sábado, 12 de janeiro de 2013

Aos Neófitos (aprendizes)



Queridos Irmãos Neófitos:


Acabastes de entrar na Maçonaria, e isso é bom. Melhor, no entanto, quando sentirdes que a Maçonaria entrou em vós.
Não só influenciada pelo fascínio devocional, mas ainda, sob os sãos influxos da moral e da razão. Se assim for, e que assim seja, não vos surpreenderá constatar que: “Sublime, Justa e Perfeita é a Maçonaria, mas humanos, falíveis e apenas suscetíveis de aperfeiçoamento, são os maçons”.



Razão pela qual, tão iníquo, quanto inócuo é julgar essa Mãe admirável por ato repreensível de algum filho desnaturado.
Também não será embaraçoso responder ao indagador que a Maçonaria não é uma religião, tampouco uma seita de radicais dogmáticos. Porque do alto da montanha da consciência esclarecida, o iniciado vê que um único Deus é a fonte e mar dos muitos rios da religiosidade humana.

Quanto à perfectibilidade na qual acreditamos, é preciso pensar como já foi dito, que o homem é mais um deus convalescente do que um animal em ascensão. Por isso, é recomendável que vós conheçais, porque vos instruindo, ireis um dia encontrar, dentro de vós mesmos que o buscais, as pérolas do santuário da Sabedoria Eterna.
Ouvistes dizer que a morte não separa o que a virtude une! E não terá sido por isso, que nesta noite memorável, o homem livre e de bons costumes, tendo morrido para este mundo profano, renasceu para a luz de uma nova vida de elevada moralidade e espiritualidade?

De ora em diante, vireis periodicamente à vossa Loja, que é o olho do furacão do mundo atual, onde se reúne a Confraria dos Homens Livres para cultuar a Deus – o Grande Arquiteto do Universo – sob a égide da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, donde ireis participar da magia do ritual maçônico.
Se os profundos conteúdos esotéricos, cabalísticos do mesmo, vos parecerem obscuros, sejam minhas as palavras do Mestre quando disse: “Não vos preocupeis em esclarecê-los, pois escuro e nebuloso é o começo de toda as coisas, pois a vida e todos os seres vivos foram recebidos na névoa e não no cristal.

E se vos fosse facultado ouvir os seus murmúrios, deixaríeis de ouvir outro som. Mas hoje não vedes, nem ouvis e é melhor assim. Um dia porém, o véu que ainda cobre vossos olhos será retirado pelas mãos que o tecerem. E a argila que ainda obstrui vossos ouvidos será rompida pelos dados que a amassaram.
Então vereis e então ouvireis. E não deplorareis ter conhecido a cegueira e a surdez. Pois nesse dia, compreendereis a finalidade oculta de todas as coisas. E abençoareis as trevas como abençoais a luz. 

Sede bem-vindos, Irmãos Neófitos, e que o divino G.·.A.·.D.·.U.·. vos ilumine e ampare, agora e sempre.

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