Tal como na “Alegoria da Caverna” do filósofo grego Platão, também o neófito, não está preparado para receber a Luz na sua grandeza, uma vez que, ficaria ofuscado com a experiência e não recolheria os benefícios dessa exposição luminar.
Só através da sua longa caminhada maçónica, será possível ao maçom aceder à totalidade e imensidão da Luz e compreender a sua magnificência. Apesar disso, a Luz nunca o abandonará, pois a cada passo dado, a escuridão
onde vive mergulhado se irá esbatendo, fruto do seu estudo e trabalho
em prol do melhoramento da sua condição humana. E no dia em que partir para o Grande Oriente Eterno e se libertar do seu “corpo físico”, será para a Luz que o maçom se encaminhará.
A Luz por sua vez,
não é uma luz literal, não é uma lâmpada ou um holofote; a Luz é um
“estado de alma”, que só é alcançável a alguns, não os escolhidos, mas
os que trabalham na senda de
a atingir. E que trabalhando, retiram o véu que lhes cobre os olhos.
Não é á toa nem por mera futilidade que os maçons quando alguém os
questiona sobre o que sentiram e observaram quando tiveram contato com a
Luz durante a sua cerimónia
de Iniciação, afirmarem que é algo que não se consegue explicar por
palavras, sejam quais forem… Uma vez que só passando por tal experiência
e sentindo tudo o que há por sentir na sua Iniciação, pode alguém
vivenciar tais sentimentos. É uma experiencia única e transcendental.
Quase divinal…
A Luz
para os maçons também representa o Grande Arquiteto do Universo (a
Divindade), e como tal, nas suas celebrações rituais, é imprescindível
que os maçons dirijam o seu olhar para a Luz, por forma a venerarem e sentirem a Sua presença metafísica no templo. O que só é possível através de um certo estado de Iluminação, uma espécie de chamamento
e estado de meditação que se sente no íntimo de cada um (por isso é
algo que varia de Ser para Ser e só de forma gradual se a vai
conquistando).
Concluindo, fica a reflexão: “tudo o que foi Luz à Luz retornará…”
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