sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Senhor dos Anéis (Análise do filme)

 

O Senhor dos Anéis (Análise do filme)


           
Quando nos propomos analisar o filme “O Senhor dos Anéis”, achamos a princípio ser possível encontrar uma definição para a idéia principal que o mesmo aborda, o poder.
            Procurei me pautar pelo número nove, ou seja, nove civilizações. Entretanto, à medida que intensificamos nossas observações, percebemos que as análises anteriores não esgotavam as questões que o filme aborda e que na verdade, não só os nove anéis destinados aos homens e sim os vinte anéis dos quais o filme fala são representações simbólicas de qualidades (Positivas e negativas) inerentes à espécie humana. Assim, chegamos a várias formatações da idéia principal do filme.
            Na necessidade de por hora fecharmos a questão, para prepararmos esse material para os colegas, percebemos que seria interessante colocarmos as formas que encontramos pelo caminho de nossa análise, por entendermos que as mesmas de certa forma trazem excelentes discussões sobre o assunto. No entanto, é preciso ressaltar que a última análise feita quando colocamos o Ser Humano como sendo o palco interno e o universo detentor de todos os símbolos do bem e do mal. E que cabe ao mesmo Ser arbitrar como Mestre sobre qual deles irá vencer e comandar sua existência, provavelmente será a mais avançada, e portanto, a que melhor responde nossas indagações em relação ao filme.
            Nossa última análise traz como mensagem principal, dois pequenos grupos de pessoas; um em busca do poder para controlar a espécie humana em geral. O outro, através de diversas associações, busca impedir que o primeiro grupo, alcance seu objetivo.
            O filme aborda a idéia de poder em dois níveis distintos; o poder para o bem e o poder para o mal. Dentro desses dois níveis, o poder é discutido de diferentes formas. O poder parea o bem está representado pelo Mago cinzento, pelos Élfos, pelos Anões e pelos Hobbits. Esses personagens representam, na verdade, as virtudes humanas como: o Mago - a sabedoria, a intuição, o conhecimento usado para o bem; os Élfos – a imortalidade da alma, das boas obras; os Anões – o esforço, a vontade e a humildade de ajudar, de se sacrificar por um bem comum ao todo; e os Hobbits – a inocência, a alma pura disprovida de maldade. Já o poder para o mal está representado pela figura de Sauron, pelo Mago branco (Saruman), pelos Cavaleiros Negros, e pelas criaturas subjugadas a Saruman. Esses personagens representam os vícios humanos como: Sauron – como o simbolismo do poder, o poder enquanto casca sem conteúdo, sem razão em si; Saruman – como a sabedoria, o conhecimento usado para o mal, para dominar as pessoas e tirar-lhes o direito de liberdade de escolha; os Cavaleiros Negros – tendo o poder como prisão e armadilhas nas quais os humanos caem quando fazem do poder a sua razão sobretudo, vivendo como fantasmas sem paz e obrigados a perseguir algo que já não lhes servem mais, por não possuírem escolhas; e as Criaturas – como sendo as mentes humanas impedidas de pensar, cumprindo ordens, realizando tarefas sem questionar, vivendo alienadas de si mesmas tornando-se apenas operadoras, instrumentos cegos nas mãos dos ambiciosos.
            Esses dois níveis do poder irão se confrontar durante o filme em forma de metáforas. Todos os personagens, os cenários, os combates; enfim as dificuldades, as superações, as cooperações, as luzes, as faltas de luzes, as cores, as espadas representarão na verdade os conflitos internos que a espécie humana vive ao longo de sua existência. Dentro dessa perspectiva, cada ser humano ao fazer suas escolhas define qual desses poderes irá assumir o comando em sua existência – o comando em sua existência para o bem ou para o mal.
 
 
O Senhor dos Anéis (Síntese do início do filme)


            Tudo começou com a forjadura dos grandes anéis;
                        3 foram dados aos Élfos(imortais).
                        7 foram dados aos senhores dos Anões(mineradores).
                        9 foram dados a raça dos Homens(que acima de tudo desejavam o poder).

            Esses anéis continham a força e a vontade para governar cada raça, porém todos eles foram enganados já que o outro anel foi feito na Terra de Mordon, no fogo da Montanha da Perdição. Sauron, senhor da escuridão, forjou esse anel para controlar todos os outros. Nesse anel ele colocou toda sua crueldade, toda sua maldade e vontade de controlar todas as suas formas de vida. Um anel para dominar a todos; um a um desde as Terras Livres as Terras Médias, foram dominados pelo poder do anel. Mas, alguns resistiram e uma última aliança entre Homens e Élfos marchou contra os exércitos de Mordon e nas encostas da Montanha da Perdição lutaram pela liberdade das Terras Médias. A vitória estava perto, mas o poder do anel não podia ser destruído. Izildor, filho do rei, teve a chance de destruir o poder do anel, mas não o fez. Sauron o inimigo dos povos livres das Terras Médias fora derrotado.
            Izildor foi traído pelo anel que acabou provocando sua morte. O anel do poder tem vontade própria, e seduziu um novo portador (golun). O anel deu a golun uma vida longa (500 anos). Consumiu e abandonou Golun. O anel foi parar nas mãos de Bilbo Bolseiro... E logo chegará o tempo em que os Hobbits governarão o destino de todos...
 
 
            A Primeira análise:
            A princípio correlacionamos os 9 anéis dados aos homens, às civilizações da Antiguidade: Mesopotâmicos, egípcios, persas, hebreus, fenícios, cretenses, gregos, romanos e árabes. Logo em seguida, correlacionamos aos: incas, maias, astecas, hindus, atlantis e lemuritanos.

            Chegamos também a uma segunda análise, correlacionamos os anéis ao: Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Maçonaria, Budismo, Bramanismo, religiões Ameríndias e Africanas.
            Há também uma terceira análise, bastante interessante, na qual correlaciona o anel ao:         

                                 
                                              - político
                     Ideológico     - religioso

Poder
                                             - controle das riquezas naturais.                  
                     Econômico
                                              - controle da mão de obra.
 
 
 
 
 
 
                                             - Governos sobre diversos povos (impérios).         
 
                        Político
                                             - a centralização do poder. 
 Ideológico

                                             - controle dos hábitos e costumes  
                        Religioso       - garantia de obediência das massas (povo).
                                             - padronização dos problemas e dos gastos.


 
 
 
                                                            - as florestas.   
                                                            - os minerais.
                           Riquezas naturais       - as águas.
                                                            - territórios férteis e bem localizados.

Econômico
 
  - colocar os povos submissos aos interesses da produção dos poderosos (elite).
                           Mão-de-obra             - tornar as massas consumidoras dos produtos da moda.
                                   - que o povo se veja apenas como trabalhadores e que tenha apenas a força de trabalho como valor.   


Conclusão:

            Todos nós, seres humanos, fomos criados para exercer o poder. Existimos para realizar o poder; isso está na nossa programação. A questão que podemos e precisamos decidir é que poder queremos exercer.
            Queremos governar os outros, o mundo? Enfim, ou queremos governar a nós mesmos, doutrinando nossos vícios e construindo virtudes?

Pesquisa: Denilson Forato

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