sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

A PEDRA FILOSOFAL



 
"A primeira coisa que é preciso buscar é o conhecimento
fundamental da pedra filosofal"

Os alquimistas acreditavam que poderiam fabricar uma pedra cujo pó ajudaria na transmutação dos metais em ouro ou prata. Eles chamavam esta pedra de pedra filosofal. Alguns chegaram a admitir terem descoberto este famoso mineral, outros descrevem o processo de sua obtenção. Alguns afirmam que esta pedra apenas modifica a aparência externa do metal e não sua estrutura interna, sendo portanto o ouro fabricado apenas de imitação. Outros afirmam, por sua vez, que o ouro fabricado é autêntico.

Haveria duas espécies de pó, obtidos com este mineral, um vermelho e outro branco. Com o primeiro seria possível operar a transmutação do metal para o ouro, com o segundo seria possível transmutar o mercúrio ou o chumbo em prata.

Esta pedra foi objeto de imensa especulação, tanto quanto o Santo Graal. Alguns achavam que ela não existia e nem poderia ser feita, outros afirmavam ter posse dela. Inumeros foram os que ficaram fascinados por estas histórias e correram atrás da milagrosa pedra, dentre os quais aqueles que visavam o enriquecimento rápido.

Para os alquimistas, no entanto, a posse de tal pedra expressa a posse de um determinado conhecimento, revelado por Hermes. Este conhecimento levaria o alquimista à sabedoria dos mistérios maiores da natureza e da vida. Tratando-se de uma revelação, era logo reservado apenas a poucos, daí o caráter secreto da alquimia, para evitar que tal conhecimento caísse em mãos de charlatães.

Os alquimistas não se preocupavam apenas com a transmutação dos metais, eles também tinham um trabalho com plantas, ervas e até produtos de origem animal, como gordura, gelatina, peles e outros. Este trabalho tinha o objetivo de descobrir um remédio para os males, as doenças do corpo humano e até descobrir um elixir da juventude eterna. O método de trabalho era muito próximo do processo de transmutação dos metais, pois os alquimistas se utilizavam da analogia entre os processos.

elixir da juventude visava à conservação do corpo tanto dos males e doenças quanto do envelhecimento e degenerescência física. Fala-se em duas formas de imortalidade alquímica: a primeira trata-se da manutenção do vigor físico por séculos, dizem que o Conde Saint-Germain, Cagliostro e Nicolas Flamel, seriam exemplos; a segunda forma seria a libertação da limitação sensível do corpo, ou seja, a alma que poderia transpassar os séculos.

elixir era um objeto por demais procurado, tendo aparecido em diversas histórias e se fixado na mente do povo. Do mesmo modo, as poções e filtros e a panacéia universal têm esta admiração. As poções e filtros têm origem em antigos rituais de magia e de grupos pagãos. Eles são utilizados para diversos fins, incluindo a cura, o aumento do vigor físico e sexual, e o mais famoso: a poção do amor. Esta poção, na verdade, apenas despertaria na pessoa amada um desejo inebriante, necessitando ainda de que a pessoa que use a poção aja no sentido de seu desejo.

panacéia universal seria o remédio universal, isto é, para todos os males possíveis. Ela no limite seria o elixir da imortalidade, pois poderia evitar ou retardar a morte pela cura das doenças.
O trabalho do alquimista se desenvolve na crença da perfeição humana e mesmo da imortalidade. Vários homens buscaram alquimistas para que lhes dessem tais remédios. Alguns chegaram a observar pessoalmente que a experiência da vida eterna pode ser torturante e não um privilégio. O privilégio, acreditam os alquimistas, está no conhecimento que é adquirido e pode ser transmitido.

O Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico 

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