Ao contrário do que alguns podem pensar, esse é um costume muito antigo, de milênios, e não possui relação alguma com o azar.
As
principais pinturas e esculturas de deuses e faraós egípcios mostram
sempre o pé esquerdo à frente, enquanto as que ilustram pessoas comuns
em situações do cotidiano mostram o pé direito. Trata-se de uma
coincidência? Não. O passo com o pé esquerdo era considerado pelos
egípcios como símbolo do “primeiro passo” para uma nova vida. Por isso,
era com o pé esquerdo que o faraó dava seu primeiro passo após sua
posse. Também por isso que as escadas eram feitas com degraus em número
ímpar, de forma a ser possível iniciar e encerrar a subida com o pé
esquerdo. Essa tradição foi herdada posteriormente pelos gregos, como
também se pode ver estampada em sua arte.
Por que o esquerdo, e não o direito?
Os
egípcios acreditavam que o lado esquerdo era o lado espiritual,
enquanto que o lado direito era o lado material. Por esse motivo, as
coisas tidas como sagradas eram feitas com o pé e mão esquerda.
Esse
simbolismo do primeiro passo, um passo espiritual para uma nova vida,
continuou sendo observado nas instituições tradicionais, principalmente
em suas cerimônias de iniciação, incluindo a Maçonaria.
“Rompendo a Marcha”
O
costume também foi incorporado pelos antigos exércitos, que davam o
primeiro passo de suas marchas com o pé esquerdo como um sinal de sorte
para a batalha. Com o tempo, o costume se tornou regra, mas perdeu sua
simbologia. Daí então, as famosas “Lojas Militares”, responsáveis pelo
surgimento das primeiras Lojas Maçônicas nas então “Colônias”,
acostumados ao primeiro passo esquerdo não somente em Loja, mas também
fora dela, incorporaram às suas Lojas a prática e o termo militar
“romper a marcha com o pé esquerdo”.
Foi assim também que o maçom, que tinha “passos”, passou a ter “marchas".
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