A Maçonaria está morrendo porque se tornou pseudoelitista e até mercenária cobrando dos seus Irmãos altas importâncias não só para os que nela querem entrar mas também, e isso é um absurdo, aos que queiram trocar de Loja. Paga-se para entrar, ou seja, para que se tenha a obrigação de continuar pagando mensalidades, e paga-se para sair. Registre-se ainda o fato de estarem os Irmãos sujeitos a imposições de taxas extras, rifas e arrecadações cujos objetivos são, na sua totalidade, altamente discutíveis.
A Maçonaria está morrendo porque banalizou o grau de Mestre. Todos, na Maçonaria atual, são Mestres. Não há mais tantos aprendizes, quanto o necessário. Não há mais companheiros, que entendem de verdade o grau 2. E se o Mestre é aquele que ensina e se não há a quem ensinar não há a necessidade do saber. Os Mestres da Maçonaria atual nada ensinam porque nada sabem. São uns parvos que chegaram lá!
A Maçonaria está morrendo porque os seus atuais dirigentes, em nome da necessidade ele serem simpáticos ou "bonzinhos" ou "moderninhos" passaram a permitir que nossos Templos sejam invadidos, com irritante constância, por Smartphones ou outras máquinas, manipuladas desrespeitosamente, por Irmãos completamente desligados e alheios às solenidades que se processam e preocupados apenas com um melhor ângulo ou uma melhor imagem. E esse desrespeito é praticado, o que é grave e triste, até mesmo por membros da administração da Potência e na pasmem, na presença dos Grãos Mestres X ou Y. Aqui, também, é a banalização das nossas cerimônias, com as presenças cada vez mais constantes de pessoas até bem pouco tempo atrás proibidas de adentrarem aos Templos Maçônicos até mesmo por serem profanas, palestras demais, pompas demais, exposição demais.
Com esses procedimentos aproximamo-nos perigosamente das posturas e práticas levadas a efeito nas cerimônias dos Rotarys e Lyons, o isso não é bom para a Maçonaria.
A Maçonaria está morrendo porque os valores morais e éticos que a impulsionaram nos seus primeiros anos caíram em desuso. O homem atual já não se envergonha de não ter palavra, de não honrar os seus compromissos, de faltar com o que combinou e, como já o disse Ruy Barbosa, chega ao estremo de "ter vergonha em ser honesto".
A Maçonaria está morrendo, e particularmente a Maçonaria das capitais de São Paulo e algumas dos interiores do Brasil, porque não tem Templos ou Lojas para reunir os seus seguidores. Os seus poucos locais de reuniões são mal localizados, pequenos, mal decorados. São poucos os Templos digno dessa classificação. Os demais são deprimentes, nesse Brasil que conheço bem.
A Maçonaria agoniza porque na natureza tudo e todos têm o seu ciclo vital
Tudo e todos nascem, crescem, atingem a maturidade, entram em declínio, perdem as forças, envelhecem e morrem. A Maçonaria não é exceção a essa regra, Mas poderia, em outras circunstâncias, viver mais algumas décadas, quiçá séculos, Não mais do que isso.
A Maçonaria está morrendo por culpa dos maus maçons que, por lerem pouco e estudarem menos ainda, eles sofrem de ignorância crônica e agridem e desrespeitosamente as regras basilares dos Ritos em que trabalham e o fazem com beneplácito dos Supremos Conselhos que deveriam zelar pelas suas integridades e purezas, e não o fazendo pecam por omissão. Não se respeita mais a Ritualística, não se estuda mais Simbologia nem se conhece ou se aplica mais a Liturgia Maçônica.
Hoje, para ser Venerável basta ao irmão saber bater um malhete.
A Maçonaria está morrendo pela insaciável sede pelo poder dos Irmãos que, eleitos Veneráveis, lutam encarniçadamente para continuarem no comando das Lojas não se dando conta de que não existe um único exemplo, nem na política maçônica nem na política profana, de que um segundo mandato tenha sido melhor do que o primeiro. Impedem, com as suas desmedidas ambições e exacerbadas vaidades que as Lojas se renovem e cresçam normalmente. As eleições maçônicas, com resultados contestados e discutidos, tornaram-se uma constante e as práticas profanas, quais ervas daninhas, sufocam a Instituição.
Salvemos a Maçonaria da Morte, juntemos nossas forças para reerguer, uma instituição que um dia foi forte e hoje agoniza, beirando a morte súbita.
Tenho dito!
Ir.Denilson Forato M.I.
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