1) Os irmãos consangüíneos não são escolhidos por nós, pelo menos conscientemente, mas os Irmãos da Ordem o são; a indicação deve ser objeto de profunda meditação, considerando que estará sendo indicado alguém para ser Irmão não somente do Mestre apoiador, mas de todos os Maçons do mundo.
Pode ser que um amigo, excelente companheiro para esportes, lazer e vida social, não seja um bom candidato a ser um indicado para admissão, por lhe faltar, sem demérito como pessoa, o perfil básico do Maçom que caracteriza o candidato ideal.
2) O trabalho da Ordem, no grau de Aprendiz, é desbastar a pedra bruta, mas isso não significa que qualquer pessoa possa ser iniciada nos Mistérios. Significa que o candidato em potencial já deve possuir a capacidade de vir a entender o real significado da Iniciação em toda a sua extensão; isto significa que ele deve ser realmente uma pedra e não um torrão de barro que pareça ser uma pedra – trabalhado com maestria, ele deve poder vir a se transformar, pelo auto-conhecimento e aprimoramento de qualidades inatas, em parte do Templo a ser construído.
3) É preferível deixar de admitir um candidato que poderia vir a se tornar um verdadeiro Maçom a correr o risco de admitir um profano que talvez não venha a perceber e praticar em sua totalidade a grandeza dos Princípios da Ordem.
4) Maçom tem a obrigação de ser melhor que o homem vulgar. O candidato já deve apresentar, antes de sua indicação, as qualidades que o tornam superior ao profano comum. Cabe ao Mestre apoiador a responsabilidade de observar e avaliar judiciosamente, e pelo tempo que se fizer necessário, todo o comportamento do candidato em potencial. Se qualquer dúvida surgir quanto a alguma faceta do caráter do profano em observação, a avaliação deve ser imediatamente adiada. Na natureza nada acontece aos saltos; um carvalho demora dezenas de anos para atingir seu porte majestoso porque cresce lenta e continuamente – a indicação de um candidato deve ser produto de um processo semelhante, e a certeza de uma boa indicação deve surgir lenta e seguramente.
5) A Maçonaria só será forte quando formada por homens livres e de bons costumes, íntegros e que façam amar e respeitar a Ordem pelo exemplo de suas qualidades em todos os momentos. Irmãos assim são o resultado de um diligente trabalho da Loja sobre uma “matéria-prima” da primeira qualidade; esta “matéria-prima” é o profano bem indicado para admissão. O Mestre, como artífice, deve selecionar com extremo cuidado a “matéria-prima” para sua obra.
6) Para poder vivenciar e perceber todo o significado da Iniciação, o candidato deve estar em condições físicas, emocionais, financeiras que permitam sua concentração durante a Cerimônia. Se o candidato não apresentar, no momento, essas condições, a indicação deve ser adiada até o momento em que ele as recupere. Da Iniciação deve surgir um novo homem, e toda a Cerimônia propicia este renascimento, mas é necessário que o Iniciante esteja receptivo às forças que causarão a modificação em si próprio.
7) Não basta que o Mestre apoiador conheça algumas das facetas do candidato em potencial. É necessário conhecê-lo em todas as suas facetas, e testá-lo efetivamente, para bem poder avaliar suas reações em situações diversas e adversas. É necessário saber a opinião da esposa ou companheira do candidato em potencial a respeito do ingresso deste na Ordem. É necessário informar adequadamente a respeito dos objetivos da Maçonaria, das obrigações que serão assumidas e das novas responsabilidades.
Ir.Denilson Forato M.I.
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