e pode enganar em relação às qualidades morais e intelectuais daquela que deva ser a inspiradora das ações
generosas.

Vê-se, pois, que a Maçonaria, no grande momento da recepção de seus convidados, lembra-se da mulher, numa homenagem justa e sincera. Não se esquece de que a mulher esposa tem por sua vez os direitos sustentados desde os dias do chamado “Pontificado Romano".
Mas, esposa, Irmã, filha ou mãe é sempre a mulher que distribui consolação, promove alentos e distribui conforto, tanto nas horas felizes da família como nas atribulações e nos desfalecimentos da vida e de seu esposo. Portanto, tal homenagem da Maçonaria é, sob todos os aspectos, mais do que procedente.
Um provérbio persa diz: “Não firas a mulher nem com a pétala de uma rosa”. A Maçonaria reforça este ditado ainda mais: e nunca firas a mulher com um lampejo de pensamento. Seja ela moça ou idosa, formosa ou feia, má ou bondosa, delicada ou áspera, sabe ser sempre o segredo do Grande Arquiteto do Universo. É a incansável colaboradora de Deus no seio da humanidade. À margem de todas as filosofias está a vida. E a perpetuação da vida foi
confiada pelo ser dos seres: à mulher.

O nível de igualdade em que a Maçonaria coloca o homem e a mulher, destinando a cada um o par de luvas brancas cimenta a certeza dos nobres exemplos transportados aos seus obreiros cônscios das responsabilidades assumidas perante as assembléias de maçons que o recepcionaram.
Tais luvas são símbolos da admissão dos recém-iniciados como caráter evidente da pureza das intenções que deve observar sempre o maçom em suas ações. Portanto, recebendo-as, ele deve cuidar com toda atenção para não manchá-las como egoísmo e com a subserviência às paixões que embrutecem o homem.

Como Instrução a qual se deveria se ter dentro do Templo e jamais de forma a corrigir atitudes as quais denigrem a imagem de tão importante simbologia a qual, deve, enaltecer a quem desta fará, ou faz, uso na Maçonaria, não como enfeite mas sua simbologia que afeta diretamente o comportamento, atitude que quem esta esteja portando....
Fonte: As luvas brancas - Dos Mistérios Maçónicos-Ed.Plus-Lisboa-PT- 1976

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