
Por:
Denilson Forato
Meus Caros Irmãos,
antes de tratarmos do tema “A formação do Palio” apresentarei, após
pesquisa realizada, a definição das palavras: Pálio; Ara; Egrégora e
Altar dos Juramentos. Além destas definições falarei sobre os Oficiais
encarregados de executar está formação, da sua Jóia e do seu
instrumento e por final os Comentários.
1º: DEFINIÇÕES:
ARA: Definição: altar;
lugar dos sacrifícios. “A ara dos sacrifícios era sempre colocada,
entre os antigos, em lugares naturais elevados, como uma colina, por
exemplo, ou artificiais, como uma elevação de terra e de relva, e era
lá que se oferecia o sacrifício à divindade. A palavra altar foi
aplicada, posteriormente, a construções de madeira ou de pedra,
destinadas a esta finalidade”.
PALIO: Definição: Capa.
Sobrecéu portátil, com varas, que serve, nos cortejos ou nas
procissões, para cobrir a pessoa que se festeja ou o sacerdote que leva
o Santíssimo. (Influencia da Igreja Romana e Anglicana – é também
faixa de lã branca com cruzes negras usada pelo papa por cima das
vestes pontificais e que ele concede aos altos dignitários da Igreja).
EGRÉGORA: Segundo Jules
Boucher, chama-se Egrégora, uma entidade, um ser coletivo originado por
uma assembléia. Cada Loja possui a sua Egrégora; cada Obediência tem a
sua e a reunião de todas essas Egrégoras forma a Grande Egrégora
Maçônica.
ALTAR DOS JURAMENTOS: É a
parte mais sagrada da Loja. Está situado no Ocidente, no centro da
Loja, na frente do Venerável Mestre. É uma pequena mesa triangular onde
ficam localizadas as grandes Luzes. O livro da Lei, o Esquadro e o
Compasso. É no Altar dos Juramentos que o 1º Diácono, o 2º Diácono, o
Mestre de Cerimônias e o Orador formam o Pálio para abertura e
fechamento do L. da L. É nele que o Neófito, quando do seu juramento,
deixa todos os seus vícios e paixões. Diante do Altar dos Juramentos
haverá uma almofada na qual estará bordado, em dourado, um
esquadro sobreposto a um compasso. O Altar dos Juramentos é um símbolo
dos Ritos Teistas.
POMBA: Esta ave mereceu,
desde a Antigüidade, respeito e veneração, recebendo nas religiões e na
mitologia um simbolismo dos mais extensos. É, entre outros, o símbolo
da paz, da amizade, e da alma. A pomba tem outro significado místico
mais profundo. A pomba descendente refere-se à consciência de Deus que
desce e invade, com toda a sua pureza, a mente do homem. A pomba que
ascende refere-se à consciência de Deus no homem, que se leva até o
céu, mantendo assim a sua unidade. Escreve então o mesmo autor Ralph M.
Lewis: “Dito em outras palavras, as duas pombas, a descendente e a
ascendente, representam as oscilações da Consciência Cósmica entre o
homem e a fonte de toda Consciência cósmica”.
TRIANGULO: O Triângulo é o emblema da Ciência que ilumina e iluminara os homens.
LIVRO: Representa o Código Moral, que cada um deve respeitar e seguir.
RÉGUA: Figura em todas as
Lojas Simbólicas entre os utensílios alegóricos da Maçonaria como
emblema da perfeição, símbolo da retidão e do progresso da filosofia e
do infinito.
BASTÃO: Insígnias dos
cargos de Mestre de Cerimônias e de Diáconos. O seu uso equivale ao do
malhete, no que tange a posição de antebraço e braço direito em
esquadria. O cotovelo direito funciona como vértice de um compasso que
se abre e se fecha de zero a noventa graus. O bastão foi, em todos os
tempos, insígnia de autoridade, tanto na paz como na guerra, e na
Maçonaria, o seu uso é uma tradição inglesa.
2º: OFICIAIS ENCARREGADOS DA FORMAÇÃO DO PÁLIO:
PRIMEIRO DIÁCONO:
Oficial que tem assento no Oriente a direita do Venerável Mestre, se ele permitir. É o auxiliar do Venerável Mestre, o que transmite as ordens do Venerável Mestre às colunas, transmitindo-as diretamente ao Primeiro Vigilante. Responsável por transmitir a Palavra Sagrada ao Primeiro Vigilante. Jóia uma pomba dentro de um triângulo.
SEGUNDO DIÁCONO:
Oficial que tem assento no Ocidente. É o auxiliar do Primeiro Vigilante. Responsável por transmitir a Palavra Sagrada ao Segundo Vigilante. Jóia uma pomba.
MESTRE DE CERIMÔNIA:
O Irmão Mestre de Cerimônias é o responsável pelo cerimonial, liturgia e ritualística da Loja. Suas atribuições são bastantes claras. O êxito dos trabalhos de uma Loja deve-se em grande parte ao bom desempenho do Mestre de Cerimônias. É uma das tarefas que mais exige conhecimento ritualístico e litúrgico e deve ser confiados a um Mestre Maçom que realmente tenha muito gosto nesses procedimentos. Exige-se muita postura, elegância e desenvoltura, pois sua atuação aliada a uma música adequada e a um perfume contagiante, contribui em muito para um estagio de concentração e preparação dos Irmãos altamente satisfatório para o ato litúrgico de formação da Egrégora e abertura do L. da L. Tem assento no Ocidente na Coluna do Sul. Jóia uma régua. ou triângulo
ORADOR:
É o Oficial que ocupa o quarto lugar numa Loja Maçônica. Tem assento no Oriente. O seu signo distintivo é um Livro Aberto, pois é o Guarda da Lei. O Orador assessora o Venerável, evitando, ao mesmo tempo, que ele possa passar, eventualmente, por cima dos limites estabelecidos pela lei. É o representante do Ministério Publico. Jóia um livro aberto.
3º: COMENTÁRIOS:
Meus caros
Irmãos, a Formação do Pálio é feito no Ara, sendo um dos momentos mais
sublimes de uma Sessão Maçônica. Por isso o Mestre de Harmonia deverá
providenciar uma música suave e adequada a este ato tão importante.
Todos os Irmãos presentes deverão estar a Ordem, e deixar para trás os pensamentos profanos. Cada Irmão deverá somar ao que lhe estiver ao lado, as vibrações benéficas, pois é neste momento que buscamos a paz que tanto necessitamos. A participação efetiva de cada Irmão auxiliará na formação da Egrégora da Loja. Os Oficias que estão encarregados da formação do Pálio no Ara, sendo eles o 1º e 2º Diáconos e o Mestre de Cerimônias devem se preparar para cumprir este ato litúrgico para formação da Egrégora. Após sua formação o Oficial que se encontra coberto pelo Pálio faz a abertura do L. da L., a sua leitura e coloca na posição apropriada as Três Grandes Luzes da Maçonaria. É neste momento que a Loja está aberta. É neste momento que se iniciam definitivamente os Trabalhos Maçônicos. Veja meus Irmãos à importância na preparação dos Oficiais que são encarregados da Formação do Palio. Estes Oficiais devem estar preparados adequadamente para proteger com suas forças benéficas o Oficial encarregado da abertura do L. da L. Os Diáconos são portadores da Pomba que simboliza a consciência de Deus que desce e invade, com toda a sua pureza, a mente do homem e que também refere-se à consciência de Deus no homem, que se leva até o céu, mantendo assim a sua unidade. O Mestre de Cerimônias porta a Régua símbolo do emblema da perfeição, da retidão e do progresso da filosofia e do infinito. No GOP-COMAB os bastões se cruzam, nas Grandes Lojas se forma em trângulo.
A Oração de Entrada proferida pelo Mestre de Cerimônias
no Átrio ou na Sala dos Passos Perdidos vem nos preparar para entrarmos
no Templo. Naquele momento devemos deixar para trás os: “pensamentos
comuns, os dissabores, as angustias, os problemas cotidianos, enfim,
devemos deixar ali os pensamentos profanos, pois o nosso escopo é
completar a edificação do Templo da Virtude, embelezando-o com os
nossos propósitos de aperfeiçoamento”. A pratica destas ações nos
permite dizer que: Agora meus Irmãos, estamos preparados para entrarmos
no Templo construído para “A Gloria do Grande Arquiteto do Universo”,
que é Deus e dar inicio os Trabalhos Maçônicos, iniciando-se pela
Formação do Palio.
Nota importante: O Oficial
que abrir o L. da L. deverá ser o mesmo na hora do seu fechamento,
quando do encerramento dos Trabalhos Maçônicos.
Pesquisa: Denilson Forato é Deputado e Ex- VM - M.'.I.'.
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Tem diferença a formação do Palio para abertura e encerramento dos trabalhos. Dizem que na abertura o bastão do mestre de cerimônias fica por baixo e no encerramento fica por cima. Por favor tirem-me essa dúvida TFA
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