O Senhor dos Anéis (Análise do filme)
Quando nos propomos analisar o filme “O Senhor dos Anéis”, achamos a princípio
ser possível encontrar uma definição para a idéia principal que o mesmo aborda,
o poder.
Procurei me pautar pelo número nove, ou seja, nove civilizações.
Entretanto, à medida que intensificamos nossas observações, percebemos que as
análises anteriores não esgotavam as questões que o filme aborda e que na
verdade, não só os nove anéis destinados aos homens e sim os vinte anéis dos
quais o filme fala são representações simbólicas de qualidades (Positivas e
negativas) inerentes à espécie humana. Assim, chegamos a várias formatações da
idéia principal do filme.
Na necessidade de por hora fecharmos a questão, para prepararmos
esse material para os colegas, percebemos que seria interessante colocarmos as
formas que encontramos pelo caminho de nossa análise, por entendermos que as
mesmas de certa forma trazem excelentes discussões sobre o assunto. No entanto,
é preciso ressaltar que a última análise feita quando colocamos o Ser Humano
como sendo o palco interno e o universo detentor de todos os símbolos do bem e
do mal. E que cabe ao mesmo Ser arbitrar como Mestre sobre qual deles irá vencer
e comandar sua existência, provavelmente será a mais avançada, e portanto, a que
melhor responde nossas indagações em relação ao filme.
Nossa última análise traz como mensagem principal, dois pequenos
grupos de pessoas; um em busca do poder para controlar a espécie humana em
geral. O outro, através de diversas associações, busca impedir que o primeiro
grupo, alcance seu objetivo.
O filme aborda a idéia de poder em dois
níveis distintos; o poder para o bem e o poder para o mal. Dentro desses dois
níveis, o poder é discutido de diferentes formas. O poder parea o bem está
representado pelo Mago cinzento, pelos Élfos, pelos Anões e pelos Hobbits. Esses
personagens representam, na verdade, as virtudes humanas como: o Mago - a
sabedoria, a intuição, o conhecimento usado para o bem; os Élfos – a
imortalidade da alma, das boas obras; os Anões – o esforço, a vontade e a
humildade de ajudar, de se sacrificar por um bem comum ao todo; e os Hobbits – a
inocência, a alma pura disprovida de maldade. Já o poder para o mal está
representado pela figura de Sauron, pelo Mago branco (Saruman), pelos Cavaleiros
Negros, e pelas criaturas subjugadas a Saruman. Esses personagens representam os
vícios humanos como: Sauron – como o simbolismo do poder, o poder enquanto casca
sem conteúdo, sem razão em si; Saruman – como a sabedoria, o conhecimento usado
para o mal, para dominar as pessoas e tirar-lhes o direito de liberdade de
escolha; os Cavaleiros Negros – tendo o poder como prisão e armadilhas nas quais
os humanos caem quando fazem do poder a sua razão sobretudo, vivendo como
fantasmas sem paz e obrigados a perseguir algo que já não lhes servem mais, por
não possuírem escolhas; e as Criaturas – como sendo as mentes humanas impedidas
de pensar, cumprindo ordens, realizando tarefas sem questionar, vivendo
alienadas de si mesmas tornando-se apenas operadoras, instrumentos cegos nas
mãos dos ambiciosos.
Esses dois níveis do poder irão se confrontar durante o filme em
forma de metáforas. Todos os personagens, os cenários, os combates; enfim as
dificuldades, as superações, as cooperações, as luzes, as faltas de luzes, as
cores, as espadas representarão na verdade os conflitos internos que a espécie
humana vive ao longo de sua existência. Dentro dessa perspectiva, cada ser
humano ao fazer suas escolhas define qual desses poderes irá assumir o comando
em sua existência – o comando em sua existência para o bem ou para o mal.
O Senhor dos Anéis (Síntese do início do filme)
Tudo começou com a forjadura dos grandes anéis;
3 foram dados aos Élfos(imortais).
7 foram dados aos senhores dos Anões(mineradores).
9 foram dados a raça dos Homens(que acima de tudo
desejavam o poder).
Esses anéis continham a força e a vontade para governar cada raça,
porém todos eles foram enganados já que o outro anel foi feito na Terra de
Mordon, no fogo da Montanha da Perdição. Sauron, senhor da escuridão, forjou
esse anel para controlar todos os outros. Nesse anel ele colocou toda sua
crueldade, toda sua maldade e vontade de controlar todas as suas formas de vida.
Um anel para dominar a todos; um a um desde as Terras Livres as Terras Médias,
foram dominados pelo poder do anel. Mas, alguns resistiram e uma última aliança
entre Homens e Élfos marchou contra os exércitos de Mordon e nas encostas da
Montanha da Perdição lutaram pela liberdade das Terras Médias. A vitória estava
perto, mas o poder do anel não podia ser destruído. Izildor, filho do rei, teve
a chance de destruir o poder do anel, mas não o fez. Sauron o inimigo dos povos
livres das Terras Médias fora derrotado.
Izildor foi traído pelo anel que acabou provocando sua morte. O anel
do poder tem vontade própria, e seduziu um novo portador (golun). O anel deu a
golun uma vida longa (500 anos). Consumiu e abandonou Golun. O anel foi parar
nas mãos de Bilbo Bolseiro... E logo chegará o tempo em que os Hobbits
governarão o destino de todos...
A Primeira análise:
A princípio correlacionamos os 9 anéis dados aos homens, às
civilizações da Antiguidade: Mesopotâmicos, egípcios, persas, hebreus, fenícios,
cretenses, gregos, romanos e árabes. Logo em seguida, correlacionamos aos:
incas, maias, astecas, hindus, atlantis e lemuritanos.
Chegamos também a uma segunda análise, correlacionamos os anéis ao:
Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Maçonaria, Budismo, Bramanismo, religiões
Ameríndias e Africanas.
Há também uma terceira análise, bastante interessante, na qual
correlaciona o anel ao:
- político
Poder
- controle das riquezas naturais.
Econômico
- controle da mão de obra.
- Governos sobre
diversos povos (impérios).
Político
- a centralização do poder.
Ideológico
- controle
dos hábitos e costumes
Religioso - garantia de
obediência das massas (povo).
- padronização dos
problemas e dos gastos.
- as
florestas.
- os
minerais.
Riquezas naturais - as águas.
- territórios
férteis e bem localizados.
Econômico
- colocar os
povos submissos aos interesses da produção dos poderosos (elite).
Mão-de-obra
- tornar as massas consumidoras dos produtos da moda.
- que o povo se veja apenas como
trabalhadores e que tenha apenas a força de trabalho como valor.


Todos nós, seres humanos, fomos criados para
exercer o poder. Existimos para realizar o poder; isso está na nossa
programação. A questão que podemos e precisamos decidir é que poder queremos
exercer.
Queremos governar os outros, o mundo? Enfim, ou queremos governar a
nós mesmos, doutrinando nossos vícios e construindo virtudes?
Pesquisa: Denilson Forato
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