segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Ser um bom Maçom




"Durante mais de 20 anos como membro desta sublime Ordem, aprendi que aqueles que pautam sua conduta na verdade, na retidão, na bondade, na justiça, na honestidade e na humildade estão interligados por laços indissolúveis de amor". 

                Quando fui convidado para ser iniciado na Maçonaria, como nada me havia sido recomendado, indaguei ao meu padrinho sobre o que é ser Maçom, afinal, segundo Sócrates: o “reconhecimento da ignorância é o principio da sabedoria”. Então, fui informado que só poderia conhecer esta filosofia pela regularidade do meu comportamento, através de minhas ações, pelo caráter e pela crença em Deus, sendo tolerante com os princípios religiosos de cada um e que tudo o mais residia na habilidade individual de “fazer aos outros o que se faz a si próprio”. Na verdade, o mais importante não é o que se deve fazer para ingressar na sublime Ordem, mas o que o interessado tem feito na vida. Se esta for considerada digna, será admitido. E tudo seguiu até o dia em que enxergamos a verdadeira Luz. 

                 A finalidade da Loja Maçônica, entre outras, é “dar ao homem condições de estudar Maçonaria e aplicá-la a si mesmo e ao próximo, quer no comportamento individual, quer nas relações sociais, atuando no processo dinâmico do saber sobre esse conhecimento”. A Loja Maçônica é uma escola com uma estrutura de fraternidade, diálogo, entendimento e dinamismo. Por meio da reforma moral de seus afiliados, procura fazer do Maçom, um homem de bem, a partir do lema: liberdade, igualdade e fraternidade.

                A liberdade é a tônica das pregações,   dos ensinamentos. É infinitamente mais importante do que as demais metas maçônicas, porque, sem ela, as outras não podem subsistir. Sem liberdade, enfim, a vida é carga pesada, é nau à deriva, sem rota e sem destino. Maçonaria é, pois, liberdade.
A igualdade é um dos magnos princípios maçônicos, já que a Maçonaria considera iguais todos os homens, independentemente de raça, cor, nacionalidade e credo religioso. Um Maçom deve cultivar a igualdade como se fosse uma virtude. 

                Na Maçonaria, a fraternidade é o primeiro mandamento, é o “amai-vos” para que a única lei verdadeira, a do amor, possa prevalecer entre os homens: a união, o afeto de um Irmão para com outro; o amor que deve unir todos os Irmãos; o principal dever de um Maçom é a amizade, o afeto, a união, o carinho, ou seja, tudo aquilo que a verdadeira fraternidade exige. 

                  Para a Maçonaria, a virtude é a disposição habitual para o bem e para o que é justo e, por isso, nela se vê a prova da perfeição e o protótipo ideal do Maçom, reunindo toda a moral em quatro virtudes: temperança, fortaleza, prudência e justiça. 

               Temperança tem como base a moderação,     que permite satisfazer as justas necessidades do corpo, sem exagerar nos prazeres. Essa virtude é particularmente recomendada aos iniciados pelos rituais maçônicos, devendo ser o Maçom senhor de si mesmo, moderado em seus apetites e paixões. 

Fortaleza, o Maçom prima por se robustecer ao frequentar assiduamente os trabalhos de sua Loja, pois, “recarregando as suas baterias”, terá meios de frequentar e vencer os obstáculos que se apresentam. O Maçom jamais deve considerar-se só e abandonado, porque, na realidade, ele possui uma família numerosa, onde os Irmãos estão ansiosos para auxiliá-lo. 

             A Maçonaria cultiva as virtudes, e no feixe amplo está a prudência,          que é sinônimo de precaução, alerta, vigília e tudo mais. O Maçom prudente guarda os sigilos da Instituição e assim evitará a profanação. A prudência não ampara somente a primeira pessoa, mas protege o grupo todo. 

                A justiça, na Maçonaria, é virtude a qual são obrigados todos os Maçons. E, como não pode ser homem de bem aquele que não é justo, por esta razão o Maçom deve praticar diariamente. Mas cuidado de você oh! perjuro, pois a espada da justiça maçônica o cortará no escuro da noite.

               A Maçonaria reconhece e incentiva a prática das quatros virtudes cardeais,      alem das três virtude teologais: Fé, Esperança e Caridade, virtude pelas quais o homem supera a si mesmo. 

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