Perdoar não significa concordar com o erro do irmão nem deixar que o mesmo continue no erro. O nosso repúdio não deve ser para com o irmão que errou, mas para com o seu erro. Este é que precisa ser perdoado. O irmão que errou contra nós, deve continuar merecendo o nosso respeito, e receber a nossa ajuda com muita simpatia. Quanto mais o irmão errar contra nós, mas ele precisa de nós. Temos o mau hábito de gostar somente das pessoas <corretas> a nossos olhos. Gostaríamos que todos nascessem perfeitos, bonzinhos, e que não nos incomodassem. Se pudesse ser assim, não teríamos nascidos!.
Amar o irmão significa também retirá-lo do erro. E até podemos - e devemos - dizer-lhe: “Meu irmão, não erres mais. Siga o meu exemplo”. Se não agirmos assim, estaremos sendo egoístas, pois queremos que o irmão não nos prejudique, sem que empreguemos esforço para a correção do mesmo. É dever do <Maçom forte> sustentar, suportar o irmão fraco, seja pela prática de erros constantes, seja pelo excesso de apego a coisas Maçônicas.
Suportar é mais que simplesmente tolerar. Suportar é até mesmo sofrer privação por causa do irmão faltoso. Não se deve esquecer que tal irmão está com uma <carga> maior que a nossa. Carga, aí, pode significar as tentações e quedas que o irmão mais fraco na fé encontra ao longo do seu caminho. E devemos suportar a esse irmão com paciência, para que ele, uma vez restaurado de sua fraqueza moral, seja aliviado do peso da sua <carga>.
Os judeus atendiam à regra de perdoar três vezes. Pedro sugeriu perdoar sete vezes , achando que estava sendo bonzinho e misericordioso. No verso 22, entretanto, Jesus ensina a Pedro sobre o perdão sem limites; e não apenas 490 vezes. Para erros ilimitados, perdão ilimitado.
O perdão é mais uma questão de <qualidade>, que de <quantidade>. E essa <qualidade> deriva do amor. Se a vida maçônica não for vivida na dimensão do amor que tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta , não é <vida maçônica>, . Não se está estimulando a alguém viver como quiser. O maçom, porém, perante um irmão fraco não usa de censura, mas de brandura. Se assim não fizer, comete erro, e ambos ficam errados; embora com faltas diferentes. Os ensinamentos maçônicos exortam a sermos ligados pelo amor, que alivia a “carga” do dia a dia.
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