S.’.S.’.S.’.
ASSIDUIDADE DO MAÇOM
“Assiduidade, pontualidade e postura do maçom”; são atributos importantíssimos, que deve ter o verdadeiro maçom, sendo que a “assiduidade”
é de vital importância, pois dele depende a sobrevivência da loja,
senão, como entender o funcionamento de uma loja, se seus membros não
comparecem aos trabalhos?
Quem abrirá o templo?
Quem o adornará?
Quem preparará as ferramentas?
Deter-nos-emos com mais vagar neste primeiro atributo, mais abrangente e os outros só existem em função deste.
O
que é assiduidade? Consultando o dicionário, deparamo-nos com a
definição de que é a qualidade ou caráter de assíduo; e assíduo é o que
comparece com regularidade e exatidão ao lugar onde tem de desempenhar
seus deveres ou função.
São deveres do maçom, entre outros, o de “freqüentar assiduamente os trabalhos da loja e corpos a que pertencer.
Aliás,
nós, hoje aprendizes, companheiros ou mestres, ao preenchermos nosso
pedido de ingresso nesta Sublime Instituição, nos comprometemos a
freqüentá-la com assiduidade e à pergunta do sindicante sobre o mesmo
assunto, afirmamos ter disponibilidade de tempo para freqüentar os
trabalhos semanalmente.
E reafirmamos este propósito, às perguntas do Venerável Mestre, durante a solenidade de iniciação, quando recebemos a LUZ.
Meus
irmãos, tudo o que dissemos até agora, refere-se simplesmente aos
aspectos legais, necessários e essenciais ao bom funcionamento de toda e
qualquer instituição, organização, sociedade e também da maçonaria.
Mas
o aspecto que vamos abordar, embora não se divorcie do legal,
reveste-se de sentimento de amor, de solidariedade, de fraternidade, de
irmandade.
Lembremo-nos
do Livro da Lei, ao abrimos os nossos trabalhos, nos exorta à união, ao
declamar o salmo 133 “Oh! Quão bom e suave é que os irmãos vivam em
união”.
É esse bom viver entre os irmãos que nos animam, nos confortam nos fortalecem, nos alegram.
Falamos
de esse bom viver que aqui, semanalmente, nós experimentamos e
compartilhamos com os que estão aqui conosco e queremos dividir com mais
irmãos.
Conta-se
que em uma pequena cidade no interior da Inglaterra, havia um pastor
que conhecia praticamente todos os seus habitantes; nos cultos
dominicais, era comum que algumas pessoas se sentassem sistematicamente
nos bancos da frente; entre essas pessoas, havia um senhor muito
conhecido e respeitado naquela localidade que se sentava sempre no mesmo
banco.
Num
determinado domingo, o pastor observou que aquele banco estava vazio;
não se preocupou, porque era normal que alguns irmãos, por algum motivo
tivessem faltado àquele domingo.
Na semana seguinte o banco continuou vazio; o pastor começou a ficar preocupado, começando a especular-se sobre o fato.
Na terceira semana, repetiu o episódio, novamente o banco continuava vazio.
Terminado o trabalho religioso, o pastor resolveu ir à casa do irmão para saber do motivo de suas ausências.
O
irmão argüiu que já freqüentava o culto há muitos anos, sabia de cor e
salteado o que o pastor iria pregar, conhecia todos os livros da bíblia,
os cultos já estavam se tornando enfadonhos, cansativos, repetitivos,
enfim, não via mais nenhum atrativo para ali se dirigir.
Então
o pastor nada disse; foi até a lareira, retirou de lá uma brasa e
colocou-a em cima do parapeito da janela. Sentou-se e esperou. Dentro de
poucos minutos, a brasa começou a apagar-se.
Passados
alguns instantes de silêncio entre os dois, o irmão faltoso disse ao
pastor: pastor, compreendi a sua mensagem. E voltou a freqüentar o
culto, como sempre o fizera.
Moral da história: uma brasa sozinha perde o seu calor muito rapidamente.
O que aconteceu com o irmão dessa história é bem parecido com o que acontece hoje com nossas lojas, de modo geral.
Muitos
irmãos não comparecem às reuniões, alegando motivos vários, parecidos
com os da história; ora porque não tem tempo, ou que as reuniões não têm
motivação e são demoradas ou que tem compromissos mais importantes, que
os temas abordados não tem interesse, ou são enfadonhos, cansativos,
repetitivos; que para ouvir simplesmente o bater de malhete, melhor
seria ficar em casa, etc., etc., etc.
É
fácil reconhecer um maçom desinteressado: é aquele que está sempre
reclamando que a sessão está demorando muito e que precisa ir embora por
um motivo ou outro; aquele que sempre encontra razões para não
colaborar com os afazeres da Loja.
Que
esses irmãos não nos sirvam de lição; que não o imitemos; antes, porém
que sejamos com eles tolerantes, não coniventes; que o incentivemos, que
o apoiemos, enfim que com ele dialoguemos como irmãos e amigos,
propiciando assim, a formação de uma corrente positiva, a que chamamos
EGRÉGORA MAÇÔNICA, tão necessária durante os nossos trabalhos.
A
Maçonaria visa à mudança do homem em seu interior, tendo como objetivo a
sua evolução interior, contribuindo assim, para a evolução não só dos
maçons em particular, mas de toda uma sociedade.
Os irmãos que desejam verdadeiramente evoluir em seu íntimo devem fazê-lo, mudando inicialmente sua maneira de pensar.
Devemos
perguntar-nos, a exemplo do Presidente Kennedy em seu discurso de
Posse, não o que a Maçonaria poderia fazer por mim, mas o que eu posso
fazer para a Maçonaria?
PONTUALIDADE DO MAÇOM
Superado
esse primeiro atributo, o da assiduidade, deparamo-nos com o segundo,
também de suma importância para que nossos trabalhos possam ser
considerados justos e perfeitos:
A Pontualidade.
O
que será essa pontualidade? Consultando ainda mais uma vez o
dicionário, constatamos que é a qualidade de pontual; exatidão no
cumprimento dos deveres ou compromissos; rigor, donde pontual é o que
chega parte ou cumpre as obrigações à hora marcada.
Assim,
deve o maçom, sempre que possível, estar presente pelo menos quinze
minutos antes da hora marcada de adentrar o templo, oportunando com isso
um melhor congraçamento na sala dos passos perdidos, sem estar sujeito
ao rigor e à solenidade ritualística de que se revestem as nossas
sessões. Bem é estarem unidos os irmãos.
Um
segundo enfoque para essa pontualidade está prescrito, precisamente,
quando diz que são deveres do maçom, satisfazer, com pontualidade,
contribuições pecuniárias ordinárias e extraordinárias que lhe forem
cometidas.
Um
irmão zeloso de seus deveres e de suas obrigações, não deve esperar que
o irmão tesoureiro o procure para saldar suas contribuições, antes,
porém de ser procurado, nivelará seus metais junto à tesouraria. Esse é o
comportamento de um verdadeiro maçom.
POSTURA DO MAÇOM
Por
fim, passemos a tecer algumas considerações sobre o terceiro atributo, a
Postura que junto com os demais, formam uma das mais marcantes e
principais características do maçom.
Ensina-nos o Mestre Aurélio que Postura é a posição do corpo; aspecto físico; atitude.
A
primeira instrução que o aprendiz maçom tem, após ter recebido a luz é:
quando de pé, deveis estar perfeitamente eretos, isto é, aprumado,
direito, pois é assim, nesta posição que se comunicam as instruções do
grau; quando assentado, também deveis estar com o tronco ereto, tendo as
mãos apoiadas sobre os joelhos, em posição confortável e propícia a
receber e absorver todos os eflúvios emanados dos irmãos.
Num
outro sentido, não físico, a postura significa atitude, conjunto de
conceitos, principalmente de cunho moral, de que deve estar revestido o
maçom. A melhor forma de o maçom demonstrar sua postura maçônica é pelo
exemplo; palavra, discurso, intenção, nada substitui o exemplo, que deve
ser o de um homem livre e de bons costumes.
O
mais importante é que os irmãos criem em seu viver diário, o salutar
hábito da prática do bem, não como mero cumprimento dos deveres e
obrigações, mas imbuídos dos mais puros propósitos maçônicos, nascidos
espontaneamente do coração.
Tomara
possamos ter a capacidade de absorver e adotar como prática em nossa
vida maçônica e profana a assiduidade a pontualidade e a postura; se
assim o fizermos, certamente nos tornaremos verdadeiramente obreiros
úteis e dedicados.
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